De Volturi A Cullen. Kassandra Volturi. escrita por AnaCarolCD


Capítulo 7
Último Dia Em Volterra


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura *-*



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Eu fui caçar.

Eu tinha o costume de caçar fora de Volterra, mas hoje não conseguiria já fazia duas semanas que eu não caçava.

Algumas pessoas passeavam pela cidade. Hoje era feriado. Dia de São Marcus.

Eu sentia o cheiro do sangue de cada um ali.

O pior é que estava calor. Ou seja, os seus cheiros ficavam ainda mais fortes.

E eu estava pensando seriamente em puxar alguém para algum canto e bebê-lo.

Eu continuei andando sem realmente achar alguém para beber.

Eu não conseguia mais ver as pessoas como caça. Eu simplesmente ficava com dó. Era por isso que eu não caçava a algumas semanas...

Fui em direção a saída da cidade, mas acabei passando por alguns homens que abusadamente gritavam coisas obscenas para mim.

Eles começaram a me seguir. A rua que eu estava era mais deserta que a biblioteca do castelo.

Os quatro homens ficavam gritando para eu parar, que eles queriam conversar.

Eu não precisava ficar com medo. Era isso que eu repetia para mim mesma. Mas não adiantava.

A coisa que eu mais sentia ali era medo.

Eu não devia ter negado que Alec viesse comigo. Ao menos esses manés teriam me deixado em paz.

Parei, e me virei para encará-los.

Um dos homens me olhou sorrindo.

-Ai. Resolveu nos esperar, florzinha? –Ele falou sorrindo maliciosamente.

-Acho que ela gostou do que falamos... –O outro falou no mesmo tom.

Eu continuei olhando para eles com um sorriso falso, estampado no rosto.

-O que faz a essa hora sozinha, gatinha? –O primeiro homem perguntou mais próximo.

-Vou me alimentar! –Respondi indo na sua direção.

-Uhu. Quer comer conosco? –Um dos homens que ainda não tinha falado resolveu se comunicar.

-Prefiro me alimentar de vocês. –Falei isso e pulei no pescoço do primeiro homem, o drenando rapidamente.

Os outros três ficaram me encarando.

Pulei no outro, e repeti o ato nos outros dois. Um deles correu em direção a um beco, eu o segui.

Seu cheiro vinha mais forte na minha direção enquanto ele corria.

Corri mais rápido em sua direção.

Minha sede estava cada vez mais forte. Apesar de ter acabado drenar três homens grandes, eu ainda estava com sede.

Eu o alcancei rapidamente.

-O QUE É VOCÊ? ME DESCULPE. NÓS NÃO QUERIAMOS FAZER NADA. –O homem gritava igual a um louco.

Por que os humanos eram tão escandalosos?

Eu bufei, tinha perdido a vontade, mas não podia deixar um humano saber que existiam vampiros, e mesmo assim deixá-lo vivo...

Prendi sua cabeça no meu braço, empurrando-a para o lado oposto do seu pescoço.

Suguei seu doce sangue, com o homem ainda gritando.

Limpei minha boca na sua camisa, e o joguei para o canto, saindo dali.

Agora o sangue das pessoas não me chamava mais atenção. Isso significava que eu tinha matado, literalmente, minha sede.

Fiquei andando pela cidade. Eu já estava enjoada dali, e eu não agüentava mais Aro querendo me usar na guarda.

Minha relação com Alec estava complicada.

Jane ficava me perturbando, e tentando manter Alec longe de mim.

Um dia Alec estava lendo um livro comigo na biblioteca, nós estávamos lendo Hamlet quando Jane entrou na biblioteca.

Flashback on

-Alec. Eu queria conversar com você. –Jane falou ao chegar perto de nós.

-O que foi Jane? –Alec perguntou de mau humor. Parecia saber o que estava por vir.

-Eu quero falar com você. –Ela falou isso e começou a sair da biblioteca.

Jane agia como se eu não existisse. Era bom. E ruim.

Bom, por que, muitas vezes que eu estava no salão principal ela sempre ficava ignorando qualquer coisa que eu fizesse. Ou falasse.

E ruim, pois, muitas vezes, quando eu estava com o Alec, ela fingia que eu não existia e falava mal de mim, na minha frente. E na maior cara de pau.

Aquela loirinha me irritava.

Alec bufou do meu lado.

-Amore mio, eu já volto. –Ele falou isso e saiu na velocidade vampiresca dele.

-Por que ela sempre faz isso? –Perguntei pra mim mesma.

Depois de alguns segundos me levantei e fui para perto da porta.

Não foi minha intenção, mas eu ouvi.

-Perché non fare questo? Già mia sorella. C’è bisogno di farequalcosa di stupido. Ti amo. Mas tu sei mia sorella. E Vicenza, la mia ragazza.* –Alec falava, nervoso, e alto o suficiente para eu ouvir do outro lado da porta.

Alec falava em italiano todas as vezes que estava bravo.

Ficou um silencio estranho.

-Já chega Jane. Eu não entendo todo esse seu ciúme bobo. –Alec falou agora mais calmo e mais baixo.

-Eu não quero que você fique com ela. Você é meu irmão. E eu tenho ciúme, pois você passa mais tempo com ela do que comigo. –Jane parecia estar chorando?

Eu estava curiosa para saber o que iria acontecer, mas ao mesmo tempo eu me sentia culpada, pois depois de tudo que Jane tinha passado, eu a separei de seu irmão.

Voltei a me sentar.

Peguei o livro que nós estávamos lendo antes, mas não conseguia pensar em nada. Nem ler nada. Só ficava me lembrando de como é que não ter família...

-Hey. Você está bem? –Ouvi Alec falando comigo.

Eu o olhei, confusa.

Há quanto tempo ele estava ali, parado, me encarando assustado.

-Estou sim. –Falei secando as lagrimas que notei que estavam caindo.

-Então por que está chorando?

-Estava me lembrando de umas coisas. –Falei dando de ombros. Como se fosse uma desculpa.

-O que exatamente? –Ele insistiu. Se sentando do meu lado.

-Minha família. Minha mãe, na verdade.

Flashback off

Eu acho que minha vida com os Volturi não estava exatamente muito boa.

Voltei para Volterra ainda com algumas coisas me incomodando.

Quando entrei no corredor principal, ouvi gritos vindos do salão principal.

Corri até lá.

Quando cheguei perto fui atingida pelo cheiro de sangue.

Abri a grande porta, e vi todos ali com pessoas já flácidas em seus braços. Homens. Mulheres. Crianças...

Como Aro podia fazer aquilo com crianças?

Alec também estava ali, com uma mulher loira em seus braços, ela estava se debatendo.

Desviei meu olhar para longe daquilo.

Em um canto, longe de todos, tinha uma menininha. De uns quatro anos, olhando assustada. Gritando pela sua mãe. Corri até ela, pegando-a no colo.

-Quem é a sua mãe? –Perguntei para a pequena.

Ela me olhava com os olhos cheios de lágrimas, medo e dor.

-Calma pequena. Eu não vou te machucar. Agora me fale quem é a sua mãe! –Falei o mais calmamente que pude.

Ela apontou para uma mulher que estava caída perto de Aro.

Corri até ela para ver se ainda estava viva. Tampei os olhos da pequena garotinha que estava comigo.

A mulher não estava viva. E sua expressão era de horror.

Corri para fora do salão. Indo em direção ao meu quarto.

Abri a porta, entrei e a tranquei novamente.

A menininha soluçava por causa do choro.

Eu a abracei tentando mantê-la calma. Mas ela não parava de chorar.

-Por favor. Pare de chorar. Eu não vou fazer mal nenhum a você.

-Eu quero a minha mãe. –Ela falou pela primeira vez.

-Eu sei, mas não acho que vá encontrá-la novamente. Mas posso encontrar uma nova mãe para você. Se quiser posso procurar uma agora. –Falei sorrindo, um pouco forçado, mas ela retribuiu o sorriso.

Seus pequenos olhinhos azuis olharam para trás de mim.

Eu segui seu olhar e vi que ela estava olhando a comida que estava na minha mesa.

-Você quer comida? –Perguntei a levando até a mesa.

Ela balançou a cabeça confirmando.

-O que você quer comer? Aqui tem pão, frutas, salame, queijo, presunto, suco, mais frutas, água... –Falei apontando para cada uma das coisas.

-Pão. Com queijo e salame. E suco. –Ela apontou os ingredientes.

-Tudo bem.

A coloquei na minha cama e voltei para fazer seu sanduiche.

Quando levei o sanduiche para ela, a pequena estava bocejando.

-Você esta com sono? –Perguntei a entregando o pão.

-Sim. Obrigada.

-Você é muito educada. E inteligente.

Ela sorriu e suas bochechinhas ficaram mais rosadas do que já eram.

-Qual seu nome? –Perguntei me sentando ao seu lado.

-Lissie... E o... Seu? –Ela perguntou com a boca cheia.

-Vicenza. Quantos anos você tem?

-Eu tenho cinco anos. Seu nome é bonito, mas Kassandra combina mais.

-Kassandra?

-Esse é o nome da minha mãe. –Ela sorriu tristemente.

Eu a olhei surpresa.

-Pode me chamar de Kassandra se quiser. –Eu sorri para Lissie.

Ela comeu todo o sanduiche, e dormiu.

Agora eu tinha que falar com Aro. Aquilo não era jeito de tratar os humanos.

-Aro! –Chamei ao entrar no salão.

-Sim, filha? –Ele perguntou se levantando do trono.

-Como vocês podem tratar os humanos com tanta frieza? E as crianças? Por que não se alimentam de um jeito mais discreto e longe das crianças? –Falei chegando perto dele.

-Vicenza, minha filha. –Ele falou vindo na minha direção, com a intenção de encostar em mim.

Eu morava aqui a 30 e tantos anos, e Aro nunca encostou em mim, não para ler meus pensamentos.

-Eu acho que não precisamos tratá-los com um cuidado desnecessário. Nenhum pode fugir daqui. E as crianças... Bom... Elas tem o melhor buquê, e o melhor gosto de todos. Aro continuou.

-Não acho que você queira que cuidemos de crianças. –Caius falou irritadiço.

-Não precisa cuidar. Apenas deixe-os viver. –Falei também irritada.

-Pra que? Para o mundo ficar mais infectado com esses seres insignificantes? –Caius continuou.

-Seres insignificantes que vocês se alimentam.

Bufei já decidida do que iria fazer.

Voltei para meu quarto.

Lissie continuava a dormir.

Comecei a guardar todas as minhas coisas. Tudo dentro da minha mochila.

Coloquei as comidas dentro de outra bolsa que eu tinha comprado a pouco tempo, e me sentei ao lado de Lissie.

O que faria com essa baixinha?

Para onde levaria ela?

O que fazer com Lissie?


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Notas finais do capítulo

*-Porque não para de fazer isso? Você já é minha irmã. Não precisa ficar fazendo idiotices. Eu amo você. Mas você é minha irmã. E a Vicenza, minha namorada.
E esse foi mais um capítulo.
Espero que tenham gostado.
Eu to tipo super feliz.
Hoje é meu aniversario de 16 anos...
Spoiler:
"-Mas... Você não pode... Se você falar com Aro talvez ele mude. Você não pode ir embora daqui. Eu não vou deixar. Alec falou alto e segurando meu braço forte de mais.
-Alec, me solte. Está me machucando. Falei igualmente alto.
Ele olhou para suas mãos segurando meus braços, e me soltou."
"Aproveitei nosso ultimo beijo o máximo que pude.
Mas não podia demorar de mais, pois ainda queria sair de Volterra.
Peguei Lissie dos seus braços, depois de pegar minha mochila e a bolsa.
-Eu vou sentir sua falta. Alec falou me dando um beijo na testa.
-Eu também. Dei um beijo na bochecha dele.
Alec saiu na minha frente, pois iria ver se tinha alguém no caminho.
Fui logo atrás."
"Eu queria um quarto para mim, e minha irmã.
-Ah. Claro. Vou pegar a chave, e vou ajudá-la a levar essa menininha para o quarto. O senhorzinho falou voltando para o balcão. Quanto tempo pretende ficar aqui? Ele perguntou pegando a minha mochila."
Até a próxima semana.
P.S: Vou começar a postar uma short fic acho que semana que vem. XOXO



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