Evolet Potter escrita por Victorie


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

VihVicentini aqui:
Oooi gente.
Sinceramente eu to cada vez mais desanimada com essa fic, e vocês sabem o porque.
Pra quem não leu as notas no último capítulo eu vou avisar de novo.
A EVOLET E O DRACO AINDA NÃO TIVERAM NADA, ELA NÃO "DEU" PRA ELE, E ELE NÃO "COMEU" ELA.
Ainda...
Obrigado a todas as divas/lindas/fofas que comentam na fanfic, é por vocês que a gente ainda ta escrevendo.
Beijos.



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Senti uma coisa molhada e áspera passando na minha bochecha.

Com os olhos ainda fechados empurrei Boris para longe de mim fazendo com que o coitadinho caísse da cama e desse um miado de chateação.

Ignorei.

Virei para o lado da parede e me enrolei no edredom formando um casulo em volta de mim.

Boris deu um miado de reclamação.

_Não enche Boris, ainda tá cedo. – reclamei.

Nada contente Boris pulou de volta na cama e com a patinha começou a puxar o edredom para longe.

Quando queria ele sabia ser chato.

Virei de barriga para cima e Boris deitou em cima de mim.

_O que você quer bebê?

Ainda com os olhos fechados comecei a fazer carinho em sua orelha e ele começou a ronronar.

_Acho que ele quer lhe acordar minha senhora. – disse uma voz esganiçada.

Assustada, abri os olhos e pulei da cama segurando Boris com firmeza nas mãos que assustado comigo começou a espernear.

No meio do meu quarto tinha uma criatura de orelhas grandes iguais as de um morcego e olhos verdes e esbugalhados do tamanho de bolas de tênis.

Ele usava vários gorros na cabeça, um por cima do outro e também várias meias que deixavam seu pé maior e vários cachecóis coloridos, todos eles eram de tricô e pareciam ter sido feitos por alguém que não tinha a menor pratica pra isso. (N/A: Pra quem não lembra são as roupas que a Hermione faz para tentar libertar os elfos de Hogwarts.)

Nas mãos trazia uma bandeja de café da manha cheia de torradas, panquecas, suco de abobora, salsicha, bacon e outras coisas.

Escutei meu estomago roncar. Estava sem comer nada desde o almoço do dia anterior.

Reconheci a criaturinha como um dos elfos domésticos que trabalhavam na escola e sorri.

_Olá. – cumprimentei cordialmente.

Recuperada do susto me sentei na cama e soltei Boris que assim que se viu livre correu para longe de mim.

_Então... Qual o seu nome? – perguntei ao elfo.

_É Dobby, minha senhora – ele respondeu e fez uma pequena reverencia com cuidado para não derrubar a bandeja.

_Prazer Dobby, sou Evolet Potter.

_Ah, Dobby sabe quem a senhorita é. É uma honra para Dobby conhecer a gêmea de Harry Potter. – ele balançou a cabeça para cima e para baixo para confirmar - Há muito tempo Dobby quer falar com a senhorita, mas não tem motivo para isso.

Sorri docemente para a criaturinha, sempre fui muito simpática com os elfos domésticos. Em Beauxbatons eu era amiga de vários deles.

_E qual o seu motivo pra falar comigo agora Dobby? – perguntei simpática.

_Dumbledore pediu que Dobby viesse trazer o café da manha para Evolet Potter. – ele explicou – e também pediu que Dobby pedisse desculpas em nome dele, e que dissesse que sabe que é a atual situação que faz com que Evolet Potter se irrite com ele por nada.

Dobby colocou a bandeja na cama.

Me acomodei melhor em frente à bandeja, cruzei as pernas daquele jeito que os trouxas falam, perninha de índio, dei uma garfada em uma das panquecas e enfiei na boca.

Estava delicioso!

_Eu devia me irritar com Dumbledore mais vezes, ainda mais se for pra ganhar um café na cama divino que nem esse. – disse mais pra mim do que pra Dobby.

_Mas Evolet Potter vai ganhar café na cama todos os dias a partir de agora, e também tem acesso livre as cozinhas. – Dobby avisou.

Não intendi o motivo dessa mordomia toda, será que Harry também tem isso?

Pensei em perguntar a Dobby só que estava com a boca cheia de comida então deixei pra lá.

_E agora Dobby servirá especialmente a Evolet Potter. – ele disse orgulhoso – Quando Dumbledore foi à cozinha e perguntou quem gostaria de servir a senhorita Dobby foi o primeiro a responder, vai ser uma honra para Dobby servir Evolet Potter em um momento tão especial, ah sim.

Tudo bem, se Dumbledore quer me dar um elfo doméstico, quem sou eu pra recusar.

_Não sei pra que isso, mas já que ele quer. – dei e ombros - quer comer também Dobby? – ofereci – tem o bastante aqui para duas pessoas.

_Não, Dobby já comeu na cozinha onde fica, mas obrigado, Evolet Potter é generosa igual o irmão.

Me segurei para não revirar os olhos com a comparação.

_Então pelo menos se sente, - convidei e indiquei a cama - vai cansar de ficar em pé.

Dobby se sentou e começou a balançar os pés que ficaram bem acima do chão.

Boris que já tinha voltado para perto de mim começou a pular nós pés dele e Dobby começou a brincar com ele.

Dobby parecia uma criança.

Terminei de comer rapidamente, lógico que não comi tudo, e Dobby levou a bandeja com ele de volta para a cozinha.

Depois que ele saiu eu fui ate o banheiro fazer a minha higiene matinal, depois fiz a minha maquiagem diária e coloquei o uniforme deixando a camisa solta por cima da saia fazendo com que ela ficasse mais larguinha me fazendo parecer mais magra.

Enchi a vasilha de comida de Boris que foi direto comer.

_Tchau bebê, e vê se fica no quarto hoje porque eu não vou abrir a porta pra você três da manha igual ontem.

Era mentira, eu nunca o deixaria abandonado no corredor ou em outro lugar.

Depois de me despedir de Boris peguei minha bolsa e fui para o Salão Comunal, já que eu já tinha tomado café da manha iria ficar ali ate tocar a sineta para as aulas, e quem sabe, encontrar o fuinha.

Quando cheguei o Salão estava quase vazio, apenas alguns alunos que já deviam ter tomado café da manha estavam lá.

Assim que entrei todos eles se viraram pra mim. Raparei que uma garota olhava para o jornal na mão – obviamente o Profeta Diário – e virara para mim repetidas vezes como se não acreditasse no que visse.

Tentando ignorar, sentei no sofá em frente à lareira e puxei um livro qualquer de dentro da minha bolsa.

Acomodei as almofadas atrás das minhas costas e coloquei as pernas em cima do sofá para ficar meio sentada/deitada e abri o livro.

_EVOLET – escutei a voz de Draco furiosa vindo do dormitório dos garotos.

Puta que pariu!

Quase tive um ataque do coração!

Quando escutei Draco gritar o livro pulou da minha mão e eu, assustada, fui levantar do sofá só que o meu pé enroscou na alça da minha bolsa e eu fui com tudo para o chão quase caindo de cara na lareira.

Ignorando os risos soltei meu pé da bolsa e larguei minhas coisas na sala e fui correndo para o dormitório de Draco.

Não sei por que, mas algo me diz que eu to ferrada.

Talvez o berro que Draco deu, só talvez.

Nunca tinha ido ao quarto do Draco mas como as portas dos quartos tinham os nomes de seus donos não foi difícil de encontrar.

Afobada invadi a porta onde tinha escrito “Draco Malfoy” e encontrei um Goyle ainda de pijama com uma cara de desespero abanando um Draco que se dividia em olhar para o Profeta Diário em suas mãos furioso e a fazer caretas de dor.

Draco estava muito mais branco que o normal e quando entrei ele me olhou como se quisesse me matar.

_O que foi? Que aconteceu? – perguntei.

_Explique-se – ele mandou ríspido.

_Explicar o que? – perguntei confusa Draco não respondeu e apertou o jornal em suas mãos.

Olhei para Goyle pedindo ajuda.

_Acho que você não tem o costume de ler jornal não é Evolet? – Goyle perguntou me olhando acusadoramente.

Irritada com essa palhaçada tentei puxar o jornal da mão de Draco mas o garoto se agarrava a ele como um bote salva vidas.

_Solta. – mandei e puxei outra vez.

Com relutância Draco soltou o jornal e se levantou andando meio roboticamente ate o banheiro e fechou a porta.

Escutei ele vomitar.

Como esse garoto é fraco!

Ignorando o que Draco estava fazendo no banheiro rolei os olhos pela pagina – que percebi ser a primeira – e avistei a foto de uma mulher que eu odiava. Rita Skeeter. Na mesma hora me lembrei dela me entrevistando em Beauxbatons no ano anterior para saber o que eu achava sobre o Harry ter entrado no Torneio Tribruxo e se eu iria sentir falta dele se o garoto morresse em alguma das provas.

Lembro também que eu a mandei a merda e disse que não conhecia Harry pra sentir falta e que não iria dar entrevista nenhuma.

Skeeter então escreveu uma matéria inteira sobre como eu lamentava a entrada de Harry no Torneio Tribruxo e que meu maior sonho era conhecê-lo, isso sem contar o que ela inventou sobre as minhas lamentações pela morte dos meus pais.

Fiquei mais de meses sendo ridicularizada por causa daquela maldita matéria.

A foto de Rita Skeeter estava no canto esquerdo da pagina, vestida com um casaquinho ridículo verde ela balançava uma pena na mão de um lado para o outro e fazia cara de quem tinha ouvido a maior fofoca do mundo.

Já do lado direito tinha uma foto minha que ela tinha tirado contra a minha vontade quando foi me entrevistar em Beauxbatons. Na foto eu estava com o uniforme da minha antiga escola, tinha uma expressão furiosa no rosto e tentava pegar a câmera da mão do fotografo.

Eu nunca tinha tirado uma foto tão horrível!

Mas não foi isso que me fez lembrar a sensação de querer jogar aquela mulher viva em óleo fervente, e sim a manchete entre as duas fotos.



EVOLET POTTER, IRMÃ DO FAMOSO HARRY POTTER, GRÁVIDA!






Agora entendi porque Draco estava tão furioso, aquela vaca loura tinha inventado mais uma de suas mentiras.

Continuei a ler a noticia.


Sim, caros leitores. Podem estar pensando: Que tipo de brincadeira é essa? Só pode ser mentira!

Mas não. É a mais pura e a mais triste verdade.

Segundo fontes extremamente confiáveis, chegou ao meu conhecimento que a filha de Lílian e Thiago Potter está GRÁVIDA!


GRAVIDA O CACETE!


O pai? Só Merlin sabe. Pelo que sei, ela andou conquistando muitos corações em Hogwarts, e tem uma grande lista de prováveis companheiros, e pais para o bebê.

O que Dumbledore acha disso? Ainda não sabemos, afinal, fomos com uma equipe preparada até Hogwarts pra falar especialmente com ele, mas não passamos do portão.

Segundo fontes, a garota poderá ser expulsa de Hogwarts porque o “ato” ocorreu dentro dos terrenos da escola. A barriga da menina já está crescendo, e há quem diga que são gêmeos.


Ótimo, eu to gorda o bastante pra ser confundida com uma grávida de gêmeos.

QUE COISA LINDA!


O que dizer á querida Evolet? Nada.

Apenas sinto pena dela, uma garota um pouco... bonita. Embora não tenha muitos atributos, não escreva bem, e não seja muito inteligente, ainda tem um pouquinho de beleza.


Como assim “uma garota um pouco... bonita.”

Segundo muita mais muita gente eu sou a pessoa mais bonita que elas um dia já tiveram a honra de conhecer. Já tinha ate sido comparada com uma veela.

E por Merlin, sou muito mais inteligente que qualquer aluno dessa escola!


A garota está passando por uma fase complicada agora que o irmão é considerado louco, perdeu os pais ainda muito nova e cresceu em um orfanato trouxa sendo cuidada barbaramente por trouxas. Com certeza o pai dos filhos dela – gêmeos – deve ser alguém muito especial.

Temos nossas duvidas de quem seja: o primeiro suspeito é Ronald Weasley, melhor amigo de Harry Potter, por quem Evolet sempre teve uma quedinha.

Depois vêm os dois irmãos gêmeos dele, qual dos dois? Provavelmente ambos.

Dino Thomas também é um dos supostos pais, afinal, foi um dos primeiros da listinha dela.

Neville Longbottom, um garoto reprimido e deprimido, também andou muito perto da garota ultimamente.

Como podemos ver, a lista dela é extensa, mas o que vem a seguir, meus caros, é um dos fatos mais importantes que vos conto.

Espero que nossas fontes estejam enganadas – duvido muito, afinal, minhas fontes nunca se enganam – mas o principal suspeito a pai é ninguém mais ninguém menos do que o próprio professor de Poções: Severo Snape.

Com isso, encerro a reportagem com uma pergunta: Qual será o nome escolhido para as crianças?

Beijinhos.

Rita Skeeter!



Por Merlin, que mentira mais deslavada, eu nem sabia quem era Ronald Weasley ate o começo do ano, como poderia sempre ter tido uma quedinha por ele?

E como uma pessoa pode estar gravida de duas pessoas ao mesmo tempo? É praticamente impossível.

E fala sério, quem é Dino Thomas?

Neville eu não vou nem comentar, mas o pior é Snape, eu NUNCA teria um caso com ele, o cara é nojento.

Olhei para Draco que já tinha voltado do banheiro e estava sentado na cama de braços cruzados e encarando furioso um ponto na parede.

_Goyle. Saia. – mandei grosseira sem tirar os olhos de Draco.

Sem dizer nada ele saiu e bateu a porta atrás de mim.

Me sentei ao lado de Draco.

Amassei o jornal como se estivesse apertando o pescoço da Skeeter.

_Eu vou matar aquela mulher. – disse ríspida.

_Por que motivo? Por ela ter dito a verdade? Por ela ter colocado no jornal o que todo mundo na escola já estava comentando? Por ela ter feito o seu namorado descobrir que é o cara mais corno da Grã-Bretanha? – ele perguntou no mesmo tom que eu ainda olhando para a parede.

_Você acredita no que ela escreveu? – perguntei – acredita que eu estou grávida sendo que você sabe que eu sou virgem?

_E quem disse que você não mentiu pra mim? Lógico que você só estava me fazendo de palhaço sendo que tem casinhos com metade da escola. Goyle me disse hoje de manha quando veio me mostrar o jornal que desde ontem de manha todo mundo anda comentando que você ta grávida, o único idiota que não sabia desse boato era eu porque Goyle não deixou que ninguém contasse porque sabia que a gente tava namorando.

Eu não sabia o que dizer, estava furiosa por causa dessa mentira toda e não sabia de onde isso tinha surgido.

_Eu nunca te trai. – afirmei com a voz meio esganiçada – Draco olha pra mim – pedi.

Ele continuou encarando a parede.

Minha visão começou a ficar embaçada e senti um nó na garganta. Não sabia como provar pra Draco que não estava grávida e que nunca tinha traído ele, e sabia que se não provasse ele iria me deixar e eu não queria perder a única pessoa que eu tinha na merda dessa escola.

_OLHA PRA MIM. – gritei e puxei seu rosto com brutalidade.

Quando Draco virou o rosto vi que a sua cor já tinha voltado ao normal, mas seu queixo estava tremendo e seus olhos cheios de lágrimas.

_Prove – ele pediu com a voz embargada - Me de um bom motivo pra acreditar em você.

_Eu não tenho um bom motivo. – disse baixinho – não sei como provar.

Draco voltou a encarar a parede, mas não virou o rosto rápido o bastante pra que eu não visse uma lágrima correndo por seu rosto.

Que merda!

Eu não acredito que por uma mentira ridícula eu ia perder meu namorado.

E pensar que a dois dias nós estávamos decidindo o nomes dos nossos filhos.

Puta que pariu!

Como flashes as lembranças apareceram na minha mente e tudo começou a se encaixar.

Era obvio, por isso toda a preocupação de Dumbledore perguntando de eu estava tento enjoos, todos os alunos me olhando e cochichando e também o Dobby me levar café da manha na cama e dizer que eu tinha livre acesso a cozinha.

E tudo isso porque eu e Draco estávamos discutindo os nomes dos nossos filhos e um bando de desocupado ficou escutando a nossa conversa.

Senti um risada seca saindo da minha garganta. Sem perceber eu comecei a gargalhar, eu estava perdendo meu namorado por causa de um bando de curioso que escutou o que não devia.

Comecei a ter um ataque de riso, coloquei as mãos na barriga que estava doendo de tanto rir e me dobrei para frente.

_Do que esta rindo? – Draco perguntou – Evolet pare com isso, vai acabar machucando os bebês – ele disse preocupado e puxou meu ombro pra cima para que eu ficasse reta.

Preciso dizer que achei uma fofura?

_Eu não to... Grávida Draco... – tentei dizer em meio a risadas – Foi tudo... Por causa... Daquele dia que a gente tava... No lago... Escolhendo os nomes... Dos nossos... Filhos...

_Como assim? – ele perguntou confuso.

Levantei a mão indicando que ele esperasse e sequei meus olhos que estavam lagrimejando de tanto que ri e tentei recuperar o folego e controlar o riso.

Só eu pra rir da minha própria desgraça.

Dois minutos depois, quando eu já estava recuperada comecei a explicar:

_Lembra aquele dia que nos estávamos no lago e você disse que nosso filho ia chamar Draco Malfoy Segundo? E eu disse que não e a gente começou a discutir? – ele concordou com a cabeça – Então, a gente começou a discutir e você disse que se o nosso filho nascesse ruivo quem iria criar seria o Rony, e eu berrei dizendo que você ia assumir seu filho, e todo mundo começou a olhar pra gente. – dei uma pausa para controlar o riso que tinha voltado – Acho que todo mundo achou que era verdade e começou a comentar.

_E por isso Dumbledore te chamou ontem na sala dele e começou a perguntar se você estava tendo enjoos e que tudo seria melhor aceito se a gente se casasse. – ele concluiu.

_E quando eu disse que você não queria nem assumir ele ficou furioso, só que eu tava falando do nosso namoro e ele tava falando da minha suposta gravidez.

Agora quem começou a rir foi Draco.

_Então tudo não passou de um mal entendido e alguém acabou contando pra Rita Skeeter que colocou no jornal e inventou um monte de gente pra ser pai da criança. – disse enquanto Draco ria.

Draco me segurou na cintura, me puxou pra ele e começou a me dar vários selinhos.

_Desculpa. Desculpa. Desculpa. – pediu entre os beijos – Eu não devia ter desconfiado de você, mas estava no jornal e todo mundo estava dizendo.

_Eu te perdoo – disse – mas saiba que isso tudo é culpa sua, se você tivesse assumido nosso namoro isso não teria acontecido.

_Tudo bem Evolet, - ele disse e deu um sorrisinho tordo – se é tão importante assim pra você eu falo pra escola inteira que a gente está namorando.

Senti minha boca abrir em um sorriso largo.

_Serio? – perguntei batendo palminhas – mesmo todo mundo achando que eu to grávida de meio mundo?

_Sim, – ele afirmou e deu de ombros - com o tempo eles vão ver que você nenhuma criança vai nascer e que era tudo invenção de gente que não tem o que fazer.

_Ótimo, então Draco, onde esta a sua aliança? – perguntei.

_Na gaveta da escrivaninha, mas você não vai querer que eu use ela vai? – ele perguntou fazendo careta.

Fui ate a escrivaninha e peguei a caixinha onde a aliança de Draco estava guardada, peguei a aliança e guardei a caixinha de volta no lugar.

Soltei meu colar onde eu estava usando minha aliança como pingente a tirei da correntinha e guardei a corrente no bolso.

_Lógico que vou, tem coisa melhor pra manter aquelas piriguetes longe?

Com as duas alianças seguras em uma mão, usei a outra pra puxar Draco para fora do quarto.

_Ei Evolet, espera, não da pra sair agora ainda não terminei de me arrumar – ele reclamou.


Me virei pra ele e pela primeira vez no dia reparei no que ele estava vestindo, ou melhor não vestindo.

Draco estava só com a calça e os sapatos. O resto de suas roupas ainda estavam em cima da cama esperando para serem usadas.

Dei de ombros.

_Você se veste no caminho. – disse simplesmente.

Peguei sua mochila, a camisa, o suéter, a capa, a gravata de seu uniforme. Estendi a camisa pra ele.

_Comece pela camisa, não quero esse bando de piriguetes babando no tanquinho do meu namorado.

_Piri o que? – ele perguntou confuso.

_Piriguetes, garotas assanhadas igual a Buldogue. – expliquei.

Draco rolou os olhos e vestiu a camisa, sem esperar que ele terminasse de fechar os botões comecei a arrasta-lo pra fora.

_Evolet eu preciso da outra mão pra terminar de me vestir – ele avisou e se soltou de mim.

_Anda logo. – pedi.

Passamos pelo Salão Comunal que estava vazio e peguei minha bolsa e o livro que eu tinha deixado aqui.

Na metade do caminho pro Salão Principal Draco já tinha terminado de se colocar as roupas e tentava inutilmente dar o nó na gravata andar e carregar a sua mochila ao mesmo tempo.

_Deixa isso, depois você arruma. – puxei a gravata de suas mãos e coloquei na minha bolsa.

Isso não era importante agora.

_EVOLET ESPERA. – escutei Harry gritar.


Harry estava correndo atrás de nós e acho que nem preciso dizer que estava furioso.

Ótimo, mais um querendo que eu me explique.

_Eu sei porque você ta bravo, - comecei a dizer quando ele chegou perto - mas eu já vou me explicar e... HARRY.

Harry não estava bravo comigo e sim com Draco.

Assim que chegou perto o bastante Harry virou um soco no rosto do meu namorado.

_SEU IDIOTA, COMO TEVE CORAGEM DE FAZER ISSO COM A MINHA IRMÃ. – Harry começou a berrar enquanto batia em Draco – SE APROVEITANDO DA INOCENCIA DA MINHA IRMÃ.

Draco que não era tonto começou a bater em Harry também e os dois começaram a se engalfinhar como dois trouxas bêbados.

_SEUS IDIOTAS, PAREM, HARRY, LARGA O MEU NAMORADO! - berrei tentando fazendo com que eles se soltassem.

Sem pensar muito usei a primeira coisa que me veia a cabeça pra separar os dois.

Puxei a varinha das vestes e apontei pra eles.

_Protego! – um escudo transparente apareceu no meio dos dois e jogou cada um para um lado.


Graças a Merlin, Harry parecia ter esquecido que tinha uma varinha e começou a bater no escudo tentando passar por ele.

_TIRA ISSO EVOLET, EU VOU MATAR O MALFOY, ELE NUNCA MAIS VAI PODER SE APROVEITAR DE VOCÊ. – ele dizia furioso e batia no escudo.

_NÃO ATE VOCÊ PARAR COM ISSO, E PRA SUA INFORMAÇÃO ELE NÃO SE APROVEITOU DE MIM COISA NENHUMA. NÃO QUE ISSO SEJA DA SUA CONTA.

_Não? – Harry perguntou abaixando o tom de voz.

_Não. – afirmei.

_Então quem é o pai dos seus filhos? – Harry arregalou os olhos – Por favor, não diga que é Rony ou Snape.

_Ela não esta gravida Potter. – Draco disse.

Ele estava no chão massageando o maxilar onde Harry tinha batido.

Fui ate ele avaliando seus ferimentos, não era nada demais, só um corte no supercílio, mas provavelmente ele ia ficar com o olho roxo.

Arrumei seus corte com um feitiço e o ajudei a se levantar.

Tirei o feitiço escudo que nos separava de Harry e fui ate ele.

Seu nariz e boca estavam sangrando, ele com certeza tinha levado a pior, provavelmente tinha quebrado o nariz.

Também arrumei os machucados de Harry.

_Se chegar perto dele de novo, eu vou te mandar direto para uma visita a mamãe e papai. – ameacei com a varinha próxima a seu rosto.

Harry rolou os olhos.

_Então, você quer me explicar essa história toda? – Harry pediu.

Contei tudo a ele, desde meu namoro escondido com fuinha ate o Dobby hoje de manhã.

_Eu não acredito que você ta namorando ele. – Harry disse horrorizado.

_Pode acreditar Potter. – disse Draco.

_Mas vocês não vão ficar namorando escondidos vão? – Harry perguntou – Malfoy se você ta pensando em enrolar a minha irmã e depois abandonar ela você pode...

_Cale a boca Potter. – Draco mandou – eu não vou abandonar a Evolet, e se você quer saber nós estávamos indo exatamente resolver esse assunto quando você me atacou.

_Isso mesmo, - disse – e se não se importa nós temos que ir antes que o Salão Principal fique vazio.

_Evolet o que exatamente, você esta querendo fazer? – Draco perguntou com uma sobrancelha arqueada.

_Você vai ver. – disse e dei um sorriso maroto.

Vi Draco engolir em seco. Ele sabia que eu iria aprontar alguma coisa.

Segurei uma das mãos de Draco e comecei a guia-lo pro Salão Principal.

_Anda Harry, você também vai querer ver isso. – avisei.

Guiei um Draco meio relutante e um Harry curioso ate o Salão Principal. Quando chegamos todos viraram para nos olhar.


Procurei pela mesa da Grifinória Rony, Neville e os gêmeos Weasley. Os gêmeos estavam com a cara emburrada e Rony estava vermelho ate as orelhas.

Hermione estava junto com eles e quando me viu apertou o garfo que estava em sua mão e pareceu querer se levantar para sair – ou provavelmente me bater – mas foi segurada por Rony.

Em frente aos quatro que estavam sentados lado a lado havia os restos queimados de um provável berrador.

Neville não estava na mesa.

Olhei para a mesa dos professores, Snape que sempre tinha a cara de tédio agora parecia muito irritado.


Avistei Dumbledore e dei um sorrisinho pra ele que retribuiu cordialmente.

_Harry vá se sentar com seus amigos e tente acalma-los. – mandei.

_Não faça nenhum escândalo Evolet – ele pediu – por favor.

_Não vou. – menti.

Continuei segurando Draco pela mão ao meu lado, senti que ele estava suando frio, e esperei Harry se sentar.

Vi ele se sentar e falar alguma coisa para os Weasley e para Granger.

_Vamos. – disse a Draco.

Literalmente arrastei Draco ate a mesa da Sonserina, que por sinal estava cheia de gente.

Empurrei uma garota do terceiro ano da cadeira e usei-a pra subir em cima da mesa.

_O que você ta fazendo? – Draco perguntou com os olhos arregalados.

_Sobe logo e para de fazer pergunta. – mandei.

Eu sabia que ia acabar ganhando uma detenção e Draco também, mas continuei o que eu ia fazer, agora que tinha chegado aqui não dava pra voltar.

Como eu já tinha dito antes, já que ta tudo fodido, vamos que vamos.

Draco subiu na mesa e parou ao meu lado.

_HEY CAMBADA – gritei para chamar a atenção dos alunos, não que eles não tivesse olhando pra gente antes mas eu não queria que ninguém se distraísse – é o seguinte, - disse um pouco mais baixo - vocês tão tudo achando que eu to grávida, mas isso é MENTIRA, não to e nem nunca tive, nunca tive um caso com Snape – apontei para o professor de poções que me fuzilava com o olhar – nunca tive uma queda pelo cabeça de cenoura – usei o apelido que Draco tinha dado pra ele e apontei para Rony que tinha o rosto da mesma cor que os cabelos – e muito menos com os dois gêmeos – apontei Fred e Jorge que também estavam vermelhos – nunca sai com Neville, e nem sei quem é Dino Thomas.

_EU DISSE QUE NUNCA TINHA FALADO COM ELA. – um garoto gritou da mesa da Grifinória.

Tá agora eu sei quem ele é.

_E tudo isso que vocês estão falando sobre mim é mentira, - continuei – tudo isso surgiu por causa de um bando de curioso que ficou escutando a minha conversa com o meu namorado. – apontei pro fuinha – E só mais uma coisa, - comecei a gritar – SE EU ESCUTAR MAIS UM IDIOTA FALANDO SOBRE ESSE ASSUNTO EU NÃO VOU PENSAR DUAS VEZES EM USAR UMA MALDIÇÃO DA MORTE E IR PARAR EM ASKABAN. ENTENDIDO?

O silencio foi absoluto, pude ate ouvir a Lula Gigante brincando no lado.

O silêncio foi absoluto, pude ate ouvir a Lula Gigante brincando no lado.

_Obrigado. – disse e dei um sorrisinho falso – Agora Draco, - me virei pra ele, o garoto estava branco feito papel estava suando frio – se importa? – perguntei e abri a mão mostrando as alianças.

_Hã?... – ele piscou confuso, olhou das alianças pra mim duas vezes sem entender o que eu queria.

Pelas barbas de Merlin, como é lerdo!

Rolei os olhos e peguei a aliança dele. Peguei sua mão direita e segurei ela em minha frente, mas sem colocar a aliança em seu dedo.

_Draco, - disse – quer namorar comigo publicamente?

Draco piscou duas vezes e olhou para os lados como se pedisse ajuda. Fuzilei ele com o olhar fazendo com que ele engolisse em seco.

_Sim? – sua resposta pareceu mais uma pergunta.

_Ótimo. – disse.

Coloquei sua aliança em seu dedo anelar da mão direita. Draco olhou para a mão como se a aliança fosse sua sentença de morte.

_Sua vez idiota. – sussurrei baixinho para que só ele escutasse.

Meio que se recuperando da lerdeza e idiotice, Draco balançou a cabeça como se afastasse um pensamento ruim e pegou a aliança da minha mão.

Deu um daqueles sorrisos tortos, pegou minha mão direita e empurrou a aliança ate a metade da minha unha e parou.

Mandei um olhar pra ele do tipo “continua idiota”.

Draco rolou os olhos pra minha impaciência e disse:

_Evolet Potter, aceita ser minha pra sempre? – ele perguntou me olhando nos olhos.

Olhei para aqueles olhos cinzas e sorri, ao invés de responder com palavras balancei a cabeça afirmativamente.

Draco terminou de empurrar a aliança por meu dedo e me beijou. Lógico que um beijo menos pornográfico dos que estávamos acostumados afinal estávamos em publico, mas deu pra perceber que foi um beijo apaixonado.

Por todo o Salão pude escutar os “Ownn” das garotas que me invejavam.

_Agora que já acabaram com o momento de casal – escutei a voz seca de Snape falando da mesa dos professores – será que poderiam sair de cima da mesa?

Corei ate o ultimo fio de cabelo.

Em meio a risinhos dos alunos Draco me puxou para sair de cima da mesa. Disfarçadamente fingi que não tinha visto a mão de Pansy que nós olhava escandalizada e pisei com o máximo de força em sua mão fazendo ela gritar.

Me sentei ao lado de Draco e esperei ele tomar o café da manhã.

_Srta. Potter e Sr. Malfoy – Snape parou atrás da gente – vou esperar os dois em minha sala para cumprir suas detenções depois do jantar. - E dizendo isso saiu.

Fazer o que, nem tudo é perfeito.
















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Notas finais do capítulo

Não preciso pedir que comentem né?
E qualquer erro avisem.