Amor À Distância escrita por Apenas uma Sinner


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Perdoem minha demora (se é que isso foi demora, mas...)
Espero que gostem =)
Me perdoem se houver algum erro.



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TRÊS SEMANAS DEPOIS...


Eu já estava morrendo de saudades dele, óbvio. Só conseguia pensar em cortar meu cabelo, arrumar minhas malas e ir ao encontro de Pedro. Já haviam se passado algumas três semanas desde que ele se foi e faltavam apenas quatro dias para eu embarcar no avião e ir para Recife, e eu só pensava nisso. Era uma ansiedade insana, que eu raramente sentia.

Eu queria muito saber quem eram as pessoas de quem ele tanto falava, seus pais, seus amigos, e o lugar onde ele morava. Pedro sempre me disse que era um lugar muito agradável e muito bonito. Ele conseguiu me deixar curiosa.

– Está muito ansiosa, filha? – Minha mãe me perguntou enquanto tomávamos café da manhã na segunda.

– Você não tem idéia, mãe! E estou ansiosa também para acabarem essas aulas! Não agüento mais! – Reclamei.

– Se acalme, já já vai acabar. – Disse. – Vai na casa de quem hoje?

– Hoje prefiro ficar em casa e terminar minhas tarefas. Era muita coisa para ontem à noite.

– Tudo bem, melhor assim. Está bastante frio agora de manhã.

– Sim... – Falei e saí da mesa, indo para o meu quarto terminar tudo aquilo. Eu nunca havia visto tanta tarefa junta, eram contas e mais contas, até que terminei, umas duas ou três horas depois.

– Vou tomar um banho, okay? – Falei. Meu cabelo estava totalmente oleoso e no fim da tarde eu iria ao salão para corta-lo.

– Claro, mas não demore.

– Okay.

Terminei uns dez minutos depois e fui ajudar minha mãe a fazer o almoço. Chamei meu irmão para almoçar e depois que comemos e escovamos nossos dentes, fomos para a escola. Um dia completamente normal. Quando deixei meu irmão em sua escola e estava em direção à minha, acabei encontrando uma pessoa que me dava arrepios: Eduardo. Ele estava na esquina, me observando, o que me deixou com mais medo ainda. Tentei manter a calma e passei por ele como se nada estivesse acontecendo.

Entrei no colégio e fui direto falar com meus irmãos. Quando os vi, estavam discutindo com a tal Jhennifer. O que estava acontecendo? O perigo estava me cercando por todos os lados? Será que eu iria conseguir desviar daquilo ou teria que enfrentar aquela víbora de frente? Naquele momento a minha cabeça estava totalmente embaralhada, e eu estava olhando fixamente para aquela discussão, até que Keyla parou de falar e me viu de longe.

– HEY! PAREM COM ISSO AGORA! Jhennifer, saia daqui AGORA, ou vai ter que ser a força! – Gritou.

– Vocês não vão conseguir me deixar longe dela. Eu VOU conseguir a confiança dela e vocês vão ser simplesmente excluídos da vida dela como uma... uma MOSCA MORTA! – Ela falou. Eu não entendia nada. Como assim essa pessoa ia os esquecer? Quem era essa pessoa? Era eu??

– Luh, vem cá! – Schirlei gritou, depois de um cochicho com Keyla. Saí de meus pensamentos e a atendi, indo em direção à eles.

– O que está acontecendo? – Falei, muito confusa.

– Vou te contar, mas só nos promete que não vai ter um surto, okay? – Emerson falou.

– FALA LOGO! – Disse.

– Ela estava nos dizendo que ia tirar você de nós e ia virar sua melhor amiga. E sabe por que? – Keyla disse.

– Por causa do Pedro Lucas. – Falei. Eu estava com uma raiva quase que incontrolável se remoendo dentro de mim.

– Exato. E você ouviu o negócio da mosca morta? Em que época essa garota tosca vive?

– Bom, se aproximar de mim novamente depois de tudo que ela fez, não vai ter jeito. Não se preocupem, eu amo vocês! São meus irmão de coração, como eu poderia abandonar vocês? – Falei tentando abraçar todos. – Agora vamos, preciso pensar em umas coisas dentro da sala, e... Já está na hora de entrar!

– Okay... – Todos entraram e foram a seus devidos lugares.

Eu estava pensando em o que iria falar se Jhennifer viesse me incomodar. Pensei também em o que Eduardo estaria fazendo praticamente em frente do meu colégio. Era muito estranho. Mais uma crise de ciúmes? Talvez... Eu apenas precisava tomar cuidado.

Passei as três primeiras aulas bem quieta, só expliquei o que ia fazer para Keyla e depois me calei. Falei para ela que íamos fingir que estávamos brigadas apenas naquelas aulas e na hora do recreio eu iria me sentar num canto bem longe deles, dando brecha para a tal de Jhennifer. E foi o que fizemos. Keyla explicou para todos, mas cochichando. Quando ela terminou de falar eles olharam para mim e confirmaram com a cabeça.

Aquelas três aulas passaram mais devagar do que nunca, e isso me irritava, eu estava muito ansiosa para por meu plano em ação e ver se ele daria certo. Quando o sinal do recreio tocou senti um tremor percorrer todo o meu corpo, e depois se concentrar num frio na barriga. Fizemos o que estava planejado e me sentei num canto bem longe de meus irmãos. Não deram nem dois minutos e ela estava do meu lado, com aquele sorriso nojento que me dava vontade de vomitar ao chegar perto de mim.

– Oi, Luana, Tud...

– O que você quer? – A interrompi.

– Só quero conversar... – Aquela voz me dava nojo.

– Ah, é? – Falei, tentando ser o mais ignorante possível. – Sobre o que? – Eu poderia ter acabado com ela de primeira, mas seria muito fácil. Uma idéia estava surgindo...

– Ah... Só quero lhe contar umas coisas sobre seus amiguinhos...

– Olha como fala deles, quando eu quiser eu posso meter um soco nessa sua cara! – Falei, já não agüentando mais de raiva. Eu poderia agüentar muita coisa dessazinha, mas ela não podia falar de meus irmãos.

– Calma... Só estou te alertando do que eles podem fazer. Você acha que eles podem te proteger para sempre, mas isso não vai acontecer. Eles podem te abandonar quando eles quiserem, e deixa-la sozinha... – Eu estava de cabeça baixa, mas já via o sorriso nojento que ela formava no rosto e não agüentei.

– QUEM É VOCÊ PARA FALAR DELES? VOCÊ NOS ABANDONOU POR CIÚMES DE TUDO O QUE EU CONSEGUI! APENAS POR INVEJA! E AGORA QUER TIRAR A COISA MAIS IMPORTANTE QUE EXISTE PARA MIM, MEU NAMORADO! VOCÊ É UMA VÍBORA, E SAIA DAQUI, ESTÁ ME INFECTANDO COM ESSA SUA INVEJA! – Gritei. Ela olhou para mim com raiva, e aquele olhar confirmava tudo o que eu havia dito. Jhennifer se foi e meus irmãos tiveram que correr para me segurar, ou então eu quebraria a cara dela.

– Calma, Luh. Ela já sabe que você não está de brincadeira. – Emerson falou.

– Isso mesmo, não se preocupe, ela já foi. – Keyla disse.

– Que bom que isso aconteceu... Eu estava a fim de dar uns tapas nela, mas não consegui... Mas tudo bem, valeu a pena. Obrigado por me ajudarem! – Falei mais calma.

– Que isso! – Falaram. Depois disso eu estava esperando que a diretora ou outra pessoa viesse falar comigo ou alguma coisa assim, mas isso não aconteceu. Acho que ela entendeu o que eu quis dizer.

Depois que saímos da aula haviam muitos alunos esperando perto do portão, achando que teria alguma briga, pelo que aconteceu no recreio.

– Não vou sujar minhas mãos, e ela já aprendeu a lição. – Falei, me dirigindo para casa.

– Tudo bem, vamos com você. – Schirlei disse, e todos os outros confirmaram. Enquanto estávamos indo para casa perguntei se algum deles ia ficar e posar lá em casa. Apenas Schirlei e Keyla iam, os outros não gostavam muito disso.

– Primeiro vamos nos arrumar porque vou ao salão, cortar o cabelo. – Falei para as duas, depois que chegamos e os meninos tinham ido embora.

– Okay. – Falaram. E depois fomos, e acabamos ficando um bom tempo no centro, andando por lá. Eu andava tentando prestar atenção em como meu cabelo se movimentava naquele corte, ele havia ficado muito legal.

– Vamos voltar? Eu ainda tenho que ligar para o aeroporto para comprar minha passagem e tenho que arrumar minha bagagem. – Falei.

– Claro! – Keyla falou e fomos à pé até a minha casa. Quando chegamos, liguei para o aeroporto para conferir se estava tudo certo e arrumei minhas malas. Depois fomos dormir.

No dia seguinte, acordei primeiro que as duas, como sempre. Escovei meus dentes e fui tomar café com a minha mãe. Não acordei minhas irmãs porque já tentei uma vez, e não deu muito certo... (hihi’).

– Bom dia, mãe! Tudo bem com a senhora? – Falei.

– Bom dia! Tudo ótimo, e com você? – Ela disse, estranhando minha animação.

– Estou com um ânimo estranho hoje... Não sei o que é... – Disse, tentando ser engraçada, mas eu não sabia mesmo de onde vinha aquilo.

– Tudo pronto para sexta? – Ela se referia à viagem.

– Claro! Liguei ontem para o suporte do aeroporto e eles disseram que está tudo okay. – Falei.

– Tudo bem... – Minha mãe falou.

O tempo passou e logo chegou a quinta-feira, o último dia de aula. Iríamos sair mais cedo, pois teria entrega de boletins para os pais depois, e eu e meus irmãos fomos direto para a casa de Emerson. Ele queria fazer uma festa antes de minha partida, já que eu iria ficar lá praticamente quinze dias.

– Vamos sentir muita falta de você! Boa sorte viu! – Keyla falou enquanto todos me abraçavam.

– Também vou sentir muita falta de vocês! O tempo vai passar voando, vocês vão ver! Daqui a alguns dias eu estou de volta! – Falei.

– Seei... – Schirlei falou. Os abracei mais uma vez e fui para minha casa. Tomei um banho e fui tomar um comprimido, pois eu estava com um pouco de dor de cabeça. Me deitei um pouco no sofá em silêncio até a dor passar um pouco e depois assisti televisão, quando a novela terminou eu fui dormir.

No outro dia acordei 7:30 da manhã sem despertador, mas eu só iria às 8:00. Me arrumei rapidamente e liguei para o taxista vir me buscar. Me despedi de minha mãe, meu pai e meu irmão e fui, pois 9:30 eu embarcaria. Depois que cheguei no aeroporto e paguei o táxi, fiquei mais ou menos meia hora esperando até que o avião chegou.

Enquanto entrava na sala de embarque me lembrei daquele dia em que ele foi embora pelo mesmo lugar, que se soltou dos meus braços e voltou para casa e ficamos quase um mês longe um do outro somente se falando pelo msn. Eu estava com muita saudade dele, depois de passar aquela semana com Pedro Lucas, me tornei dependente dos seus carinhos, dos beijos dele, e simplesmente de sua presença.

Embarquei no avião e me acomodei na poltrona, e depois que o avião já havia decolado, liguei meu celular e coloquei Northern Downpour tocar, até que acabei adormecendo depois de alguns vinte minutos com a música tocando repetidas vezes. Acordei quase quatro horas depois, com a aeromoça me oferecendo uma barra de cereal, pois já era hora do almoço. Eu realmente estava com fome, se eu não houvesse trazido um lanche em minha bolsa confesso que ia morrer de fome. Lanchei e passei o resto da viagem usando o celular. Me lembrei que eu tinha o endereço da casa dele guardado no celular, e precisava passar para o papel. Peguei minha agenda e escrevi.

Quando cheguei já estava farta daquele avião, não havia nada de interessante a fazer, ao não ser ouvir musica ou dormir. Desembarquei e eram quase 19:00 da noite, fui direto procurar um táxi. Entrei em um e entreguei o papel com o endereço ao homem, que logo ligou o carro e nos pôs à caminho.

Depois de uns quinze minutos andando, finalmente chegamos. Pedi ao taxista que me ajudasse a colocar as malas na calçada, mas sem fazer nenhum barulho. E assim ele fez, e logo depois foi embora. A casa estava com apenas a luz de baixo ligada, o que eu supus que fosse a sala. Respirei fundo, ajeitei meu cabelo que estava um pouco arrepiado por causa do vento e toquei a campainha.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado =)
reviews?? =)



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