Bleeding escrita por AnnieKazinsky


Capítulo 3
Capítulo 3 - Molly


Notas iniciais do capítulo

Novo Capitulo:) peço desculpas por algum erro ortográfico que tenha deixado escapar!



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Ser assistente de Molly não era mau. Não era mau de todo. Finalmente tinha emprego e possivelmente cedo iria conseguir mudar se da casa de Harry.

Tinha um pequeno escritorio onde tratava de papelada. Assistia e ajudava em grande parte das autopsias. Ao pricipioo só faziam turnos juntos, mas depois de treinado o Dr. John Watson já fazia turnos sozinho,  equilibrando o tempo de trabalho dos dois, dando espaço para folgas e fins de semana mais livres.

Molly ainda se sentia culpada, e ao principio John achava que não ia aguentar durante muito tempo o olhar dela, aqueles olhos castanhos cheios de peso na consciencia.

Ela sempre soube que Sherlock estava vivo, e isso roia-a, mesmo que John nunca a tivesse acusado de nada. Já tinha tido aquela conversa com ela mil vezes. Não queria saber como Sherlock tinha sobrevivido, e mais importante, não queria saber de Sherlock, e o ar cetico de Molly deixava-se notar.

Quando pensava nisso mordia o lábio e suspirava desolado. Que mentira mal metida. Claro que queria saber como ele tinha sobrevivido. Mas não o podia admitir em voz alta, não depois de toda a fita que armou. Não ia dar o braço a torcer.

- Bom dia John! – Molly sorriu ao entar na sala fria. – Queres um café?

John olhou para a colega de trabalho. Desviando o olhar da papelada. Sorriu e pousou a caneta. Foram até a cafetaria do hospital. Molly estava especialmente animada, andava a sair com Ryan um rapaz simpatico que trabalhava no segundo piso.

- Namorar faz te bem Molly… - comentou simpatico, o rosto dela corou levemente, mas sorriu agradada.

- Faz não é?... – meteu uma madeixa de cabelo por traz da orelha – acho que faz bem a toda a gente… - hesitou - devias arranjar alguém John…

John fitou-a serio.

- Tou um bocado farto de procurar… - confessou.

- O Ryan tem uma colega que te acha simpatico… - Molly disse. John estranhou, não comentou. – e podiamos ir todos jantar fora um dia destes…

- Quem é?

- A Mary…

John pensou um pouco. Não sabia se queria arriscar.

- Ela é boa pessoa… simples… e é bonita…

- Estás a falar de uma ruiva… com sardas?

- Essa mesmo!

- Não sei… sabes… eu… - John não se sentia na onda de sair e de arranjar namorada.

- Vai te fazer bem… Pode ser que deixes de pensar em Sherlock.

Só segundos depois é que Molly se apercebeu do que dissera, pousou a mão em cima da boca arregalando os olhos.

- Desculpa John, foi inapropriado…

John mal reagiu. Ficou estático. Felizmente já tinha pousado a chavena de café, senão teria deixado cair.

- E-eu não… eu não penso…

- Desculpa, a serio… peço imensa desculpa… não foi com intenção de…

John levantou se da mesa com ar chateado, passou por Molly e pousou-lhe a mão no ombro.

- Tudo bem… vamos trabalhar… temos muito que fazer.

Perdoava-a. Afinal ela tinha uma ponta de razão no que dizia.

Nunca mais o tinha visto. Tinha lhe pedido para não o procurar mais e Sherlock obedeceu. Pela primeira vez na vida, Sherlock não o contrariara, e no fundo, isso irritava John bastante. Pois sabia que ele continuava a frequentar a morgue, mas so aparecia nos turnos de Molly.

Nessa noite, ligou o pc na sala e entrou no seu blog, onde tinha vinte e sete mensagens novas. Muita gente perguntava porque não tinha voltado a resolver crimes com Sherlock. John não respondia  aos comentários, mas lia-os um a um.

- Porque não repondes? – perguntou Harry subitamente, estava por tráz da cadeira de John, que deu um salto.

- Para a proxima podes tentar não me matar do coração…

- Desculpa… quase todas as noites vais ao blog… porque não fazes um post explicar o porquê… e ponto final… não precisa de ser nada elaborado… só a dizer “não voltei porque Sherlock é um idiota”

John olhou para ela de lado, cruzou os braços.

- Não tenho de dar satisfações a ninguém… -disse.

- Então porque voltas todas as noites ao blog? Apaga-o! – Harry tinha uma certa razão, era uma ideia que já lhe tinha passado pela mente. Mas não era capaz. Fechou o site e desligou o computador.

- Não falaste mais com ele?

- Não.

- Nunca mais o viste?

- Não. Eu pedi-lhe para não aparecer… e para não me contactar…

-  Estou admirada. – confessou Harriet.

- Também eu…

*

Lestrade estava chateado, tinha acordado demasiado cedo para ouvir más noticias. A cena do crime era dramática, e tinha demasiada gente a volta. Viu quando o taxi que parou do outro lado da rua. Sherlock Holmes aproximou-se olhando em volta, parou junto a Lestrade sem nada dizer e franziu o rosto ao ver Anderson.

- Rapaz foi morto por objecto não identificado… pancada na cabeça… - disse Lestrade.

- Não identificado… - Sherlock murmurou – é tão obvio…

Lestrade ficou a fita-lo a espera de mais, mas ele não disse mais nada. Aproximou-se de onde o rapaz estava caido no chão e meteu-se a observar.

Anderson aproximou-se de Lestrade.

- Se ele já era mal disposto… agora anda insuportável… - disse com desdem – o que ele disse?

- Nada de concreto… sabes Anderson… acho que aqueles anos ausentes foram duros… e voltar e ver rostos que o acusaram de crimes… não deve ser propriamente bom…

- Pelo amor de deus… nem John Watson voltou… ele que dizia acreditar nele… não voltou… - ele disse entredentes

- Acho que não foi por achar Sherlock culpado… afinal ele provou a sua inocência…

- Achas que foi porquê?.. Acabaram o namoro? – Anderson disse em tom de gozo.

- Não sejas desagradável… - virou-se para Sherlock e disse – ao mesmo tempo desapareceu uma rapariga, de desasseis anos…

Sherlock olhou com interesse para Lestrade.

- Sim, ela passa nesta rua todos os dias… e não chegou a escola…

- Deram por falta dela hoje?

- Sim… era para ter entrado as nove da manhã em aula… mas não foi, e a mãe disse que ela saiu de casa as horas habituais, as oito e meia…

O olhar de sherlock caiu sobre o corpo inanimado do rapaz.

- Achas que foi ela? – disse Anderson.

- Não sejas idiota! Uma rapariga daquela idade era capaz de matar um jogador de rugby com uma única pancada  na cabeça?

Lestrade lavantou as sobrancelhas em admiração. Olhou para a medica legista que confirmou:

- Sim… assim de repente parece ter sido com uma única pancada… mas preciso de ir ao Laboratório…

- Então… o que se passa aqui? – Lestrade estava a ficar frustrado.

- A rapariga ter desaparecido não pode ser coincidencia? – perguntou Anderson.

- Pode… mas…

- A hora da morte coincide com a passagem dela por aqui… - afirmou Sherlock – deve ter visto algo… ou seja... temos a testemunha principal desaparecida. E não temos arma do crime à vista…

- Mas tu sabes o que é ou não?

Sherlock só lhe lança um olhar enigmático de sorriso ironico nos lábios.

- Vemo-nos em St. Barts! – disse  e vira-lhe as costas deixando Lestrade sozinho.


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Notas finais do capítulo

Agradecia uns comentários;)



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