Bleeding escrita por AnnieKazinsky
Notas iniciais do capítulo
Novo Capitulo:) peço desculpas por algum erro ortográfico que tenha deixado escapar!
Ser assistente de Molly não era mau. Não era mau de todo. Finalmente tinha emprego e possivelmente cedo iria conseguir mudar se da casa de Harry.
Tinha um pequeno escritorio onde tratava de papelada. Assistia e ajudava em grande parte das autopsias. Ao pricipioo só faziam turnos juntos, mas depois de treinado o Dr. John Watson já fazia turnos sozinho, equilibrando o tempo de trabalho dos dois, dando espaço para folgas e fins de semana mais livres.
Molly ainda se sentia culpada, e ao principio John achava que não ia aguentar durante muito tempo o olhar dela, aqueles olhos castanhos cheios de peso na consciencia.
Ela sempre soube que Sherlock estava vivo, e isso roia-a, mesmo que John nunca a tivesse acusado de nada. Já tinha tido aquela conversa com ela mil vezes. Não queria saber como Sherlock tinha sobrevivido, e mais importante, não queria saber de Sherlock, e o ar cetico de Molly deixava-se notar.
Quando pensava nisso mordia o lábio e suspirava desolado. Que mentira mal metida. Claro que queria saber como ele tinha sobrevivido. Mas não o podia admitir em voz alta, não depois de toda a fita que armou. Não ia dar o braço a torcer.
- Bom dia John! – Molly sorriu ao entar na sala fria. – Queres um café?
John olhou para a colega de trabalho. Desviando o olhar da papelada. Sorriu e pousou a caneta. Foram até a cafetaria do hospital. Molly estava especialmente animada, andava a sair com Ryan um rapaz simpatico que trabalhava no segundo piso.
- Namorar faz te bem Molly… - comentou simpatico, o rosto dela corou levemente, mas sorriu agradada.
- Faz não é?... – meteu uma madeixa de cabelo por traz da orelha – acho que faz bem a toda a gente… - hesitou - devias arranjar alguém John…
John fitou-a serio.
- Tou um bocado farto de procurar… - confessou.
- O Ryan tem uma colega que te acha simpatico… - Molly disse. John estranhou, não comentou. – e podiamos ir todos jantar fora um dia destes…
- Quem é?
- A Mary…
John pensou um pouco. Não sabia se queria arriscar.
- Ela é boa pessoa… simples… e é bonita…
- Estás a falar de uma ruiva… com sardas?
- Essa mesmo!
- Não sei… sabes… eu… - John não se sentia na onda de sair e de arranjar namorada.
- Vai te fazer bem… Pode ser que deixes de pensar em Sherlock.
Só segundos depois é que Molly se apercebeu do que dissera, pousou a mão em cima da boca arregalando os olhos.
- Desculpa John, foi inapropriado…
John mal reagiu. Ficou estático. Felizmente já tinha pousado a chavena de café, senão teria deixado cair.
- E-eu não… eu não penso…
- Desculpa, a serio… peço imensa desculpa… não foi com intenção de…
John levantou se da mesa com ar chateado, passou por Molly e pousou-lhe a mão no ombro.
- Tudo bem… vamos trabalhar… temos muito que fazer.
Perdoava-a. Afinal ela tinha uma ponta de razão no que dizia.
Nunca mais o tinha visto. Tinha lhe pedido para não o procurar mais e Sherlock obedeceu. Pela primeira vez na vida, Sherlock não o contrariara, e no fundo, isso irritava John bastante. Pois sabia que ele continuava a frequentar a morgue, mas so aparecia nos turnos de Molly.
Nessa noite, ligou o pc na sala e entrou no seu blog, onde tinha vinte e sete mensagens novas. Muita gente perguntava porque não tinha voltado a resolver crimes com Sherlock. John não respondia aos comentários, mas lia-os um a um.
- Porque não repondes? – perguntou Harry subitamente, estava por tráz da cadeira de John, que deu um salto.
- Para a proxima podes tentar não me matar do coração…
- Desculpa… quase todas as noites vais ao blog… porque não fazes um post explicar o porquê… e ponto final… não precisa de ser nada elaborado… só a dizer “não voltei porque Sherlock é um idiota”
John olhou para ela de lado, cruzou os braços.
- Não tenho de dar satisfações a ninguém… -disse.
- Então porque voltas todas as noites ao blog? Apaga-o! – Harry tinha uma certa razão, era uma ideia que já lhe tinha passado pela mente. Mas não era capaz. Fechou o site e desligou o computador.
- Não falaste mais com ele?
- Não.
- Nunca mais o viste?
- Não. Eu pedi-lhe para não aparecer… e para não me contactar…
- Estou admirada. – confessou Harriet.
- Também eu…
*
Lestrade estava chateado, tinha acordado demasiado cedo para ouvir más noticias. A cena do crime era dramática, e tinha demasiada gente a volta. Viu quando o taxi que parou do outro lado da rua. Sherlock Holmes aproximou-se olhando em volta, parou junto a Lestrade sem nada dizer e franziu o rosto ao ver Anderson.
- Rapaz foi morto por objecto não identificado… pancada na cabeça… - disse Lestrade.
- Não identificado… - Sherlock murmurou – é tão obvio…
Lestrade ficou a fita-lo a espera de mais, mas ele não disse mais nada. Aproximou-se de onde o rapaz estava caido no chão e meteu-se a observar.
Anderson aproximou-se de Lestrade.
- Se ele já era mal disposto… agora anda insuportável… - disse com desdem – o que ele disse?
- Nada de concreto… sabes Anderson… acho que aqueles anos ausentes foram duros… e voltar e ver rostos que o acusaram de crimes… não deve ser propriamente bom…
- Pelo amor de deus… nem John Watson voltou… ele que dizia acreditar nele… não voltou… - ele disse entredentes
- Acho que não foi por achar Sherlock culpado… afinal ele provou a sua inocência…
- Achas que foi porquê?.. Acabaram o namoro? – Anderson disse em tom de gozo.
- Não sejas desagradável… - virou-se para Sherlock e disse – ao mesmo tempo desapareceu uma rapariga, de desasseis anos…
Sherlock olhou com interesse para Lestrade.
- Sim, ela passa nesta rua todos os dias… e não chegou a escola…
- Deram por falta dela hoje?
- Sim… era para ter entrado as nove da manhã em aula… mas não foi, e a mãe disse que ela saiu de casa as horas habituais, as oito e meia…
O olhar de sherlock caiu sobre o corpo inanimado do rapaz.
- Achas que foi ela? – disse Anderson.
- Não sejas idiota! Uma rapariga daquela idade era capaz de matar um jogador de rugby com uma única pancada na cabeça?
Lestrade lavantou as sobrancelhas em admiração. Olhou para a medica legista que confirmou:
- Sim… assim de repente parece ter sido com uma única pancada… mas preciso de ir ao Laboratório…
- Então… o que se passa aqui? – Lestrade estava a ficar frustrado.
- A rapariga ter desaparecido não pode ser coincidencia? – perguntou Anderson.
- Pode… mas…
- A hora da morte coincide com a passagem dela por aqui… - afirmou Sherlock – deve ter visto algo… ou seja... temos a testemunha principal desaparecida. E não temos arma do crime à vista…
- Mas tu sabes o que é ou não?
Sherlock só lhe lança um olhar enigmático de sorriso ironico nos lábios.
- Vemo-nos em St. Barts! – disse e vira-lhe as costas deixando Lestrade sozinho.
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Agradecia uns comentários;)