76th Hunger Games escrita por Liz Ambrose


Capítulo 11
Annie, Seu plano Falhou




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As outras entrevistas passaram em um piscar de olhos. Não prestei atenção em nennuma. E quando me dei conta, já estavam todos saindo do palco. Sinto-me mexendo automaticamente, enquanto escuto o pessoal da capital vibrando com a emoção do momento.

Encontro o nosso pessoal no elevador, e vejo a cara de Annie. Ela não estava brava nem com raiva. Mas sim furiosa. Pude ver o odio crepitando em seus olhos quando vê Jev e eu.

No elevador todos ficam em silencio. Minha equipe não diz nada, muito menos Dolarias ou Deluvius. Mas quando entramos no andar do distrito 4, Annie explode completamente.

— VOCÊS ESTÃO DOIDOS? O QUE EU DISSE PARA VOCÊS? POR ACADO SÃO SURDOS? — Ela chuta uma mesa onde milhares de flores estavam, quebrando o vaso e espalhando os pedaços para todos os lados.

Jev está abismado com o que a mãe fez. Enquanto a mim, bom… Estou em completo choque. Deluvius chega e tenta acalma-la.

— Annie, não perca a cabeça. Eles precisam do seu apoio. Hoje é o ultimo dia deles antes de entrarem na arena… — Diz ela, puxandi Annie para o sofá.

— Vamos jantar? — Pergunta Dolarias, olhando para nos. Jev balança a cabeça e vai para o quarto. — Rosy?

— Perdi o apetite… Espero que isso não me comprometa. — Digo olhando para Annie, que está me fuzilando com um olhar doentio.

Saio daquela sala o mais rápido possível, chegando ao meu quarto e trancando a porta dando suas voltas na chave. Talvez por medo de Annie tentar me jogar pela janela. Antes que eu perceba, estou chorando. Manchando a maquiagem que escorre pelo meu rosto.

Tiro o vestido aos chutes, jogando-o em um canto no quarto. Entro no chuveiro, deixando a água fervente queimar minha pele. Fico um bom tempo la dentro, tempo o bastante para os meus dedos enrugarem. Fico pouco tempo no secador, o que faz meus cabelos ficarem ainda úmidos.

Coloco uma roupa qualquer e desabo na cama. Escuto Deluvius me chamando para ver a reprise das entrevistas mais me recuso. Não queria olhar para minha própria cara de garotinha pasma. Deveria estar completamente ridícula. Eu iria ser a garotinha inocente do distrito 4… A garotinha amada pelo filho de uma vitoriosa.

Por Jev. Pensar na “declaração” dele faz meu coração se apertar. Não falei com ele desde a entrevista, nem mesmo o olhei direito. Ah Jev… Porque nunca contou antes? Talvez tudo serio um pouco menos complicado. Pego no sono pensando nisso. Um sono profundo, sem sonhos.

De manhã não vejo Jev. Dolarias aparece antes do dia amanhecer, me entrega uma simples muda de roupa e me conduz até o telhado. No elevador, ela me explica que os últimos preparativos serão feitos nas catacumbas que ficam abaixo da própria arena. No telhado, um aerodeslizador aparece do nada. Coloco minhas mãos e pés nos mais degraus mais baixos e instantaneamente fico congelada no lugar.

Fico assim até chegar lá dentro. Onde uma mulher de branco me espera, ela carrega uma seringa de bom tamanho. Quero correr para longe daquilo, mas ainda estou congelada no lugar.

— Não precisa ficar com medo Rosy, isso é só o rastreador. Vou injetar de forma rápida e eficiente, não vai doer nadinha — Diz ela.

A picada é dolorosa. Sinto o dispositivo na minha pele, e isso me da uma agonia incontrolável. Agora os idealizadores dos jogos vão poder me rastrear por toda a arena. Ótimo. Logo que a mulher sai, sou libertada da minha “prisão”congelante. Dolarias sobe no aerodeslizador, e me conduz a uma sala onde está sendo servido o café da manhã. Meu estomago se contorce, não tinha comido quase nada do dia anterior.

A viagem dura mais ou menos uma hora. E nesse meio tempo deu tempo de eu literalmente me entupir de comida. Comi praticamente todos os pãezinhos e caldos que tinha ali. Além de beber muita água. Afinal, nunca se sabe o que está por vir na arena.

O aerodeslizador aterrissa e Dolarias e eu voltamos para a escada, só que dessa vez ela nos conduz a um tubo subterrâneo que nos vela até ás catacumbas que ficam abaixo da arena. Seguimos até a sala de lançamento, o lugar dos meus últimos retoques antes de entrar na arena. Vejo que tudo é perfeitamente arrumado e novo.

Estou lutando para manter meu café da manhã no estomago enquanto lavo o rosto. Dolarias penteia meus cabelos, deixando-os soltos. Me entregando um elástico de cabelo resiste caso eu queira prende-los durante os jogos. Então chegam as roupas, as mesmas para todos os tributos. Visto rapidamente a blusa verde, as calças marrons de feitio simples, o cinto marrom robusto e de aparência velha e a jaqueta preta com capuz que chega até minhas coxas.

— A jaqueta é bem resistente. Matem o calor do corpo, não perca ela de jeito algum na arena. Pode manter você viva em noites frias. — Diz minha estilista.

As botas, que visto sobre meias apertadas demais, são melhores do que eu poderia imaginar. São confortáveis e ótimas para correr.

Quando já estou toda pronta, me sento no sofá ao lado de Dolarias. Ela subitamente ajeita minha blusa, fazendo meu colar ficar a mostra.

— Simbolo do seu distrito… Que tal? — Ela pisca.

— Obrigada.

Os minutos vão passando, e meu nervosismo aumenta cada vez mais. Mexo meus dedos compulsivamente pela minha blusa, olhando para a parede. O silenciosa também não ajuda, só me deixa mais nervosa. Levo um susto quando uma voz feminina anuncia que está na hora de me preparar para o lançamento.

Dolarias pega minha mão, e então me acompanha até o circulo de metal. Coloco meus pés nele, e vejo que estou tremendo toda.

— Lembre-se de tudo que Annie te disse. — Ela diz. Balanço a cabeça em concordância. — E tome cuidado. Estou torcendo por você Rosy, mesmo não podendo. Você é forte, e mostre isso para toda Capital.

— Obrigada, mesmo. — Seguro mais lágrimas. Ela ergue meu queixo, e da um sorriso. E então o cilindro de vidro começa a abaixar em torno de mim, interrompendo nossa despedida.

O cilindro começa a subir. Por alguns segundos fico em completa escuridão, o que só faz aumentas meu nervosismo. Em seguida, sinto o circulo de metal me empurrando levemente para fora do cilindro, em direção ao ar livre. Por segundos minha visão fica ofuscada. Mas logo volta ao normal.

É nessa hora que entro em choque. Estou bem perto de um desfiladeiro. O espaço em que a cornucópia está é circular e pequeno demais para todos os tributos. E lá embaixo, dá para ver uma outra cornucópia. Idêntica a que está a minha frente. De começo não entendo, mas então vejo os tributos ao meu redor. Conto mentalmente e vejo que só tem doze comigo ali. Será que tinham tirado Jev e os outros dos jogos? Pois não os vejo.

É quando percebo. Tinham dividido as cornucópias. Jev na verdade, estava lá embaixo… Na outra. Penso… “Annie, seu plano já era”.



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Notas finais do capítulo

Mais informações: the-hunger-fanfics.tumblr.com