Grand Chase Heroes escrita por Extase


Capítulo 30
Capítulo 28 - O Castelo de Cazeaje




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– São bilhões de caminhos se cruzando. – Elesis falou, reparando que aquilo parecia um formigueiro, com os acessos que se entrelaçavam. – Deveríamos nos separar em dois grupos. Sempre haverá uma segunda pessoa para vigiar, enquanto o outro abre o caminho, e a área de procura por Cazeaje será expandida, ou o tempo que gastamos será diminuído pela metade.

Elesis estava certa, só havia uma pergunta a se esclarecer:

– E quem vai com quem? – Lire a fez.

– Você vai com o Ryan. Eu vou com Arme.

Lire ficou vermelha. “Ai, desse jeito até parece que os dois nunca ficaram sozinhos antes”, Arme pensou.

– Esse comportamento... Alguma objeção, Lire?

Lire só olhou para baixo, sem falar nada.

– Tá bem, venha comigo então. Como eu e Ryan abriremos caminho, não poderemos ir juntos!

Lire aliviou-se, sem falar nada. Transpareceu isso. Diante da situação, Ryan desviou seu olhar e falou sem jeito: “Então, Arme, vamos indo?”, e partiram.

***

– Droga, bem como eu falei, isso é igual a um formigueiro! – Elesis reclamou. Não sabia para onde estava indo, e em todo canto aparecia um “operário” (soldado de Cazeaje, ignorando a analogia que Elesis fez. Por mais, é claro, que o capacete dos soldados até lembrasse uma cabeça de formigas).

– Não são capacetes humanos, eles são robôs. – Lire corrigiu Elesis. – Não sei dizer como Cazeaje tem robôs ao seu comando.

– De onde é que eles estão aparecendo?

– Você mesma falou. É como um formigueiro. As formigas cruzam os caminhos na tentativa de deixar o inimigo perdido, encurralado e preso.

Vamo pra cima! – Elesis gritou.

Os músculos de Elesis já estavam pulando de tanto esforço. Estaria ela enfim mostrando seu limite?

“Ela continua determinada. O que sou eu comparada a ela?”, Lire murchava seu espírito.

***

– Ryan, cuidado! – Arme alertou.

Ryan pulou escapando para que aquela gigante mão não o amassasse e, caindo, parou acima da própria mão do monstro. Ele parecia estar pronto para arremessar Ryan longe.

“Mas nós o matamos, não matamos?”, Arme ficou com medo, olhando para o monstro.

– Corra, Arme. Este não é o mesmo troll que enfrentamos na floresta élfica!

Era verdade. Aquele monstro era mais sombrio, roxo. Parecia ter sido tomado pelas trevas do local, já.

– Eu disse para correr, Arme. – Ryan falou enquanto era arremessado.

Enquanto Arme falava “Não, eu não posso abandoná-lo” o Ryan se segurou na mão que agora chacoalhava e tentou cortá-la. Seu machado não penetrou fundo o suficiente.

– Corre, estou falando: eu tenho um plano!

Ryan acertou um ataque no corpo duro do troll, que saiu correndo. O troll saiu correndo, que nem percebeu que o texugo de Ryan já tinha subido em seu corpo. Agora estava pendurado na cabeça de Ryan, que estava sentado nas costas do troll.

O troll corria, e Arme corria à frente dele.

– Barreiras-mágicas de dureza, Arme. Concentre-se nelas a cada porta de acesso que passarmos.

As tais portas de acesso não eram exatamente portas. Eram espaços abertos e pequenos que davam acesso às outras salas.

Arme entendeu o plano. Começou atirando seus projéteis de raio em plena fuga. Passou por uma porta e fez uma barreira-mágica.

O troll, que continuava chacoalhando seu corpo enquanto corria para expulsar o Ryan (que não conseguia dominá-lo) de seu corpo, foi acertado com tudo pela barreira. Aquela não era uma barreira de retenção pela qual não poderia passar, e sim uma barreira de dureza, que era quebrada à força causando um grande dano a quem encostava nele.

A barreira quebrada fez com que o troll freasse e também parasse de tentar jogar Ryan no chão, mas o intervalo foi mínimo, para que retomasse os movimentos. Ryan apressou-se para colocar seu plano em ação sob ajuda de texugo, que o espalhava energia vital: a especialidade do monstro, aliás.

“Ótimo. Foi tempo suficiente para eu implantar meu esporo venenoso”.

Lentamente, Troll avançava continuando aquilo que parecia ser um plano.

– Droga, meus raios não estão fazendo nem cócegas! – Arme notou. Mesmo não cessando-os, a pele de Troll continuava praticamente igual, tirando umas marquinhas que não davam para definir do que se tratavam.

Enquanto prosseguia atirando os raios, Arme foi pega de repente.

“Droga, esses soldados estão enchendo tanto o saco. Não achei que eles fossem me prender”, pensou, mas prenderam. O fato é que eles imobilizavam em conjunto (um segurando por cada lado) o corpo de Arme. O máximo que ela poderia mexer, e muito pouco, seria seu pé. Não poderia arriscar um chute, no entanto. O troll chegava perto. “Não consigo sequer teleportar”.

Não alcançava sequer seu cetro que caiu no chão. Não poderia contornar a situação. Estava certo que seria esmagada pela mão de troll, agora.

“Droga, ele percebeu sua queda na velocidade. Deve saber que estou drenando sua energia vital”, Ryan viu, agora que o troll virou-se para ele pronto para acertar. Ryan pulou do corpo. Troll esmagaria ele antes de Arme!

O que ele esmagou, entretanto, foi algo diferente. Um escudo-mágico que se perdeu!

– Obrigado, Arme. – Ryan demonstrou a satisfação que teve. Estava vivo!

– Se quer de fato agradecer, mantenha o monstrengo longe até que eu acabe com eles.

“Eles”? Ferrou bonito! Eram muitos soldadinhos de uma só vez, não conseguiriam dar conta. Ryan pulou e dois soldados que vinham atacá-lo diretamente se acertaram, acabando um com o outro. Soltou um rugido de lobo, ainda que não estivesse naquela forma, e acabou com os que estavam próximos em trezentos e sessenta graus. Escapou do braço de troll com uma pirueta e já chegava ao chão enterrando seu machado.

Arme – que já se livrou dos dois soldados que a prendiam não se preocupava com o grandão que se concentrava em Ryan, mas tinha uma quantidade gigante para derrotar. Soltou raios lineares acabando com uma fila de inimigos, mas por todos os outros lados eles avançavam muito rápido. Penetrou o cajado explodindo o inimigo, deu uma cajadada que feriu diretamente, com pouca eficácia e vendo que não derrotou o inimigo chutou-o enquanto tomava um “soco” (tá bem que aquilo não parecia exatamente uma mão) e deixou-se ser atingida para derrotar mais um.

Não dando conta do enorme contingente, decidiu um ataque massivo que acabaria com suas forças. O campo foi tomado por raios, com espaçamentos maiores do que aqueles raios da Kamiki, mas esses raios em especial eram mais fortes e espessos que os dela. De certo modo, Arme sabia atirar esses raios há muito tempo, mas a forma vertical e o estilo deles, a “forma”, foi modificada baseando-se na experiência que teve contra ela.

“Droga”, Ryan e Arme pensaram juntamente. Ryan seria atingido pelos raios amarelos. Eles avançavam pelo campo até aquele momento, que avançariam para ele (já tendo acertado o troll). A área de Ryan em especial não foi acertada. “Ufa”, o pensamento duplo aconteceu novamente.

Se aquilo foi feito pela vontade de Arme ou não, não ficou claro. O que importava é que Ryan estava salvo.

– Alguns ainda sobreviveram. – Arme mostrou, soldados perdidos aqui e ali.

– Troll também. Cuide dele, que eu vou dar conta dos pequenos.

Arme preparou uma barreira múltipla, mista de contenção e de dureza. Troll poderia quebrá-lo e sacrificar sua força, mas ficaria muito tempo preso ali.

Ryan aproveitou e atacou, começando daqueles que estavam mais perto de Arme para os que estavam mais longe. Girou atacando com o machado, levantou o machado, enterrou ele e assim foi, acertando quem sobreviveu.

– Este foi o último. – Ryan falou, quando alcançou uma das portas.

– O troll está vindo, cuidado! – Arme avisou.

“Droga, não podemos nos separar”, Ryan tinha a certeza. Eis que falou:

– Arme, não siga em frente. – então Arme escapou de um ataque contornando para um dos seus lados. – Aqui à esquerda há uma porta pequena. O troll não irá nos alcançar!

Ryan esperou que Arme contornasse outra vez o caminho e assim que o fez, passou pelo portal. Em pouquíssimos segundos, Arme passou também. Troll quebrou a parede e passou junto.

Ryan e Arme, antes aliviados, viram que troll alcançou-os assim que quebrou a parede. Estavam perto demais, seria difícil escapar. Chegando à velocidade máximo ao fim da atual sala, perceberam:

– É uma cilada, Arme! Não há nenhuma porta de acesso nessa sala.

– Sim, e a outra foi selada magicamente. Não conseguiremos sair daqui.

Troll já apontava o braço para esmagá-los enquanto Arme preparava agora uma barreira de proteção. Ela tinha certeza que no atual estado de força, não conseguiria protegê-los com a barreira por mais do que dois segundos.

O troll caiu.

– Eu acho que a verdadeira cilada era nos prender com ele. – Arme apontou. Era um monstro que, nem notou, mas caiu do teto da sala de gigante altura para ficar agora à frente do portal selado. As paredes da sala se comprimiram e tinham a mesma largura que o corpo do tal monstro, deixando-os sem área de fuga.

– Esse dragão oriental*... Ele conseguiu queimar o troll tão facilmente? – Ryan imaginava.

– Não parece um dragão qualquer. Eu acho que é um basilisco!

Ryan não podia perder as esperanças, mas agora estava mais fácil do que nunca.

*Dragões orientais têm presas parecidas com as dos ocidentais, mas seus corpos são menos pesados e transparecem menos força, sendo normalmente mais cumpridos de maneira similar às serpentes.

***

– Você está bem, Elesis? – Lire tentou socorrê-la, estando com seu corpo em perfeito estado, mas sabendo que a amiga estava se esforçando demais.

– Sim... E conseguimos deter mais uma sala cheia de soldados, podemos ir para a próxima?

Lire queria dizer só que “sim”, porém algo diferente saiu de sua boca:

– Aquele símbolo definitivamente não é boa coisa, Elesis. Não sei o que nos espera lá, atrás da próxima sala.

– E é por isso que não as deixarei chegarem lá. – Falou uma voz um tanto familiar.

– Gorgos? Prepare-se. – Elesis provocou mesmo esgotada.

– Elesis, você está esgotada! Não pode...

– Esgotada ou não, eu não vou deixá-lo encostar em você.

Gorgos riu das ações das duas garotas, mas deixou claro em sua pose de “bote” que se preparava para atacar.

– Se está realmente tão determinada nessa sua situação desesperadora, por favor siga em frente, Elesis. Eu sei que é você quem vai nos salvar, afinal é sempre você. Mesmo assim, juro. Com esse aqui... Eu tenho contas a acertar. – Lire apontou para Gorgos. Aquele Gorgos no entanto tinha o corpo igual do Gorgos Vermelho, mas uma coloração roxa ainda mais intensa do que o roxo daqueles Gorgos invocados pelos magos na luta de Canaban contra Serdin.

Era estranho tudo ali desde às paredes até todos os monstros ser roxo. Mas não teriam tempo para pensar numa coisa ridícula dessas. Teriam que lutar.

– Me alcance em um piscar de olhos, Lire. – a cavaleira pediu, prosseguindo para a sala do símbolo o qual Lire apontou ser suspeito.

– Como se eu fosse deixar vocês seguirem. – Gorgos deu o bote, passando por Lire e apontando as garras para Elesis.

– Sou eu quem não deixarei você fazer o que quer. Sou eu quem vou estar um passo à sua frente dessa vez, Gorgos. – Lire falou após acertar Gorgos com uma flecha que o jogou para longe. – Conheça meu modo saraivada.

Mesmo Gorgos tendo sido acertado na parede que se quebrou e dava acesso à sala na qual Elesis já entrou, a parede se reconstituiu magicamente em um piscar de olhos e Gorgos já tentava se recompor, agora no chão.

A sala que Elesis entrou foi selada magicamente, Lire notou. Não sabia como prosseguiria após derrotar Gorgos.

***

– Então você provavelmente é quem está por trás de “tudo aquilo”, Elesis falou enxergando seu oponente. – ótimo, isso vai ser divertido.


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