Para Sempre. escrita por Amizitah


Capítulo 6
Capítulo 6 - Revendo velhos conhecidos




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Não sabia se dormia ou não, mas acho que estava mais apagada que acordada. Me remexi um pouco na cama puxando mais o cobertor quentinho que me cobria, até que ouço um barulho estranho vindo de algum lugar do quarto mas estava tão confortavel na cama que o ignorei completamente. O barulho se repetiu três vezes seguidas bem forte e foi ai que me toquei que era o barulho da porta.
Droga, quem seria?

Me levantei preguiçosa da cama e fui até a porta do quarto esfregando os olhos. Destranquei a porta e girei a maçaneta com a maior tranquilidade.

– Ohaio Mitsue! - Falou uma voz iconfundivel.

– Ahn... Ohaio Kurenai.

– Desculpe por te acordar, eu nem viria aqui se não fosse um assunto importante.

– E qual é o assunto? - tentei parecer alerta, mas era dificil.

– Parece que o Hokage quer que façamos uma missão hoje, então vim te avisar - sorriu.

Despertei no mesmo instante.

– Missão?! Ah eu já estou indo para lá obrigada por vir avisar Kurenai.

– Tudo bem, estarei te esperando lá com o Ryo.

Fiquei quieta. Ao ouvir o nome dele todas as lembranças da noite passada surgiram como num turbilhão.

– O Ryo... Ele vai também?

– Sim você vai ver quando chegar lá, agora vai se vestir para não atrasar

– Ah claro, até! - Fechei a porta ao terminar de falar.
Me encostei na superfície de madeira da porta soltando um gemido.

– Droga, porque eu tinha que ter uma missão com ele logo agora... - resmunguei chateada com a notícia.

Vesti minha roupa num segundo, depois segui até o prédio do Hokage com bastante pressa.

Cheguei na entrada do prédio dando de cara com uma garota que ria sem parar.

– Ryo vamos logo! Você é muito lerdo - falou em quanto puxava o braço dele.

– Se estamos de frente ao prédio porque eu devo ir mais rápido?! - perguntou ele encarando a garota.

– Porque sim! Vamos vamos! - disse com o sorriso aberto no rosto.

Olhei aquela cena na minha frente rindo dos dois.

A garota parou de andar no mesmo intante e se virou para trás lentamente com uma veia pulsante na testa.

– Ahn? Quem está rindo de mim?! - a garota olhou para os lados com olhar feroz.

– Descupe! É que eu não aguentei.. - disse balançando as mãos de um lado para o outro.

A garota pregou os olhos ferozes em mim por um instante mas então seu olhar mudou, passando os olhos no Ryo logo depois.

– Oi Mitsue.

Ryo falou de um geito estranho com a voz ficando mais séria que agora a pouco.

– Oi...

– Quem é você garota? - A garota baixinha de cabelos vermelho escuros curtos e olhos de um violeta claríssimo.

Olhei para a garota na minha frente com a testa franzida. Qual é a garota que ela está chamando aqui?

– Eu sou Terasu Mitsue e não sou uma garota.

– Então é um garoto? - ela passou os olhos por mim como se confirmasse.

– Claro que não, eu sou uma mulher! - disse um pouco irritada.

– Ata! Me chamo Akizuki Arisu. Sou a esposa do Ryo-kun então mantenha-se longe - abriu um sorriso ameaçador.

– Oque?!? - perguntei arregalando os olhos.

– Pare de falar besteira e ande logo Ari-san, não era você a apressada? - disse pegando ela pelo braço.

Puxou a garota que me olhava feio até a entrada do prédio me ignorando completamente. Eu realmente tinha feito besteira.

Suspiro.

Em pouco tempo já estava abrindo a porta que dava para o grande escritório do hokage vendo a Kurenai, a garota chamada Arisu e o Ryo do lado dela bem quieto.

– Ohaio, Hokage-sama

– Ohaio Mitsue, dessa vez não chegou atrasada.

Sorri para ele meio constrangida pela minha fama de atraso em missões.

– Desculpe, agora eu vou chegar sempre pontual.

– Isso é bom. Ok, agora que todos estão aqui deixe que eu apresente a vocês a sua nova companheira para as missões - Ele apontou o indicador para a garota do lado do Ryo - Está é Akizuki Arisu, ela ficou na ANBU por quatro anos mas agora estará conosco. Agora que temos uma ninja de elite, as missões serão mais seguras e proveitosas.

Olhei para a garota de boca aberta. Ela parecia ter apenas dezesseis anos de idade, como ela pode ter entrado para a ANBU e ficado por tanto tempo?

– Prazer em conhece-los!! Será muito divertido fazer missões com vocês - piscou os olhos para nós.

– Prazer Akizuki-chan - disse amigavelmente a Kurenai.

– Me chame de Ari-chan por favor! - disse com uma voz fina e delicada de uma criança.

– Prazer em conhece-la tambem Ari-chan - estendi a mão para ela com um sorriso.

Ela me olhou com o rosto sério e os olhos selvagens, uma onda de medo me tomou de repente. Agora eu sei porque ela entrou tão facilmente na ANBU.

– Eu não disse que você poderia me chamar pelo primeiro nome - disse rispidamente.

– D-desculpe-me - recolhi minha mão desviando daquele olhar medonho.

Olhei de soslaio para o Ryo que permanecia calado, mas a expressão dele era vazia e os olhos estavam perdidos como se ele não estivesse ali. Parei de olhar voltando os olhos para o chão.

– Tudo bem, agora que se apresentaram devidamente vou dizer a missão que vocês farão agora - o Hokage ergueu a cabeça olhando cada um de nós - A missão de vocês é proteger a uma das famílias mais importantes do país do Fogo.

Ele deu uma pausa ele olhou para mim e o Ryo.

– Dois de vocês já fizeram uma missão a algum tempo atrás com essa família então de certo modo será mais facil.

– Qual é a família que se refere?

Ryo pela primeira vez tinha falado alguma coisa na minha presença. Fiquei mais tranquila ao ouvir sua voz.

– A família Nozawa.

Abri um sorriso ao ouvir o nome familiar.

– Quer dizer que protegeremos a Sayuri Nozawa como da última vez? - perguntei um pouco animada.

– Não será a mesma missã de antes, agora vocês estão incubidos de proteger toda a família dela, não só a herdeira.

– Hokage-sama, qual é o motivo disso? - Ryo perguntou com o mesmo tom de sempre.

O Hokage se levantou da cadeira e se colocou de frente para a janela bservando a paisagem.

– Nos últimos dias a família tem recebido novas ameaças, mas agora, não são de ninjas como aqueles que você e Mitsue enfrentaram - ele se virou novamente para nos com a expressão mais séria - Agora são ninjas verdadeiramente perigosos, e seu líder é um dos mais procurados do país do fogo, um ninja conhecido por vocês. Seu nome é Lance.

Involuntáriamente o meu corpo tremeu ao ouvir aquele nome e as memórias apareceram nítidamente. Ryo olhou para mim e ao ver minha expressão se virou para o hokage.

– Me desculpe Hokage-sama, mas acho prudente que a Mitsue não vá a missão. Como o senhor sabe, esse ninja... - ele limpou a garganta antes de continuar - fez coisas com a Mitsue que deixaram seu lado psicologico alterado des de aquele dia então não acho que ela esteja preparada para se encontrar com ele novamente.

– Que besteira, os nossos inimigos já fizeram coisas piores com Konoha inteira e nem por isso nós paramos de lutar contra eles. Não é possivel que ela seja tão fraca assim para se abalar com uma coisa como essas. Se ela continuar sendo mimada assim ela vai virar uma inútil pelo resto da vida - disse a Arisu com os braços cruzados.

Ryo olhou para ela prestes a protestar, mas eu segurei seu braço a tempo de empedi-lo.

– Pare com isso Ryo, ela tem toda a razão. Se eu quiser me tornar uma boa ninja é melhor que eu aprenda a lidar com esse tipo de coisa o quanto antes, então não interfira, já disse que eu não preciso ser protegida desse geito não é? - me empressionei com a calma na minha voz que era totalmente o inverso do que eu realmente sentia por dentro.

Ryo voltou a olhar para frente com a expressão novamente vazia.

– As duas estão corretas, mas respondendo a sua pergunta Ryo é melhor que a Mitsue vá com vocês já que ela foi a pessoa a ficar mais próxima do inimigo, por isso pode ajudar com a missão.

– Com licença Hokage-sama. Algo me deixa confusa, o Lance não foi preso na época? - quase que engasgo ao dizer o nome dele.

– Não. Ele fugiu de lá dos meses depois de você ser internada em Konoha - Colocou uma das suas mãos enrugadas na mesa de madeira em quanto dava uma tragada no seu cachimbo - Voltando a missão, vocês vão hoje mesmo para a vila onde a família da Sayuri se encontra e ficarão de guarda protegendo a casa de qualquer perigo. Aproveitem e durante a missão tentem investigar o caso para trem pistas sobre o paradeiro do Lance. Estão dispensados. Boa Sorte na missão.

– Sim - dissemos juntos sumindo pela janela.

Depois de todos pegarem suas mochilas em casa fomos até o portão de Konoha de destino a Vila da família Nozawa. Kurenai, Ryo, Arisu e eu corriamos na floresta usando o atalho que o Kakashi havia descoberto quando tinhamos terminado a missão de proteger a Nozawa-san. Kurenai tinha um pequeno livro nas mãos em quanto corria passando os olhos por ele sem parar. O Ryo continuava agindo estranhamente - mas não podia culpa-lo por isso -, oo notar que eu observava o Ryo, Arisu se colocou do lado dele olhando para mim com os olhas ferozes, um sinal para que eu mantesse distância e eu obedeci de pronto tentando não arranjar problemas com a garota.

Depois de um bom tempo correndo em silêncio alguem finalmente decide quebra-lo.

– Estamos proximos da vila, chegaremos em meia hora se continuarmos. - Kurenai passou os olhos por nós - Querem descansar um pouco? Quando agente chegar na vila não poderemos tirar uma pausa tão cedo.

– Se a pessoa que está causando tudo isso é mesmo o Lance melhor chegarmos o mais rapido possivel a vila. Descansaremos quando der - falou a Arisu com a voz gentil para a Kurenai.

Virei o rosto irritada com aquilo. Aquela criatura me odiava e nem eu sabia o porque, e para piorar ela que era a capitã do nosso grupo, oque significa que ela tem mais chances de me fazer sofrer.

Maravilha, era tudo que eu precisava.

Chegamos na entrada da grande casa dos Nozawa exatamente no horário que a Kurenai previu. Ver aquele lugar me trouxe muitas lembranças, inclusive daquela noite que o Kakashi e a Sayuri-san se beijaram.

Balancei a cabeça.

Isso já faz muito tempo, não há motivos para me lembrar de uma coisa dessa, e também eu estava morrendo de saldades da Sayuri, não quero que esses pensamentos apareçam logo agora.

O portão foi aberto por dois guardas e vários outros nos rodearam certificando que tinhamos nada suspeito conosco. Depois de sermos revistados pelos guardas pudemos passar pelo grande portão de aço e pude ver o começo do jardin familiar... aquele jardim... que todos nós sabemos oque aconteceu nele... mas tudo bem, deixe para lá. Passado é passado e nada mais.

Andamos no chão de pedras brancas daquele jardin até chegar na porta da casa. Outro guarda abriu a porta e entramos rapidamente na casa. A coisa estava séria, tinha muito guarda.

– Por favor, esperem um segundo. - disse o guarda que se retirou com passos rápidos dali.

A Kurenai apareceu por trás me dando um susto. Colocou a mão no meu ombro e sussurrou no meu ouvido bem baixo:

– Depois quero falar com você Mitsue. A sós - se afastou voltando ao lugar que estava.

Olhei para ela com uma interrogação pairando na cabeça mas ela se limitou a sorrir para mim amigavelmente e voltar a olhar para frente. Olhei para frente após escutar o barulho de passos rápidos se aproximando, percebi que dessa vez tinha mais um par de pés a mais e pelo barulho suave que faziam eu já adivinhara quem era. Um sorriso escapou no canto dos meus lábios no momento que pude ver os cabelos ondulados balançarem suavemente no momento que ela passou pela porta. A Sayuri parou na porta ao nos ver, olhou para cada um de nós com um sorriso mais seus olhos pararam no momento que me viu fazendo uma cara de cofusão até que ela abriu um sorriso.

– Ryo-kun! Mitsue-san!! - correu na nossa direção parecendo uma criança feliz.

Abraçou o Ryo e depois a mim se demorando nos meus braços.

– Que saldades de vocês... Faz tanto tempo - disse ao se afastar.

– Credo, assim você faz eu me sentir uma velha.

Nós duas rimos juntas como velhas amigas que se reencontram.

– É ótimo ter a honra de te proteger novamente Nozawa-san - Ryo falou com um sorriso no rosto.

– Obrigada, estamos em suas mãos - se curvou para nós respeitosamente. É a primeira pressoa que não comentou a minha aparência oque me deixou um tanto surpresa.

– Faremos um bom trabalho como sempre. Sayuri-san deixe que eu te apresente meus companheiros - fui para o lado dela e estendi a mão a direção das duas que sobraram - Está é Yuuhi Kurenai e Akizuki Arisu.

– Prazer em conhece-las, tenho certesa que nos daremos bem - deu seu sorriso angelical de sempre.

– Sim, vamos nos dar muito bem - disse Kurenai educadamente.

– Verdade - Arisu deu um dos seus sorrisos amigaveis para ela.

Eita falsidade...

– Okay vamos trabalhar! Temos muito oque fazer hoje - disse Ryo atrás de nós.

– Sim! - dissemos juntos.

Começamos o dia recolhendo informações sobre os ninjas e investigamos tudo oque podiamos em todo o lugar, até os mais improvaveis deles. Chegamos juntos na casa um pouco cansados de ver tanta gente, mais ainda assim não amolecemos.

– Mitsue - Ryo me chamou ao entrarmos.

– O que? - perguntei com um pouco de surpresa na voz. Ele só tinha falado comigo hoje de manhã.

– Faça um jutsu que cubra a casa para ajudar a protege-la - pediu com a voz natural, mas diminuiu nem um pouco aquela atmosfera esquisita.

– Farei agora mesmo Ryo - assenti.

Fui para o jardin e puxei um pergaminho de minha bolsa de equipamentos abrindo-o num só movimento. No mesmo instante fiz os selos com as mãos, e o pergaminho caiu nos meus pés se abrindo na minha frente como se tivesse vontade própia. Coloquei as palmas das mãos no pergaminho e escritos se espalharam pelo chão numa grande velocidade indo até os limites da casa. Uma barreira invisivel se abriu ao redor da casa protegendo-a de estranhos. Tirei minhas mãos do pergaminho e o enrolei denovo devolvendo-o no seu lugar.

– Essa barreira me avisará de qualquer estranho que se aproxime antes que ele consiga atravessa-la - me virei para ele com um sorriso.

– Bom trabalho - ele se virou indo na direção da casa.

Meu sorriso se desfez e meu coração se desfazia ao ver ele me tratar como se eu fosse uma conhecida da rua em que ele mora. Corri na direção dele e sgurei seu braço empedindo ele de continuar.

– Me desculpe Ryo, mas por favor, pare de me tratar desse geito - disse mantendo a voz normal.

– Te tratar como? Eu estou normal Mitsue - disse sem olhar para mim.

– Des de quando você agir desse geito é normal? Você costuma ser cheio de energia mesmo em situações desastrosas, mas parece que você perdeu toda sua energia.

Ele se virou para mim com o rosto mais natural.

– Eu só estou fazendo oque você quer Mitsue, nada mais que isso.

– Então pare de fazer isso por que eu não quero mais, quero que você volte a ser como ontem. Você está esquisito!

– Já disse que eu estou normal Mitsue, é você que está estranha. Vamos - ele livrou seu braço de minha mão e continuou a andar.

Respirei fundo e soltei as palavras presas na minha gargante.

– Desculpe por magoar seus sentimentos Ryo! Eu nã sabia que... quer dizer... eu nunca pensei que você... por mim... - corei um pouco sem conseguir completar a frase.

– Eles vão se preucupar com a nossa demora então se apresse.

Ele voltou a andar sem parecer ouvir oque eu dizia. Fiquei quieta no meu lugar até ele desaparecer pela porta da casa. Aquilo já estava me dando nos nervos, ver o Ryo tão sério assim fazia ele parecer um ANBU. Me virei de costas olhando o céu que escurecia devagar com os utimos raios luminosos do sol batendo no jardin impecavelmente organizado que estava em minha volta.

Penso na noite de ontem vagando pelas lembranças que passavam, mas uma em particular atraiu minha atenção. Só agora eu tinha me lembrado do ninja ANBU que apareceu do nada em quanto eu procurava o Ryo, até agora eu não fazia ideia de quem ele era ou oque fazia ali.

– Oque será que eu fiz para atrair tantos ninjas ANBU? Só falta aparecer mais algum nessa missão - falei para eu mesma com um pouco de ironia na voz.

– O que você disse?

Me virei para trás tomada de susto por ouvir aquela voz tão repentinamente.

– N-nada Kurenai... Você me pegou de surpresa - disse com a voz meio atrapalhada.

– Me desculpe te assustar Mitsue-san. Posso falar com você por um instante? - perguntou com um sorriso amigavel.

– Claro que sim, algum problema?

– Comigo há nenhum problema. Mas parece que você e o Ryo estão tendo algum não é? Oque aconteceu com vocês? - perguntou numa voz calma.

Apertei as mãos um pouco nervosa, pelo geito ela percebeu o nosso comportamento esquisito um com o outro.

– Eu fiz besteira com o Ryo ontem a noite- disse sem rodeios.

– Pelo geito foi uma grande besteira porque eu nunca vi ele tão sério na minha vida.

Baixei os olhos. Aquele comentário não ajudou em coisa alguma. Sem querer enrolar muito na conversa - pois pelo geito ela não ia desistir daquilo tão facil - contei logo tudo que aconteceu ontem menos da parte do ninja ANBU. Ela não precisava saber daquilo.

– Entendo, então foi isso que deixou ele assim - disse com a mão no queixo.

Acenti com a cabeça.

– Caramba viu. Você foi meio idiota Mitsue.

Arregalei os olhos com aquilo.

– Obrigada por ter sido tão direta Kurenai!

– Mas eu estou falando sério. Você não é mãe dele ou coisa assim para se preucupar com isso, ele já é adulto o suficiente para tomar suas decisões sozinho com segurança.

– Eu sei disso mas... não tem como eu não me preucupar - baixei a cabeça.

Kurenai se aproximou colocando uma das mãos no meu ombro.

– É bom que se preucupe Mitsue, mas deixe ele mostrar a você do que é capaz, ele também se preucupa com você.

– Sim, eu sei. Eu pensei sobre oque ele disse des de a noite passada e quero dar uma chance para ele mas parece que ele esta se afastando de mim.

– Então é melhor você agir logo para que ele não desapareça de sua vista, ageite as coisas com ele ok? Mas te aconselho a fazer isso em outro momento, não podemos nos desviar muito da missão ou então nossas vidas e a dos Nozawa estara em risco.

– Ok.

– Vamos voltar, o céu já escureceu - pegou minha mão e me levou para dentro com ela.

Parte do peso que eu carregava tinha desaparecido quando falei oque aconteceu para a Kurenai, oque me deixou menos estressada. Ao entrar na casa dei de cara com a Sayuri-san que tinha um sorriso grande no rosto.

– Mitsue-san!! Fiquei com saldades, vocês sairam tão rápido que nem deu tempo de conversarmos juntas! - disse em quanto segurava minhas mãos.

– É que esta é uma missão importante, então é necessário que eu me ausente. - disse gentilmente.

– Eu sei! Agora que terminaram por hoje eu quero cuidar de você nesta noite!

– Cuidar de mim? - olhei para a Kurenai que apenas deu de ombros e se retirou dali.

– O jantar será servido daqui a meia hora então eu preciso deixar você pronta - piscou para mim.

– Mas é apenas um jantar, porque eu tenho que...

– Venha, venha! Não é apenas um jantar é uma comemoração pela vinda de vocês na nossa casa - falou em quanto me puxava pelo braço até seu quarto - eu tenho o vestido perfeito para você, quando soube que viria mandei fazer especialmente para você já que eu tenho guardada as suas medidas que usei no ultimo vestido.

Abri um sorriso ao ouvir aquilo, ela continuava angelical e gentil como sempre.

– Obrigada Sayuri-san! - disse.

– Não me agradeça ainda, só quero agradecimentos quando você estiver vestida com ele.

Ela soltou a minha mão quando chegamos na frente de uma porta branca com detalhes dourados. Entramos juntas no quarto gigantesco, ele era muito espaçoso e bem decorado, o piso de madeira era impecavelmente limpo e os objetos muito bem orgaizados em lugares estrategicos.

Sayuri correu alegremente na direção de um closet do tamanho do meu apartamento mexendo nas peças de roupa penduradas em cabides de madeira polida. Sentei numa cadeira observando o quarto maravilhoso, oque eu não daria para ter apenas a metade dele...

– Finalmente achei ele!! - levantou alegremente o cabide com o vestido protegido por uma longa capa bege - Vem Mitsue, você vai ficar linda!

É hoje que eu viro cobaia.

Fui na Nozawa com um pouco de receio.

– Ainda acho isso desnecessário...

Ela colocou as mãos na cintura levantando uma das sombrancelhas.

– Claro que é! Você tem que ficar perfeita para que a noite seja especial. Não quero mais toda essa tensão que tenho sentido nessa casa, então não reclame e feche os olhos.

Fiz uma cara de medo ao ouvir as ultimas palavras.

– Oque você vai fazer comigo?!

– Deixe de ser boba! Vou fazer nada de mais, confie em mim ok?

– Tudo bem... só espero sair ilesa daqui - disse em quanto fechava os olhos.

Ela deu uma risada e se pôs a me despir com rápidez. Sem conseguir resistir eu abri de leve os olhos. Só uma espiadinha vale né?

– Não ouse abrir esses olhos Mitsue!! Mantenha-os fechados - fez uma cara decepcionada para mim recolocando as mãos na cintura.

– Desculpa!

Fechei imediatamente os olhos me segurando pra valer desta vez. Depois de se certificar que eu não olhava nada ela terminou de me despir com delicadesa deixando apenas as roupas intimas. Senti ela se afastar um pouco de mim e em alguns instantes ela voltou com o barulho da capa sendo retirada do vestido. Ela colocou o vestido por cima de mim fazendo-o delisar pelo meu corpo até cobrir meus pés e se encaixar perfeitamente no meu busto e cintura.

Mordi os lábios sentindo um sorriso escapar por eles.

– Posso abrir os olhos agora?

– Nem pensar, só abra eles quando eu falar. Agora fique parada. - senti o sorriso na voz dela.

Fiquei quieta obedientemente evitando qualquer movimento brusco. A Nozawa foi para trás de mim e fechou o zíper do vestido. Agradeci por não ter comido muito nesses ultimos meses fazendo com que o vestido se encaixasse com perfeição em cada curva do meu corpo sem ficar desconfortavel de mais. Nozawa soltou meus cabelos que estavam presos no meu habitual rabo de cavalo fazendo-os cair até alcançar a minha cintura.

– Nossa! Não me lembro do seu cabelo ser tão longo assim - Falou a nozawa em quanto escovava os cabelos.

– Eles são assim por natureza agora. Não importa o quanto eu corte eles sempre crescem denovo uma velocidade descomunal - ri um pouco.

– Dá para ver! Eu queria tanto que os meus fossem longos assim, mas eles demoram muito a crescer.

– Eu acho seus cabelos muito bonitos como estão.

– Obrigada Mitsue-san. Isso me deixa mais aliviada - falou com sua voz doce.

Ao terminar de pentear meus cabelos ela predeu as mechas da frente atrás do meu cabelo deixando meu rosto a mostra.

– Sente-se com cuidado - me instruiu.

Com a ajuda dela, me sentei numa cadeira estofada muito confortavel. Sayuri colocou em meus pés sandalhas que pelo que senti eram de salto médio.

– Agora venha com todo o cuidado do mundo, por favor! - falou pegando minha mão.

– Vou me esforçar - falei em quanto me levantava da cadeira.

Sayuri me guiou até o outro lado do quarto tomando cuidado para que eu não tropeçasse em nada, até que paramos de andar.

– Pode abrir os olhos! - soltou as minhas mãos das dela.

Abri os olhos com a curiosidade pulsante. Olhei meu reflexo num grande espelho que estava na minha frente me deparando com um longo vestido preto que cobria meu corpo encantadoramente. No meu busto tinha um decote discreto em formato de um "V" bem estreito que mostrava parte do vão entre os seios, o tecido negro seguia pela minha cintura e se espalhando até meus pés.

– É lindo!! Muito lindo mesmo Sayuri

– Que bom que gostou dele!

Girei vendo o vestido acompanhar com movimentos graciosos, simplismente amei aquele vestido!

– Mitsue-san, me ajuda a vestir o meu?

– Com certesa, vamos logo se não nos atrasamos - disse animada.


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Notas finais do capítulo

Olá meus queridos e queridas!!
Depois de uma eternidade finalmente consigo postar o bendito capítulo, essa semana foi correria total e demorei mais que eu esperava! Ai ai, vida de estudante não é facil ¬¬'
Pois bem, pelo menos eu consegui postar ele nesta semana ;D Agora vou trabalhar no capítulo de minha outra história e depois eu volto aqui com mais novidades... coisas irão acontecer... he he...
Peço, por favor que deixem um sinal de vida para eu saber que vocês existem! ^^ Agradeço carinhosamente a Indianara, minha querida leitora que acompanha a historitah!
Bjks, Ami ~



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