Saímos do apartamento e eu o tranquei. O apartamento de Harry era de frentre pro meu então enquanto eu trancava minha porta –Apesar de Harry insistir que não precisava pois ninguém entraria ali- Harry me esperava já dentro do seu apartamento segurando a porta. Quando entrei na “casa” de Harry, estava tudo em perfeita ordem.

_Você tem empregada né! Por que duvido que sua casa fica mesmo nessa ordem. –falei olhando para tudo e sorrindo para mim mesma.

_Na verdade  é porque eu cheguei hoje e Louis só vem amanha..então.. –ele sorriu e foi ai que pude ver perfeitamente a covinha de seu rosto. Não resisti e fui até ele, e com meu dedo indicador “afundei” sua covinha. –Que isso ? –ele perguntou ainda sorrindo, e a cada vez mais eu afundava sua covinha. Acho que já estava até doendo, então Harry colocou suas mãos um pouco para baixo dos meus seios, na lateral da minha cintura e começou a fazer cócegas . OK! Meu ponto fraco foi descoberto!
Ele esfregava suas mãos em minha cintura e em meu pescoço, eu gritava ofegante e sem ar, até que minhas pernas amoleceram de tanto eu rir, caí no sofá, Harry me acompanhou ficando com seus joelhos no chão, mas suas mãos ainda fazendo cócegas em mim. Acho que ele se cansou, então a “brincadeira” parou. Ele encostou suas costas no sofá, respirei fundo ainda deitada no mesmo, e então me sentei escorregando pro chão ficando ao lado de Harry. Amarrei meu cabelo em um coque mal feito, Harry olhou pra mim e riu. 

_Caramba! Você está soando! –Ele riu novamente, e com a costas de sua mão passou-as em minha testa, limpando o meu suor.

_Acho que vou em casa trocar de roupa, estou com calor. – Porra! Fazia tempo que eu não sentia calor.. Me levantei indo em direção a porta, mas Harry me segurou.

_Ah não! Você vai demorar muito. Toma pega essa aqui. – Harry tirou sua blusa de frio e em seguida também tirou  sua camiseta azul esverdeada ficando sem camisa na minha frente. -Rose? –Harry deu um gritinho tirando minha atenção do seu corpo perfeitamente moldado.

_Oi? É não, não precisa eu vou rápi...

Harry me interrompeu jogando sua camiseta em cima de mim e indo em direção a um corredor. – Já volto, ali é o lavabo oh!! –Harry aponta para uma porta branca no inicio do corredor. Respirei forte e segui ao banheiro.
Como assim ele tira a roupa na minha frente? Ele acha que é bonito! Como pode isso ?Ele acha que pode tirar a camiseta e pronto!  Afff!  OK OK OK! Ele é maravilhoso e pode tirar a camiseta na hora que quiser. Odeio gente bonita! – sorri com meu próprio pensamento. Eu tirei minha blusa e quando fui por a camiseta de Harry pude sentir o perfume maravilhoso que penetrava nela. Coloquei-a e sai do banheiro. Harry estava sentado em uma bancada. Ele sorriu e eu ri.

_Está parecendo uma camisola isso aqui! –Abri os braços para que ele pudesse ver o tamanho que ficou, ele riu.

_Você vai querer pizza do que ? –Harry tirou seu celular do bolso de sua bermuda.

_Sei lá! Tanto faz, por mim, qualquer uma.. –Me sentei no sofá e peguei o controle mudando de canal. –Você não vai chamar seus amigos?

_Na verdade já liguei pro Niall, mas todos vão sair, quer dizer ele não mas diz ele que sempre quando eu trago uma menina pra casa, alguma coisa acontece, e ele não gosta de interferir..-olhei pra ele rápido com os olhos totalmente arregalados. –Calma!! Com você é diferente, você é minha amiga, amigona, eu tentei explicar pra ele, mas ele disse que achava melhor não, Niall deve estar com vergonha de você, ele normalmente é tímido quando se tem menina no meio. Mas e ai qual pizza?

_Pode escolher! – Como assim toda vez que ele trás alguma menina acontece alguma coisa? Não gostei disso, e o pior de tudo é que ele fala como se isso fosse a coisa mais normal do mundo. Ele é tão perfeito, mas tão safado e mulherengo, será que já namorou antes? Por que do jeito que ele é...

_Pronto, já fiz o pedido, chega daqui uns quarenta minutos. –sorri e voltei  prestar atenção na televisão. Ele se sentou ao  meu lado, quer dizer estávamos na mesma parte do sofá, mas bem distantes um do outro. –Que tédio! – ele falou, e eu consenti com a cabeça apenas. Acho que o sono estava voltando e me dominando. Ficamos em silêncio até eu enxergar um violão.

_Um Taylor? – me levantei e fui em direção a ele.

_Sim! Você toca? – Harry se deitou no sofá e obrigatoriamente me sentei no chão com o violão.

_Já fiz aula com meu avô, mas depois que ele faleceu, nunca mais nem toquei em um violão.

_Nossa, sinto muito! – consenti com a cabeça, mas sinceramente, odeio quando falam “Sinto muito” pra mim, só faz eu sentir mais saudade do meu avô.

_Mas acho que não sei fazer nem mais um acorde. – sorri me levantando e guardando o glorioso Taylor.

_Tente! – Harry se sentou e sorriu.

_Não, não!! Obrigada!! –sorri balançando a cabeça negativamente.

_Eu tenho um estúdio aqui, quê conhecer? – Arregalei os meus olhos, fazia muito tempo que eu não entrava em um estúdio musical. Concordei com a cabeça e o segui até o lugar.
Logo que entramos no estúdio, me encantei, tinha muitos instrumentos lá, mas o que mais me chamou atenção foi em um piano sem cauda que ficava no canto da sala, meio que isolado.

_Nossa que bonito. –me sentei no banco que havia ali e tirando um pouco da poeira dele. Levantei o tampo, e passei o dedo de leve nas notas, sem deixar sair som algum.

_Ninguém nunca tocou ele. Ele é antigo, comprei em uma loja de antiguidades. – olhei pra trás e vi Harry encostado na porta com os braços e pernas cruzadas. Voltei meus olhos para o piano, e dessa vez apertei um DÓ, seguido de um RÉ. Voltei minhas mão ao centro do piano e fechei meus olhos deixando a melodia de When I look at You sair, como se fosse um vento. As notas surgiam, nós não podíamos senti-las, nem vê-las , mas meus ouvidos as escutavam, e o sorriso no meu rosto era perplexo de lembranças de meu avô, meu mestre, o qual me ensinou tudo o que eu sei hoje. Parei de tocar e ouvi palmas, me virei com tudo, a música entrava tanto em mim que tinha até me esquecido da presença de Harry.

_Você já é linda, e tocando piano, fica mais linda ainda e ainda ao som de When I look at you, caralho vi estrelas agora. – Palhaço! Harry sempre dava um jeito de me fazer rir, e essa era uma das coisas que eu mais gostava dele.