Dangerous Love. escrita por beccalw


Capítulo 5
Bar.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem eu ter demorado pra postar! Escol,a estudar e blábláblá.
Espero que gostem xD E desculpem se tiver erros.



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- Ah, sério? Você acha que se eles fossem os assassinos eles já não teriam entrado aqui e terminado o serviço? Caramba, Bryan, acorda. Para de desconfiar de todos a sua volta! Daqui vai dizer que fui eu que contratei os caras para matarem nossos pais! - falei irritada, enquanto encarava meu irmão parado na minha frente, digitando algo no celular. Bufei.

- Você sabe muito bem que foi você a culpada de tudo isso ter acontecido. Não se faça de idiota. Tudo foi culpa sua.  - ele guardou o celular no bolso e voltou a me olhar.

- Minha culpa? Então explica! Porque realmente não fazia parte dos meus planos meus pais terem morrido justamente no dia do meu aniversário. - ironizei.

- Ah, você que teve a porra da ideia de voltarmos para essa merda de cidade para comemorar a porcaria do seu aniversário! Não dava para ficarmos lá na Alemanha e comemorar lá, tinha que ser aqui, sua vadia! E foi culpa sua, se tivéssemos comemorado lá, nossos pais ainda estariam vivos! Agora vai dizer que a culpa não é sua?

Eu estava aguentando para não chorar na frente do meu irmão, mas foi inevitável. Sem perceber lágrimas e mais lágrimas desciam pelo meu rosto, caí sentada no chão,apoiei meus cotovelos nos meu joelhos e enterrei meu rosto nas minhas mãos. 

- Isso, chora. Não vai mudar nada. Mas é o melhor que você faz. Poderia ter morrido junto com os nossos pais, você é só mais um fardo na minha vida. - depois disso só ouvi a porta batendo. As palavras do meu irmão ecoavam na minha mente. " você é só mais um fardo na minha vida", depois disso desmoronei mesmo, não conseguia parar de chorar, acima de tudo, eu amava meu irmão, mesmo que ele fosse um drogado, mesmo que ele me odiasse.  

- Ei. - Senti alguém colocar a mão no meu ombro, tirei as minhas mãos do rosto, sequei as lágrimas e olhei para a pessoa. Bill. Ele se sentou ao meu lado, e ficou me encarando por um bom tempo, até eu quebrar o silêncio.

- Como você entrou aqui? - falei, tentando parar de chorar. Minha cara deveria estar uma merda e o choro só piorava a situação.

- Ouvi os gritos, vi seu irmão saindo com raiva, e a porta tava aberta, então entrei.

- Você ouviu... o que meu irmão falou?

- E o que você falava eu também ouvi. Quer dizer, o prédio inteiro deve ter ouvido. Tom até reclamou que os gritos que vinham daqui não combinavam com o filme de romance que ele estava vendo com a Tifanny.

- A Tifanny? Sério? Aquela vadia?

- O que importa pro Tom é o corpo da Tif. Então se ela é vadia ou não, não importa, Tifanny é fácil demais, e o que eu posso dizer... Tom gosta de garotas assim.

Me lembrei da noite passada... Eu havia beijado Tom... será que ele me achava fácil? Ok, nunca mais beijar o Tom na minha vida, em nenhuma hipótese.

- Mas vamos falar sobre você. O que teu irmão retardado fez? - ele passou a mão dele, que estava no meu ombro direito, para o esquerdo, me puxando para perto dele.

- Se você ouviu, você sabe o que ele fez.

-Eu não entendi tudo o que vocês falavam, só metade. Ele te culpa pelo o quê?

- Pela morte dos nossos pais. - suspirei, deitando minha cabeça no ombro dele.

- Não foi culpa sua.

- Então diga isso para ele.

- Mas eu disse.

- Você falou com meu irmão? -me afastei dele. Eu só realmente espero que meu irmão tenha sido pelo menos simpático.

- Falei, na verdade a porta do elevador demorou pra abrir e eu falei com ele. Seu irmão é estranho.

- Porque? - o encarei.

- Ele ficou me perguntando se eu tinha armas em casa, se eu já tinha matado alguém, se eu fazia algum tipo de luta, cara , muito estranho.

- Mentira que meu irmão te perguntou isso?

- Verdade. Ok, viu, eu consegui fazer você parar de chorar. Agora vamos.

- Aonde? - perguntei, enquanto ele se levantava e estendia as mãos para me levantar também.

- sair, ué. Conheço um bar aqui por perto.. você vai adorar.

- Tá, espera eu tomar um banho, me arrumar, ir no cabeleireiro, me maquiar, e tal...- ironizei.

- Você está linda desse jeito, não precisa de tanto exagero. - ele sorriu. - Mas não demora! Já são quase quatro da tarde!

 Como já eram quatro da tarde? Eu nem senti o tempo passar. E um fato: eu estava morrendo de fome.

Fui correndo para o chuveiro. Tomei o banho mais demorado da minha vida, demorei mais que o necessário, mas queria garantir que minha cara não estivesse tão feia quando eu saísse.

Como se passar tanto tempo debaixo do chuveiro fosse adianta muita coisa.

E assim que eu saí, me enrolei na toalha, assim que abri a porta do armário, a porta do meu quarto se abriu.

- Sammi, você tá demor... Uau. Não me importaria nenhum pouco de ficar aqui com você vestida desse jeito. - ele sorriu maliciosamente. O empurrei para fora do quarto. - Ah, qual é? Deixa eu ficar! assim eu vejo quais roupas ficam melhoras em você. - bati a porta na cara dele. - Nossa, não precisa ser grossa, amor!

- Mais uma palavra e eu vou te dar um soco na tua cara!

- Palavra! - ele sussurrou baixo. Abri a porta e quando fui para cima dele, tentar pelo menos dar um tapa nele, ele segurou meus dois braços, me prensou na parede e colocou meus braços na altura da minha cabeça. Ele continuava com o sorriso malicioso na cara. - Essa toalha está me atrapalhando... - ele falou, enquanto soltava uma das suas mãos, e percorria a mesma pelo meu corpo, até achar o nó que segurava a toalha. Assim que ele o achou, o empurrei com toda força que eu tinha. Bufei e entrei no meu quarto, trancando a porta. - Eu não ia fazer nada, amor. Só se você quiser.

- Tô pensando seriamente em ficar em casa. - ele suspirou.

- Tá, desculpa. Ultrapassei algum tipo de limite?

- Você acha?

- Tá, eu ultrapassei o limite, desculpe.

Parei em frente ao armário, coloquei essa(http://images1.hiboox.com/images/1809/diapo87c49f40cd61452044a21b81c53b9fd1.jpg) roupa. Me olhei no minimo umas 10 vezes na frente do espelho. A saia havia ficado um pouco mais curta do que o esperado... Calcei o meu all star preto, arrumei o meu cabelo, o prendendo num rabo de cavalo bagunçado. Disfarcei os meus hematomas no rosto com maquiagem e passei um delineador nos olhos. Abri a porta e Bill estava encarando o teto.

- UAU! Nossa, a espera valeu a pena. Você está linda!

- Será que alguém vai reparar nos meus machucados na perna? - falei, olhando para as minhas pernas.

- Não, vão ficar encarando suas coxas sem parar.

- Essa saia tá muito curta...

- Tá perfeita. Agora vamos, já são sete da noite.

- Nossa, eu demorei tanto assim?

- Demorou. - ele falou, me empurrando. - Agora vamos.

Saimos do apartamento e andamos calmamente até o estacionamento. Bill tirou as chaves do bolso e assim que paramos na frente de um Conceito Híbrido Lexus LF-LC , ele apertou um botão e abriu a porta do passageiro para mim. Eu entrei, logo em seguida Bill entrou também. Eu olhei incrédula para ele.

- O que foi?

- Você ainda me pergunta? Esse é o seu carro? Sério?

- Sim, o que tem?

- Seus pais são donos de que banco, meu filho? - falei, enquanto ele ligava o carro.

- De nenhum.

- Como você pode ter certeza?

- Samantta, eu ganhei esse carro numa corrida.

- Apostou quem ganharia  a corrida?

- Não, eu ganhei a corrida.

- Você corre... tipo pra ganhar dinheiro, e tal?

- Aham.

- Seu carro é lindo. - sorri para ele, que estava concentrado na estrada.

Paramos em frente a um bar. As pessoas logo olharam para o carro do Bill assim que estacionamos. Morri de vergonha quando ele abriu a porta para eu sair. Ele notou e riu. O bar era bonito, tirando as pessoas fumando maconha na frente dele e sem tirar que algumas tiravam seringas dos bolsos e passavam para os outros. Tinha também cheiro de álcool e as pessoas não pareciam nada amigáveis.  Assim que entramos, escutei uma banda fazendo um cover da música Whiskey In The Jar. Eu simplesmente amava essa música. Nos sentamos numa mesa no fundo, e eu estava me controlando para não começar a cantar o refrão.

- Gosta dessa musica?

- Eu amo essa música.

- Você gosta de Metallica? Quem diria, você tem bom gosto - ele riu.

- Até parece que quando você entrou no meu quarto não viu o enorme poster deles!

- Verdade, eu vi. Bebe o que?

- Qualquer coisa sem alcool... - falei.

- Sério?

- Eu já fui viciada em alcool, e não quero voltar a ser.

- Na festa...

- Na festa eu bebi sim, mas porque o Tom me obrigou.

- Claro, coloque a culpa no meu irmão, esperta você. - ele riu.

- Obrigada. - logo uma mulher passou por nós e Bill pediu uma bebida, e um suco para mim. Assim que chegou, notei que a bebida era vermelha e que parecia ser a mesma que Tom estava tomando na festa.

Conversamos mais um pouco, e Bill disse que iria ao banheiro, fiquei olhando o Bar, a banda. Eles tocaram mais 3 músicas e nada de Bill voltar. Decidi ir procurá-lo, já devia fazer mais de 10 minutos que ele havia saido.

Assim que dei três passos para fora da mesa, um cara gordo, cheio de tatuagens, alto, parou na minha frente e não me deixou passar de jeito nenhum.

- Eai gracinha, acompanhada? - ele riu.

- Sim, agora da licença... - falei, tentando ultrapassá-lo.

-É... de quem se ta acompanhada então? - ele olhou ao redor.- Não to vendo ninguém. - ele segurou meu braço com força. - Essas pernas são de matar... Quero ter uma conversa com você, em particular. - Olhei ao redor  e nada de Bill, nenhum sinal. E as pessoas estavam entretidas demais para me notar sendo puxada com força por um gordo. Ele saiu pelas portas do fundo, e me empurrou contra a parede, Ok, aquilo não estava ajudando em nada os meus machucados. Ele veio na minha direção, o bafo de alcool, misturado com o cheiro de maconha que vinha dele estava me deixando enjoada. Eu tentei empurrá-lo, gritar, mas ele era bem mais forte que eu e ele colocou a mão na minha boca, que eu mordi sem dó.

- Hmm, agressiva. Eu adoro garotas assim.

Ele se aproximou e colocou umas das suas mãos na minha perna, a apertando com força. Quando ele iria me beijar, ouvi a voz do Bill o chamar.

- Ei, cara. - o gordo se virou na direção dele. E recebeu um soco no estomago, o que o fez cair no chão. -  Eu não gosto de caras que toquem na minha namorada ou tentem forçá-la a fazer algo que ela não quer. Então, se encostarem nela, eu acabo com a pessoa. Acho que esse é o seu caso.

Eu achei que Bill partiria para cima dele, ou o ignoraria e iriamos embora. Até ele tirar uma arma do bolso e apontar para o cara.


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