Evolet Potter escrita por Victorie


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

VihVicentini:
Ooooi gente.
Tá bom, meu humor melhorou um pouquinho, de oito comentários por capítulo a gente foi pra doze, ainda é pouco pra 64 leitores mais deu uma melhorada.
Obrigada pro pessoal que comentou, vocês são uns divos, e como eu disse antes é por vocês que comentam que eu ainda to escrevendo.
Beeeijos.
Libueno:
E aí, cambada, sentiram minha falta?
Não, né? Com a Vih o bagulho é mais delicado, é mais fácil...
Então, curti os reviews povo, e desculpa eu não responder, mas eu leio todos *-*
Beijos pra quem comenta, e peço para que os fantasmas sigam esses exemplos.



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O tempo passou e dezembro chegou.

Meu namoro com Draco estava cada vez melhor, depois de todos aqueles boatos sobre a minha suposta gravidez e o meu belo barraco no Salão Principal Draco achou melhor que assumíssemos de vez nosso namoro, então agora vivíamos pra cima e pra baixo juntos.

Tá, nem TÃO juntos assim porque os professores estavam aumentando cada vez mais as lições de casa por causa dos N.O.M.s, e também tinha o trabalho do Draco como monitor e os treinos de Quadribol que ele tinha toda a semana.

Mas tirando a parte ruim de ter que ficar longe do fuinha essas coisas eram ótimas quando eu precisava dar uma desculpa para poder ir às aulas da A.D. sem que o Draco desconfiasse. A maioria das aulas ele tinha treino de Quadribol no mesmo horário, e quando não eu inventava que tinha que ir a biblioteca estudar para os N.O.M.s.

_O que você escreve tanto? – Draco perguntou, levando a cabeça para trás para poder me ver.

Estávamos sentados em frente à lareira do Salão Comunal da Sonserina, eu no sofá escrevendo apoiada na perna e Draco no chão com as costas apoiadas no sofá fazendo um trabalho de poções.

Li mais uma vez a carta antes de responder.

“Laurie, que saudades suas e do Chris. Desculpa amiga, não tive tempo pra escrever pra vocês, mas não pensem que os abandonei, é que agora estou tendo que dividir meu tempo entre os estudos e o “gatão” - como você diria - do meu namorado.

Isso mesmo. Arrumei um namorado, eu disse que iria desencalhar antes que você.

Mas eu vou te dar um desconto porque eu sei que o Chris é lerdo que dói quando se trata de perceber que você é perdidamente apaixonada por ele.

E não adianta negar porque eu sei que você é. Espero que ele esteja do seu lado quando você ler a carta, ai quem sabe vocês se resolvem de vez.

Mas voltando ao assunto do MEU namorado, ele é louro, é lindo, jogador de quadribol, é lindo, tem olhos cinza, é lindo, se chama Draco Malfoy, é lindo, tem um corpo de modelo, é lindo, é metido, é lindo, é um fofo, é lindo, me pediu em namoro em frente à escola toda, é lindo, e o que mais tem pra dizer... Ele é lindo.

Ai Merlin, lendo o que eu escrevi fiquei parecendo uma adolescente de filme trouxa apaixonada. Ah mas que se foda, to apaixonada mesmo.

E só pra avisar, as suas 23 cartas perguntando se eu estava mesmo grávida chegaram, e NÃO, EU NÃO ESTOU. E por favor, avise o Chris que se ele ameaçar mais uma vez o Draco eu vou ser obrigada a mandar um crucio nele.

Tá parecendo o Harry!

O idiota do meu irmão bateu no Draco quando viu a reportagem que aquela vaca da Rita Skeeter escreveu.

Na verdade mais apanhou do que bateu.

E falando no meu “querido” irmão, as coisas entre nós estão melhorando, acho que estou começando a perdoa-lo por ter me feito mudar de escola, se não fosse ele eu não teria conhecido o Draco.

E sinta a ironia, os dois se odeiam. Draco infernizou a vida de Harry desde o primeiro ano, acho que devia ser ciúmes por ele ser famoso sem esforço nenhum.

Ah e só pra avisar estou me convidando pra passar as férias de natal na sua casa, então me encontre na estação de King’s Cross na véspera de natal.

Diga a todos em Beauxbatons que estou morrendo de saudades, mil beijos.

Com muito amor Evolet Potter.”

_Uma carta para a Laurie e pro Chris. – respondi sem desviar o olhar do pergaminho – Estou avisando que vou passar o natal na casa da Laurie.

_Quem são eles? – Draco perguntou fechando a cara.

_Laurie Bernard e Christian Fournier – disse rolando os olhos – eu te contei deles Draco, meus melhores amigos, de Beauxbatons. Lembrou?

_A sim, - ele voltou a atenção para o trabalho – não gosto desse Christian.

Malfoy com ciúmes, tem coisa melhor?

_Você nem o conhece Draco, - rolei os olhos – assim vou achar que você esta é com ciúmes dele.

_E estou mesmo, acha que gosto de saber que a minha namorada tem um amigo que como você mesmo disse “vive arrasando corações por Beauxbatons”.

_Você só esqueceu do detalhe de que o coração dele já esta arrasado pela Laurie. – disse e ri.

Draco não disse nada, mas pude ver o começo de um sorriso no canto da sua boca.

Enrolei o pergaminho e amarrei com uma fitinha de cetim vermelha.

Olhei para o relógio em cima da lareira. Era quase hora de mais uma aula da A.D.

_Quanto tempo falta pra você fazer a ronda? – perguntei.

Como monitor Draco revezava os horários das rondas pela escola com o Filch e os outros monitores.

_Uns vinte minutos. – ele respondeu sem interesse – Por quê?

_Nada. – menti – É que eu queria que você fosse comigo ate o corujal comigo, mas acho que não da tempo. Vou pegar a sua coruja emprestada ok?

_Ahan. - ele respondeu.

Deixei minhas coisas mais ou menos organizadas em cima do sofá, peguei a carta e dei um beijo de despedida em Draco.

_Boa ronda. – desejei.

Assim que passei pela porta do Salão Comunal sai correndo em direção ao corujal. Faltavam dez minutos para a aula e eu provavelmente iria chegar atrasada, mas eu precisava despachar a carta antes.

Passei pelos corredores vazios ate o corujal. Lá encontrei uma coruja preta que eu sempre via entregar cartas a Draco e pedi que ela levasse a carta para Beauxbatons.

Depois de despachar a carta corri ate o sétimo andar do castelo. Passei três vezes em frente à parede e a porta da Sala Precisa apareceu.

Quando entrei todos já estavam praticando o feitiço estuporante.

_Desculpa, desculpa, desculpa! – pedi a Harry quando entrei – To atrasada.

_Achei que não vinha mais Eve. – Harry disse.

_Me chame assim de novo e eu corto a sua língua. – disse docemente.

Harry riu.

Reparei na decoração de natal da sala, várias bolas de Natal com a foto do Harry e escritas “HARRY CHRISTMAS” estavam penduradas no teto.

Que coisa ridícula!

_Você que fez isso? – perguntei e indiquei as bolas de natal.

_Não, Dobby, um elfo doméstico da escola. – respondeu sem prestar atenção em mim.

_Eu sei quem é Dobby. – rolei os olhos.

Harry não respondeu. Estava parado observando os alunos a praticarem, na verdade estava observando uma aluna em questão. Cho Chang.

Cara, acho o nome dela ridículo, ate o nome do Draco é mais legal.

_Você gosta dela. – afirmei.

_Ahan. – Harry confirmou, meio segundo depois corou quando viu o que tinha dito e tentou consertar – Quero dizer. Não.

_Por favor, somos gêmeos lembra, mesmo não indo um com a cara do outro a gente tem aquele negócios de gêmeos, não adianta mentir pra mim.

_Evolet por que você não vai ajudar Neville hein? – Harry perguntou e saiu de perto de mim.

Dei de ombros e fui ate Neville que tinha estuporado Parvati em vez de Dino com quem estava fazendo dupla.


Meia hora depois Harry encerrou a aula, seria a última antes das férias de Natal.

_Vocês estão ótimos, - Harry elogiou – quando voltarmos das férias podemos começar a praticar feitiços importantes como o Patrono.

Houve murmúrios de excitação por toda a sala, e em grupos de três ou quatro os alunos começaram a sair.

Eu, Harry, Rony e Hermione começamos a organizar a sala e colocar as coisas no lugar.

Odiava essa parte, aprender eles querem, mas ajudar a arrumar nunca.

Reparei que Cho ainda não tinha saído da sala e estava parada em frente a um dos espelhos olhando a foto do ex, Cedrico.

Pelo reflexo a vi limpar uma lágrima do rosto.

_Ei Harry, - fui ate ele e sussurrei – vai lá falar com ela, a console e tenho certeza que ela vai ficar caidinha por você.

_O que? Tá doida Evolet?– ele perguntou com os olhos arregalados.

_Você escutou. – respondi e me virei pro outro casal mal resolvido da sala, Rony e Hermione – E vocês dois vem comigo.

_Pra onde? – Rony perguntou desconfiado.

_Pra qualquer lugar que deixe o Harry e a Cho sozinhos. – Hermione respondeu e puxou Rony pela manga da blusa para fora da sala.

Fui atrás deles.

_Ei, espera. – chamei quando vi que eles iriam pra torre da Grifinória – não vão querer ver a cena?

Abri um pedacinho da porta de onde dava pra ver Harry conversando com a Cho.

_Isso é errado Evolet. - Hermione me repreendeu.

_Ah qual é Hermione – Rony disse e se juntou a mim – vai falar que você não ta curiosa pra saber se eles vão se acertar, o Harry ta afim dela desde o ano passado.

Nossa. Como meu irmão é lerdo.

Meio contrariada Hermione se juntou a nós.

Pela fresta da porta vimos Harry com cara de pânico tentando consolar a Cho, e podemos dizer que ele não era o melhor nesse assunto.

_O que eles tão falando? – Rony perguntou me empurrando para o lado.

_Não da pra escutar. – respondi e o empurrei de volta – Agora sai dai que eu cheguei primeiro.

_Grande coisa, o tenho mais direto que você, o amigo é meu. – Rony me empurrou de novo.

Indignada empurrei ele um pouco mais forte.

_Eu é que tenho mais direito, o irmão é meu, e se você não lembra a ideia de bisbilhotar foi minha.

_Querem parar vocês dois. – Hermione mandou – Eles vão acabar escutando a gente.

_Foi ele que começou.

_Foi ela que começou.

Dissemos ao mesmo tempo e apontamos um para o outro.

Hermione rolou os olhos.

_Chega, vamos embora. – Hermione mandou – Não precisamos ficar aqui, o Harry vai nos contar depois.

Contrariada fui com eles para a torre da Grifinória. Paramos em frente ao quadro da Mulher Gorda e Hermione disse a senha.

_Ela não devia estar aqui. – a mulher no quadro disse.

_Calada. – Hermione respondeu e disse a senha.

Por sorte o Salão Comunal já estava vazio então não teria gente reclamando por uma Sonserina estar aqui. O Salão era grande, com várias mesas, poltronas e sofás espalhados.

Era bonito, mas preferia o da Sonserina. Só achei uma injustiça eles terem uma torre só pra eles e a gente ter que congelar nas masmorras.

Sentei em um sofá em frente à lareira. Hermione se sentou no chão e começou a escrever uma carta para alguém e Rony se sentou em uma poltrona ao lado do sofá e começou a fazer o mesmo trabalho de poções que Draco estava fazendo mais cedo.

Nem preciso dizer que me senti um peixe fora d’água.

Depois de dez minutos observando minhas unhas como se elas fossem a coisa mais interessante do mundo Harry apareceu e se jogou no sofá do meu lado.

_Ate que enfim, pelo jeito a coisa foi boa. – Rony zombou.

Harry corou.

_O que você tá fazendo aqui? – Harry me perguntou ignorando Rony.

_Brincando de ser Grifinória. – respondi debochada e dei um sorrisinho falso – O que você acha, esperando você, vai contar o que aconteceu ou não?

_O que vocês conversaram? – Rony perguntou.

_Ela... É... A gente... – ele começou meio sem saber como falar.

_Vocês se beijaram? – Hermione perguntou.

Harry confirmou com a cabeça.

Rony começou a rir estridentemente quase rolando pelo tapete, só parou quando viu o olhar de desgosto que Hermione lançava pra ele.

_E ai, como foi? – Rony perguntou curioso.

Harry parou por um minuto e depois respondeu:

_Úmido, porque ela estava chorando.

_Nossa Harry, você beija tão mal assim? – perguntei.

_Claro que não. – Hermione respondeu no lugar dele.

_E como você sabe? – Rony perguntou rispidamente.

Ô poço de descrição.

_Porque ultimamente a Cho tem chorado o tempo todo. – ela respondeu.

_Mas era de se esperar que uns beijinhos a alegrassem. – disse ele.

_Rony – Hermione disse solene – você é o legume mais insensível que eu tive a infelicidade de conhecer.

_Ela tem razão. – concordei com Hermione.

Rony e Harry me olharam como se eu tivesse louca.

_Que foi? Não é porque eu não gosto dela que eu vou discordar. – disse dando de ombros – Até eu já vi a Cho chorando escondida no banheiro, e não foi uma vez só.

_Exatamente, não intendem como ela deve estar se sentindo? – Hermione perguntou para os dois.

_Não. – responderam juntos.

Hermione deu um suspiro e colocou a pena e o pergaminho para o lado.

_Obviamente ela esta triste pela morte de Cedrico, e confusa porque antes gostava do Cedrico e agora do Harry. E deve achar que é um insulto a memoria de Cedrico ela beijar o Harry. E também preocupada com o que as pessoas vão dizer quando eles começarem a sair, e não deve conseguir entender seus sentimentos por ser o Harry quem estava junto com Cedrico quando ele morreu... Ah, e com medo de ser expulsa do time de Quadribol por estar voando mal.

_Eu explodiria se sentisse tudo isso ao mesmo tempo. – Rony disse.

_Mas ela deve melhorar quando começar a sair com o Harry, você convidou ela pra sair não é Harry? – perguntei.

Ele olhou para mim e fez careta.

Não precisei de uma resposta, ele não tinha convidado.

_Idiota, - disse – se não tivesse uma foto mostrando que você é a cara do nosso pai acharia que foi adotado. Trate de convida-la amanhã.

_Evolet, não acha que você esta se metendo muito na minha vida? – Harry perguntou – Eu não fico dizendo pra você convidar o Malfoy pra sair.

_Isso porque a gente já ta namorando e eu não preciso dos conselhos do meu irmão mais novo.

_Somos gêmeos, não tem como eu ser o mais novo. – ele disse e rolou os olhos.

_Tem sim, eu nasci primeiro.

_Quem disse?

_Eu disse. – respondi convencida – E boa noite pra vocês porque eu já fiquei tempo o suficiente na torre da Grifinória.

E dizendo isso sai.

Os corredores do castelo estavam completamente vazios, já tinha passado bastante do horário em que os alunos podiam ficar fora dos dormitórios então tentei fazer o mínimo barulho possível para não ser pega.

Estava na metade do caminho quando vi a sombra da Madame Nor-r-ra vindo de um corredor. Com medo de ser pega fora da cama a essa hora entrei em um armário de vassouras e fechei a porta.

Graças a minha grande sorte a gata parou do outro lado da porta e começou a miar.

Droga! Da próxima vez vou me lembrar de sequestrar a capa de invisibilidade do Harry.

Ouvi o miado de mais um gato.

Espera, acho que conheço esse miado.

Madame Nor-r-ra ficou quieta.

Na duvida entre ela ter ido embora e estar esperando o Filch aparecer eu peguei a varinha do bolso, iria morrer de remorso, mas não ia pensar duas vezes em estuporar a gata se ela ainda estivesse no corredor.

Devagar abri uma frestinha da porta.

Não acreditei no que eu vi e abri o resto da porta.

Merlin! O Boris do lado da Madame Nor-r-ra e os dois estavam andando do ladinho um do outro para fora do corredor.

Tipo se esfregando mesmo!

Gato desalmado podia pegar qualquer outra gata do castelo, mas tinha que ser justo essa? Não, você da carinho pro seu filho, cuida, da comida, levanta três horas da manhã pra abrir a porta quando ele volta das festas, passa a noite acordada quando ele ta doente, pra depois pegar ele com a gata do Filch.

Eu mereço uma coisa dessas!

Mas ate que para gatos que vivem com cara de tédio eles pareciam bem apaixonados.

Fiquei parada no meio do corredor atônita olhando para eles ate os dois virarem no outro corredor.

_Boo. – uma voz rouca disse no meu ouvido.

Senti meu coração disparar de susto. Em um pulo virei para trás com a varinha erguida.

_Ei calma, - Draco pediu e levantou as mãos para cima em sinal de paz.

_Seu idiota, - disse – mais um minuto e eu tinha te estuporado.

Guardei a varinha no bolso e cruzei os braços.

_Achou que era quem Evolet? – Draco perguntou rindo – Um monstro?

_Não, um Comensal. – respondi séria.

Minha resposta fez com que Draco parasse de rir na hora.

_Acha mesmo que comensais entrariam em Hogwarts? – Draco perguntou – Eles têm mais o que fazer do que atacar uma escola.

_Talvez sim, talvez não. – dei de ombros - Você sabe o que eles estão fazendo agora? – perguntei me lembrando que o pai de Draco era um deles.

_Não, - ele respondeu olhando para baixo.

Ótimo mentiroso que você é Malfoy, pensei.

_Vamos mudar de assunto sim? – ele pediu.

_Ok, então... O que você tá fazendo fora do dormitório? – Perguntei com uma sobrancelha arqueada.

_Eu é que pergunto, - ele cruzou os braços e imitou a minha expressão – eu sou monitor, tenho ronda, mas você deveria estar dormindo.

Droga, esqueci desse detalhe.

_Eu estava na Torre da Grifinória falando com o Harry. – disse omitindo a parte da aula da A.D – Por quê? Vai me dar uma detenção Malfoy?

_Não, – respondeu, descruzou os braços e colocou as mãos na minha cintura e me puxou para mais perto – mas já que estamos aqui poderíamos aproveitar o tempo.

Não respondi, apoiei a mão na nuca dele e puxei a cabeça de Draco para baixo – ele era alguns centímetros mais alto – e o beijei.

Draco retribuiu o beijo e devagar me empurrou para trás ate me encostar na parede. Minhas mãos voaram para seus cabelos enquanto as suas exploravam meu corpo me fazendo delirar.

Merlin, se só me beijando Draco me deixava desse jeito, imagina quando a gente... Vocês sabem.

Separei nossas bocas em busca de ar e passei a beijar Draco no pescoço.

Do nada Draco se separou de mim e me puxou para dentro do armário de vassouras e fechou a porta.

_Tem alguém vindo. – avisou e colocou o dedo na boca indicando que eu ficasse quieta.

Rolei os olhos, não tinha escutado ninguém vindo.

_Não tem ninguém Draco. – disse e coloquei a mão na maçaneta para abrir a porta.

_Tem sim. – ele retrucou e tirou minha mão da porta.

_Não tem. – disse e coloquei a mão porta outra vez.

_Tem. – ele repetiu.

_Mas quer parar com isso... – comecei a falar, mas deixei a frase morrer quando escutei o barulho de passos.

_Tá bom, tem. – sussurrei.

Draco me mandou um olhar do tipo “eu disse”.

_Mais rápido Potter. – disse a voz da Prof.ª McGonagall – precisamos resolver isso logo.

Espera, Potter?

_Fica aqui. – mandei a Draco e abri a porta antes que ele me impedisse.

_Evolet, volta aqui. – Draco mandou, ignorei.

Sai do armário e Draco mesmo hesitante veio atrás de mim.

A Prof.ª McGonagall estava vestida com um roupão escocês por cima da camisola e tinha os cabelos presos em um coque bastante bagunçado, ao seu lado estava Rony com cara de assustado apoiando Harry mais branco que o normal parecendo que iria vomitar. Sua camiseta estava completamente molhada de suor.

_Harry? – perguntei debilmente.

Fui ate ele e coloquei minha mão em sua testa, ele estava gelado e tremia.

_O que aconteceu? – perguntei a McGonagall – Ele esta bem?... Claro que não Evolet. – respondi a mim mesma - Harry? Consegue falar comigo? – perguntei dando palmadinhas em seu rosto.

_Eu... To bem... – ele respondeu devagar – Foi o pai do Rony... Ele...

_Por favor, Srtª Potter, nos acompanhe – McGonagall o cortou e virou para Draco - Sr. Malfoy volte para o dormitório seu horário de ronda já acabou a tempo.

Sem me despedir de Draco fui junto com eles.

McGonagall nos guiou ate a sala de Dumbledore. Parou em frente às gárgulas e disse a senha.

_Não deveríamos ir à enfermaria? – perguntei – Ele tá passando mal, acho que Dumbledore não vai poder...

_Dumbledore – McGonagall cortou seca – é exatamente o que ele precisa neste momento Srtª Potter.

Não respondi.

Quando entramos na sala de Dumbledore ela estava mergulhada nas sombras. Atrás da porta estava um pássaro grande, do tamanho de um cisne mais ou menos, vermelho e dourado.

Reconheci como a Fênix que tinha ouvido falar que o diretor tinha, mas que nunca estava na sala quando eu era obrigada a vir aqui.

Dumbledore estava de roupão sentado atrás de sua escrivaninha.

_Prof.ª McGonagall – Dumbledore cumprimentou – e... Ah.

Não sei se foi impressão, mas acho que o diretor não gostou nada de nos ver em sua sala.

_Diretor, Potter teve um pesadelo – ela começou a explicar – ele diz que...

_Não foi um pesadelo. – Harry cortou.

Olhei para Harry e franzi a testa. Foi ou não um pesadelo? Porque se foi ele vai escutar eu reclamar aqui. Não larguei meu namorado no meio do corredor pra cuidar de irmão medroso.

Abri a boca para pedir que ele explicasse, mas McGonagall foi mais rápida.

_Muito bem então, Potter, explique ao diretor. – ela mandou.

Fiquei quieta ao lado de Harry esperando ele explicar.

_Eu estava dormindo... – Harry começou aflito – Mas não foi um sonho real, eu vi... – Harry mudou o tom parecendo um pouco irritado - Eu vi o Sr. Weasley sendo atacado, por uma cobra, uma cobra gigantesca.

Ótimo, qual eram as qualidades estranhas do meu irmão mesmo? Ofidioglota, único sobrevivente da maldição da morte e agora vidente.

Pelo menos se lembraram de deixar a beleza e a inteligência pra mim.

Dumbledore encostou-se à cadeira e olhou para o teto, pensativo. Agora intendi porque Harry parecia irritado, o diretor não olhava para ele. Parecia ignora-lo.

_Como você viu isso? – Dumbledore perguntou – Estava vendo a cena de cima ou do lado?

Harry abriu e fechou a boca uma vez para depois responder.

_Eu era a cobra. Vi tudo do ponto de vista da cobra.

Ninguém disse nada, nem eu mesma tinha um comentário pra fazer depois disso.

_Arthur ficou gravemente ferido? – o diretor perguntou ainda sem encarar Harry.

_Ficou. – Harry respondeu.

Por um minuto Dumbledore não fez nada. Então depressa ele pulou de sua cadeira e foi falar com um dos quadros dos antigos diretores.

_Everardo? – Dumbledore chamou – e você também Dilys, cuidem para que o homem seja encontrado pelas pessoas certas. Ele é ruivo e usa óculos.

O homem e a mulher sumiram de seus respectivos quadros.

_Eles podem demorar a voltar, sentem-se os quatro – Dumbledore pediu - Prof.ª McGonagall, por favor, providencie mais cadeiras.

Rony ajudou Harry - que já estava um pouco melhor, mas ainda tremia - a se sentar.

Me sentei na cadeira que sobrou.

McGonagall puxou a varinha das vestes e acenou fazendo aparecer mais duas cadeiras para ela e Rony.

Dumbledore foi ate a Fênix.

_Vamos precisar – ele disse a ave – de um aviso.

Uma labareda apareceu no ar e a ave desapareceu.

Minutos depois, Everardo voltou a aparecer no quadro chamando por Dumbledore.

_Quais as noticias? – Dumbledore perguntou.

_Gritei ate que alguém aparecesse, disse que tinha escutado alguma coisa andando no andar de baixo. Eles foram verificar e o trouxeram minutos depois, estava todo ensanguentado.

Olhei para Rony, o garoto parecia aterrorizado.

A bruxa Dilys também apareceu em seu quadro.

_Eles o levaram para o St.Mungus, ele me parece mal.

_Obrigado – Dumbledore se virou para McGonagall – Preciso que você vá acordar os outros Weasley.

A bruxa concordou com a cabeça e saiu pela porta.

Dumbledore foi ate seu armário e pegou uma chaleira, colocou em cima da mesa, pegou a varinha e murmurou “Portus”.

Uma chave de portal.

_Fineus, – Dumbledore chamou outro bruxo de seu quadro – vá ate seu outro quadro e avise a Sirius que Arthur foi gravemente ferido e sua esposa, filhos e os gêmeos Potter chegarão logo.

_Eu estou cansado essa noite Dumbledore. – Fineus reclamou.

_Devo persuadi-lo Dumbledore? – perguntou uma bruxa do quadro ao lado do de Fineus levantando uma varinha que lembrava um bastão de vidoeiro.

_Não quero ir pra casa de Sirius! – avisei.

Eu ia ser de grande ajuda indo pra lá enquanto o pai dos Weasley está morrendo, pensei ironicamente.

Dumbledore fingiu que não me ouviu e voltou a falar com a bruxa do quadro.

_Acho que não precisa - ele acalmou a bruxa – Fineus?

_Tudo bem, tudo bem. Arthur ferido, mulher, filhos, e gêmeos. Entendi. - como os outros bruxos Fineus abandonou o quadro.

Ia dizer outra vez que não iria pra casa de Sirius só que Dumbledore me mandou um olhar do tipo, “não discuta”.

Olhei para Harry pedindo ajuda, ele só deu de ombros.

_Vai poder conhecer o Sirius. – ele sussurrou.

Foda-se eu não quero conhecer ninguém.

Velho abusado!

Cruzei os braços e me afundei na cadeira.

Escutei a porta abrir e virei para trás. Fred, Jorge e Gina entraram aflitos e também de pijamas como todos os outros.

_Harry... O que está acontecendo? – Gina perguntou.

_Seu pai foi ferido em um trabalho para a Ordem da Fênix – Dumbledore explicou no lugar de Harry – Esta no St. Mungus. Vou mandar vocês para a casa de Sirius que é mais perto do hospital. Sua mãe vai encontrar vocês lá.

_E como vamos? – Fred, ou Jorge, não sei, perguntou.

_Vocês vão usar uma Chave de Portal, - Dumbledore indicou a chaleira em cima da mesa – só estou esperando a confirmação de Fineus para que não haja perigo em mandar vocês.

Uma labareda apareceu no meio da sala e junto com ela uma pena dourada flutuou ate o chão.

_É o avisou de Fawkes – ele avisou – Umbridge já deve saber que estão fora da cama, Prof.ª McGonagall vá ate ela e invente alguma história.

McGonagall saiu e ao mesmo tempo em que Fineus voltou.

_Ele diz que ficará encantado – Fineus contou com voz entediada.

_Venham então, - Dumbledore pediu – rápido antes que alguém chegue.

Eu, Harry e os Weasley nos organizamos em volta da chaleira.

_Todos aqui já usaram a chave de portal antes? – o diretor perguntou.

Os outros acenaram afirmativamente.

Balancei a cabeça freneticamente de um lado para o outro. Nunca tinha viajado pela Chave de Portal e não tava afim de ter a primeira viajem.

_Encoste na chaleira. – Harry mandou e fez o mesmo.

Os outros já estavam com as mãos encostada em algum lugar dela.

_Quando eu contar três. – Dumbledore disse – Um... Dois... Três.

Senti um puxão forte atrás do umbigo e meus pés saíram do chão. Minha mão ficou grudada na chaleira junto com a dos outros enquanto avançávamos velozmente por um redemoinho de cores.

A chaleira nos puxou para a frente e senti meus pés baterem no chão fortemente. Me desequilibrei um pouquinho mas consegui permanecer em pé.

A minha volta todos os outros estavam no chão.

Até que viajar assim não é tão ruim quanto eu esperava.




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