Dangerous Love. escrita por beccalw


Capítulo 4
Dívidas.


Notas iniciais do capítulo

Ok, na minha opinião esse capítulo tá um lixo! Escrevi de madrugada. Espero que gostem e podem atirar pedras, eu deixo.



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Olhei para trás, e vi um cara encostado num carro. O cara estava totalmente vestido de preto e o capuz do casaco cobria metade do seu rosto. A luz do poste só iluminava o nariz para baixo. E ele tinha um sorriso sombrio no rosto. Balancei a cabeça e quando olhei de novo não tinha nada lá. Talvez eu realmente estivesse louca. Ou era só alguma coisa da minha cabeça. Continuei andando. Permaneci quieta e olhei para trás de novo, e não vi nada. Tom me olhou.

– Ok, porque a cada 10 segundos você olha para trás? Quer voltar para a festa? São só cinco horas, ainda dá tempo, e eu nem comprei a maconha. – ele sorriu.

– Não, não é nada. – sorri. – E se quiser volte para a festa, eu não me importo, eu já disse que eu posso muito bem ir pra casa sozinha, eu sei o caminho.

Meu celular tocou, ao som de Perfect Weapon, no volume máximo.

– AHHHHHHHH SANTA MÃE DE DEUS! – Tom pulou e deu um berro estranho, o que me fez rir antes de atender ao celular.

Bryan.

– O que você quer? – falei, seca. Meu irmão me odiava. Até hoje eu nunca entendi o porquê do ódio. Quem sabe um dia eu entenderia o que se passava na cabeça dele.

– Oi pra você também. Tentei te ligar várias vezes, mas você não atendia...

– Eu estava numa festa.

– Eu vou chegar só quando amanhecer, só queria saber se você tá bem...

– Ok, que tipo de droga ou bebida que te deram? Você realmente tá se preocupando comigo? – falei na ironia. Meu irmão é tipo “eu quero mais que você se mate Samantta”.

– Eu só estou com uma sensação ruim, sei lá, se cuida.

Desliguei o celular. Ok era estranho que ele também estivesse com essa sensação. Ou ele estava me zoando ou experimentou uma droga diferente. Só pode.

– Que susto, caralho! – Tom falou.

–Desculpa! Vou trocar o toque do meu celular pra ninguém ter um ataque cardíaco. – falei, guardando o celular e tentando não rir do grito gay do Tom.

– É bom mesmo! Quem era?

– Como você é metido. – sorri, e continuei andando.

– Sou fofo e estou interessado em quem te ligou. Seu namorado? - ele arqueou as sobrancelhas. Como se alguém quisesse namorar uma garota como eu.

– Meu irmão.

– Como é o nome dele?

– Bryan. – falei, enquanto chegávamos na frente da entrada do apartamento.

– Hm, Bryan, interessante. - ele me olhou e segurou a porta principal para eu entrar, eu o encarei.

– Qual seu nome, pirralho? – ele apontou a arma para o meu irmão, era só o que dava pra ver daquele degrau da escada que eu estava sentada.

– Bryan. – meu irmão falou num sussurro. Levantei um pouco mais a cabeça e vi o cara que estava comigo no meu quarto me olhando, e fazendo sinal para eu ficar quieta. Talvez por bondade ele tivesse me deixado viva. Eu não consegui entender o motivo pelo qual ele me deixou viva. Só porque ele tinha comida sei lá quantas garotas? Não, não era esse o motivo.

– Hm, Bryan, interessante... - o cara que estava segurando a arma sorriu. - Macky, o que fez com a garota?

– Serviria tão bem como escrava sexual, você tinha que ver ela na cama.– mentiu, desviou o olhar para o meu irmão e voltou a me olhar.

– Seu filho de uma p... – meu irmão falou, se levantando, me sentei novamente, porque eu sabia que iria me arrepender se continuasse olhando e depois disso só ouvi dois tiros seguidos. Me levantei para olhar, e vi os meus irmãos e os meus pais no chão, com uma poça de sangue ao redor deles.


– Vai entrar ou vai ficar ai admirando a minha beleza? – Tom me perguntou enquanto ainda segurava a porta para mim.

– Trouxa. - suspirei. Entramos no elevador.

– No que estava pensando? - falou, quando chegamos ao andar que morávamos.

– Você realmente está interessado no que eu estava pensando?

– Eu ainda não leio pensamentos, mas, não estou interessado, só queria ser legal. – ele riu. – Mas sério, se quiser me contar.

– Não quero contar. - revirei os olhos.

– É sobre seus pais, não é?

– E isso importaria em algo? – falei, parando em frente a porta do meu apartamento.

– Tá bom, entendi. É sobre seus pais e você não quer falar nisso.

– Agora que você percebeu isso? - bufei.

– Ok, eu entendo isso, deve doer pra caralho perder os pais. – ele me abraçou. – Boa noite. – ele me deu um beijo na testa. Ele se virou, e eu fiquei parada. Assim que eu ia me virar, Tom me segurou pela cintura e me empurrou para a parede. .Nossas bocas se aproximaram cada vez mais, e ele me beijou. Sua língua percorreu cada canto da minha boca,como se estivesse conhecendo o espaço. O hálito do Tom, misturado a sabor de álcool e cigarro. Prendíamos o lábio um do outro, nossas línguas dançando num ritmo, quase que com brutalidade. Terminei o beijo com selinho.

– Se você não encontrar a chave , pode berrar ou bater na porta que tem um espaço na minha cama pra você dormir, eu não vou me importar se você dormir lá. – ele riu.

– Ok, obrigado pelo aviso. - Observei ele entrar no apartamento.

Procurei a chave por todos os cantos. Nada. Eu devo ter deixado a porcaria da chave no carro. Peguei o elevador e desci até a portaria, o porteiro estava dormindo, e nem acordou quando eu peguei a chave reserva do meu apartamento. Olhei para a rua e vi um cara de preto se aproximando. E a primeira coisa que eu fiz foi correr para o elevador. Pode parecer ridículo, podia até ser um morador chegando essas horas, mas quando eu tinha a sensação de que algo ruim ia acontecer eu tinha medo até de sair na rua e aquele cara me deu medo, podia até ser aquele que estava encostado no carro. Torci para que a porta do elevador se fechasse logo. E assim que ele parou no meu andar, corri até a porta do meu apartamento, e eu estava me sentindo como num filme de terror, eu encaixo a chave na fechadura e ela caí. Assim que eu consegui pegar a chave, ouvi a porta do elevador se abrindo, eu estava tremendo, e aquilo não estava me ajudando em nada. Assim que eu coloquei a chave pela segunda vez na fechadura, consegui abrir a porta, assim que eu dei um passo para dentro do meu apartamento, me senti um pouco mais segura, me virei para fechar a porta e me deparei com um cara - os olhos azuis fortes, o cabelo na altura do ombro, e ele realmente me dava medo. – encostado na parede do outro lado do corredor, ele me olhou e ele tinha um sorriso sombrio no rosto. Gritei. Eu estava quase fechando a porta quando ele segurou a mesma com o pé, reconheci só pelo coturno que ele usava. Mesmo eu empurrando a porta, para eu tentar fechá-la, ele era mais forte e me puxou para fora do apartamento, ele estava atrás de mim, puxou meu cabelo com brutalidade, me empurrando para o chão. Bati com força no piso gelado, gemi de dor. Ele subiu em cima de mim e me deu um soco no rosto. Senti o sangue escorrer pelo meu nariz. Levei as mãos até o mesmo, para limpar, e as lágrimas já rolavam pelo o meu rosto. Ele se levantou e começou a chutar a minha barriga, cuspi sangue, e ele continuava a chutar cada vez mais forte minhas pernas, ele chutava novamente minha barriga e até o meu rosto. E parecia se divertir com cada grito e gemido de dor que eu dava, ele ria. Minha boca sangrava, e cada lugar que ele dava um chute ou um soco estava latejando e provavelmente deixaria marcas mais tarde. Depois de intermináveis minutos me batendo, ele parou. Mas voltou a puxar o meu cabelo, até que eu ficasse em pé, mas eu mal tinha força para me agüentar em pé.

– Avisa para o seu irmão que isso é só o começo, se ele não me pagar o que ele deve, da próxima vez que ele te ver será num caixão. – Ele riu, e eu caí no chão., eu nem sequer mais tinha força para ficar acordada.


Acordei com uma enorme dor em cada lugar do meu corpo. Abri meus olhos com dificuldade, passei a mão no rosto e gemi de dor. Eu estava no tapete fofo da minha sala.

– Bill, ela acordou. – reconheci a voz de Tom, virei minha cabeça para o lado e ele estava lá, com um olhar de pena. Eu estava envergonhada deles me verem naquele estado. Minhas pernas estavam com vários arranhões e estavam roxas. Meu rosto e minha barriga deveriam estar piores. E minha roupa deveria estar manchada de sangue.

– Como vocês me acharam? – minha voz saiu num sussurro.

– Bom, tome isso – Bill me deu um comprimido e um copo d’água. – Tom disse que ele ouviu você berrar, e quando ele saiu do apartamento você estava desmaiada, e tinha um cara dos olhos extremamente azuis te olhando e rindo, e então os dois brigaram. – olhei para o rosto de Tom, nenhum sinal de briga, nenhum arranhão, nada. – E depois ele foi te carregou para cá e eu cheguei, e aqui estamos nós, são oito da manhã. Ah isso é um comprimido para dor, deve ajudar.

– Eu realmente não sei como agradecer á vocês. – E eu acho que aquilo tinha sido a coisa mais gentil que alguém já tivesse feito por mim. Obrigada. - Bill se sentou do meu lado e me abraçou, afagando meu cabelo.

– Mas o que aconteceu? – Tom me perguntou, enquanto eu fui puxada de leve pelo Bill. E deitei na almofada que tinha no colo dele. Bill ficou acariciando levemente meu rosto. Contei o que aconteceu. – Ah deve ser um traficante.

– Seu irmão não te falou nada sobre estar devendo algo á alguém? – Bill me perguntou.

– Quando eu falo com meu irmão, normalmente acaba em briga. Então, eu sei que ele está devendo uma quantia alta pra alguém, por causa das drogas que ele usa. E metade delas ele nem deve pagar.

– TOOOOOM SEU ANIMAL EU PRECISO FALAR COM VOCÊ! - ouvi a voz de Gustav. Tom se levantou na mesma hora,e me deu um beijo no rosto.

– Melhoras pra ti, meu anjo, tchau maninho!

– Ahh e falando nisso – levantei rapidamente e me arrependi, Bill riu da minha careta de dor. – a noite pelo jeito foi quente com a Tiff né?

– Não foi não, eu fiquei só ajudando ela a colocar o bebê pra dormir, porque ele não parava de chorar, e acabamos conversando, assistimos a um filme e vim para cá. Não rolou nada de mais.

– Bill, você não precisa mentir para mim.

– Não estou mentindo.

– Ok, eu preciso de um banho.

– Eu te ajudo. - ele sorriu, e nem deu tempo para eu recusar e dizer que eu poderia muito bem tomar banho sozinha. Em menos de um minuto já estávamos no banheiro do meu quarto.

– Ok, posso ter um pouco de privacidade?

– Tá, mandona! Qualquer coisa eu estou no seu quarto. - ele gritou, já fechando a porta do banheiro.

Liguei o chuveiro numa temperatura não tão quente, porque devido a grande quantidade de machucados que eu teria, iria arder demais. Eu já estava com dor, não queria ficar com mais. Lavei o meu cabelo e os machucados, depois de um tempo, saí do banho enrolada na toalha.

– Uau, 50 minutos no banho! - Bill sorriu, abrindo a porta. - Ai, que bonitinha sua toalha. - ele riu. - Toma. - ele me entregou uma calcinha e um sutiã qualquer e uma blusa do Pikachu e uma bermuda de pijama.

– OK, você mexeu nas minhas coisas?

– Aham, nas calcinhas, sutiãs, seu computador, os livros, sua carteira, seus emails e sua cozinha.

– Caralho! Não podia ficar esperando enquanto assistia tv ou algo parecido? - bufei.

– Ah por favor! Não vi nada do que eu já não tenha visto. - bati a porta na cara dele e me vesti com certa dificuldade. Sequei o meu cabelo e o prendi num rabo de cavalo alto. Fiquei me encarando no espelho,ao redor dos meus olhos tinha várias marcas roxas. Meu nariz e minha boca estavam machucados. Nem sei se maquiagem resolveria minha situação.

– Ah que fofinha você tá! Então, vamos cuidar desses seus machucados.

– Bill eu... ME LARGA! - falei, enquanto ele me pegava no colo pela segunda vez e me colocava sentada na pia do banheiro.

– Ah é, fui pra casa a peguei um kit de primeiros socorros. Isso talvez vai doer.

– Eu já tomei banho e AI FILHA DE UMA PUTA! - falei, enquanto ele passava um algodão com alcool na minha perna. E logo em seguida passava uma pomada.

– Cara, isso tá feio mesmo. - ele falou, enquanto passava a mão pela minha coxa. Estremeci com o toque. Ele continuou desinfetando a minha perna e passando a pomada.

– Ai, ai ai, ai! Isso dói pra caralho!

– Shhh! Levanta a blusa.

– Ah não vou mesmo.

– Tá. - ele falou, largou o alcool e o algodão e levantou a minha blusa.

– EI! - berrei. Ele só me encarou e riu. Assim que ele terminou, abaixei minha blusa e ele levantou o meu rosto e eu fechei rapidamente os meus olhos.

– Ok, isso vai doer.

– Obrigada por me avisar! - falei, irônica.

– Não berra.

– Tentarei.

E depois de um dar alguns berros e chorar,abri meus olhos e vi Bill guardando o alcool e a pomada, e jogando os algodoes no lixo.

– Ok, prontinho! Acho que segunda já vai estar melhor.

– Ah, claro que vai. Ok, me ajuda a sair daqui? Porque bem, eu estou numa posição estranha.

Ele riu, e me ajudou a descer. Fui mancando até a sala.

– Bill. - o chamei. Ele colocou a caixinha dos primeiros socorros na mesa e veio até mim.

– O que foi?

– Obrigada, de verdade. - Eu o abracei por minutos, e no final dei um beijo em sua bochecha. - Eu estou te devendo uma. - sorri. Bill beijou a minha testa e foi até a cozinha.

– Vou ver o que tem aqui pra você comer. - ele berrou.

– Samantta, eu cheguei e... – meu irmão me olhou e arregalou os olhos. Porra, porque eu não fui pegar a maquiagem para quem sabe melhorar um pouco mais meu rosto? Ele se aproximou, parando na minha frente. – Ah meu Deus, o namorado de qual garota você pegou? Em que briga você se meteu? Caralho Samantta! Eu disse pra você ficar longe das confusões! Ai meu Deus.

– Bryan, eu... – fui até ele com dificuldade. - Eu não briguei com ninguém, a porra do dinheiro que você tá devendo pra alguém resultou numa surra que eu levei.

– Ok, hora de eu ir pra casa! Sammi pedi uma pizza pra vocês! – Bill passou por mim, e eu o segurei pela mão, e dei um outro longo abraço nele.

– Ei, espera. – meu irmão chamou o Bill, que se virou e ficou cara a cara com o meu irmão. – Eu te conheço de algum lugar.

– Não sei, há tantos cara que se maquiam por ai, talvez esteja só me confundindo. – Bill sorriu e foi embora. Meu irmão se virou e olhou para mim.

– Samantta, você se lembra, do Macky? Do assassino, daquela noite? – fiz um sinal positivo com a cabeça. – Você não acha esse garoto... parecido com o Macky?



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