Para Sempre. escrita por Amizitah


Capítulo 7
Capítulo 7 - Numa certa noite...


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou eu com mais uma história para os meus queridos leitores!
Depois de tanto tempo sem o Kakashi na história, vou compensar vocês com um pouco de romance ^^
Aproveitem! É aqui que a história finalmente vai começar.



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Eu e a Sayuri andávamos no corredor, prontas para o jantar. Ela estava estonteante no seu longo vestido branco bem parecido com o meu mas des de quando saímos do quarto ela se manteve em silêncio. Achei aquilo normal e continuei a acompanhá-la sem preucupações.


– Mitsue-san, porque o Kakashi-kun não veio? – perguntou sem rodeios.


– Ahn... Porque a pergunta?


– É que quando chamei vocês para a missão fui informada de que o Kakashi não poderia vir. Des de então isso tem me incomodado – suas maçãs do rosto coraram de leve.


Mordi o canto dos lábios. Droga... Como eu explicaria para ela?


– Bem, é que o Kakashi está ausente da vila por uns tempos – disse pausadamente.


– Ausente?! Oque aconteceu? – perguntou desta vez preocupada.


– Não sei. Mas deve ser nada de mais.


Ela voltou a ficar calada com o rosto pensativo, até que olhou para mim.


– Mitsue, ele falou alguma coisa sobre mim?


Pensei cuidadosamente nas palavras antes de falar alguma coisa.


– Não que eu tenha ouvido...


– Eu sabia – sussurrou.


– Aconteceu alguma coisa entre vocês?


– Ele... Antes de ir em bora na última missão, me rejeitou – disse com a voz triste.


Parei de andar ao ouvir aquilo.


– Como ele pode ter feito isso... – apertei as mãos.


– Calma! Ele não foi grosso ou coisa assim. Ele foi gentil com as palavras.


– Mesmo assim Sayuri! Como ele pode ter te beijado e depois rejeitado desta maneira?– disse com veemência.


Ela parou de andar sem tirar os olhos de mim.


– Como você sabe disso? – falou em voz baixa.


Congelei ali mesmo atônita.


– Eu... Eu...


– Foi você quem nos viu naquela noite não foi? - perguntou com os olhos pregados em mim.


– Foi um acidente... Eu só estava andando pelo jardim – o nervosismo ficou aparente na minha voz.


– Entendi... – ela colocou a mão no queixo pensativa.


– Melhor agente se apressar! Estamos em cima da hora – peguei-a pelo braço e comecei a andar apressada.


– É mesmo! Quase que me esqueço do jantar – falou em quanto andávamos na direção da sala de jantar.


Eu estava suando um pouco em quanto andava. Quase que faço besteira com a Sayuri... Eu prometi a mim mesma que não me lembraria de uma coisa dessas. Droga. Tinha que evitar falar daquilo e me concentrar no que importava: a missão.


Passamos pela porta da sala de jantar rapidamente em quanto eu segurava Sayuri-san pelo braço. O lugar estava diferente do que eu me lembrava, desta vez estava iluminado por vários candelabros prateados reluzentes, além da grande mesa tinha um espaço aberto com músicos tocando seus instrumentos em perfeita harmonia. Eu e Nozawa entramos na sala de jantar que mais parecia um grande salão encantado.


– Sayuri, Mitsue, vocês estão encantadoras – disse o pai de Sayuri que se aproximava de nós vestido num terno negro elegante.


– Nozawa-sama, é muito gentil de a sua parte fazer tudo isso – disse eu formalmente.


– É o mínimo que podemos fazer por tudo que fizeram por nós, e tudo isso graças à insistência da Sayuri – tocou a cabeça da filha com carinho.


– Ah papai... como o senhor disse é o mínimo... – corou ela.


Uma mulher de grandes e brilhantes olhos cor avelã apareceu do lado do pai de Sayuri com um sorriso repleto de carinho.


– Mitsue-san, não tivemos a oportunidade de nos conhecer na sua ultima visita. Me chamo Nozawa Kaede, sou a mãe de Sayuri – Estendeu sua mão para mim.


– Ah sim, Prazer em conhecê-la Kaede-sama – apertei sua mão contente.


– O prazer é todo meu, me falaram muito do bom trabalho que fizeram ao proteger minha filha. Espero que também dê tudo certo conosco – disse com um grande sorriso.


– Dará sim, com toda certesa.


Fomos interrompidos por uma voz mais que familiar.


– Anda! Deixe de se esconder Ryo.


Olhei para o lado e pude ver a Kurenai vindo na nossa direção em quanto segurava o Ryo pelo braço.


– Oi Mitsue! Você está linda – disse Kurenai.


– Obrigada... Vocês tambem estão muito bem .


– Fala alguma coisa também Ryo! – Kurenai puxou o Ryo antes que pudesse fugir.


– Eu... er... – ele olhou para mim e sua expressão mudou – Está linda...


Virei o rosto do dele corada.


– V-você também Ryo... – gaguejei.


Kurenai começou a rir baixinho de nós oque fez meu rosto ficar mais vermelho.


– Querida, que tal começarmos a comemoração? Já está na hora – perguntou gentilmente o Pai de Sayuri.


– Vamos. Por favor, sentem-se para que possamos começar – pediu a Kaede para nós.


Fomos todos para os nossos lugares na grande mesa de jantar. Sentei-me do lado do Ryo que mantinha a cabeça baixa escondendo o rosto com os longos cabelos negros. Ele parecia mais tímido que eu.


Abri um grande sorriso ao vê-lo tão normal, sem aquela atmosfera esquisita pairando em nossa volta.


Começamos o jantar depois que o pai da Sayruri agradeceu a nossa vinda, desejando boa sorte na missão que começaria a todo vapor na manhã seguinte. Brindamos e começamos a comer. Evitei tomar o saquê que me foi servido, não queria ficar bêbada na frente dos Nozawa.


Ryo parecia nervoso do meu lado mal tocando na comida. Depois de dar dois grandes goles no saquê, limpou a garganta virando o rosto meio corado para mim.


– Mitsue-san...


– Sim? – perguntei tentando parecer casual.


Ele apertou levemente as mãos pousadas na mesa. Realmente estava nervoso.


– Queria me desculpar por ter agido como um idiota o dia inteiro.


Olhei para ele sem esconder um sorriso de satisfação.


– Eu também devo desculpas por ter te tratado como uma criança. Ainda é difícil me tocar que você não é mais um adolescente.


Depois de não desgrudar os olhos da mesa, finalmente ele olha para mim com os olhos acinzentados brilhantes.


– Aceito suas desculpas – disse com um sorriso.


Os músicos tinham acabado de começar uma nova música que parecia ser uma valsa. Olhei para eles encantada com o som e a harmonia de cada um dos homens vestidos com smokings muito elegantes e finos.


Ryo levantou de sua cadeira se pondo do meu lado.


– Poderia me conceder esta dança? – me estendeu a mão com um meio sorriso.


Meu rosto enrubesceu imediatamente ao seu pedido inesperado.


– Mas eu nunca dancei antes... – disse com timidez.


– Confie em mim, eu não vou te deixar cair – estendeu mais a mão na minha direção.


Olhei para sua mão com insegurança, mas por fim, cedi, pondo minha mão em cima da dele. Levantei na cadeira ainda segurando sua mão e com o rosto mais envergonhado que nunca. Nossas mãos só não formigaram por causa de uma luva de cetim preto que cobria minhas mãos alcançando o fim do meu antebraço.


Ryo me guiou até o centro do grande espaço livre da sala de jantar com cuidado. Quando aviamos chegado, com gentileza, colocou sua mão na minha cintura e a outra na minha mão direita. Sentia-me nervosa, não fazia idéia de como começar a dançar, ainda mais com o Ryo.


– Você está tensa – disse o Ryo em quanto olhava para meu rosto.


– Desculpe, é que eu não faço idéia de como... Dançar – disse sem olhar ele nos olhos.


Ele começou a rir baixinho. Olhei para ele um pouco irritada, não precisava rir de mim!


– Oque foi?! – perguntei.


– Você já participou de uma guerra ninja com os piores inimigos de Konoha, mas não faz idéia de como de dança uma valsa – falou ainda rindo.


Fiz uma cara feia para ele. O pior é que era verdade.


– Não é culpa minha se nunca apareceu uma oportunidade – disse um pouco emburrada.


Ryo me aproximou mais dele com um sorriso grande estampado no rosto.


– Que desperdício. Melhor aproveitar essa oportunidade.


Ele aproximou discretamente de meus ouvidos e sussurrou:


– Tente me acompanhar, consegue fazer isso?


Assenti devagar fazendo abrir outro sorriso.


Ryo deu os primeiros passos e com cuidado eu acompanhei seus movimentos, atenta a todos eles para que não errasse. Passados alguns minutos eu consegui acompanhar sem muito esforço e em pouco tempo estávamos dançando, dando voltas e mais voltas pelo grande espaço aberto.


Nunca pensei que o Ryo fosse tão bom nisso, ele era tão delicado e habilidoso que eu parecia ser uma pequena boneca de pano guiada com seus movimentos graciosos.


Baixei os olhos, meu rosto havia ficado rubro outra vez por causa dele. Agora, estando assim com ele, nem parecia que éramos amigos de infância, e sim, dois estranhos que se vêem pela primeira vez naquela noite, dançando em suas roupas elegantes e acompanhando a musica com perfeição.


– Para alguém que nunca dançou você está muito bem – disse em quanto girávamos.


– Só estou assim porque você é um bom guia, se fosse outra pessoa, eu chegaria nem perto disso – disse com certa timidez que me era estranha.


– É bom ouvir isso de você – disse num tom mais baixo.


Meu rosto ficou mais rubro que nunca e antes que eu percebesse a valsa termina. Algumas pessoas aplaudiram a todos que dançaram e aproveitando o momento, me preparei para uma retirada discreta, mas contra minha vontade, fui impedida.


– Espere... eu tenho uma coisa importante para te dizer – fiquei quieta esperando a fala dele até que ele deu um meio sorriso – Lá fora.


– Ah, tudo bem.


Antes que ele me guiasse, eu mesma me dirigi para a porta que daria para o lado de fora tentando não mostrar meu nervosismo.


A noite estava linda como sempre, só que hoje os céus nos presenteou com uma brilhante lua cheia, quando sua luz alcançou a parte exposta de minha pele ela se tornou pálida, quase tão branca como o marfim, contrastando com o vestido negro e os longos cabelos cor ônix que caiam nos meus ombros e emolduravam meu rosto.


– Bonita não é? – Ryo se pôs do meu lado com os olhos cinzentos brilhando com a lua.


– Sim, está bastante bonita – viajei olhando para aquele céu até que me lembrei do motivo de estar ali – Ryo... oque você queria me falar de tão importante? Alguma coisa deu errada na missão?


Ele virou seu rosto dando um meio sorriso.


– A missão está sobre controle por enquanto, quero falar sobre outra coisa.


Olhei para o jardim na minha frente, não havia mudado nada des de a ultima noite que eu estive ali... Aquela noite. Toquei o meu braço esquerdo, aquela lembrança ainda me perturbava interna e externamente. Ryo tocou meu ombro com o rosto preocupado.


– Mitsue... Se eu estiver incomodando eu te levo para dentro...


– Isso não tem a ver com você Ryo, é que esse lugar me traz lembranças indesejadas – disse com a voz baixa


Ele deu um suspiro baixo.


– Posso arriscar um palpite? Essas lembranças têm algo a ver com “ele”.


Apertei mais o meu braço virando o rosto para o outro lado, envergonhada.


– É, acertei na mosca – retirou a mão do meu ombro e colocou no bolso.


– Desculpe-me Ryo! Eu sei que não deveria fazer isso já que...


– Eu te amo – completou ele com a voz séria.


Baixei os olhos novamente tentando não olhar para ele.


– Tudo bem Mitsue, eu já me acostumei a perder para ele. Aquele cara realmente tem um dom...


– Não estou entendendo – disse com a confusão inundando meu rosto.

Ryo abriu um meio sorriso. Foi na direção de um banco do jardim e fez sinal para que eu sentasse com ele. Fui até o banco, afastei o meu vestido e me sentei do seu lado.


– A explicação é que, por todos esses anos o Kakashi de alguma forma sempre tem roubado você de mim – riu um pouco e continuou – O incrível é que ele faz praticamente nada, é como se você fosse a lua e ele a terra, são naturalmente atraídos um para o outro.


– Mas tem uma coisa que me deixa confusa... Isso tem anos?!


– É, provavelmente eu comecei a gostar de você durante a guerra – ele apertou os lábios por um instante – Ver você lutando daquele jeito me fez ver você de outra maneira...


– Mais violenta? – falei irônica.


– Mais corajosa Mitsue – ele riu de mim – Eu achava que você era apenas mais uma menina tímida inexperiente.


– Obrigada pela sinceridade.


Levei um susto ao sentir o calor de sua mão na minha.


– Eu sei que eu já perdi a muito tempo para ele, a prova disso é que mesmo a quilômetros de distancia ele consegue tocar o seu coração...


– Ryo, eu...


– Me deixe terminar – disse levantando o indicador para mim – Mesmo sabendo disso eu queria que você pelo menos soubesse que tem opções, quero que se lembre disso.


– Eu quero esquecer Ryo, ele já foi em bora da vila e não voltou até agora. Só quero esquecer de vez tudo isso – senti a mão dele apertar a minha.


Ele pegou minha mão retirando a luva de cetim dela com cuidado, colocou ela no banco e entrelaçou os dedos nos meus fazendo o formigamento surgir rapidamente.


Meus olhos triplicaram de tamanho quando seus lábios alcançaram os meus, o formigamento nas mãos agora era nos lábios só que mais forte e quente.


– Vou te fazer esquecer... não importa como – sussurrou antes de recolocar os lábios nos meus.


Meus sentimentos eram confusos, mas os ignorei, eu tinha que esquecer o Kakashi de uma vez por todas. O calor nos nossos lábios aumentou e o Ryo soltou um gemido fraco, ele apertou mais a minha mão em quanto aproximava mais o rosto. A outra mão dele foi na minha cintura e interrompeu o beijo. Seus lábios foram para o meu pescoço, soltei um suspiro apertando as mãos, todo aquele calor passou pelo meu corpo e seus lábios deixaram um rastro de formigamento por onde ele passava.


– Como é lindo ver dois amantes numa noite como essa.


Ryo virou o rosto para a silhueta no muro da casa atento. Meu rosto e mãos começaram a suar no momento que olhei para ela, eu era a pessoa que melhor conhecia aquela voz profunda.


– Lance – sussurrei


– Quanto tempo, minha querida Mitsue.


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Notas finais do capítulo

HE HE, oque vai acontecer?!
Deixem seus Reviews par eu sabr que vocês estão aqui ;D
Bjks
Ami~



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