Dangerous Love. escrita por beccalw


Capítulo 6
Culpa.


Notas iniciais do capítulo

Olá! Ok, eu demorei um pouco pra postar, me desculpem!! Eu tava sem criatividade, ainda continuo sem, mas ta aí o capítulo.



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Tentei pedir para ele abaixar a porcaria da arma. Mas minha voz simplesmente não saía. E eu fiz a coisa mais idiota que alguém poderia ter feito; eu saí correndo. Corria o mais rápido que eu podia. Mas eu me perguntava se Bill havia atirado nele.

Quando percebi que já estava longe do bar, parei de andar e me apoiei na parede para descansar e me acalmar. Eu não estava acostumada a correr tanto e eu não consegui me acalmar. Não reconheci a rua, e muito menos sabia como chegar em casa. Eu estava perdida. Mas eu não iria voltar para aquele bar. De jeito nenhum.

- Olá. - olhei para cima e vi Bill encostado na parede, acendo um cigarro e o colocando na boca em seguida. - Parou de fugir de mim? - eu dei dois passos para trás, disposta a voltar a correr.

- Como você me achou tão...

-  Você só está a duas quadras do bar. Eu pensei que você com certeza não conhece nada por aqui e não saberia como chegar em casa. Não foi dificil te achar e eu sabia que você não ia correr por muito tempo. - ele andou na minha direção, e eu dei passos para trás, até me encostar no muro de uma casa abandonada.

- Você atirou naquele cara? 

- Você acha que eu sou o que? Algum tipo de assassino que vai matar quem se aproximar de você e tentar te fazer algum mal? Pois é, nesse caso, a resposta seria sim. Se alguém te fizer mal, eu posso até matar a pessoa. - ele jogou o cigarro no chão, e se afastou de mim. - Mas eu não matei aquele cara. Relaxa, só queria dar um susto nele. Ele é um idiota que obriga garotas até mais novas que você a transarem com ele.

- Porque tanta preocupação comigo? Nossa legal Bill, você salvou a minha vida, você é meu heroi! - ironizei - Você não sabe o medo que eu tive quando você apontou aquela arma para aquele cara!

- Porque eu gosto de você. E eu sinto que devo te proteger, já que o seu irmão não faz nada e você não tem mais família.

- Ah ótimo, agora vai jogar na cara que eu não tenho familia? Eu daria tudo para te-los de volta, mas graças a mim meus pais estão mortos!

"- Papai, por favor! Não quero comemorar meu aniversário aqui na Alemanha! Quero comemorar com meus amigos! por favor papai! - eu disse, enquanto fazia a cara mais fofa que eu podia para o meu ele.  Faltava três dias para o meu aniversário de 14 anos.

- Que garota mais chata! Não dá pra ficar aqui na Alemanha? - reclamou Bryan. - Olha as garotas daqui, não são um espetáculo?

- Cala a boca Bryan! Pai, por favor, eu quero muito comemorar meu aniversário lá!

- Porque você quer tanto, Samantta? - questionou meu pai, assim que largou o jornal.

- Por causa do nosso vizinho! Hm, safadinha! - falou Bryan, antes de eu atirar uma almofada nele.

- Eu tenho amigos por lá, to com saudades da cidade, quero comemorar com quem eu conheço e sei lá, não gosto daqui, é muito chato e eu nem posso sair sozinha!

- Tá bom, tá bom. Arrume suas coisas, estamos voltando para Los Angeles. "

- Tenho certeza que não foi sua culpa. - ele aproximou-se novamente.

- Você não sabe de nada sobre mim. - bufei. - Agora, eu vou tentar achar o caminho de casa. - não andei nem três passos, quando Bill me segurou pelo pulso. - Dá pra me soltar?

- Não vou deixar você andando sozinha por ai. O que houve com seus pais?

- Foram assassinados. E a culpa é minha, minha e minha. Você não sabe como é saber que tudo poderia ter sido diferente, meus pais ainda poderiam estar vivos e...

- Não se culpe. É por isso que você teve medo quando eu apontei a arma para ele? - assenti com a cabeça. - Me desculpe, se eu soubesse eu não teria feito aquilo...

- Tá tudo bem. Pode me levar em casa, por favor?

Ele assentiu e eu entrei no carro. Nem prestei atenção no caminho, mas chegamos logo no predio. Não esperei Bill, saí do carro antes dele e tentei chegar no meu apartamento o mais rápido que eu pude. Fechei a porta e deslizei sobre ela até chegar no chão. Me lembrei daquela noite, dos meus pais caídos no chão, da minha insistência para voltarmos a Los Angeles e comecei a chorar. E a socar o piso de tanta raiva que eu estava sentindo de mim mesma. Ouvia meus ossos se estalando com o impacto, mas não parei. Apenas parei quando o piso já estava manchado de sangue. E se fosse para mim chorar, que fosse de dor física. Me levantei, tentando ignorar a forte dor nas minhas mãos.

Apoiei meu braços na pia do banheiro e manti minha cabeça abaixada. Assim eu me olhei no espelho vi o reflexo de Bill no mesmo e berrei. Me virando para trás rapidamente.

- Caralho Bill!

- Desculpa!  - ele riu.

- Como você entrou aqui?

- Você sempre deixa a porta aberta! Não tem medo?

- Não.

Se quisessem, eles entrariam no apartamento para terminar o serviço, então deixar a porta trancada ou aberta não faria a minima diferença.

- O que é isso? - ele segurou minha mão e passou o dedo levemente pelo machucado. Gemi de dor e tirei minha mão rapidamente.

- Nada. 

- Samantta.

- Bill. - o imitei, sorrindo.

- O que você fez?

- Ataque de raiva e comecei a socar o piso. Nada demais.

- Vem cá, deixa eu cuidar disso. - ele se aproximou, e eu fui me afastando.

- Não precisa. É só passar uma pomada e já melhora.

- Samantta., cheguei! - ouvi a voz de Bryan, enquanto a porta da frente se fechava.

- É melhor você ir embora. - sorri para Bill, enquanto ele revirava os olhos. - Não quero que você se meta em encrenca com meu irmão.

- Porque? - ele sorriu de lado.

- Digamos que quase todo mundo com quem ele anda tem armas e sabe, qualquer coisa já é motivo para brigas.

- Hm, Tom também é assim.

- Anda logo Bill! Ele deve estar na cozinha procurando alguma garrafa de vodca, nem vai ver você saindo. - falei, o empurrando para a sala.

- Samantta, você viu a garrafa de... O que ele ta fazendo aqui?

- Eu trago quem eu quiser aqui Bryan, e você deve ter tomado toda a garrafa semana passada.

- Pode trazer quem você quiser aqui, Samantta. Menos ele.

- Você não manda nela, Bryan. - Bill falou, enquanto caminhava lentamente até a porta. Segui-o ,e ele o abracei.

- Você tem uma arma... - Bryan se aproximou de nós dois, e eu o empurrei de leve. - Isso não te lembra alguém, Samantta?

- Cala a boca Bryan, E Bill, vai embora. - Sem esperar nenhuma resposta, bati a  porta na cara dele e encarei meu irmão. - Ok, vamos lá, pode começar o sermão.

E por longas duas horas, ouvi Bryan comentar sobre sei lá o quê, porque não prestei a minima atenção. Fui dormir quando já se passavam das duas da manhã. E acordei antes da cinco. Ouvi gritos vindo do apartamento dos gêmeos e me levantei. Abri a porta do meu apartamento e ouvi a voz de Bryan. Gelei. Como eles estavam berrando, tratei de abrir a porta o mais silenciosamente possível.

- Ah, porta aberta, depois sou a descuidada. - falei para mim mesma.

O apartamento deles era incrível. Era muito mais espaçoso que o meu. E me senti envergonhada pelo meu minusculo apartamento. Ignorei  os detalhes e os moveis, e a televisão enorme que tinha na parede, os enormes posters e segui na direção dos gritos.

- Porque você ele não... Matou ela? - reconheci a voz de Bryan, mais calmo, agora ele sussurrava.

- Bill? Pelo amor de Deus, ele é  patético. Nem pra terminar o serviço ele serve. Me impressionei que ele sabe pegar uma arma na mão. - Essa era a voz de Georg, e ele estava irritado. Bem irritado, eu diria.

- Você não deveria estar aqui. - reconheci a voz de Bill, antes de um pano ser colocado na minha boca e eu perder a consciência aos poucos. 


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Notas finais do capítulo

Podem me dar pedradas, eu deixo!



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