Bleeding escrita por AnnieKazinsky


Capítulo 2
Capítulo 2 - Greg e Molly




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John Watson acordou com uma dor de cabeça monumental. Estava enrolado nos lençoes e curiosamente estava vestido, estranhou, olhou para o relogio da mesa de cabeçeira e hesitou, eram dez da manha. Mas que raio… não tinha memoria de se ter deixado dormir… Sherlock.

Atingiu-o em força. Sentiu um aperto no estomago.

Era real? Ou tinha sonhado? Sentou-se na cama atordoado.

– Como dormiste? – Harry perguntou subitamente da porta. Ele de um salto de susto. Coçou a nuca, suspirando.

– Nem sei… dormi quanto tempo?

Ela cruzou os braços e encostou-se a porta.

– Cheguei a casa era uma da tarde… estavas na casa de banho… e ajudei-te a deitar…

– Dormi desde a uma de ontem? – estava abismado.

– John… o Lestrade..

– Não quero saber… - disse de maus modos.

– Mas… ele…

– Já sabes que o Sher…. – fez uma pausa dolorosa -… voltou? – a voz de John tremeu. Harry acenou que sim, o olhar dela deixava notar pena. John odiava que sentissem pena de si. Mordeu o labio inferior e suspirou.

– O Lestrade… - tentou Harry de novo.

– Mas o que tem o Lestrade?? – John já estava impaciente com a insistencia dela. Harry fez uma careta desagradável.

– Está na sala… - disse. John fez um ar surpreendido.

– Ah…

– Foi ele que me contou que o Sherlock… estava…

– Shhhh… ok. – John levantou-se. – diz lhe que eu já vou…. - Calçou os sapatos e passou por ela, indo para a casa de banho. Lavou o rosto. Fitou-se ao espelho uns momentos.

Tens de se forte e ponto final.

Foi enfrentar Lestrade. Que estava com um ar muito pouco satisfeito. Levantou-se de um salto ao ver John, e a primeira impressao de teve de john foi que estava acabado.

– John! – disse com um meio sorriso.

– Que se passa? – saltou logo para o assunto, não queria rodeios. Lestrade pareceu ficar pouco a vontade.

– Vocês querem café ou chá? – Harry perguntou. Lestrade ia responder, mas John antecipou-se.

– Não vai ser necessario… Lestrade não deve demorar… - disse seco.

Greg Lestrade, estranhou mesmo John Watson,aquela personagem agradavel e simpatica estava impaciente e fria.

– Desculpa vir tomar o teu tempo John… mas eu estou a nora… o Sherlock esta vivo!... e não…

– Falaste com ele? – john perguntou.

– Sim ontem… apareceu na esquadra de policia como se nada fosse, Donovan teve um colapso nervoso ao ve-lo assim de repente… até eu fiquei balancado… pelo amor de Deus, eu fui ao funeral do desgraçado!

John fitou Lestrade de lado.

– O que ele fou fazer lá?

– Deixou duas caixas arquivo com o Caso Moriarty resolvido… ele acabou com a quadrilha toda… toda… apanhou um por um… inclusive Sebastien Moran.

John arqueou as sobrancelhas de espanto. Conhecia bem o nome. Moran tinha estado no Afeganistão na sua altura.

– Sniper… - disse John em voz baixa, mas Lestrade apanhou.

– Sim… um dos melhores, braço direito de Moriarty…

– Entao durante este tempo que ele estave ausente, esteve a desmontar a rede de Moriarty… - John disse para si mesmo.

– Exacto! – lestrade respondeu. E de repente olhou para John como se o estivesse a ver pela primeira vez. – Tu já o viste?

– Já…- disse sem se alongar.

– Ele não te contou nada?

– Eu… não lhe dei hipotese…

Lestrade endireitou-se fitando John com ar estranho.

– Não lhe deste hipotese?

– Não… e fica a saber que não quero saber dele. Não quero saber nada dele.

Lestrade abriu e fechou a boca parecendo um peixe fora de agua, hesitando varias vezes.

– Entao não sabes como e que ele forjou a morte… estava a espera que me pudesses responder… como e que ele sobreviveu?

– Não faco a minima… e nem quero saber…

Lestrade acenou com a cabeça varias vezes, devagar como se estivesse a matutar no assunto. Parecia-lhe irreal que John não quisesse saber de Sherlock Holmes.

– Ok.. Pensei que estivesses de novo em contacto com ele… e que te estivesses a mudar de novo para Baker Street… ele não me conta nada… e tu…

– Não me vou mudar para Baker Street…

– Tu sabes que foste a única pessoa a humanizar o Sherlock… não sabes? – Greg queria-se certificar que estava a perceber bem.

– Sei… mas pelos visto não importo, se ele foi capaz de mentir e estar ausente três anos e porque não precisa de mim para nada… agora se me desculpas Greg, eu tenho coisas para tratar.

– Desculpa ocupar o teu tempo… eu vou me embora… - agarrou no casaco e ia vestindo-o caminhando pelo corredor.

– Greg? – john chamou de voz subitamente timida. O outro olhou para traz com a mão na maçaneta. – viste-o ontem a que horas?

– Eram… não sei… umas quatro da tarde…

– E… como estava ele? O que achaste?

Lestrade estranhou a pergunta, mas resolveu ser franco.

– Com aquele ar aborrecido e superior dele… mais magro talvez… e cinco pontos recentes na sobrancelha…

– Hum… - foi o que foi capaz de responder.

Lestrade despediu-se e saiu.

John passou as mãos pelos braços cobertos pela camisa, estava gelado e desolado. Voltou ao quarto, igorando o que quer que Harry estava a dizer.


Os proximos dias estavam a ser uma loucura para o seu telemovel. Desde Molly a mandar sms com pedidos de desculpas que John não imaginava o porquê.

Mycroft a telefonar se John queria de volta a copia de sua chave de Baker Street e uma Mrs Hudson super ansiosa por Sherlock andava a tiros com a parede e tocava violino toda a noite.

– Mas querido… tu vais voltar… não vais? – perguntava ela.

– Não Mrs Hudson… eu não vou voltar… eu e o Sherlock… - hesitou, não ia dizer que tinham acabado. Era uma maneira ridicula de expor a situaçao. Afinal eram amigos. Não! Nem isso. Colegas de quarto. Só.

– Certeza?... a casa vai acabar por desabar com tantos furos que ele faz na parede… - ela estava triste.

– Ele e crescido… sabe cuidar de si… eu não posso ser sua Babysitter para o resto da vida…

Nessa mesma tarde, Molly Hopper passou pela casa dos Watson. Estava com ar de cordeiro arrependido, e mal olhava para o rosto de John. Tinha boas noticias apesar de parecer soturna. Tinha uma oferta de emprego em St Barts, não era grande coisa, mas John aceitou de bom grado. Molly pareceu agradada e aliviada com o facto dele aceitar.

– O que se passa Molly?

– Pensava que estava demasiado chateado comigo…

– Porque haveria?

– Sherlock não te contou? – ela agora parecia aflita. John encolheu os ombros.

– Não…

–Eu sempre soube que ele estava vivo… - confessou.

Aquilo caiu-lhe que nem bomba. Não estava a espera daquilo. Molly notou a expessao dele e começou a gaguejar.

– Peço desculpas.. eu… sabes eu…

John acalmou-se. Molly não tinha culpa do que Sherlock fazia. Sabia que o outro conseguia manipular quem queria sem a menor das dificuldades. Interrompeu o discurso atrapalhado dela.

– Esquece Molly… deixa para la… já não é importante…

–Não queres saber como ele o fez?

– Não.

Tinha de ser forte, tinha de ser forte…



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Notas finais do capítulo

Amava comentarios;)



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