That Should Be Me escrita por TahRodriguess


Capítulo 2
Nova Vizinhança - Part. 2


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora, mas além de mais fic's para cuidas, outras para ler e para fazer, eu tenho que passar o olho nessa para dar um jeito nos erros [to tentando, sério. tsc] e vamos combinar que esses capítulos não são grandinhos... enfim, aí a última parte do capítulo.
Boa leitura (;



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/222305/chapter/2


Pov's Bieber


Acordei bem feliz hoje – ironia –, não acredito que vou me mudar, eu amo esse lugar, por que teria que ir para outro? Não queria ir, mas fazer o que? Minha mãe estava tão feliz, iria ficar longe de certas confusões que está rolando por aqui com o meu pai – eles se separaram – e isso me deixava feliz também, mas e meus amigos? Minha escola?

Entrei no carro e minha mãe partiu, ela estava tão feliz que eu chagava a ficar mal por não estar tão animado com a ideia da mudança. Deitei no banco de trás do carro, coloquei meu ipod para tocar e pus os fones de ouvido numa tentativa fracassada de afastar alguns pensamentos da minha cabeça como: Como será lá? Como será a escola? Será que vou me enturmar fácil? Será? Será? E acabei dormindo a maior parte do caminho então quando menos percebi já tínhamos chegado à casa nova, ela era realmente linda, o lugar todo era, me encantei com tudo principalmente com... com a casa em frente a minha, eu pensei em dar uma volta de 360º mas parei no 180º, eu encarava aquela casa como se a minha vida nesse novo lugar fosse partir dela. Uma mulher saiu daquela casa e veio na minha direção, quando minha mãe viu se aproximou rapidamente de mim, ela veio até nós, disse que se chamava Anna e que era a nossa nova vizinha e queria que a gente almoçasse com ela e com a filha em um restaurante perto de casa, minha mãe respondeu que sim, a mulher perguntou a minha idade e eu disse que tinha 16 anos então ela falou que a sua filha tinha a mesma idade e provavelmente a gente ia se dá muito bem. Minha mãe e ela se deram super bem, conversaram sobre algumas coisas que sinceramente não prestei atenção alguma, não estava muito feliz com essa situação, mas pela minha mãe não lutei para não vir para cá.

A vizinha – Anna – cumprimentou minha mãe e a mim depois voltou para a casa.

Quando entrei na minha nova casa fui direto para o meu novo quarto, ele era enorme e bem bonito, separei uma roupa, todas as coisas já estavam no meu quarto, mas ainda tinha muita gente dentro de casa, era caixa na sala, na cozinha, nos quartos, eu nem imaginava que tínhamos tanta coisa na nossa antiga casa. Eu sentei na minha cama, que já estava montada, ao lado da roupa que joguei em cima dela, peguei o meu notebook, para ver se alguns dos meus amigos estavam On, mas como eu já imaginava, não, todos off, esperei algum tempo até que cansei, fui para perto da janela e fiquei olhando para a casa da frente, ela era perfeita e eu estava fascinado, não sei porque. Quando voltei do transe e da melancolia eu vi uma garota olhando para cá e indo em direção à casa da frente, ela era bem bonita – era o que parecia daqui –, estava com uma jaqueta preta e uma calça jeans. Deu uma última olhada para cá e entrou na casa.

– Mãe! – gritei – Acho que a filha da vizinha chegou.

– Ah sim! Vai se arrumar então, porque daqui a pouco a Anna vai ligar – oh, “a Anna” estavam intimas já.

Fui para o banheiro tomar banho na intenção de não demorar – o que eu foi em vão – mas minha cabeça estava a mil, eu estava ansioso para esse almoço, não entendo o motivo, algo me dizia que tudo ia acabar bem e que se mudar para cá não seria ruim, mas eu não conseguia acreditar. Saí do banho, coloquei a roupa que tinha separado para o almoço, calça cinza, tênis branco, camisa xadrez preta e branca, com uma camiseta branca por baixo. Ajeitei meu cabelo e pronto! Antes de descer, olhei pela janela e vi a mesma garota, vestida de preto, com uma calça jeans e um All Star, sentada enfrente a porta da casa dela, fiquei a olhando – que olhou o tempo todo para cá, mas acho que não me viu – até que a Sra. Anna saiu de casa e ela se levantou. Mesmo com um sério risco de cair, desci a escada correndo, cheguei lá em baixo ofegando, mas respirei fundo para disfarçar, minha mãe olhou para a minha cara meio “ninguém te merece” e depois abriu a porta, fui para trás dela, vi a Sra. Anna, mas nada da filha dela, minha mãe saiu e eu olhei para ver se tinha alguém e nada, ninguém além da nova amiga de minha mãe. Fiquei viajando ali até que minha mãe me chamou, um pouco decepcionado, saí de casa e fechei a porta, quando me virei, a vi, ali parada na calçada da minha casa, porque será que ela não veio até aqui? Ah! Tanto faz, eu estava feliz por ela estar ali – ainda não entendo o porquê – e aquela decepção desapareceu como num passe de mágica.

Fomos para um restaurante perto de casa, a mesa era de quatro pessoas, eu fiquei de frente para a mãe dela e ela de frente a minha. Tempos depois o pai dela apareceu, então eu tive que chega para o lado para ele sentar. Fiquei perto dela, bem próximo mesmo e aquilo me agradava de algum modo, eu não estava prestando atenção em nada que as nossas mães diziam, eu reparava nela, bem discretamente, ela encrava nossas mães ou se não o prato e isso me agoniava, esse silêncio entre nós, não falamos nada, absolutamente nada, tentei puxar assunto, ela olhou para mim, e olhou, olhou e enfim respondeu, pelo que ouvi, ela vai estudar junto comigo – YEAH! Hã? – pelo menos a escola vai ser a mesma.

Conversamos o caminho todo de volta para casa, ela era muito legal, ótima para conversar, só que tinha um problema, eu não sabia o seu nome, eu tinha que perguntar de algum modo, e rápido já estávamos chegando em casa, rápido, rápido, rápido! Já era! Já estávamos na frente da minha casa e eu, covarde como sempre, não tive coragem de perguntar. Parei em frente à porta de casa decepcionado comigo mesmo, eu não acredito que nem o nome dela eu sei, que covarde! Qual o problema de perguntar: “Qual o seu nome que eu ainda não sei?”. Quando ia botar o pé dentro de casa ouvi passos atrás de mim, passos rápidos, me virei e a vi correndo em minha direção, ela chegou perto de mim ofegando e quando conseguiu falar perguntou meu nome de um jeito como se a gente fossemos duas crianças e eu gostei disso, foi engraçado, confesso! Eu disse meu nome: “Justin Bieber” e ela o dela: “Lua Houston”, eu gostei do nome é diferente e bem bonito, como o sorriso dela – Ei! O que ta acontecendo comigo alguém me explica?

Ela foi para a casa dela e eu entrei na minha, fui direto para o quarto, sabe... adoro conversar com a minha mãe, mas dessa vez não, então nem esperei ela começar a falar, fechei a porta e corri, subi a escada o mais rápido do que desci hoje mais cedo, entrei no quarto, empurrei a porta para fechar e me joguei na cama, eu não estava entendendo, não estava me entendendo! Por que o seu nome não saia da minha cabeça? Por que eu ficava lembrando sempre do que aconteceu no almoço? Por que... LUA, LUA, LUA... aaah!

Fiquei encarando o teto durante um tempo, deixei que as perguntas viessem na minha cabeça, tantos “por que”, tantos “será”, tantos pensamentos confusos na minha cabeça, era tanta coisa que eu não aguentava mais, ainda bem que minha mãe gritou dizendo que ia sair com a mãe dela – e ela de novo – só assim para me tirar daquela hipnose – ou me colocando em outra. Resolvi pensar menos e agir mais, saí do quarto correndo, o mais rápido que eu pude, o mais rápido que eu já corri na minha vida – exagerei? – e só parei quando atravessei toda a rua, parei e respirei fundo, subi as escadas e bati na porta, ela não demorou para abrir e parecia surpresa em me ver.

– Oi – eu disse.

– Er... ãn... Oi Justin, o que você, bom er... – ela se complicou toda para falar, será que ela não me queria aqui? Será que... eu não aguentei, tive que rir, o fato dela ter se complicado toda me fez rir.

– É que minha mãe saiu com a sua... de novo, fiquei sozinho em casa e pensei em vir para cá, mas se você quiser eu vou... – eu apontei pra minha casa, e acho que ela entendeu o que eu quis dizer por que nem me deixou terminar e já me mandou entrar. Detalhe que só consegui falar quando parei de rir, o que demorou um pouco.

Parei na sala, esperando que ela “desse as ordens”, esperando ela dizer para onde a gente ia e etc. Lua passou na minha frente e parou no degrau da escada, não pude evitar e nem resistir em dar uma “conferida”, ela estava com um short meio curto – não muito – e a blusa que ela foi para o almoço comigo, ou não er... no almoço das nossa mães e que eu também estava, não er... é que... é melhor deixar pra lá! Bom ela estava bonita, parecia ter um corpo bonito, era magra, mas com corpo – entendeu? – mas o pior é que ainda escondia o rosto, eu não conseguia ver seus olhos direito, não consegui ver seu rosto direito. Ela me tirou desses pensamentos quando me chamou para ir ao quarto dela, não me movi, fiquei com medo, confuso talvez, mas resolvi subir assim que me chamou de novo, ela estava sozinha em casa, bom, agora nós estávamos sozinhos. Chegando lá ela foi para o computador e eu fiquei parado do lado da cama, olhando para o quarto, na verdade logo uma coisa me chamou a atenção e me fez esquecer o resto, eu fiquei surpreso, perguntei se ela tocava violão e ela disse sim, eu andei em direção ao violão e vi uma pasta com algumas folhas dentro, eram canções, músicas escritas por ela, porém não consegui ler nenhuma, Lua puxou a pasta da minha mão, eu pedi para que me deixasse ler, mas nem jogo emocional funcionou.

Sentei no banco que tinha perto do violão e comecei a tocar, toquei uma música minha chamada “Favorite Girl”, essa canção me trazia más lembranças sempre que eu cantava, então resolvi parar de cantar durante um bom tempo, mas algo mais forte me fez escolher ela agora. A música que eu escrevi para a garota que mais gostei na minha vida, mas que me desprezou, agora estava de volta e não me fazia sofrer mais. Terminei de tocar e a chamei para tocar também, chamei não, obriguei, ela não queria de jeito nenhum, disse que era só para humilhá-la, eu ri, da onde tirou essa ideia? Como se eu cantasse bem né? Ela acabou desistindo e foi tocar, sentei no computador para ver o que ela tanto fazia lá, quando abri o programa apareceu uma foto um par de olhos perfeitamente perfeitos, a perguntei de quem era aqueles olhos, ela disse que eram dela, duvidei até o momento que a olhei, ela tinha prendido aquela bendita franja – graças – e assim deu para olhar seu rosto melhor, muito melhor, ela não era bonita, era linda, muito linda, seus olhos castanhos claros – um pouco puxado pro escuro – tinham um brilho próprio, sua voz parecia uma melodia suave, seu rosto, pequeno e tão delicado, sua boca carnuda... ela me encantava, me hipnotizava legal, cantava perfeitamente bem e tocava milhões de vezes melhor do que eu e as suas músicas – ela tocava uma música que eu não conhecia, suponho que seja dela – são muito boas, não tem palavras para descrever muito bem, eu estava perdido, desnorteado, me desliguei legal do mundo e de tudo na minha volta nesse momento.

Lua tocou a nota final, eu perguntei se a música era dela e sim, era. Ela olhava para mim, mas eu só conseguia olhar nos seus olhos, eles me fascinavam, eu estava sentindo uma coisa tão estranha e diferente dentro de mim e que nesse momento me fazia tão bem. Ela gritou meu nome, só aí acordei – eu acho –, pedi desculpas, mas não adiantou muito, ainda olhava naqueles olhos. Disse a ela que eles eram lindos e que não entendia o motivo dela os esconderem e ela respondeu algo baixo de mais para que eu entendesse, continuei a “encarando”, ela disse que já estava dando medo – eu? Isso é possível? – mas não conseguia evitar, seus olhos prendiam toda a minha atenção! Eu pedi desculpa e tentei me explica, mas acabou que a gente riu um pouco e ela foi tirar a blusa de baixo – a de manga comprida – no banheiro, quando voltou, li, em voz alta, o seu texto, o que ela acabara de escrever no blog – muito movimentado e frequentado –, um texto bonito, essa garota realmente leva jeito para cantar, tocar e escrever, além disso, faz tudo o que eu mais amo, até andar de skate, na verdade, ela disse que só se “equilibra” porque um amigo não a quis ensinar a andar, para falar mais verdade ainda, ela não disse que era amigo dela, não de cara, fiquei um pouco de medo – credo, eu ainda não acredito que eu fiquei – assim que veio a ideia – foi a primeira ideia – que ele podia ser o namorado dela, mas logo ela explicou e disse que era o melhor amigo na escola e nada mas. Eu disse que a ensinaria, então, a andar de Skate, ela ficou surpresa quando me propus a ensiná-la, mas riu quando a perguntei se ela achava se era a única multifuncional ali. Lua foi carregar o postar no blog e aproveitou para colocar algumas músicas para tocar, de repente ela começou a cantar, voltei a me hipnotizar, por aquela voz perfeita, quando ela gritou “bad” na minha direção, eu só consegui dar um sorriso, estava completamente perdido em seus olhos.

– Eu já disse que isso me dá medo.

– Ah! Desculpa, sério, mas você canta muito bem.

– Olha quem ta falando – ela se virou para a tela do computador.

– É sério, ninguém nunca te disse isso?

– Só minha mãe, mas você sabe como são as mães, não dá para confiar no que elas falam.

– É realmente, elas falam tudo para nos agradar. Já que ninguém te disse isso eu te digo: – me levantei, girei a cadeira dela na direção da cama e sentei de novo – você canta muito bem!

– Digo o mesmo para você e valeu!

– Não canto tão bem assim – eu a olhei nos olhos, de novo – não como você.

– Sem comparação, eu canto muito melhor do que você, claro! – ela me disse num tom de brincadeira, mas se percebi bem, estava um pouco nervosa, talvez com o modo como eu a olhava, mas não consigo resistir.

– Ainda bem que você sabe – retornamos a rir.

Ficamos ali a tarde toda, era divertido conversar com ela, nessa hora do dia, nós estávamos sentados na cama, um perto do outro, conversando e rindo muito, falando sobre as nossas vidas, eu a contei como era a minha vida na outra cidade e ela me contava como é a vida dela aqui em Stratford, mas eu senti que me escondia algo, resolvi não falar nada, talvez ela não tivesse confiança em mim o suficiente, afinal nos conhecemos há apenas um dia. Nossas mães demoraram muito para chegar, acabamos jantando lá, foi tudo muito divertido, rimos o tempo inteiro. Fui embora um pouco triste pelo dia ter acabado, mas feliz porque tinha sido muito bom, não foi aquele pesadelo e nem nada do que eu estava preocupado, as perguntas que me atormentavam já tinham ido embora há tempo, agora eu sabia que a escola não seria uma porcaria total, porque agora eu tinha a Lua e eu sentia – não sei por que – que ela não me abandonaria, nem me deixaria sozinho.

Troquei de roupa e fui dormir, bom, fui tentar dormir, fiquei pensando nela durante um bom tempo, eu estava bem curioso e animado por causa de amanhã, primeiro dia de aula, eu me sentia como uma criança que ia para o seu primeiro dia de aula, um garotinho pequeno que nunca tinha ido para a escola na vida, eu estava feliz, sim, e de verdade. Sem perceber acabei adormecendo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então né, desculpa qualquer erro e acho que ficou algumas repetitivas .hm
Enfim, quero os meu reviews ok? Até o próximo post!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "That Should Be Me" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.