Alice estava no último andar do hotel, olhando a linda visão da Avenida de Nova York tão movimentada. Mas nenhum sinal dele.

A noite estava fria, e o vendo gelado batia e rebatia em seu rosto, uma garrafa de licor na mão, e um cigarro em outra, debruçada nas grades do hotel. Mas nenhum sinal dele.

Os cabelos desarrumados, e a camisola de bolinhas que ela havia ganhado de sua avó, suja de sangue da sua última menstruação, ela estava mesmo acabada. Mas nenhum sinal dele (Nesse momento, você já deve ter dormindo)

- Tenho que ficar bonita se vamos terminar. – Ela disse para si mesma, e saiu da varanda, fechando a porta de vidro. Alice foi para o banheiro, passando pela sala de televisão, e entrou para o chuveiro. Passaram-se 15 minutos, ela saiu, já estava com a aparência bem melhor, colocou a sua melhor roupa do armário, comprada oficialmente na grife Abbey Dawn, seus brincos BVLGARI, e seus sapatos altos. Ele chegaria á 15 minutos.

Esse era o horário marcado, eles iriam apenas conversar, mas Dean era mesmo, muito previsível, iria acabar em um término de namoro, ela chorando e ele voltando com uma daquelas putas no carro.

Alice ligou a TV.. Beyond the Dish, Diário de uma paixão, Jornal Da Noite..realmente nada era bom, ela deixou no canal de clipes, e daí, estava tocando Britney Spears, é eu sei, vadia, mas nada iria atrapalhar seus planos dessa noite;

Ela ficou sentada por um tempo, Criminal tocando em seus ouvidos, e ela não duvidava que os vizinhos estavam ouvindo por causa da altura, bom, isso não importa, bom, isso não importa, quem não estava acostumado com a doida do último andar daquela vizinhança? O interfone tocou. Ela correu até a porta 
‘’Senhorita, Alice.. Dean pode subir não pode? ‘’ – Disse a secretária da portaria ‘’Ah, sim, obrigada Lourdes’’ Ela disse. E assim, que ela colocou o gancho no lugar, correu para o banheiro, arrumou a ultima vez seu cabelo, forçou alguns sorrisos falsos e desligou a TV. 
       Escutou alguém bater a porta e Alice foi até lá atender sorrindo tentando esconder a tristeza que sentia.

- Oi vagabundo, já terminamos, pode descer. – Ela disse a Dean um homem alto, bonito e forte.

- Ei, calma ai - Ele colocou a mão entre a porta antes que ela a fechasse em sua cara.

- Calma ai nada, bebê nós não temos mais nada. - Eu sei que sim, você não esconde suas rugas atrás dessa maquiagem, assim como não esconde sua tristeza. – Ele empurrou a porta e entrou.

Alice a fechou, e encarou-o. Como ele estava bonito, e percebeu tão rápido que ela estava magoada, ela realmente estava caidinha por ele.

- Olha Dean, me explique por que você fez isso então? Se você me amasse não me trairia. - Eu não te traí, eu te juro e faço o que você quiser! Meu irmão sempre quis me ver fudido, nunca acredite em minha família. Se isso continuar assim teremos de fugir. – Ele disse calmamente.

Alice riu, riu muito, riu tanto que chegou a sentar e sentir dor na barriga.

- Deaaaan! Você pensa o que? Que vou fugir com você novamente? Já basta ter fugido com você para morar perto de seus pais. Agora, vou acreditar que você não esta mentindo? Bem.. Eu até posso acreditar, mas pule do hotel, isso que eu te peço. É a melhor coisa que você faz querido.

- Beleza, eu pulo. – Ele passou pela sala, e abriu à porta da varanda, estava subindo à grande e já havia sentado, foi descendo com as mãos, e ficou dependurado.

- Deus! Você está doido, eu estava brincando! Saí já daí, pelo amor de Deus Dean, Ai Meu Deus, vou desmaiar! Dean, desgraçado, se você cair daí vou ser culpada e presa, filho da mãe! Saí daí filho de quenga!

- Que drama, se você me amasse me tiraria daqui. – Ele debochou.

- Eu te amo, agora saí daí! – Ela ficou olhando, de longe, ainda com medo de que ele puxasse os pés dela.. -        

- OH MY GOD! Ele vai pular! Ele vai suicidar!!! – Pessoas começaram a olhar na rua, e gritar. Em poucos segundos, a rua estava repleta de gente.

- Dean, faz alguma coisa, eu não vou agüentar de tanta vergonha, quer acabar comigo? Vou te tirar daí. Ela disse e já ia caminhando em direção á ele.

- Que vergonha nada! – Ele disse, e subiu as grades. – Pessoal, voltem para suas casas, não há nada aqui, eu só estava, só estava querendo dizer, EU AMO A ALICEEEEEEEEEEEEEEEEE! – Ele gritou tão alto que quase escorregou, depois pulou para dentro da casa e empurrou Alice no sofá, trancou a porta de vidro e apagou as luzes. Ele ligou a TV, ela ficou no sofá caída, rindo de felicidade, igual boba, tadinha.

- Precisamos de algo para terminar a noite. – Ele disse, e tirou os sapatos. Os lábios quentes de Dean percorreram o pescoço de Alice descendo pelo decote e chegando até os seios, ele a ergueu no ar com os braços fortes logo depois a colocando na cama, tirou a camisa e Alice mais uma vez ficou maravilhada com o peito forte, os ombros largos, cada músculo que se destacava naquele corpo, os beijos ficaram cada vez mais intensos e o dois já estavam em delírio quando ele disse baixinho ao ouvido dela com aquela voz rouca.

- Eu te amo.

- Eu também te amo- Respondeu ela.

- Precisamos fugir, nós precisamos fugir. Sem nada, eu só quero você, apenas você, Alice, eu nunca senti isso antes. -  Ele a puxou para mais perto e ela amoleceu ao sentir o calor do corpo dele. Dessa vez não seria uma transa como outra qualquer, eles fariam amor como nunca antes.