Amor À Distância escrita por Apenas uma Sinner


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Me perdoem se houver algum erro.
Espero que gostem =)



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Respirei fundo, ajeitei meu cabelo que estava um pouco arrepiado por causa do vento e toquei a campainha. Eu não sabia que esperar alguém me atender iria me fazer ficar tão ansiosa, naquele momento milhares de coisas me passaram pela cabeça. Eu estava muito nervosa? Meu cabelo estava bagunçado? Quem vai me atender? Será que já estão dormindo? Jantando? Será que cheguei em boa hora?

Fiquei assim alguns segundos até ouvir o barulho da fechadura se abrindo. Nesse momento tudo em que eu estava pensando desapareceu de minha mente, e apenas fiquei prestando atenção, tentando descobrir quem era, até que vi Pedro atrás dela, lindo como eu nunca havia visto. Ficamos nos olhando por alguns dez segundos, nos observando, vendo o que havia mudado.

-          Cheguei... – Quebrei o gelo, com os olhos lacrimejados, iguais aos dele. Depois que falei isso ele apenas me abraçou, e eu apenas o apertei, sentindo seu cheiro que me encantava. Depois que nos lembramos que existia um mundo além de ficarmos assim, ele segurou minha mão e pegou a mala mais pesada e eu a mais pequena.

-          Nem acredito que você está aqui... Me desculpe se não falei nada... – Disse, nos guiando para o quarto, depois que chegamos e colocamos minhas malas, descemos para a sala e fui conhecer seus pais. Nós havíamos entrado sem dizer nem ao menos um “oi”.

-          É um prazer conhecer a senhora! – Falei para a mãe de Pedro, Melissa.

-          O prazer é meu, minha querida! Como foi de viagem? – Perguntou. Ela era bem simpática.

-          Foi um pouco cansativo, mas deu tudo certo! – Falei.

-          Que bom! – Falou. – BOYD, VENHA CÁ! – Gritou.

-          O que foi, mulher? – O pai de Pedro falou.

-          Essa é a nossa futura nora, lembra? Falei que ela ia chegar hoje, ou você se esqueceu? – Falou.

-          Ah, olá! Sou Boyd! – Falou, todo apressado, parecia que estava concertando alguma coisa dentro de casa.

-          Olá! Sou Luana... Tudo bem com o senhor? – Falei.

-          Está tudo ótimo, minha querida! Agora me dêem licença, preciso terminar de concertar o pneu do carro. – Falou.

-          Tudo bem. – Melissa falou. – Não quer ir dormir, Luana? Parece estar bem cansada!

-          Estou mesmo... Boa noite! – Falei.

-          Boa noite, querida. – Ela falou e Pedro me olhava, ainda calado.

-          O que houve, Pedro Lucas? – Perguntei quando entramos no quarto. Ele apenas fechou a porta e veio me abraçar.

-          Eu apenas estou morrendo de saudade de você... – Cochichou em meu ouvido e logo começou a beijar meu pescoço. Eu já sabia o que ele queria. Começamos a nos beijar e ele me jogou na cama.

No outro dia, acordamos debaixo dos cobertores abraçados, e finalmente eu sentia o cheiro dele ao levantar, sentia a sua presença, o seu abraço. Mas eu precisava me vestir antes que alguém aparecesse dentro daquele quarto e nos visse assim. Depois que coloquei minhas roupas, acordei Pedro e fiz com que ele fizesse o mesmo, quando ele terminou e escovamos nossos dentes, descemos para a cozinha.

-          Dormiram bem? – Melissa perguntou. Ela era legal demais, a cada vez que ela falava algo eu pensava em como uma pessoa daquela poderia ficar brava. O senhor Boyd me parecia um daqueles pais chatos, mas quando ele falou comigo percebi que não é bem assim.

-          Muito bem, mãe. – Pedro falou.

-          Que bom, venham tomar café! – Ela disse, muito bem animada, olhando para ele. Aquilo parecia coisa de novela, em que a mãe acorda, faz o café da manhã e vem os filhinhos logo depois para tomar o café e ir para a escola. Isso era muito nostálgico. Mas A senhora Boyd olhava para Pedro Lucas de um jeito feliz demais, e ele a olhava com um jeito meio que: “Hey, espera. Eu logo conto para ela. Tente disfarçar”, ou alguma coisa do tipo.

-          Claro! – Ele falou, e se sentou perto de sua mãe. Enquanto tomávamos café, percebi que ele cochichou algumas vezes no ouvido dela, como se fosse um plano. Fingi que não vi e disfarcei.  Depois fomos andar pelo bairro em que ele morava. Conheci uma penca de amigos dele, mas quem eu realmente queria conhecer era sua melhor amiga, Breezy. Ele falava muito dela, e eu estava ansiosa para conhece-la.

-          Vamos falar com a Breezy agora, okay? – Me perguntou.

-          Claro! – E formos em direção da casa ao lado. Logo percebi porque os dois são tão amigos, moravam um ao lado do outro. Deviam ser amigos de infância, ou uma coisa assim.

-          Oi, Lukinhas! – Ela exclamou. – Essa é sua namorada?

-          É sim. Luana, esta é Breezy. Breezy, esta é Luana. – Ele falou.

-          Olá, Luana!

-          Olá, Breezy! Como você está? – Falei com educação, com medo de ela se ofender sem querer com alguma coisa que eu dissesse, o que não tinha como acontecer naquele momento.

-          Estou ótima! E você?

-          Também! – Falei.

-          Entrem! Sintam-se em casa! – O que Pedro já se sentia. – Como foi sua viagem, Luh?

-          Foi ótima! Tirando o tédio que foi ficar dentro de um avião quase dez horas... – Falei. – Mas valeu a pena!

-          Sim! Agora está com seu namorado! – Disse. Não senti nem uma ponta de ciúmes partindo dela, o que achei estranho.

-          Bom, temos que ir. Preciso mostrar muita coisa à ela ainda. Tchau, Breezy, até outra hora.

-          Tchau pra vocês! Se cuidem! – Falou.

-          Okay! – Ele gritou, e depois fomos andar mais ainda por lá. Enquanto estávamos andando, comecei a pensar em algumas coisas. Uma delas foi que eu não estava tão animada quanto quando ele foi para a minha casa. Eu não me encaixava lá, era muito diferente do meu mundinho. E eu também estava com um pensamento “daqui quinze dias vai começar tudo novamente”, porque eu iria para longe dele e ia ficar sofrendo de saudade por mais dois meses. Isso era deprimente, mas eu precisava aproveitar a presença dele. Era a coisa mais importante para mim.

Passamos aquela semana passeando e conhecendo pessoas até que chegou a véspera de Natal.

-          Mãe, está tudo bem por ai? – Falei. Eu estava ligando para ela, queria saber como estavam as coisas por lá, e não queria desaparecer totalmente aquele Natal, ia ser o primeiro longe dela.

-          Está sim, minha filha. Mas preciso te contar umas coisas... – Falou, preocupada.

-          O que aconteceu? Foi com algum amigo nosso? Me fala! – Fiquei nervosa demais.

-          Calma, não foi com ninguém que é amigo nosso. Muito pelo contrário. Foi com a Jhennifer.

-          Mas o que eu tenho a ver com isso? Não quero saber nada dela.

-          Ela foi pega usando drogas, Luana. – Falou. – Ela já foi sua amiga, só você pode convence-la a se internar.

-          Não sou mais, mãe. E já está a ponto de se internar? – Perguntei.

-          Isso aconteceu alguns dias depois que você foi viajar.

-          Mas mãe, por que ela não pede ajuda para as novas amiguinhas dela?

-          Todas elas a abandonaram.

-          Ela que escolheu isso, mãe. Quando estávamos discutindo aquela vez, que depois não nos falamos mais, eu disse que não haveria amigas mais confiáveis como nós, mas ela não quis. Ela preferiu isso. Preferiu as amigas falsas que só queriam ficar com ela para copiar aquelas malditas respostas das questões da escola. Mas quando eu voltar eu vou ver o que eu faço. Eu não vou ficar me preocupando com isso agora.

-          Tudo bem, espero que ela não piore até você voltar.

-          Tudo bem, tudo bem... Tchau, mãe. Te amo.

-          Tchau, minha filha. Também te amo! Se cuide, hein!

-          Tudo bem!

Como assim? E daí se ela estava se drogando? Eu não queria o mal dela, só que eu não queria saber da vida daquelazinha. Minha desconfiança era enorme, ela poderia estar apenas executando algum plano para me esquecer do que ela fez e acabar ficando amiguinha dela novamente. No momento eu não tinha idéia de como iria agir, o que iria fazer, só tinha certeza que deveria ser fria, como nunca fui.

-          Tudo bem, meu amor? – Pedro perguntou.

-          Bom... Na verdade eu não sei. A Jhennifer, aquela que eu odeio, lembra?

-          Lembro. Mas o que tem ela?

-          Ela está se drogando, e minha mãe acha que só eu posso ajudar. Ela acha que foi por “perder minha amizade”, ou coisa assim.

-          Nossa... Mas... O que você vai fazer?

-          Minha mãe quer que eu tente a convencer a se internar, que vire amiga dela novamente. Só que eu não vou fazer isso. Ela pode estar apenas inventando, ou algo assim.

-          Exatamente... Só que... E se isso for verdade?

-          Ai eu não poderei fazer nada. A culpa não é minha... Nunca foi...

-          Eu sei... – Pedro falou, me envolvendo nos braços. – Mas agora pare de se preocupar com isso, você anda muito tensa ultimamente...

-          Sério? – Eu não havia notado, pois estava tão imersa naquilo tudo que acabei esquecendo onde estava e com quem estava. Eu andava preocupada demais, tentando resolver os problemas de todos. – Me desculpe... Eu vou parar de me preocupar com isso...

-          Que ótimo! – Falou.

-          Mas... Vou ganhar presente de Natal?? – Mudei de assunto, tentando esquecer aquele assunto.

-          Ah... Como fui esquecer? – Falou, rindo. – Brincadeira! Haha’, achou que eu iria esquecer do presente de Natal da minha princesa?

-          Vai ter então, é? – Falei, sorrindo. – Que bom, porque eu ia ficar muito chateada se tivesse que dar presente sem receber...

-          Vou ganhar presente também?? – Sorriu.

-          Claro! Ou achou que eu iria bancar a namorada que só quer receber?! – Eu havia comprado um ursinho de pelúcia para ele, ainda quando estava no aeroporto. Era muito fofo e dizia “Feliz Natal, eu te amo!”. Totalmente perfeito.

-          Agora só estou me perguntando se vou conseguir agüentar até amanhã. Consegui me deixar curioso! – Falou em meu ouvido.

-          Mas vai esperar sim, mocinho! – Falei e olhei a porta, para ver se ela estava trancada. – Tem mais alguém em casa?

-          Só minha mãe... – Pedro falou, já reparando em meu olhar o que eu queria. – Mas podemos simplesmente colocar um rock bem alto, ou algo assim...

-          Bom... Pode ser... – Começamos a nos beijar até que de repente ele me largou e foi correndo para o computador. Fiquei o olhando até que sua mãe bateu na porta e caí sentada na cama pelo susto.

-          Estão bem ai, filho? – Melissa disse.

-          Sim, mãe. – Pedro falou, ainda grudado na tela do computador, e pelo que eu vi, estava procurando uma música.

-          Vou almoçar lá na sua tia, okay? Conseguem preparar o almoço sozinhos? – Perguntou.

-          Claro, dona Melissa. Pode deixar que eu cuido do Pedro. – Falei, ainda olhando para ele.

-          Tudo bem. Tchau, queridos.

-          Tchau. – Falamos os dois juntos.

 Pedro ficou imóvel até que ouviu o barulho da porta da sala se fechando. Depois colocou a música Lie To The Truth – The Young Veins para tocar, e veio para minha direção com aquele olhar meigo pelo qual me apaixonei e começamos a nos beijar novamente. Ficamos mais ou menos um minuto até que ele começou a tirar minha roupa, e pegar o que precisava na gaveta que havia ao lado de sua cama. E aquilo aconteceu novamente, ele conseguiu me fazer esquecer todos os problemas que existiam novamente, como sempre fazia, mesmo quando não estávamos “naquela circunstância”. Eram dez horas da manhã do dia vinte e quatro de dezembro.

Quando percebi, estávamos abraçados naquela cama, quase adormecendo novamente. Olhei no relógio do celular dele e vi que já eram 11:15 da manhã, e eu precisava fazer o almoço.

-          Pedro. Hey, Pedro, levanta! – Cochichei.

-          Ahm?

-          Levanta, agente precisa fazer o almoço, esqueceu?- Falei, ainda cochichando.

-          Tudo bem... Mas acho que vamos ter que fazer miojo hoje... – Riu.

-          Será que não vai dar tempo? Temos algum lugar especial para ir à tarde?

-          Na verdade sim. Vamos? – Falou, já se levantando.

-          Okay...

Terminamos de nos vestir e fomos para a cozinha, onde eu percebi que não daria mais tempo para fazer um almoço descente.

-          É... Acho que vamos ter que comer miojo mesmo... – Falei rindo.

-          Verdade... – Falou.

Pegamos os três pacotes de macarrão instantâneo que haviam lá. Sim, três, e almoçamos. Depois fomos tomar banho juntos, pois iríamos para um lugar que eu ainda não conhecia e Pedro fazia questão de não me contar onde era.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostadp.
Reviews?? Preciso muito.
Obrigada.



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