O Irmão Gêmeo escrita por VeronicaFerCard


Capítulo 9
Capítulo 9




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“Ainda tenho que terminar aqui.” Disse Arthur, guardando o celular no bolso.

“Ok, hm, Eu posso ajudar. Aqui, passe me a lista.” Arthur se perguntou se algum dia ele entenderia por que ele não era capaz de negar os pedidos de Merlin. Ele deu a lista a ele.

“Tudo bem. Qual é próximo?”

“Tomates?” Ele perguntou, mostrando a lista para Arthur.

“O que? Você não entende minha letra?”

“Não, é só que... Você não tem cara de quem compra coisas frescas.”

“Por que não? Eu gosto de cozinhar. Além do mais, eu já passei da época em que minha comida vinha em caixas.” Ele apontou para a lasanha de Merlin.

Merlin deu de ombros.

“É barato, é rápido. Qual é o problema?”

“O gosto.”

“Você é esnobe.” Ele sorriu e adicionou. “E velho.”

Arthur riu. “Velho? Eu tenho 28 anos! Como isso é velho?”

“Eu tenho 21. É bem velho para mim.”

“Oh, cale a boca Merlin.”

Ambos riram. Então Merlin ficou sério.

“Hey, escuta. Sobre ontem. Eu não deveria ter dito aquelas coisas para você.  Eu queria poder por a culpa no álcool, mas você me viu vomitando, e ai eu me alimentei então eu fiquei mais sobreo.” Merlin deve ter reparado na cara que Arthur estava fazendo porque ele parou de falar. “O que?”

“Você está fazendo de novo!”

“Fazendo o que?”

“Falando como se você tivesse algum limite. Respire!”

Merlin ficou vermelho. Ele olhou para seus tênis.

“Desculpe. Eu, eu acho que você me deixa nervoso.” Ele arriscou uma olhada para Arthur.

“Por quê?” Perguntou Arthur com a voz rouca e baixa.

“Não sei.” Merlin respondeu olhando-o nos olhos, ele ainda estava rubro e as pontas de suas orelhas estavam rosadas.

Eles ficaram se encarando, no meio da seção de hortifrúti por um longo tempo até que o alto-falante acima de suas cabeças começou a anunciar as ofertas do dia.

Arthur pigarreou. “Hm. Eu acho que isso é tudo.”

Merlin olhou para o carrinho cheio.

“Você vai alimentar um exército, ou algo assim?”

“Faz muito tempo que estou longe de casa.”

Eles foram para os caixas, por sorte havia um vazio. O dia de Arthur estava começando a melhorar. Ele deixou Merlin ir primeiro já que ele só tinha um item.

“Você vai fazer alguma coisa hoje à noite?” Merlin perguntou enquanto pagava sua lasanha.

“Hm, eu estava pensando em limpar minha casa e colocar minhas coisas no lugar. Não sei quanto tempo isso vai levar.”

“Oh, meu Deus, Arthur!” Merlin exclamou colocando as mãos no bolso de seu moletom e inclinando o corpo para trás. “Não seja tão velho. É sábado!”

Arthur achou adorável a maneira com que Merlin pronunciava ‘velho’ com seu sotaque irlandês.

“Por que você se importa tanto? Você tem grandes planos ou algo assim?”

“Não grande, mas bem mais divertido que fazer faxina. Meus amigos e eu costumamos ir a esse bar perto do campus aos sábados para beber e jogar sinuca. Quer vir?”

“Hm, eu me sentiria deslocado. Eu não conheço seus amigos. Eu mal conheço você!” Ele respondeu, colocando suas compras em sacolas.

“Então, eis aqui sua chance! Vamos lá, Arthur. Eu gosto de você, eu acho que se dermos uma chance nós provavelmente nos daríamos bem.”

Arthur terminou de empacotar, ele pagou suas compras e se virou para Merlin.

“Tem certeza?” Por alguma razão que ele não sabia explicar Arthur precisava saber se Merlin  estava realmente falando sério.

“Claro!” Ele respondeu com um grande sorriso.

“Esta bem. Mas só porque eu tenho que ver você jogando sinuca. Por alguma razão eu tenho certeza que você é péssimo.”

“Espere para ver. Você não conhece meus talentos Arthur...” Ele parou abruptamente. “Ei, eu não sei seu sobrenome!”

“Pendragon.” Arthur disse sem prestar muita atenção enquanto procurava por seu carro.

“Pendragon? Como a empresa?”

“É, como a empresa.” Arthur contou mentalmente para ver quanto tempo Merlin levaria para juntar as peças.

Ele estava no número cinco quando Merlin disse.

“Você é o dono, não é?”

Arthur fez que sim com a cabeça, eles chegaram até o carro e ele começou a colocar as compras no porta-malas.

“Puta que pariu! Você é rico!”

“Incomoda você?” Arthur perguntou, ele estava com a cabeça dentro do carro, tentando organizar as sacolas. “Passe as sacolar, por favor.”

Merlin começou a passar as sacolas para ele.

“Não. Não tem problema. É só uma surpresa.”

“Eu achei que você soubesse. Você é amigo do Lancelot.” Ele terminou, fechou o porta-malas  e se virou para Merlin.

“Não. Tudo que ele disse é que você tinha dinheiro. Muito. Mas eu não pensei que fosse tudo isso!” Eles ficaram em silencio por alguns segundos e então Merlin gritou, assustando Arthur. “Oh meu Deus! Seu pai morreu!”

“Sim Merlin. Eu contei a você.” Arthur rolou os olhos.

“Sim, mas seu pai é Uther Pendragon. Estava nos jornais.”

“Você é incrível, Merlin Emrys!” Ele riu e balançou a cabeça. “Vamos, eu te dou uma carona.”

“E como você sabe que eu não tenho um carro?” Merlin provocou.

“Você tem?” Arthur perguntou enquanto abria a porta do motorista.

“Você sabe o endereço.” Merlin disse enquanto entrava no carro.

Arthur riu. “Diga-me a que horas eu tenho que te buscar hoje à noite.”

“Idiota.”

Eles saíram do supermercado e Arthur tomou o caminho para o apartamento de Merlin. Novamente, ele admitiu para si mesmo que Merlin tinha razão. Eles se dariam bem se quisessem. Mas enquanto Merlin explicava seus planos para a noite, Arthur se perguntou em que jeito ele queria ‘se dar bem’ com Merlin.

oOo

“Então você tem um encontro?”

“Não é um encontro!”

Arthur chegou em casa e ligou para Leon, para pedir o telefone de um diarista. Ele teria ligado para sua irmã, mas ele queria conversar com seu melhor amigo.  Vinte minutos depois Leon apareceu em sua porta. Nesse meio tempo Arthur havia ligado para a diarista e pedido para ela ir até seu apartamento na segunda. Agora eles estavam tomando chá na cozinha de Arthur.

“Ele disse que seus amigos estarão lá. Definitivamente não é um encontro.” Arthur repetiu, tomando outro gole de seu chá.

“Se você diz. Mas escuta, por que o interesse repentino? Ele mal te conhece. Tem algo ai. Eu acho que ele está afim de você.”

Arthur não sabia como responder àquilo. Ele não iria admitir, mas também havia pensado nessa possibilidade.

“Hm, Arthur?”

“O que?” Ele tirou os olhos da xícara para olhar para Leon.

“Você disse que ele amigo do Lancelot?”

“Sim, e dai?”

“E você disse que ele te chamou para sair com seus amigos...”

“Oh, merda.” Arthur disse ao entender o que Leon quis dizer. “Você acha?” Leon deu de ombros.  “Eu deveria ligar e perguntar? Seria estranho?”

“Eu não sei, cara. Definitivamente seria estranho encontrar com o Du Lac.” Ele terminou seu chá e se levantou para por a xícara na pia.

“Sabe de uma coisa? Por que você não vem comigo? Desse jeito eu iria conhecer mais alguém lá além do Merlin, e não me sentiria tão por fora.”

“E arruinar seu encontro? Nah! Eu passo!” Arthur lançou um olhar assassino para Leon e ele levantou as mãos em defesa. “Não é um encontro. Entendido. Não é um encontro. Mas sério, eu não posso. Eu tenho planos com sua irmã. Nós estamos tentando engravida-la, sabe.”

“Obrigado, Leon. Isso era tudo que eu precisava. Saber que você e Morgana vão transar hoje à noite. Thanks very fucking much.”*

“Esse é o plano.” Disse Leon com um sorriso sacana.

“Oh, que nojo.”

Leon riu.

“Enfim, você vai voltar na segunda, certo? Morgana te contou sobre o tio de vocês. O que você vai fazer?”

“Sim, eu vou. E sobre Agravaine... Não é como se eu pudesse demiti-lo por ser um idiota.”

“Tenho certeza que ele só estava agindo daquele jeito porque você não estava por perto. Ele vai se comportar agora.”

“Ele vai fingir.” Arthur suspirou. “Parentes.” Ele pressionou a parte de dentro de seus olhos, já sentindo a dor de cabeça se formando pela simples menção daquele nome.

Leon olhou seu relógio.

“Eu tenho que ir. Não quero te atrasar para seu enc. Deixa pra lá. Vejo você segunda, Arthur.”

Arthur acompanhou-o até a porta.

“Até lá.”

oOo

Era sete e meia da noite em ponto quando Arthur apareceu à porta de Merlin. Ele não estava pronto.

“Só um minuto!” Ele disse enquanto abria a porta, imediatamente virando as costas para Arthur. Merlin estava apenas com uma toalha enrolada em sua cintura. Arthur olhou para a pele branca de suas costas e as gostas de água que desciam de seus ombros. Ele ficou encarando até que Merlin desapareceu por uma porta que Arthur suspeitou ser o seu quarto.

“Sem pressa.” Arthur disse com a voz mais elevada para que Merlin pudesse ouvi-lo de onde ele estava.

“Desculpe. Eu dormi a tarde toda. Não dormi bem a noite passada”. Merlin gritou em resposta.

Então Arthur lembrou-se da conversa com Leon e um pensamento lhe ocorreu.

“Merlin? Você convidou o Lancelot?”

“Eu não convidei ninguém além de você.” O coração de Arthur bateu mais forte ao ouvir aquilo, mas Merlin esmagou qualquer esperança que estivesse ameaçando surgir na cabeça de Arthur com o que ele disse em seguida. “Nós sempre vamos lá, lembra. Eu te contei. Nós somos amigos. Ninguém precisa de convite. Oh, e a resposta para sua pergunta.” Ele saiu do cômodo e o queixo de Arthur quase caiu, Merlin estava simplesmente lindo. Ele estava usando uma camisa xadrez azul marinho e uma jaqueta de couro, sua calça jeans, também escuras, era apertado nos lugares certos. “Lance não vai. Sabe, eu estou começando duvidar de que você realmente teve alguma coisa com ele. Ou você se esqueceu que ele não bebe?”

“Eu sei que ele não bebe.” Arthur respondeu, como uma criança teimosa. “Mas isso não é motivo para não ir, A gente costumava frequentar bares. Há mais coisas para se fazer além de beber.”

“Sim. Mas você não conheceu o Gwaine. Ele te faz querer beber. Eu acho que era muita tentação. Até para um santo como o Lance. Estou pronto, vamos?”

Eles saíram do apartamento e Arthur chamou o elevador enquanto Merlin trancava a porta.

“O que você quer dizer?”

O elevador chegou e eles entraram.

“Você vai ver. Ele não é ruim. Ele é só... O Gwaine.”

“Você faz parecer ruim.”

“Ele não é, sério. Só... Não o leve a sério.”

“Esta bem, então.”

Eles chegaram ao térreo e Merlin acenou um ‘até logo’ para Nimueh. Arthur escolheu ignora-la.

“Vamos lá, fala o endereço.”

Eles entraram no carro e foram embora.

oOo

Arthur facilmente encontrou o bar, mas como era sábado ele levou dez minutos para achar um lugar para estacionar. Quando ele finalmente achou uma vaga, ficava a dois quarteirões do bar.

Os amigos de Merlin já estavam lá, sentados em uma mesa de canto, perto das mesas de sinuca.

“Oi, gente! Esse é o Arthur!” Havia três homens e duas mulheres, Merlin apontou para cada um deles, apresentando-os. “Arthur, esses são Percival.” Ele disse, apontando para o cara alto e musculoso sentado na ponta direita. “E sua namorada Mithian.” Ele apontou para a morena ao lado de Percival e depois para o cara com cabelo bagunçado e a garota loira. “Esses são Will e Elena, também são namorados. E por último.” Merlin apontou para o cara com cabelo castanho que ia até os ombros. “Gwaine.”

Gwaine, pensou Arthur, deveria ter vindo da mesma fabrica que Lance. Não que eles se parecessem, mas ambos eram extremamente atraentes. Merlin também era atraente, mas seu tipo de beleza era bem específico. Homens como Lancelot e Gwaine eram o ‘tipo’ de qualquer pessoa.

Gwaine ofereceu um sorriso maligno a Merlin, e de repente Arthur entendeu o que Merlin quis dizer sobre o homem.

“Namorado novo, Merlin?”

“Não comece!” Eles se sentaram com os outros. Merlin entre Arthur e Gwaine.

“Não ligue para ele.” Disse Percival, olhando para Arthur. “Faça como o resto de nós.”

“É, nós temos duas opções.” Completou Will. “Ignore-o ou beba até que ele fique engraçado.”

“E como ignora-lo é um pouco difícil, nós geralmente escolhemos a segunda opção.” Disse Mithian, sorrindo. “Eu vou buscar as bebidas, vem a amor. Ajude-me.”

Todos ainda estavam rindo quando Mithian e Percival foram para o bar. Eles todos pareciam ser pessoas legais e Arthur sentiu-se instantaneamente confortável. Exceto claro, por Gwaine.

“Alguém reparou que o Merlin não negou o que eu disse?” Ele perguntou.

“Eu não sou namorado dele.”

“Tudo bem, quem é você então?”

“Gwaine!” Repreendeu Merlin.

“Tudo bem, Merlin. Eu sou amigo dele.” Disse Arthur.

“Eu conheço todos os amigos dele. E eu nunca ouvi falar de você.”

Ele estava com ciúmes, Arthur percebeu. Mas como Merlin não havia dito nada ele duvidava que eles tivessem alguma coisa.

“Você esta deixando seu ciúme aparecer, Gwaine.” Elena provocou.

“Não, gente. Tem uma coisa que eu preciso falar para vocês.” Merlin se virou para seus amigos. “Vocês perceberam que eu estou estranho desde ontem, certo.”

“É, você até me pediu para cobrir para você com aquele garoto estranho, Mordred.” Disse Will. “Ai você ignorou minhas mensagens. O que aconteceu?”

“Meu irmão. Ele faleceu.” Merlin estava com aquele olhar miserável de novo então Arthur deu um rápido aperto em seu joelho. Gwaine percebeu e levantou uma sobrancelha para Arthur. Merlin apenas sorriu, agradecido.

Ao redor da mesa, os amigos de Merlin explodiram em ‘ohs’ e ‘Merlins’, segurando sua mão e lançando olhares de simpatia. Mithian e Percival voltaram naquele momento.

“O que aconteceu?” Ela perguntou enquanto colocava as garrafas na mesa.

“O irmão do Merlin morreu.” Respondeu Gwaine.

“Oh meu Deus, Merlin. Quando?”

“Há uma semana. Foi Arthur quem me contou, ele...”

“Era um amigo de Cathal.” Interrompeu Arthur.  Aquela era para ser uma noite divertida para Merlin e não seria nada divertido se ele começasse a falar de seu irmão. Merlin pareceu entender o recado e não disse mais nada, oferecendo a Arthur um sorriso triste.

“Não quero falar sobre isso. Não hoje à noite.”

“Ok. Quem quer jogar verdade ou desafio?” Perguntou Gwaine.

Will se levantou. “Eu definitivamente não estou bêbado o bastante para isso. Quem quer vodka?” Todos balançaram a cabeça em negativa e ele foi para o bar sozinho.

oOo

“Merlin! Verdade ou desafio. Você é virgem?” Perguntou Elena.

Eles estavam na quinta rodada. Eles haviam parado na terceira para jogar sinuca, mas depois de perder duas vezes para Merlin e Gwaine, Arthur decidiu voltar para a mesa.

“Como se vocês não soubessem.” Merlin respondeu, ficando vermelho.

“Você tem que responder!” Disse Will.

“Oh, qual é! Ele tem vinte e um anos!” Disse Arthur com a voz um pouco mais alto do que ele intencionou. O álcool estava começando a fazer afeito.

“Claramente, você não o conhece.” Disse Gwaine, olhando para Merlin.

“E toda aquela conversa sobre o rosto do Lance?” Arthur perguntou a Merlin. “Aquilo não foi muito inocente.”

“Eu sou virgem, não um monge.” Merlin respondeu.

“Por quê?”

“Por que eu não sou um monge? Bem...”

“Não. Não isso.”

“Bem, acho que eu não encontrei a pessoa certa. O cara. O cara certo. Eu já cheguei às preliminares com uma garota, na verdade.”

“Sério?” Arthur estava chocado, ele não sabia se pela virgindade ou pela garota. Provavelmente os dois.

“Sim. Michele O’ Regan. Eu tinha dezesseis anos. E estava bêbado. E ela pensou que eu fosse o Cathal. Mas eu cheguei às preliminares com ela.” Ele tomou outro gole de sua cerveja.

“Por que não foi adiante?” Perguntou Percival.

“Sei lá. Por que eu sou gay, eu acho.” Ele deu de ombros.

“Você é patético, Emrys.” Disse Will, rindo. “Bem, acho que é hora de ir, certo El? A gente tem aquela coisa, lembra... Estamos atrasados.”

“Isso, certo.”

Eles se despediram de todos e saíram. Assim que eles estavam fora de alcance Gwaine disse.

“Eles vão transar.” Então ele se levantou. “E eu também. Merlin?” Ele estendeu uma mão para Merlin.

“Vai sonhando.”

“Que seja. A loirinha ali esteve me olhando a noite toda.” Ele apontou para uma moça sentada do outro lado do bar que fez com que Arthur se lembrasse de Vivien.

“Boa sorte.” Ele disse para Gwaine.

“Não preciso.” Ele respondeu terminando sua bebida antes de sair.

“Nós deveríamos ir também. Estou com sono.” Disse MIthian, cobrindo um bocejo com a mão.

“Foi bom te conhecer, Arthur. Traga-o da próxima vez Merlin” Disse Percival enquanto ele e sua namorada se levantavam.

“Se ele quiser.” Merlin respondeu. “Boa noite, pessoal!”

“Boa noite. Foi bom conhecer vocês também.” Arthur disse. Depois que eles se foram ele se virou para Merlin. “Acho que também deveríamos ir.”

“Sim, claro.”

Eles pagaram a conta e seguiram para o carro de Arthur.

“Você tem certeza que você esta bem para dirigir? Nós poderíamos dividir um taxi.” Merlin perguntou no meio do caminho.

“Eu estou bem! Eu sou um ótimo motorista!”

“É, mas você bebeu bastante.”

“Eu não sou tão fraco para bebida quanto você, Merlin” Ele provocou.

“Você é mais parecido com o Gwaine do que você percebe.”

“Eu não sou nada parecido com ele.” Arthur se defendeu. E adicionou. “Ele gosta de você.”

“Não.” Merlin riu. “Ele flerta com qualquer coisa que respire.”

“Eu respiro, e ele não flertou comigo. Na verdade eu acho que ele queria arrancar minha cabeça fora. Ele estava completamente enciumado.”

“Você esta imaginando coisas.” Disse Merlin, colocando as mãos em seus bolsos. Então ele tropeçou nos próprios pés. Arthur segurou-o pela cintura antes que ele caísse no chão. “Whoaa!”

“Você deveria parar de beber, Merlin. Sério...” Ele começou a dizer enquanto colocava Merlin de volta em pé, então seus olhos se encontraram e Arthur se esqueceu do que estava falando. Eles estavam no espaço pessoal um do outro.

Merlin umedeceu os lábios e os olhos de Arthur seguiram os movimentos de sua língua. Suas mãos ainda estavam segurando Merlin pela cintura.

“Você... Eu...” Arthur começou de novo, mas antes que ele pudesse formar qualquer frase coerente Merlin cruzou a pequena distância entre eles e calou-o com sua boca.


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Notas finais do capítulo

Mantive o "thanks very fucking much" em inglês porque a fala de baixo perderia o sentido se eu traduzisse.