Tricks of Fate escrita por Sali


Capítulo 33
"Homofobia e ressentimento infantil."


Notas iniciais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
Sim, minhas amadas leitoras. Depois de vinte e um dias, aqui está, para vocês, um capítulo novíssimo de Tricks of Fate. Nada de aviso, nada de bloqueio criativo. Eu prometi que até o fim dessa semana teria capítulo, e agora, sexta feira, aqui está ele.
E me desculpem pela demora, durante esse excruciante bloqueio criativo, o meu netbook estragou e agora eu só posso usar o notebook da minha mãe ou o meu tablet pra escrever. Mas enfim, sem mais delongas. Here it is *--*



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– Vick, Vick! – Maddy exclamou, me acordando.

Esfreguei os olhos e abri-os, olhando para a garota ao meu lado.

– Oi? – Murmurei, ainda sonolenta.

–Vick, sabe que horas são? – Ela perguntou, me fazendo olhar para o relógio ao lado da cama.

– Ah, droga! – Eu exclamei, me sentando em um pulo. – A gente tá atrasada!

Muito atrasada. – Ela respondeu com um sorrisinho.

Me levantei da cama e andei até a cômoda, pegando e vestindo um par de roupas íntimas. Maddy fez o mesmo e então eu andei até o armário, pegando uma camiseta branca, jeans e uma camisa xadrez vermelha de mangas compridas. Vesti essas roupas rapidamente e calcei um par de all star pretos.

– Como estou? – Perguntei, me virando para Maddy.

– Grunge. – Nós rimos e eu olhei rapidamente para o relógio na mesa de cabeceira.

– Sete e quarenta e cinco! – Exclamei.

Maddy arregalou os olhos e correu para a frente do armário, vestindo um suéter cinza com a estampa de uma coruja – do qual ela arregaçou as mangas até os cotovelos –, jeans skinny e um par de tênis.

– Como estou? – Ela perguntou depois de prender os cabelos em um rabo de cavalo bagunçado.

– Eu gosto dessa coruja. – Sorri, esticando o dedo e tocando a estampa.

– Bom, obrigada. – Ela sorriu e pegou a sua bolsa e a minha mochila, entregando-me a segunda. – Agora toma e vamos embora. Na volta a gente arruma a cama.

– Sim senhora. – Assenti e sorri, fazendo-a rir enquanto descia as escadas do mezanino rapidamente.

Segui-a sem demora, e em pouco tempo estávamos dentro do carro.

– Que horas são agora? – Ela perguntou enquanto dava a partida.

– Cinco para as oito.

– A gente vai perder a primeira aula. – Ela riu e eu concordei.

– Então que tal pararmos naquele café aqui perto para comer alguma coisa? Eu estou com fome!

Ela balançou a cabeça e riu mais.

– Vamos lá.

Não demoramos muito tempo para chegar no local que era a caminho do colégio.

Entramos na fila que não era muito grande e em pouco tempo eu estava diante do atendente do caixa.

– Bom dia. O que deseja? – Ele perguntou.

Levantei os olhos e li rapidamente o cardápio na parede.

– Um capuccino médio e um croissant, por favor. – Respondi.

O rapaz digitou alguma coisa no computador a sua frente.

– Para viagem?

– Sim, por favor. – Respondi e ele me deu o preço. Paguei e ele me entregou um papel.

– Aguarde ao lado.

Agradeci e obedeci o pedido, vendo Maddy tomar meu lugar.

– O que deseja? – O atendente perguntou a ela, sorrindo exageradamente.

Arqueei uma sobrancelha e olhei para o rapaz que não devia ter mais que dezenove anos.

– Um chocolate quente e um croissant, por favor.

– Boa escolha. Tão doce e quente quando quem pediu. – Ele respondeu, transformando o sorriso grande em um sorriso de canto.

– Acredito que você saiba que não é muito educado dar opiniões sobre os pedidos dos clientes. E muito menos passar uma cantada tão estúpida para quem tem namorada. – Maddy deu um sorriso pequeno e uma piscada, me fazendo segurar o riso. – Quanto fica?

– P-para viagem? – Ele gaguejou e isso me fez segurar ainda mais o riso.

– Sim, por favor.

O rapaz deu o preço ainda um pouco desconcertado e ela pagou, vindo ao meu lado logo depois.

– Vick? – Ela me chamou e segurou o meu queixo, me dando um selinho demorado. Ao nos separarmos, o atendente nos encarava boquiaberto.

– Com licença? – A senhora que estava atrás de Maddy na fila chamou a atenção do rapaz de volta ao trabalho.

Nossos pedidos não demoraram a ser entregues, então mesmo com o pequeno contratempo, em pouco tempo nós já voltávamos ao carro com os copos de isopor e os pequenos sacos de papel.

– Horas? – Maddy perguntou assim que entramos no carro.

– Oito e vinte. – Respondi.

– Então a gente pode enrolar mais. – Ela disse e nós rimos.

– Como desejar. – Sorri e bebi um gole do meu capuccino. Maddy fez o mesmo com o seu chocolate antes de tirar seu croissant do saquinho e mordê-lo.

No estacionamento do café nós terminamos nossos croissants e eu tomei quase todo o copo de capuccino. Já Maddy ainda tinha o seu copo pela metade quando o relógio marcou oito e trinta e nós decidimos tomar o caminho do colégio.

No exato momento em que pisamos o primeiro degrau da escada da entrada do prédio, ouvimos o sinal tocar.

– Timming perfeito. – Nós falamos ao mesmo tempo e começamos a rir, subindo o resto da escada.

Andamos pelos corredores que começavam a se encher de alunos até o dos nossos armários, onde encontramos um garoto loiro e um moreno trocando um beijo apaixonado.

Andei até eles e tossi, fazendo os dois se separarem com um sobressalto.

– Estamos nas dependências de um colégio, sabiam? – Arqueei as sobrancelhas e sorri, fazendo os dois garotos rirem.

– Colégio esse que eu percebo que as duas acabaram de chegar. – Tom sorriu. – Onde estavam, posso saber?

– A gente acordou atrasada, aí resolvemos passar naquele café aqui perto e comer alguma coisa antes de vir. – Maddy deu de ombros, indicando seu copo de chocolate quente.

– Quanta responsabilidade… Incrível! – Yuri deu um sorriso zombeteiro e eu ri.

– E a Maddy ainda recebeu uma cantada do cara do caixa, e deu um fora épico. – Comentei e comecei a gargalhar.

– É sério isso? – Tom perguntou e ela assentiu. – Quanta moral, Maddy.

Não resisti e comecei a rir ainda mais, lembrando do que ela dissera e da cara do atendente do caixa.

– Vocês são muito bobos. – Maddy sorriu e balançou a cabeça e eu continuei rindo enquanto abria o meu armário. Tirei dali os cadernos e livros de História e coloquei-os na minha mochila.

– Vamos para a aula, Tori? – Yuri perguntou-me assim que fechou o seu armário. Fiz o mesmo e joguei a mochila sobre um ombro.

– Vamos. – Sorri.

– Tom? – Maddy chamou-o. Assim como eu e Yuri, os dois tinham a mesma aula.

– Vamos lá, senhorita. – Ele sorriu.

Eu e Maddy nos despedimos com um beijo não muito demorado, assim como Yuri e Tom. E em pouco tempo, estávamos caminhando para nossas salas.

Durante a segunda aula eu me ocupei em encher a última página do meu caderno com desenhos ilógicos. Graças à minha média A+, eu não precisava me preocupar muito com aquelas aulas de revisão. Já Yuri anotava cada palavra do professor, tentando aprender aquela matéria que, segundo ele, era seu inferno pessoal.

Mesmo desenhando no caderno, o horário de História me entediou o suficiente para que eu fosse praticamente a primeira a guardar os materiais quando o sinal tocou.

O terceiro horário foi ocupado por uma interminável lista de exercícios de Matemática, que me cansaram o suficiente para que eu tivesse vontade de dormir na mesa do refeitório quando o intervalo finalmente chegou.

– Meu Deus, Vick. Que sono é esse? – Maddy perguntou assim que eu soltei um bocejo, apoiando o rosto em uma mão.

– Matemática. – Respondi simplesmente, esfregando o rosto.

– A aula foi tão chata assim? – Ela riu.

– Não, mas exercícios de matemática me cansam. – Dei de ombros, tomando um gole do meu suco de laranja.

– Você não é a única, pode ter certeza. – Vi duas bandejas serem colocadas na mesa e levantei os olhos, vendo Kori e Sienna a nossa frente.

– Acho que isso acontece com noventa e cinco por cento da população mundial. – Sienna revirou os olhos e nós rimos.

– É, você está certa. – Concordei.

– Eu faço parte dos outros cinco por cento! – Maddy exclamou e eu ri.

– Mas você é estranha, né? – Sorri, passando o braço ao redor dos seus ombros.

– Claro. Tanto quanto você. – Ela retribuiu meu sorriso e beijou-me na bocecha.

– Mas eu não gosto de Matemática. Você gosta. – Eu ri.

– E você gosta de mim. Então dá na mesma. – Ela piscou e eu ri de novo.

Logo o intervalo chegou ao fim. Os três horários que se seguiram passaram normalmente, sem nenhuma grande novidade, e então o último sinal tocou. Agradeci internamente enquanto guardava os livros e caderno de Física na minha bolsa.

Saí da sala junto ao grupo de alunos, vendo Maddy encostada na parede ao lado da porta, abraçando um caderno e com a bolsa pendurada em um dos ombros.

– Ei, pequena. – Sorri, me aproximando dela.

– Hey, Vick. – Ela retribuiu meu sorriso e me beijou nos lábios.

Retribuí o beijo, até que ele foi brutalmente interrompido pelo empurrão de alguém. Me virei e não me surpreendi ao ver Kevin ali.

– Me desculpem, foi um acidente. – Ele falou e eu pode sentir a falsidade ali.

– Eu acredito que haja espaço o suficiente nesse corredor para que três pessoas circularem sem se esbarrar. – Respondi.

– E eu acho que esse corredor não é o local mais apropriado para vocês ficarem... se beijando.

– Olha, Kevin. Eu sei que você é um homofóbico e não te culpo pela sua falta de cérebro, e muito menos pelo seu ressentimento infantil porque Madison não quis te beijar e porque eu ganhei de você em uma competição boba de skate. Mas nem por isso você precisa partir para a agressão, o que, diferente de namoro nas dependências da escola, é proibido e pode trazer detenção. – Respondi com a voz mais calma que consegui.

Seu sorrisinho irônico murchou por alguns segundos, e apenas esse pequeno gesto me fez sorrir vitoriosa.

– Com licença. – Ele murmurou de forma agressiva e saiu com passos rápidos dali.

– Tori, Maddy. Algum problema? – Yuri surgiu ao nosso lado antes mesmo que nós pudéssemos falar alguma coisa.

– Não. Por quê? – Perguntei.

– Acabei de ver o Kevin quase correndo pelo corredor e murmurando alguma coisa relacionada com "Madison" e "Victoria". – Ele respondeu.

– Homofobia e ressentimento infantil. – Maddy respondeu simplesmente, fazendo-me rir.

– É. Nada de mais. – Concordei e Yuri riu.

– Bom, se é assim...

– Vem, vamos embora. – Sorri e puxei Maddy e Yuri pelo braço.



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Notas finais do capítulo

Bom, não sei o que falar. Isso de bloqueio criativo de 20 dias nunca aconteceu antes, e atrasou a minha postagem até de Acima de Tudo e eu fiquei realmente desesperada. Mas agora estou de volta, feliz e saltitante e com ideias para o próximo cap, pra não deixar NINGUÉM na mão ;)
Bom, é isso.
Os lindos e lindas que comentaram no último capítulo:
» Alice
» Heey Emily
» Kroll
» Coelha M
» milenagoomes
» Samyni
» Saah
» Bruna L
» queelDuckJacksoon
» Baka Senpai
E quem comentou no aviso:
» Saah
» Coelha M
» Beatriz Moreira
» Baka Senpai
E as cinco últimas que favoritaram:
» Nathalia Mattos (que me mandou lindos comentários via MP)
» Vanessa Yukima (que tal comentar, gata?)
» Tammy Barker (eu não mordo, ok?)
» Baka Senpai (sua linda, comentou em quase todos os caps)
E é isso. Me desculpem mais uma vez, eu sei que esse capítulo tá pobrinho, mas coisas melhores estão por vir. E eu espero que ninguém tenha me abandonado durante esse bloqueio.
Bjos *o*
P.s.: Se vocês quiserem mandar reviews nesse cap dizendo o que acham que vai acontecer, ou o que querem que aconteça, eu vou ficar super feliz e agradecida. Isso pode me dar um pouco de inspiração :3