Tricks of Fate escrita por Sali


Capítulo 34
"Madison?"


Notas iniciais do capítulo

Heeey! >
Como prometido, um cap novo depois de 9 dias.
E um cap beem grandinho.
Ah, sim. No meio do cap eu usei uma linguagem meio diferente, então se não der pra entender, nas notas finais tem uma "tradução".
Espero que gostem! *-*



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Assim que eu, Maddy e Yuri descemos as escadas, pudemos ver, entre os alunos que iam embora, Amber e Louie sentados na mureta do jardim frontal conversando animadamente. Tom estava logo ao lado deles, com a mochila no colo e uma expressão entediada.

Yuri abriu um sorriso radiante e se aproximou do loiro, sentando-se ao seu lado e dando-lhe um beijo na bochecha. Este sorriu e virou-se, colocando a mochila de lado e dando um selinho demorado no namorado.

– Alguém sabe onde estão Kori e a minha irmã? – Yuri perguntou logo depois.

– Ele estava aqui com a gente, até ela chegar correndo e chamar ele, dizendo que tinha "uma coisa muito séria para conversar". – Tom explicou.

– Sério? – Yuri arqueou as sobrancelhas.

– É. – Tom deu de ombros.

– Espero que não seja algo realmente sério. – Yuri murmurou, baixo o suficiente para que apenas eu e Tom ouvíssemos.

– Ei, o que vocês vão fazer agora? – O loiro perguntou.

– Eu, nada. – Respondi.

– Eu também não. – Maddy deu de ombros.

– Nem eu. – Amber e Louie responderam ao mesmo tempo.

– Vamos para a praça? – Tom sugeriu.

– É uma boa ideia. – Sorri. – Já faz um tempo que a gente não vai lá.

– Mas e Kori e Sienna? – Yuri perguntou.

– Manda uma mensagem para eles. – Dei de ombros. – De qualquer jeito, eu não vou poder ir direto para lá. Meu skate tá em casa.

– O meu também. – Tom deu uma risada.

– É, o meu também. – Yuri deu um sorriso.

– E o meu. – Louie sorriu.

– Ok, então a gente vai pegar os skates e se encontra lá na praça. Pode ser? – Perguntei.

– Pode. – Os três garotos a minha frente falaram ao mesmo tempo e eu pude ver Amber e Madison conversando baixo.

– Maddy, você vai comigo? – Perguntei.

– Não. A gente já vai direto para lá e fica esperando vocês. – Ela e Amber sorriram.

– Ok. Eu não demoro. – Sorri e me aproximei dela, colocando uma mão em sua cintura. Puxei-a para mim e dei-lhe um beijo demorado nos lábios. – Eu te amo. – Sussurrei e ela sorriu.

– Eu também te amo. – Ela respondeu-me e eu dei-lhe mais um selinho. – Até daqui a pouco.

– Até. – Respondi e sorri antes de sair andando pela calçada.

Não demorei muito para chegar ao prédio. Estacionei o carro na caragem e subi até o meu andar pelo elevador, que estava vazio. Ao entrar no apartamento, joguei a minha mochila no sofá e subi rapidamente as escadas do mezanino, pegando o skate que estava sob a cama. Voltei à sala e peguei o meu celular e as chaves na mochila antes de sair do apartamento.

Entrei no elevador vazio e coloquei o skate entre as pernas, dobrando as mangas da minha camisa e desabotoando-a completamente, de modo a deixá-la aberta sobre a camiseta branca que eu vestia. Peguei o skate de volta e me encostei na parede, distraída com meus próprios pensamentos, até que o elevador parou em um andar, abrindo suas portas e me tirando dos meus devaneios. Olhei para o lado e vi um garoto de não mais que dezesseis anos. Ele não era muito mais alto que eu, e carregava um skate longboard vermelho e amarelo nas mãos.

– Você anda de skate? – Ele perguntou, olhando para o objeto que eu carregava.

– Sim. – Respondi simplesmente.

– Que legal! – Ele sorriu. – Você mora aqui no prédio?

– Sim. Eu e a minha namorada. – Dei de ombros.

– Seu nome é Madison... ou Victoria? – Ele perguntou.

– Victoria. – Respondi.

– Prazer, Alexander.

Sorri.

– Prazer... mas como você sabe nossos nomes? – Arqueei as sobrancelhas.

– Minha mãe me contou. – Ele deu de ombros. – Disse que tem duas garotas, um casal, que mora aqui no prédio.

Dei uma risada baixa.

– Compreensível. – Murmurei.

– Ah, mas eu não tenho nada contra isso. Ela até tem, mas eu acho besteira. – Ele disse e eu sorri.

– Entendo. – Respondi e o elevador parou, abrindo as portas.

– Você primeiro. – Ele sorriu e eu acenei com a cabeça como agradecimento, saindo do elevador.

Ele saiu logo depois, andando ao meu lado até a saída do prédio.

– Foi bom falar com você. – Ele sorriu.

– Digo o mesmo. – Sorri.

– Então... até outra hora.

– Até. – Respondi e joguei meu skate no chão, subindo sobre ele e impulsionando-o para o caminho do meu destino.

Ao chegar na praça, vi ao longe Maddy, Amber e Louie sentados num banco, conversando.

– Vick! – Maddy exclamou, abrindo um sorriso. Andei até eles e recebi um selinho rápido dela, que eu retribuí sem demora.

– Agora só faltam os dois. – Louie sorriu e eu concordei.

– O jeito é esperar. – Dei de ombros e joguei meu skate no chão, me sentando sobre ele. Maddy se sentou ao meu lado e eu sorri, colocando um braço ao redor da sua cintura e beijando a sua bochecha.

Poucos minutos depois, eu vi, ao longe, Yuri e Tom. Os dois caminhavam de mãos dadas, trocando sorrisos. Eu pude ver o momento em que Yuri passou a sua mão nos brilhantes fios dourados do outro e se aproximou um pouco. Yuri beijou sua bochecha, e em seguida sua boca. Um selinho, virou um beijo de verdade quando Tom o puxou pela camisa. Assim que os dois se separaram, Tom desviou seu olhar para a nossa direção e corou, vendo que eu e Maddy os observávamos. Yuri percebeu isso logo depois, e sorriu.

– Oi, gente. – Tom falou, aproximando-se de nós.

– Ei, loiro. – Sorri e ele riu.

– Ei, morena. – Ele bagunçou o meu cabelo e eu fiz uma careta, me levantando e arrumando-o.

Maddy soltou uma risada baixa e se levantou, assim como Amber e Louie. Peguei meu skate no chão e nós fomos para a pista.

Quando chegamos, Yuri foi o primeiro a pegar seu skate e começar a fazer algumas manobras. Sentei-me em um banco qualquer e Maddy se sentou ao meu lado. Coloquei um braço ao redor da sua cintura e nós ficamos ali, observando Yuri e Tom brincarem na pista de skate.

Depois de algum tempo, pude ver Louie tomar o lugar dos dois.

– Hey, Inglesa. Que tal parar de melação e vir aqui humilhar um pouco a gente? – Yuri chamou e eu ri.

– Já que vocês insistem... – Dei de ombros e peguei o meu skate, subindo até o deck do halfpipe e me impulsionando dali.

Fiz algumas manobras que acabaram rendendo palmas. Parei ofegante no flat. Graças à movimentação intensa, minha camisa xadrez caía por um ombro, exibindo a alça da minha camiseta e do sutiã branco. Arrumei-a rapidamente e peguei o skate, voltando ao deck e me preparando para outra manobra.

– Pô, Inglesa. Nem para me esperar. Eu queria te ver humilhando os caras! – Kori exclamou, surgindo de mãos dadas com Sienna.

Dei uma risada e desci o halfpipe sobre o skate, parando no flat e me aproximando deles.

– É que eu não queria te humilhar demais. – Dei um sorriso grande e Sienna riu.

– Vick! – Ouvi a voz de Maddy, que logo estava ao meu lado. – Coitado! Deixa de ser má!

Eu ri.

– Ah, que linda. Ela se importa comigo! – Kori riu e se aproximou de Maddy. Passei o braço ao redor da sua cintura e a puxei para mim.

– Ei, o que pensa que está fazendo? Ela é minha! – Exclamei e Maddy riu.

– Nem é possessiva... – Ela murmurou baixo e eu ri, beijando a sua bochecha.

– Então vai lá, Inglesa. Humilhe-me se for capaz.

– Isso eu faço de olhos fechados. – Dei uma piscada e Sienna e Maddy riram.

– Vamos ver.

Voltei ao halfpipe e fiz duas manobras que eu já estava habituada a fazer. Parei no flat e dei uma piscada e um sorriso para Kori, que revirou os olhos.

Voltei para o deck e me preparei; queria tentar uma manobra que havia visto um garoto fazer há algum tempo. Me impulsionei e... Droga. Senti o meu corpo rolar da transição até o flat, me deitando de costas ali e ouvindo o som do meu skate indo a algum lugar.

Fiquei alguns segundos naquela posição, para logo depois me sentar. Levei uma mão aos cabelos e olhei para o lado, vendo Maddy se aproximar de mim com uma expressão aflita.

– Está tudo bem, Vick? – Ela perguntou, ajoelhando-se ao meu lado.

– Está. – Sorri.

– Tem certeza? – Ela arqueou as sobrancelhas, olhando para o lado esquerdo do meu corpo.

Desviei o olhar para o mesmo lugar e vi uma pequena mancha vermelha na camiseta branca.

– Ah, droga. – Dei uma risada baixa, levantando a barra da blusa para analisar a pequena escoriação a meio palmo do cós da minha calça jeans.

– Isso precisa ser lavado. – Maddy murmurou, se levantando e me ajudando a fazer o mesmo.

– Não, tá tudo bem. Quando a gente for para casa eu cuido disso. – Dei de ombros.

– Claro que não! Esse chão está cheio de bactérias, vai infeccionar! – Ela exclamou, em um tom repreensivo.

– Tá bom, mãe.

Ela riu.

– Sério, vamos lá. Depois a gente volta. – Ela falou, séria.

– Ei, gente. Está tudo bem aí? – Kori perguntou.

– Está. – Eu sorri.

– Na verdade, a gente vai ter que ir para casa. – Maddy falou, colocando-se na minha frente.

– É o que ela tá dizendo. – Revirei os olhos.

– O que aconteceu?

– Nada de mais. Só um arranhão. – Dei de ombros, virando o meu corpo e levantando a blusa.

– Ai! Como você não está morrendo de dor, Tori? – Yuri perguntou e eu ri.

– Não está tão ruim assim. – Comentei, olhando novamente para a escoriação. – Já aconteceram coisas piores.

– Mas pode infeccionar, Tori. Se eu fosse você, ouvia a sua namorada e iria para casa. – Tom falou, preocupado.

– Eu não vou morrer, gente. Mas já que vocês insistem... – Dei de ombros e Maddy agarrou a minha mão.

– Vamos lá.

Revirei os olhos e soltei a mão de Maddy, andando até onde o meu skate havia parado. Peguei-o e voltei para perto dela.

– Até mais tarde, gente. – Ela sorriu e acenou.

– É, até mais tarde. – Revirei os olhos e ouvi algumas risadas.

– Até! – O grupo quase todo falou em uníssono.

– Está doendo muito? – Ela perguntou enquanto caminhávamos pela praça.

– Não está doendo, Maddy. Eu já falei. – Sorri e ela deu uma risada.

– Eu me preocupo com você, pequena. – Ela murmurou, acariciando o meu rosto. Sorri e beijei a sua mão.

– Pois não precisa, ok?

Logo chegamos ao prédio. Assim que entramos no apartamento, Maddy praticamente ordenou que eu me sentasse no sofá e tirasse a camisa xadrez e a camiseta branca enquanto ela subia as escadas do mezanino. Me encostei no sofá e aguardei.

Minutos depois, ela voltou com uma caixinha branca nas mãos.

– Ah, não! – Exclamei.

– Ah, sim. – Ela riu, sentando-se ao meu lado. – É para o seu bem!

Mordi o lábio inferior e apoiei meu cotovelo no braço do sofá, apoiando a minha cabeça na mão, enquanto Maddy tirava um quadrado de gaze da caixa e embebia-o em um líquido meio azulado.

– Ah! Isso doi! – Exclamei, vendo Maddy passar a gaze sobre o ferimento e limpar o sangue que estava ali.

– Você está parecendo uma criança, Vick. – Ela riu e eu sorri.

– Mas doi mesmo!

– Para de reclamar. – Ela revirou os olhos, sem tirar o sorriso dos lábios. – Pronto, sua chata. Acabou. Agora é só colocar um curativo.

– Ok. – Sorri.

Observei enquanto Maddy tirava mais um quadrado de gaze da caixa de primeiros socorros e prendia-o com alguns esparadrapos no local ferido. Ao terminar, ela se inclinou e depositou um beijo no canto dos meus lábios.

– Pronto.

Abri um sorriso e segurei a sua cintura com as duas mãos, puxando-a até que o seu corpo ficasse sobre o meu. Beijei-a sem demora, sentindo suas mãos deslizando pela minha cintura nua até o sutiã.

– Você não queria voltar para a praça? – Ela perguntou e eu rocei nossos lábios, fazendo desenhos com as pontas dos dedos na pele da sua cintura.

– Eu não me importo de ficar aqui. – Sussurrei e ela riu.

– Você só pensa nisso, Vick? – Perguntou, sentando-se ao meu lado no sofá.

– Não necessariamente. – Sorri. – A gente podia ficar aqui vendo um filme... ou algo assim. – Dei de ombros. – Se você quiser.

– Parece bom. – Ela sorriu e se levantou. Continuei deitada, vendo seus olhos correrem pelo meu corpo. – E você pode se vestir agora.

– Ah, claro. – Dei uma risada e me sentei no sofá, pegando a camiseta e a camisa xadrez e vestindo-as sem demora.

– Droga! – Ouvi Maddy exclamar e me levantei, indo até a cozinha.

– O que foi? – Perguntei, vendo-a diante da geladeira aberta.

– A nossa geladeira está completamente vazia. – Ela comentou e eu ri. – Eu queria fazer alguma coisa para nós hoje. – Murmurou, fazendo um pequeno bico.

– A gente pede alguma coisa. – Dei de ombros, abraçando-a por trás.

– Não. Eu vou lá no supermercado, comprar algumas coisas.

– Que ânimo. – Murmurei e ela riu. – Mas ok, eu vou com você.

– Não precisa. Pode ficar aí, eu vou lá e volto logo.

– Tem certeza? – Arqueei as sobrancelhas.

– Tenho, Vick.

– Ok. – Sorri e ela se soltou do meu abraço, andando até a sala.

Fiz o mesmo, vendo-a pegar a bolsa e as chaves sobre a mesa.

– Não demoro. – Ela sorriu e colocou uma mão na minha bochecha, pressionando os lábios nos meus.

– Estou esperando. – Sorri de volta e coloquei uma mão nas suas costas, puxando o seu corpo para o meu e beijando-a de verdade.

– Até daqui a pouco. – Ela falou e soprou-me um beijo antes de sair pela porta.

Peguei o meu celular e me sentei no sofá, mandando uma mensagem para Yuri. Liguei a TV e coloquei em um canal qualquer, onde um filme começava. Comecei a assistí-lo, me distraíndo com ele até perceber que fazia pelo menos uma hora e meia que Maddy havia saído.

Aquilo era estranho. O supermercado mais próximo não ficava a mais de vinte minutos do prédio, e até onde eu sabia, Maddy ligaria se demorasse. Mordi o lábio inferior, sentindo uma sensação estranha crescer dentro de mim. Peguei o meu celular e comecei a digitar o número do celular de Maddy, mas fui interrompida pelo toque do telefone.

Me levantei e andei até onde o aparelho sem fio estava, atendendo-o e ouvindo a voz de Robert. Ouvi suas palavras rápidas e aflitas, sentindo minha cabeça girar e as lágrimas encherem meus olhos.

– Madison?



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Notas finais do capítulo

~silêncio pra não estragar a tensão~
Esse fim ficou meio estranho, peço mil desculpas. No próximo cap teremos explicações.
Ah, sim. Pra quem não sabe, "halfpipe" é aquela pista de skate em forma de U. "deck" é a parte mais alta, "flat" a mais baixa e "transição" é a parte curvada, entre a parte mais vertical e o flat.
E vamos agradecer à linda da Gaby, ou Atenko, aqui no Nyah!, que lê a fic e escreveu as cenas yaoi desse cap.
That's it.
E quem comentou no último capítulo:
» Nathalia Mattos
» rafaaa
» Saah
» Baka Senpai
» Gabi Germanotta
» Baunilha
» HeeyEmilly
» Alice
E eu não vou mentir. Fiquei um pouco chateada e senti falta de algumas leitoras, que eu realmente espero que não tenham abandonado a fic.
É isso! Amo todas vocês
Bjoos
~Sali