PV EDWARD

Entrei no quarto e vi que minha garotinha ainda dormia. Ontem havíamos comemorado o seu aniversário de quinze anos, mas para a infelicidade de Alice Bella não quis festa. Então fizemos apenas um jantar especial para ela. E a enchemos de presentes é claro.

Sentei-me ao seu lado na cama.

— Bella, meu amor, acorde. – lhe dou um selinho.

— Não. Eu quero dormir mais. – diz manhosa.

— Está um lindo dia lá fora e você vai ficar enfiada embaixo das cobertas.

— Vou já que o máximo que eu poderei ir é até a varanda mesmo. – falou triste.

Carlisle não a deixava sair de casa no máximo até a varanda por que suas defesas imunológicas ainda estavam um pouco baixas. Bella finalmente havia recebido a notícia de que estava curada, mas ainda tinha de tomar algumas precauções antes de poder voltar a sua rotina normal.

— Mas e se eu disser que vou te levar há alguns metros além da varanda.

— Eu diria que você estaria procurando uma encrenca e das grandes com o vovô.

— E se eu disser que ele liberou isso.

— Sério?!- se senta rapidamente na cama.

— Hum... - colocou a mão na cabeça.

— O que foi? – perguntei preocupado.

— Nada, eu só levantei rápido de mais e fiquei tonta, mas já passou.

— Mesmo?

— Eu estou bem. -me garantiu.

— Bom papai disse que eu poderia sair com você, desde que fosse dentro do limite da nossa propriedade. Mas eu acho que ele esqueceu que a nossa propriedade tem alguns quilômetros de tamanho. – lhe dou uma piscadinha.

E ela gargalhou.

Ah! Como é bom vê-la sorrir.

— Se arrume eu te espero lá embaixo. –lhe dou um selinho e sai do quarto.

Algum tempo depois Bella desce as escadas.

— Feche os olhos e só abra quando eu mandar. – e fez o que eu pedi.

Eu a peguei nos braços e sai correndo com ela na velocidade de vampiro.

— Pode abrir. – digo quando a coloquei de pé.

— Minha nossa! - Bella olha surpresa para a mesa de café da manhã posta a margem do lago da nossa casa.

— Gostou?

— Adorei Edward.

— Sente-se. – puxo a cadeira para ela e me sentei na outra ao lado dela.

Bella virou a xícara que estava emborcada e viu uma caixinha.

Olhou para a caixinha confusa, mas a pegou, abriu e viu que tinha um anel dentro e ficou tensa.

Eu esperava uma reação de surpresa e não de nervosismo. Porque será que ficou nervosa?

Será que Bella pensou que era um anel de noivado? Bom esse pedido eu certamente farei, mas futuramente é claro.

— Edward é lindo! – diz ainda nervosa.

— Bella eu fui criado em uma época, em que para se tudo fazia um pedido.

E vi que Bella ficou ainda mais tensa. Então resolvi encurtar o pedido, para acabar logo com essa tensão dela.

— E bem devido à circunstância que felizmente já fora superada não pude fazer antes. Você aceita ser minha namorada?

Ela soltou um suspiro de alívio e em seguida me deu um sorriso.

— É claro que eu aceito Edward.

Eu coloquei o anel em seu dedo e lhe dei um beijo apaixonado.

— Você achou que era um anel de noivado, não achou?- perguntei querendo confirmar minha suspeita.

— Sim. – desvia o olhar e corando.

— E se fosse? 

Se disser que sim, isso me deixaria mais confiante para quando eu fizesse o pedido futuramente.

— Eu teria aceitado...

Eu abri um sorrio ao ouvir isso.

— Mas enrolaria para marcar uma data. 

E o meu sorriso morreu quando terminou sua frase.

— E porque você enrolaria? A caso iria ganhar tempo para arrumar uma desculpa para recusar meu pedido depois. – uso um tom de brincadeira, mas estava com medo de sua resposta ser isso mesmo.

— Não! - diz chocada - Aí droga! – derruba sem querer um pouco do café na mesa.

— Deixa que eu limpo. - pego um guardanapo e limpo onde sujou.

— Eu não o enrolaria com essa intenção, só até eu me formar no colegial. Afinal tenho apenas quinze anos Edward.

— Hum, tem razão. – me sinto aliviado por esse ser o motivo.

Eu tinha noção que esse passo não daríamos tão cedo mesmo.

— Mas já que esperei um século para a senhorita aparecer na minha vida, e mais doze anos para poder me declarar, esperar dois anos a mais para me casar com você não será um sacrifício tão grande. – lhe dou uma piscadinha a tranquilizando. E ela me deu um selinho.

— Tome seu café vai esfriar.

Ela assentiu tomando seu café da manhã.

Me casar com a minha garotinha, isso será um dos momentos mais feliz da minha vida. Ah! Droga isso me lembrou de que eu tenho de falar com ela em relação a filhos. Reprimi um suspiro triste. Será que Bella aceitará se casar comigo, mesmo sabendo que eu não poderei lhe dar filhos?

— O que está se passado aí em sua cabeça que o está deixando triste?

— Nada demais.

Eu não queria falar disso agora, queria me preparar primeiro, encontrar as palavras certas.

— Por favor, me diz. – pediu daquele jeito que eu não resisto lhe negar nada.

— Bom é que falar de casamento me lembrou de algo. 

— De que? Não me diga que você vai dar para trás antes mesmo de me fazer o pedido oficialmente. –  diz divertida.

— Não, mas você pode. – falo sério, mudando de ideia já que eu teria que falar disso em algum momento mesmo.

É melhor que Bella saiba desde já e assim já vai pensando sobre o assunto.

— Porque eu faria isso? Se eu te amo. 

Eu dei um sorriso pela sua resposta, mas logo me veio o motivo a mente e fiquei sério novamente.

— Porque er... bom eu não vou poder te dar filhos.

— Isso não importa Edward. – diz tranquilamente.

Acho que Bella era muito nova ainda, seu lado maternal não estava aflorado, mas tenho certeza que sua resposta será diferente daqui alguns anos.

— Bella eu vi isso durante décadas na mente de Rose, o desejo de ser mãe e não poder, ela sofria bastante com isso até ter a sorte de você ter entrado em nossas vidas, mas se você tiver esse desejo futuramente, eu vou te deixar livre para isso. - respiro fundo seria difícil abrir mão dela, mas faria pela sua felicidade - Você poderá se separar de mim e procurar algum humano e constituir família com el...

— Shiii... - me silencia encostando um dedo em meus lábios.

— Eu posso suportar não ter qualquer outra coisa, menos não ter você. 

Bella parecia convicta de suas palavras.

— Está mesmo certa disso?

— Estou, e de qualquer forma, poderemos fazer como meu pai Emmet e minha mãe Rosalie, seremos pais do coração de alguém, caso o desejo de ser mãe bata em mim futuramente.

— Sim isso é uma boa solução. - digo feliz por existir uma e em seguida lhe beijo apaixonadamente.