De Volturi A Cullen. Kassandra Volturi. escrita por AnaCarolCD


Capítulo 6
Minha Mãe Foi Amiga Da Sulpicia?


Notas iniciais do capítulo

Antes de qualquer outra coisa. Perdão pela demora. Estava de castigo. Como sempre alias. Mas voltando para a historia. Esse capitulo é dedicado a Iara Ribeiro, que me metralhou de perguntas, me fazendo criar uma explicação melhor para como aconteceu as coisas com a Constance. Espero que tenham uma boa leitura, e até lá em baixo.



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-Relação? Vocês eram amigas? –Perguntei.

-Bom. Não sei se posso falar que sim. Pois eu apenas a ajudei. Mas talvez fossemos sim. –Ela começou a contar, olhando para o vazio. –Quando Aro, e seus irmãos resolveram fazer um “abrigo anti-bombas”, o objetivo era tentar achar algum humano que talvez tivesse algum dom. Carlisle Cullen estava aqui para quando eles transformassem a pessoa, para que ela sobrevivesse.

“Naquele dia, em que sua mãe ficou grávida de você, eu tinha discutido com Aro. E ele chamou três humanas para irem “falar” com ele. As duas primeiras não sobreviveram então ele resolveu chamar uma mulher do quarto que eram das “vitimas”. Pessoas que para ele não teriam nada de interessante para oferecê-lo.

“Sua mãe sobreviveu, mas acabou ficando grávida de você. Quando descobri que ela estava grávida comecei a cuidar dela. Ela era uma mulher forte, mas você começou a machucá-la de mais. Então eu e Carlisle resolvemos levá-la para um quarto separado das outras mulheres. Ela dizia estar com sede. E quando dávamos água, ela vomitava, dávamos comida, ela também vomitava. E então Carlisle tentou uma coisa diferente. Uma coisa contra sua ética.

“Ele matou uma das mulheres, e tirou todo seu sangue. Quando Constance bebeu aquele sangue, ela parecia mais forte, e tinha ganhado mais cor. Nós dois começamos a alimentá-la assim. Durante sua gestação ela bebeu de 30 humanos. Eu cuidava da sua mãe, pois sempre quis ter um filho, mas nunca tive. Então eu vi ali, uma chance de ter um bebê. Mesmo não sendo meu. Quando você estava prestes a nascer, Carlisle achou que nunca conseguiria amenizar as dores dela. Mas em toda a Itália estava tendo um tipo de “epidemia” de drogados. Carlisle tentou dar o sangue de um deles para ela, e ela pareceu amenizar a dor.

“Então um pouco antes do seu parto, ele lhe deu mais sangue de drogados, e bêbados. Ela não acordou durante todo o parto. Eu até podia achar que ela estava morta, mas ainda ouvia seu coração bater. Depois que você nasceu, continuamos a dar sangue para ela. Para ela poder voltar a ter força. Aquilo funcionou, mas Aro ainda esperava que ela morresse para que você ficasse conosco.

“Se passou alguns meses e Aro estava cansado de esperar que ela morresse, então resolveu matá-la. Eu não podia deixar isso acontecer. Eu via a ligação entre vocês duas. Era um amor muito mais forte que qualquer outro. Então resolvi deixar a guarda ocupada. Comecei a transformar recém-criados loucamente. E assim a guarda ficou ocupada. Mas por pouco tempo. Logo, eles já tinham eliminado todos. Então falei com Aro. Pra que eles criassem um feriado. Um festival, que também acabou deixando todos ocupados.

“Primeiro, Aro, Marcus e Caius discutiram de quem seria o nome do feriado. Acabou virando o “Dia de São Marcus”. Depois, Aro fez toda a guarda organizar o que ele pretendia que fosse um grande evento. Todos estavam ocupados. Um dia que eu estava vendo as roupas para sua mãe fugir, ela só tinha roupas em tons de vermelho. Então fui falar com Aro. Sugeri que as pessoas usassem roupa vermelha. Como um simbolismo de que seu sangue, vermelho, continuaria em seus corpos. – Sulpicia deu um sorriso, parecendo satisfeita. – No dia coloquei aquelas roupas vermelhas em sua mãe, e consegui que ela fugisse de Volterra. Aro até tentou ir atrás de vocês, mas eu fui mais inteligente, e fiz com que sua mãe fosse morar em Londres.

Ela suspirou pesadamente. Parecendo cansada.

Ficamos em silencio.

Eu assimilando toda aquela historia, e ela parecendo aliviada.

Então era graças a ela e o tal Carlisle que minha mãe sobreviveu ao parto? Que sobreviveu no meio de tantos vampiros? E eu achando...

-Mas me fala uma coisa? –Ela perguntou me tirando dos pensamentos. –Como você se conteve todo esse tempo? Como conseguiu não morder sua mãe? Ela um cheiro que fazia até Carlisle ficar com sede...

-Bom, acho que o amor que eu sentia por ela era maior que qualquer coisa... Afinal, ela é a minha mãe. –Eu sorri me lembrando de cada momento bom.

Voltamos a ficar em silêncio.

-Quem é esse tal de Carlisle Cullen? –Perguntei curiosa para saber quem tinha sido o outro vampiro que salvou a minha mãe.

-Carlisle? –Ela me olhou surpresa, sei lá por que. –Ele é um dos vampiros mais sábios que conheço. Todos os Cullen são vegetarianos. Ou seja, eles se alimentam de animais... –Ela fez uma careta e deu risada. –Uma vez, tentei, mas arhg. É muito nojento.

-E quantos Cullen são? –Perguntei ainda curiosa.

-São cinco. –Ela falou depois de pensar um pouco. –Carlisle, e sua esposa Esme. Rosalie, e seu namorado Emmet. E Edward. Eles são como uma família. Não como um clã.

-Eles têm dons?

-A sim. Edward é leitor de mentes. Como Aro. Mas não precisa tocar. Ele é um dos vampiros mais cobiçados por Aro. –Ela explicou.

-Ah! Só ele?

-Sim... –Ela me olhou desconfiada. –Você está bem curiosa não é?

Eu sorri e assenti.

Nós voltamos a ficar em silencio, e acho que ninguém iria falar mais nada.

Voltei a ler meu livro de astronomia.

Sulpicia saiu dali se despedindo com um sorriso, e um “boa noite”.

Eu a devolvi o “boa noite”, e continuei a ler.

Passei mais um dia aprendendo astronomia.

Quando já estava cansada, voltei para o meu quarto.

Encontrei Alec no meio do caminho.

-Oi, minha amada. –Ele falou ao me ver no corredor.

-Oi, Alec. –Sorri um tanto quanto constrangida.

-O que esteve fazendo nos últimos quatro dias? Você desapareceu. –Ele falou num tom preocupado, vindo me abraçar.

-Eu estava estudando na biblioteca. –Expliquei sorrindo, e o abraçando também.

-Eu ficava lá... Antes de enjoar de ler. Mas ainda gosto de ler Romeu & Julieta. Um fim trágico para o casal. Mas ao menos as famílias se dão bem no final.

-Eu nunca li... Mas vou procurar por lá.

-Ah, não. Aqui não tem. Mas eu posso te emprestar o meu. –Ele sorriu, e me puxou para o lado oposto. –Está no meu quarto.

-Tudo bem.

Nós andamos pelos longos corredores. E chegamos a uma porta de um verde escuro.

Alec abriu a porta, e me puxou para dentro, fechando a porta atrás de mim.

Ele foi até uma pequena cômoda que tinha ali, abriu a gaveta, e pegou um livro, com uma capa preta, e apenas quatro palavras: Romeu & Julieta. Willian Shakespeare.

-Aqui está. Como eu disse, é o meu favorito. E pode ficar com ele quanto tempo quiser. Acho que ele pode fazer você se lembrar de mim. –Ele falou e me entregou o livro.

-Obrigada, Alec. E eu nunca vou esquecer você. –Eu o beijei.

Nós ficamos assim, por algum tempo. Abraçados, conversando sobre livros, entre outras coisas.

Alec citava partes de Romeu & Julieta em todos os momentos.

Eu li o livro em apenas 7 horas.

Agora, depois de ser uma expert em astronomia, eu podia nomear cada uma das constelações que via da janela do meu quarto.

Dia 20 de Abril de 1972

Eu já não agüentava mais viver na chatice.

Eu tinha parado de crescer em 1948, quando eu aparentava ter 18 anos.

Já estava morando com os Volturi a mais de 30 anos.

Até chegar meu último dia em Volterra.


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Notas finais do capítulo

Oi de novo! E ai? O que acharam? Gente, sei que tem alguém lendo, e eu adoraria que os leitores fantasmas se revelassem. Acho muito chato não saber a opinião de vocês.
Ai vai mais um Spoiler:
"Depois de alguns segundos me levantei e fui para perto da porta.
Não foi minha intenção, mas eu ouvi.
-Perché non fare questo? Già mia sorella. Cè bisogno di farequalcosa di stupido. Ti amo. Mas tu sei mia sorella. E Vicenza, la mia ragazza.* Alec falava, nervoso, e alto o suficiente para eu ouvir do outro lado da porta.
Alec falava em italiano todas as vezes que estava bravo.
Ficou um silencio estranho.
-Já chega Jane. Eu não entendo todo esse seu ciúme bobo. Alec falou agora mais calmo e mais baixo."
"Abri a grande porta, e vi todos ali com pessoas já flácidas em seus braços. Homens. Mulheres. Crianças...
Como Aro podia fazer aquilo com crianças?
Alec também estava ali, com uma mulher loira em seus braços, ela estava se debatendo.
Desviei meu olhar para longe daquilo.
Em um canto, longe de todos, tinha uma menininha. De uns quatro anos, olhando assustada. Gritando pela sua mãe. Corri até ela, pegando-a no colo.
-Quem é a sua mãe? Perguntei para a pequena.
Ela me olhava com os olhos cheios de lágrimas, medo e dor."
"Ela sorriu e suas bochechinhas ficaram mais rosadas do que já eram.
-Qual seu nome? Perguntei me sentando ao seu lado.
-Lissie... E o... Seu? Ela perguntou com a boca cheia.
-Vicenza. Quantos anos você tem?"
Posso adiantar mais uma coisa. Ela vai ter uma pequena discução com os Volturi.
Espero que deixem reviews, e leitores fantasminhas se revelem.



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