- Eu posso sentir isso dentro de mim, eu juro. – Ela disse dentro dos ouvidos dele.

  - Estou te apertando muito forte amor?

  - Não é bem isso..é como uma fênix dentro de mim.

  - Não conseguirei criptografar isso.

  - É simples, eu realmente te amo, e isso não é mentira.

  - Estou quase lá.

  - Eu sei, pois também estou;

  - Está cada vez melhor, cale a boca.

 - Quando você me toca, me faz sentir mais viva.

      Não ouve resposta por um longo tempo, até eles acabarem. Jason não estava tão suado como Sarah estava.

   - Você me ama Jason? – Ela perguntou.

  - Sim, claro, sim. – Ele disse rapidamente.

  - Você me olha como uma amiga.

  - O que? Não, nada disso. Eu só sou, sou confuso, raramente eu vou saber algo com toda certeza.

 - Então, você não me ama com certeza?

 - Eu não disse isso. – Ele disse mais rapidamente ainda.

- Eu realmente te amo, mas eu não quero ser apenas sua amiga, temos que levar isso mais á sério.

   Jason á beijou, o que a fez estremecer por dentro.

- Sabe, lacramos isso com um beijo, se você sentiu o que eu senti, nós estamos juntos.

- Eu senti. Nós somos só um agora, Sarah.

     Eles continuaram ali, deitados na cama dos pais dela por um longo tempo, ela com a cabeça no peito dele, e ele acariciando seus curtos cabelos negros, e sua pele branca, tão bonita. Foram longos minutos assim. Sarah foi a primeira a quebrar o silêncio:

   - Tão doce, mas tão trágico.

   - Oque disse?

  - Eu vi as fotos em seu celular Jason. Sua irmã estava certa.

    Não ouve resposta.

  - Você deveria ter conversado comigo. – Ela disse tão calma, que não parecia um sermão. – Eu não entendo seu desejo por isso, mas eu posso te ajudar.

 Não ouve resposta.

   - Jason está me ouvindo?

  Ele não respondeu, mas começou a chorar descontroladamente, ele já estava chorando á um tempo, sem barulho algum, mas dessa vez era algo que parecia ensurdecedor.

  - Cala a boca! Cala a boca! – Ela gritou.

  - Sarah, me desculpe, não sei o que dizer, eu tenho isso desde quando aos sete anos comi as tripas de um gato! – Ele também gritou, chorando, de vergonha de si mesmo.

  - Não fique assim, apenas escute e me prometa que irá fazer tudo certo.

  - Eu não vou prometer nada.

  - Promete!

  - Não!

- Jason, promete! É a única e ultima coisa que eu te peço! – Ela gritou mais alto que o barulho do interfone do casarão que começou a tocar.

- Irei atender o interfone, você precisa se trocar. - Ele levantou e começou a se vestir, mas Sarah pulou da cama, e correu até a porta, girou a chave e ficou com ela na mão.

- Você não sai daqui garoto.

-Ok, a casa é sua mesmo. Podemos transar de novo?

- Que bipolaridade! Eu fico boba com você! Você é doido!

- Desculpa mas..- Jason iria terminar a frase, mas foi interrompido outra vez;

- Promete Jason? – Ela estava mais calma que nunca.

- EU prometo.

- Eu te amo tanto, mas tanto.

  Eles ficaram em silencio por um tempo.

- Era isso? – Ele disse

 Sarah estava com os olhos cheios d’água, esperou no mínimo um minuto;

 - Eu te amo tanto, que você deve me matar agora. – Em segundos, ele sentado na cama, ela em pé perto da porta, com a chave na mão, enfiou-a na boca adentro.

 - Que merda é essa? – Ele gritou.

Sarah ficou ali em pé, sem dizer nada, mas sua garganta fazia um formato de gárgula surpreendente, Jason se levantou imediatamente, e abraçou-a.

  Vomitados começaram a jorrar, e os olhos dela ficaram vermelhos.

  Jason sentou-se no chão, Sarah caiu. Ele olhava, e ela chorava. O cara, então, com as mãos, em forma de concha, começou a pegar os vomitados no chão e beber aquilo. Ele ria, ele começou a fazer aquilo mais e mais, gostando do gosto da merda.

   Os olhos dela ficaram abertos arregalados esperando a morte. Depois de sofrer tanto, ela parou de se agitar.

   O interfone tocou outra vez.

  Ele deitou-se do lado dela, os dois sujos pelo vomitado. Um amor verdadeiro deveria acabar verdadeiramente Jason?

   Ele começou a sentir atração sentindo o vomitado em contato com seu ouvido esquerdo no chão, o corpo de Sarah encostado no seu, e o interfone tocando descontroladamente.

    Ele começou a tirar a roupa dela, e a tocar as partes íntimas de sua melhor amiga, que virou sua namorada, e sua amante; Ele disse as ultimas palavras, e caiu no sono com uma morta.

  - Tão doce, mas tão trágico.