Grand Chase Heroes escrita por Extase


Capítulo 36
Capítulo 34 - O Fim da Guerra Perdida




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Elesis sentia-se envergonhada pelo o que acabara de acontecer e magoada pelo destino que Arme tomara. A mescla de sentimentos não era fácil! Mesmo sendo o começo do dia, já estava cansada. A equipe não andava nada bem nos últimos dias, para ajudar na situação que já não parecia tão boa!

Lire e Ryan estavam encabulados, muito à sua frente. Lire encarava o companheiro elfo como quem tem algo a dizer. Lass, em oposição aos amigos, mostrava-se solitário ainda mais distante de Elesis, no fundo do cenário. O caminho parecia incerto.

Talvez Lass não tivesse completa culpa pela atitude. Elesis sabia que não seria tão fácil se desculpar com ele, agora. O que faria? Era a líder, independente da forma como se enxergava a atual Grand Chase. Tudo estava em seus braços. Deixaria aquela equipe cair, ou seria capaz de mudar todo o rumo?

Almejando que ninguém ouvisse, soluçava. Nunca esteve tão com o emotivo tão frágil como agora.

– Parece que temos inimigos? – Ryan chutou, baseado em pura especulação, ou talvez um pouco de sexto sentido misturado.

Lire olhava para ele ainda. Sentia raiva: por que ele não a notava?

– Vem algo aí sim – Lass tinha certeza. Não expôs a voz tanto, como mais cedo.

A arqueira da equipe não se importava tanto com um novo inimigo. Estava com o emocional falando mais alto como aquela a quem finalmente considerara sua verdadeira líder desde a morte de Lothos. Olhou para ela, tentando ver se ela se recuperou e notou o soluço.

Elesis lembrava em todo este tempo que caminhara. Não deviam ter sido tão rudes.

***

– Como a própria Arme falou, devemos ver quais serão as atitudes do tal “Lass”. Enquanto isso se certifiquem de ficar de olho nele, mesmo enquanto alguns de nós estão dormindo. Não seria legal ele descobrir que estamos bisbilhotando, então finjam que estão dormindo também, mas um de nós sempre terá que manter o contato visual, ainda que disfarçadamente.

– Você fala isso, mas a própria Arme não está mais conosco! – Ryan reclamou para Elesis.

– E isso é motivo de abandonarmos os propósitos de Grand Chase?

– Que propósitos? Derrotamos aquela que era nosso objetivo, e onde chegamos? Estamos como no começo do grupo, desguiados. Ou mais. Nem sabemos por onde começar.

– Já sabemos que algo acontece em Xênia.

Ryan observou o céu. Mostrou-se irritado:

– E estamos tão perto de achar uma maneira de subir, quanto de encontrar Jin e descobrir qual é o problema.

– O problema não é meu se você perdeu o foco. Você reclamou que a Arme, que citei, não está mais conosco. E por que aquela estúpida nos abandonou? Porque ela também perdeu o foco. Ela estava igualmente perturbada. Não tá querendo sair do grupo, também?

A reação foi imediata. Ryan calou-se.

– Vocês dois. Nenhum dos dois sabe a hora certa de parar com tudo? – Lire indagou. Chateada, foi para longe de ambos.

Ao invés de culparem um ao outro, como teriam feito antigamente quando eram imaturos, concordaram um com o outro:

– Olha só o que provocamos!

Elesis preparava para correr com seu companheiro de equipe, mas algo apareceu no caminho dos dois. Era Lass.

– Não se preocupem comigo. Eu não vou mais ficar em seus caminhos. – Ele segurava sua cabeça com expressão sofrível.

Elesis começou a correr para achar Lire antes que fizesse uma loucura e enquanto estava perto, pôde ouvir Ryan enrolando o outro companheiro:

– Lass, você não entendeu...

***

Mesmo tendo resolvido toda a situação, o caminho estava obscuro. Estaria ela, mesmo liderando, perdendo seu brilho? Justo agora, após derrotarem Cazeaje, quando as amigas a aceitaram como líder.

– O que é que se aproxima? – Ryan parecia amedrontado.

– O que diabos você está fazendo? Não há ninguém aí, você só está me evitando, não é? – Lire choramingou. Ryan olhou para ela prestes a perguntar o mais envergonhado que pôde:

– Você... Você tem algo a me dizer?

O elfo desviou o olhar, dando de cara com aqueles que imaginou que teria que combater. Eram como gatos.

– Deixa para lá, você não gostaria de saber mesmo.

Assim que Lire falou, lembrou-se também da alegria que teve em derrotar Cazeaje, em saber que a conservação de sua vida na ocasião, deveria significar que ela podia contar aquilo do que se envergonhou até agora. Aparentemente, não era o caso. Permaneceria quieta diante de suas atitudes frouxas, egoístas.

Elesis sabia o que se passava pela cabeça dela, e quis consolá-la. Não era o melhor momento, infelizmente. A equipe estava numa encruzilhada e agora novos monstros apareceram ali.

– Ali está a esfera. – Lass falou, mas somente ele a enxergava. – Eu falei que ela nos seguia desde a morte de Cazeaje!

Com os amigos ignorando sua fala (porque não enxergavam aquilo a que ele se referia), começaram os preparativos para o embate. Tinham esse luxo, porque ambas as equipes encaravam esperando um primeiro movimento, para se aproveitar no seguinte.

O Texugo e o PePe também já estavam posicionados. Os gatinhos enfim mostraram explicitamente serem inimigos. Posicionaram suas garras e foram atacando.

Aquilo virou um inferno. Eram rápidos, quase tanto quanto Lass. Suas garras eram afiadas. Por mais que não fossem tão poderosos, eram mais afiadas que a espada de Elesis. Seus movimentos eram analíticos, como os de uma arqueira. O que esperar de oponentes como esses, e em uma quantidade tão grande?

– Por que diabos estão nos atacando? – Ryan queria saber.

A combinação dos gatinhos era boa. A equipe já estava lascada.

Lass lutava por si e pelos outros. Mesmo ele não era suficiente. Uma luz então surgiu no céu. Um animal bem diferente agora voava por ali.

Ele, exótico e tudo mais, atirou seu mais destrutivo poder de longo alcance. Quando o projétil acertaria o solo, algo o destruiu.

– Essa magia... Arme!

A alegria de Elesis foi confirmada, mas a chegada dela não parecia ter sido tão oportuna quanto aquela na torre sombria. Afinal, aquilo não era uma situação favorável a magas.

– Eu sabia que você viria.

– Não é hora para confraternizações, Elesis. – Lass indicou se metendo na frente dela para impedir um ataque. – Arme, fique de olho no maior deles. Elesis, ajude Ryan a mantê-los aqui. Eu vou plantar armadilhas!

Arme concentrava-se no maior. Era corpulento, como um homem mosculoso. Seu rosto era bruto como o de um monstro e suas asas e caudas eram longas como as de um dragão filhote.

Ainda esperando saber o motivo para a volta da amiga, Elesis ajudava Ryan a conter os gatinhos de garras afiadas. Lire não deixava que eles encostassem em Lass. Usando da velocidade que só ele tinha, andou por toda a extensão de inimigos em uma área circular, para que todos que ali encostassem fossem detidos. Aquela era sua técnica: “mil agulhas”.

– Tragam-nos para cá. – Lass pediu, enquanto Arme encarava o maior inimigo. O que ele fazia, que não os atacava?

Obedecendo a Lass, a equipe se moveu. Uma vez que os gatinhos encostavam nas armadilhas armadas, eles não se mexiam e Lass tinha a oportunidade de explodi-los naquele mesmo pergaminho ninja que os prendeu.

– Pare, Lass. A Elesis está lá! – Lire avisou.

Como ela ficou presa em uma armadilha aliada ninguém sabe, mas apenas aquela armadilha não explodiu. Uma vez libertada após a derrota em massa dos felinos, Elesis falou:

– Lass, você é realmente um ninja!

Interrompendo a puxação de saco da companheira, Lire apontou que uma menor parte dos inimigos estava em pé. Grand Chase agiu na ofensiva agora, e muito melhor do que todas as outras vezes. Finalmente eram um grupo de guerreiros de elite. A confiança de todos aumentou após a derrota de Cazeaje, provavelmente o maior feito da equipe. Estavam agora equiparados com a equipe original.

– Você é mesmo uma tapada, como pôde cair na armadilha dele? – Arme perguntou para Elesis enquanto atacava.

– Não fui eu quem enganei a equipe inteira fingindo que queria fugir. – Sorriu. Arme entendeu e alegrou-se por Elesis acolhê-la outra vez.

– Ainda tem aquele lá. – Lass falou para não comemorarem. A criatura em questão estava concentrado e finalmente seu objetivo foi apontado: uma esfera (e muito possivelmente a mesma esfera que Lass falava desde o começo que o seguia após sua retomada de consciência no território da rainha das trevas) apareceu para aqueles que antes não a enxergavam.

– Então essa é a esfera que somente Lass enxergava. Essa esfera é... “Aquela mesma”. – Ryan lamentou. Era a terceira vez que a encarava.

Quando presenciaram contra Gaicoz, Vermécia passava pelo maior choque de exércitos. Da segunda vez, Cazeaje fez questão em mostrar o que preparou para Vermécia. O que viria agora?

– Este é... o fim de Vermécia! – falou o inimigo.

– Quem diabos é você? – perguntou Elesis ainda olhando para o alto.

– Eu sou Amon Negro, o grande senhor da destruição.

Elesis riu.

– “Senhor da destruição”, é?

– Exatamente. Aquele que veio anunciar o fim de Vermécia! Contemplem a destruição máxima!

“Eu acredito em meus companheiros de reino, mas... Que sensação é essa? Até parece que ele não está brincando”. E enquanto a cavaleira pensava isso, a esfera mostrava Vermécia semidestruída. A situação não estava nada boa.

– Cazeaje foi destruída. Isso devia ter acabado. – Arme arriscou.

– Enquanto vocês não chegarem a Vermécia, isso não poderá ser acabado. Aliás, isso vai muito além de Cazeaje... E de mim. Contudo, este é o último dia da guerra. Preparem-se para um novo mundo.

– Um dia... Pode ser um blefe, mas não seria o suficiente para chegarmos lá. – Ryan falou o óbvio como costumava fazer em momentos de tensão.

– Espere aí... Vai além de Cazeaje e você? – Lire quis saber.

– Cazeaje foi somente uma, dentre muitos. Eu também. Estou aqui para anunciar oficialmente o fim de Vermécia. Se vocês fossem capazes de me deter, estariam apenas começando. Teriam derrotado enfim todos os peões, para enfim mirar o rei e a rainha. Contudo lembrem-se: Eles estão protegidos por muitos bispos, cavalos e torres.

Elesis não gostava da analogia. Cazeaje como um peão? Era ridícula essa ideia.

– Ryan, faremos a formação com a qual derrotamos Paprion. Os outros tentarão dar a maior ajuda possível com suporte.

– Entendido, líder. – Ryan respondeu, transformando-se rapidamente em lobo e arremessando Elesis. Antes que simplesmente desistisse de alcançar o inimigo, acumulou também o “fogo do lobo”, tentaria usar ele para ganhar impulso dessa vez.

Elesis alcançou o Amon Negro nos ares. Enfiou a espada verticalmente, criou fogo e lançou a alguns metros, atingindo o mesmo Amon que foi distanciado pelo corte vertical. Mesmo sendo tão incrível o combo, ele não parecia estar tão ruim.

Ryan já estava nos ares e deu mais um impulso em Elesis, que estava caindo. Agora ambos lutavam lá em cima. A garota atacou, foi atingida pela garra. Ryan deu uma rabada e criou mais fogo. Controlava-o melhor do que nunca e queimou seu oponente a uma distância média, considerando seu estilo de combate. Usando do mesmo artifício, Amon Negro acertou-o com o rabo.

A pouco de ser acertado pelo mais forte raio de Arme – “Raios e Relâmpagos”, a mesma técnica utilizada nos soldados de Cazeaje mais cedo no mesmo dia – Amon Negro protegeu-se com uma expansão de energia enorme, algo como uma bola de energia verde-escura.

A expansão foi tamanha que Elesis e Ryan foram acertados. Os dois caíram de uma altura enorme e Lass felizmente conseguiu atingir os dois cantos opostos em pouco tempo, pegando-os juntos. Estavam deitados de olhos fechados, mas não deviam estar tão mal quanto aparentavam, afinal eles tiveram sorte!

– Minha vez. – Lass falou. Dava o maior impulso possível e bem acima dele, preparando o “ataque final” para acertá-lo em baixo.

Amon Negro foi rápido. Direcionou sua garra flexível para o Lass que evitou dano. Fugia rapidamente e a garra acompanhava. Logo a outra garra ajudou. Escapar de duas estava difícil, mas não impossível. Ainda tentava confundir para ter uma brecha no ataque.

Lass não esperava que Amon fosse dar uma cabeçada e pela surpresa do movimento com a cabeça, perdeu o foco e foi atingido pelas garras. Se fosse atingido pelo chifre em seguida, seria complicado sair vivo. Mais um raio de Arme impediu que Amon prosseguisse no ataque com a cabeça, agora que desviou. Lass já caia.

Uma chuva repentina de flechas pressionou mais o Amon a ficar na defensiva.

– Vamos mostrar para ele o poder das usuários de ataques de longo alcance da Grand Chase! – Arme vibrou com o êxito dela e Lire, mas não esperava que Amon lançaria em seguida mais um ataque igual àquele que ela absorveu em sua aparição.

Elesis, Lass e Ryan estavam tentando se levantar.

TIN! – ressoou. Que barulho era aquele? Amon estava sem explicação congelado!

– É sua magia de congelamento, Arme, não é? – Elesis estranhou, por não ver movimentos nos cajados.

– Não, a proporção desse gelo é maior! – revelou.

O dono do gelo só apareceu agora, e tipo... sem ninguém notar, mais uma vez, mesmo com todos observando! Era... Diferente! Mas por que era diferente?

– Eu acho que sei o que ele é. – Lass mais sentiu do que explicou. O rapaz que os salvou, no entanto, apenas criava um novo ataque. Este, um ataque supremo.

Espada do infinito! – e sua espada expandiu, tanto que criou outras “imagens” mágicas da própria espada, como mini-lâminas. Direcionadas, acabaram com Amon, que caiu no solo quebrando-o em pedacinhos.

O forasteiro apareceu. Já mandava em Arme nas suas primeiras palavras. “Se você é uma maga, queime todo o corpo dele enquanto tiver tempo”.

A esfera de Cazeaje reativada por Amon desaparecia aos poucos. Vermécia estava destruída por completo. Se tivesse um ou outro ser vivo, era bastante, e mesmo assim não haveria condições de viver por lá, para esse poucos sobreviventes. “O que viria agora?”, perguntavam-se nervosos, encarando mais um colega novo. Enfim, a guerra de Vermécia acabou. O resultado, no entanto, foi uma completa perda!


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