Bleeding escrita por AnnieKazinsky


Capítulo 4
Capítulo 4 - Teimoso.


Notas iniciais do capítulo

Peço desculpas se deixei escapar algum erro...



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John Watson tinha chegado cedo, apesar de ser o seu dia de folga, mas achou melhor dar um salto ao hospital, tinha de rever  a papelada do dia anterior, pois quase tinha adormecido em cima das fichas.

Estranhava Molly ainda não tinha chegado. Acabou por receber o corpo de um rapaz jovem, assassinado  nessa manhã. Estava a ler a ficha que acompanhava o corpo e lançou um olhar ao jovem sem vida. Era triste ver alguém tão jovem falecer cedo. Pousou a ficha e ia-se embora quando o viu a porta da sala.

Sherlock holmes estacou, mal se movendo, John fitou-o.

- A Molly não está… ainda não chegou… - disse totamente a defensiva observando Sherlock. John tinha-o surpreendido. Era o seu dia de folga e ali estava ele, Sherlock deu meia volta a volta da mesa, destapou o corpo. fitando o atentamente.

- O que se passou? – John murmurou. Sherlock não hesitou:

- Faleceu de manhã, pancada seca na base da cabeça o que provavelmente o matou de um golpe… - moveu ligeiramente a cabeça do falecido, John deu uns passos metendo-se atraz de Sherlock fitando o pescoço magoado.

-  Mas levou duas pancadas… - John surpreendeu-se com a sua conclusão. Anadava a ver demasiados cadáveres. Sherlock olhou-o de lado com um meio sorriso. – um crime de odio?

- Hummmf…  - aquele som era de desaprovação. John sabia que Sherlock sabia muito mais do que estava a contar. Começou com uma explicação falada numa rapidez impressiomante, e apontou qualquer coisa sobre uma rapariga que tinha desaparecido praticamenta ao mesmo tempo. John perdeu-se. Deixou de pretsar atençao. Fitou o rosto de Sherlock e a ferida psicologica abriu-se quase lhe retirado o ar dos pulmões.

Saudades, dor da lembrança do que sofrera naquele tempo todo cairam sobre si de repente. Sherlock continuava a falar apontando para varios pontos do corpo do rapaz.

John inspirou fundo, tomou coragem e disse:

- Eu não quero saber… tou no meu dia de folga e vou me embora…

Sherlock calou-se, endireitou-se e fitou John, com olhos subitamente tristes. Nada disse. Virou-se para o corpo e continuou a inspeção, mas silenciosamente.

John sentia um vazio incontrolavel no estomago. Honestamente sentia-se feliz por saber que ele estava vivo e continuava destemido a resolver crimes. Mas mentira e fizera-o sofrer este tempo todo. Não estava preparado para lhe perdoar.

- John… eu sei que… - a voz de Sherlock disse, suspirou.

- Eu não quero explicações… - cortou John. Na altura em que Molly entrou na sala, parou a porta como se tivesse visto um fantasma. John ia passar por ela, Molly agarrou-lhe no braço, lançando-lhe um olhar reprovador. John ignorou e passou por ela. Sabia que ela queria que voltassem a ser amigos, mas era lhe impossivel, doia demasiado.

 No meio do corredor, foi puxado com força pela gola do casaco.

- John watson! Seu estúpido! – Molly estava mesmo chateada. – ele ali prestes a pedir te desculpas e tu armaste em parvo! Tens de o ouvir! Estas a torturar-te! E isso não se faz! Tu gostas dele!! – exclamou um bocado mais alto que era suposto. John sentiu o rosto mudar de cor.

-O quê?... quer dizer, ele é um calhau! Não tem sentimentos e tu sabes bem disso, tu deixas ele fazer de ti gato sapato, eu não sou assim! Já fui e já chega!

Molly estava decepcionada, John viu isso claramente no seu rosto. Encolheu os ombros e deixou-o sozinho. Parou de novo no meio do corredor.

- Quando te arrependeres, espero que não seja tarde…

Deixou John no corredor e entrou na sala onde sherlock estava debruçado sobre o cadáver.

- E tu es uma anta! – Molly criou coragem para lhe dizer. Sherlock levantou as sobrancelhas em espanto. – será que não és capaz de ver que ele esta mal e falar decentemente com ele?

Shelock fechou a expressão. Baixou os olhos, falou momentos depois.

- Estou a respeitar a decisão dele… ele disse que não queria que o procurasse e que esquecesse…

- Quer dizer tu que deduzes tudo e todos, ainda não percebeste o problema dele? – estava exasperada. Sherlock fez um ar de desprecebido, fitando agora Molly de cenho franzido, abanou a cabeça negativamente.

- Ok… decididamente voçês são as criaturas mais burras que eu já conheci! Tu tens de lhe explicar como sobreviveste e o porquê… o porquê de teres forjado a morte é o ponto importante! Ele tem de saber! Talvez o único gesto altruista que fizeste na tua vida inteira, que quase lhe custou a sanidade mental e tratas como se nada fosse?

- Se nada fosse?... Ele não que falar comigo… - isistiu Shelock.

- Tens o quê? Cinco anos? – Molly surpreendeu-o com a atitude. – tu sabes o que ele passou. Mas não viste Sherlock. não viste nada… e nem sei se entendes o que ele passou, eu acompanhei… evitava ve-lo por que sabia que estavas vivo e não lhe podia contar… a culpa que sentia… a pena que tive dele… és um egoista por o teres feito!

- Ainda agora disseste que tinha sido altruista…

- Sim, altruista mas egoista! Na mente dele, mentiste e simplesmente saiste da vida dele, morrendo, ele viu-te cair de cima deste maldito edificio e voltas dramaticamente!

Ora para a mente magoada dele foi demais! Eu sei que sentimentos não e a tua area… mas bolas Sherlock, tu és amigo dele… eu sei que nesse teu cérebro estranho tens um local onde te preocupas com ele! Não o deixes… não suporto ver o fantasma do homem que ele se tornou… - Molly hesitou – vês no que me  transformaram? Estou revoltada e sentimental!... neste momento estou a odiar-te! - Deu meia volta e saiu da sala. Deixando um Sherlock pensativo.

John voltou a casa, nada de produtivo foi feito no resto do seu dia. Viu nas noticias que realmente uma rapariga tinha desaparecido e suspeitavam do assassino do rapaz, provavelmente ela tinha assistido o crime. Duvidava que a iam encontar com vida. Não jantou. Não dormiu. Levantou-se da cama as três da manha e sentou-se na sala. Estava a remoer as palavras de Molly. Não sabia o que fazer, mas não queria dar o braço a torcer. Ouviu movimento e Harry entrou dentro de casa. Falava ao telefone, que desligou no hall de entrada. Ela entrou na sala para deixar a mala e deu um salto de susto.

- Deus! Agora deu te para ficares na sala as escuras em plena madrugada? – disse exasperada. John não lhe respondeu.

- Como correu o encontro?

- Não foi mau… jantamos e fomos ao cinema… - sentou-se pesadamente no sofa ao lado dele. – combinamos almoçar no fim de semana…

- É bom… - disse John sorrindo para a irmã.

- E tu o que fazes acordado a esta hora?

- Tou a pensar…

- Pois… acredito que sim… não consegues dormir?

- Não.

- Sherlock?

- Sim. – ele hesitou – vi-o hoje.

Harry virou se para o irmão de ar preocupado, e ele contou-lhe por alto o que se tinha passado, inclusive o que Molly lhe tinha dito.

- Faz isso John… deixa o explicar-se… contar te o que aconteceu…

- Mas ele so disse “ eu sei que…” nem sei se ele ia se explicar ou se ia…

- Exige-lhe uma explicação…fala com ele! obriga-o a explocar tin-tin por tin-tin… porque não foi justo o que passaste… e que tas a passar… pode ser que te alivie os demonios…

John sentiu os olhos encherem-se de lagrimas. Harry abraçou-o.

- Mas… eu não consigo… ele…  - o resto das palavras foram abafadas no ombro de Harry, que lhe acariciava os cabelos. – achas mesmo que devia falar com ele?

- Acho… - confirmou Harry.


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Notas finais do capítulo

E quem é que acham que devia dar o braço a torcer primeiro?? agradecia umas ideias e comemtarios;)



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