Em Busca Da Felicidade. escrita por Jajabarnes


Capítulo 3
Sempre afastados, mesmo estando tão perto.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!
boa leitura!



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POV. Susana.

            - Bom agora você não tem um motivo para escapar do castelo. – Lucia sentiu alívio.

            - Sim, mas, mesmo com Caspian  e eu passando tanto tempo juntos, não podemos... Namora aqui no castelo... – Suspirei. – Não vejo a hora de estar casada com ele, Lucia.

            - Eu imagino... Para quê essas joias? – perguntou olhando curiosa para a cama onde eu havia posto inúmeros colares, pulseiras, brincos e anéis.

            - Vou entregar para Pedro mandar derreter e entregar o ouro a Caspian. – respondi.

            - Para aumentar a quantia que ele juntou?

            - Sim – olhei para as joias. – Faço o que posso... Mas essas joias parecem tão poucas...

            - Há um bom tempo Caspian vem juntando ouro e terras, Susana, agora como ele está sendo muito bem recompensado por seu novo trabalho, e aposto que para ele não é trabalho nenhum; deve faltar pouco. – disse ela sorrindo.

            - Eu espero que sim, Lucia. – sorri – Mas e você e Edmundo, como andam?

            Ela sorriu tímida.

            - Quando acordei hoje ele já havia saído e ainda não encontrei com ele pelo castelo... Deve estar na cidade trabalhando – ela suspirou, esticando-se na cama. – Ah, Susana... Eu gosto tanto dele... Demais. – ela olhava para o teto. – Ele é tão gentil... Carinhos... E ainda me pergunto o que o levou a se “encantar”, como ele diz, por uma serva como eu...

            - Lucia, deixe de bobagem! – falei colocando as joias dentro de um saco de pano vermelho. – Vou leva-las para Pedro, você vem?

            - Claro! – ela levantou.

            Saímos conversando sobre bobagens. Pedro passou por nós quando terminamos de descer as escadas.

            - Pedro! – chamei. – Preciso falar com você!

            - Agora não, Susana, estou ocupado. – havia pressa em sua voz.

            - Você viu o Caspian pelo menos?

            - Ele saiu. Houve uma emergência e Edmundo foi com ele. – disse rápido sem parar de andar.

            Emergência?

             - O que está acontecendo, Pedro?!- o segui e Lucia veio logo atrás.

            - Não dá para explicar agora, Su, depois a gente conversa.

            - Depois nada! Eu vou com você.

            Ele bufou, sabia que não adiantaria protestar. Apertei o passo para acompanha-lo. Quando Lucia viu que nos dirigíamos para a sala do trono, desviou para a coziha.

            Pedro abriu a porta dupla apressadamente, Adentramos a sala repleta de lordes que discutiam desorganizadamente sobre algum assunto serio e urgente.

            Ziguezagueamos por entre eles até a frente do trono onde meu pai, junto com outros dois lordes, observava e dialogava apontando lugares no mapa estendido sobre a mesa.

            - Caspian e Edmundo já partiram com uma tropa para lá, pai. – informou Pedro, parando ao lado dor ei, parei ao seu lado.

            - Tropa? Pai o que está acontecendo? – perguntei aflita imaginando Caspian em uma batalha. Meu coração pulou.

            - Susana, o que está fazendo aqui? Volte para seu quarto. – ordenou ele sem sequer olhar para mim.

            - Quero saber o que está acontecendo. – informei.

            - Não é hora para conversar, Susana, eu estou muitíssimo ocupado. Pedro, tirei sua irmã daqui.

            - Mas... – tentei. Pedro me segurou pelos braços e conduziu-me para a saída.

            - Venha, conto tudo para você lá fora. – sussurrou para mim. Acompanhei-o para fora com o coração apertado. Ao sairmos do barulho da sala do trono, entramos no silêncio pátio do castelo, paramos de andar e encarei Pedro com os olhos aflitos. – Escute, hoje um mensageiro que estava ao sul de Narnia, chegou trazendo a noticia de que uma tropa da Calormânia havia passado pela Arquelândia a caminho daqui.

            - Eles estão declarando guerra?!

            - Não sabemos. Por isso Caspian e Edmundo foram para lá, para descobrir o que eles querem. – explicou.

            - Acha que eles podem atacar? – Lucia se aproximou.

            - Há poucas chances de isso acontecer. – falou Pedro.

            - Então por que viriam com uma tropa? – perguntei.

            - Talvez não seja uma tropa... O mensageiro estava nervoso... – Pedro deu de ombros.

            - Se não fosse uma tropa ele não teria motivos para fiar nervoso, Pedro. – falei.

            - Ah, Aslam, só espero que eles não nos ataquem. – Lucia cruzou os braços, preocupada.

[...]

            Eu andava de um lado para o outro no jardim enquanto Lucia estava sentada na relva, à sombra de uma grande arvore. Meu coração estava cada vez mais apertado. O tempo parecia se arrastar e eu não aguentava mais toda essa aflição.

            - Calma, Su – pediu Lucia,

            - Eu odeio isso. – resmunguei sem parar de andar.

            - O que?

            - Ter que ficar aqui sem fazer nada.

            - Susana, você... – Lucia parou de falar e sorriu. – Olha quem vem ali. – apontou com o queixo em direção ao castelo. Olhei e vi Caspian vindo em nossa direção. – Vou falar com Edmundo. – ela deu uma desculpa e saiu. Corri até Caspian e saltei em seu pescoço abraçando-o aliviada.

            - Até que fim você chegou, eu estava preocupada... O que foi isso? – perguntei quando vi um pequeno fio de sangue descendo pela lateral de seu rosto.

            - Hm... Nada... Apenas um desentendimento com um calormano. – ele falou.

            - Houve uma luta? – perguntei.

            - Não entre os exércitos, mas o tal calormano precisa controlar melhor o temperamento. – nós rimos.

            - E o que eles queriam?

            - Encher a paciência. – agora caminhávamos de volta ao castelo lentamente. Eu ri. – Ele disse que andam ocorrendo alguns saques em colheitas deles e que testemunhas afirmam terem visto dríades fazendo isso.

            - Dríades moram nas florestas, nunca precisariam atravessar um deserto para roubar as colheitas maltratadas da Calormânia. – falei.

            - Foi o que eu disse, então ele perguntou se eu estava chamando-o de mentiroso... Aí começamos a brigar e as próximas que entraram na briga foram as espadas. – contou. – E o cara, em toda a sua pose, disse que não perderia seu tempo discutindo comigo, queria falar com o rei. Como não podia fazer nada, eu o trouxe para cá. Ele está lá dentro agora, falando com o seu pai que me mandou vir chamar você.

            Ah, então agora ele quer a minha presença? Decidi não me aborrecer quanto a isso.

            - Esse cara é arrogante. Deixe-me adivinhar, seu nome é Rabadash?

            - Você o conhece? – Caspian sequer deu-se ao trabalho de esconder o ciúme me sua voz.

            - Nós nos vimos algumas vezes há alguns anos... Você conseguiu feri-lo? – perguntei sem saber se ficava preocupada ou orgulhosa.

            - Er... Sim... Ele ganhou um corte na perna, porque? – agora entravamos no castelo, caminhando para a sala do trono. Eu sorri.

            - Parabéns, Caspian, você conseguiu vencer o príncipe calormano.

            Caspian me encarou incrédulo.

            - Aquele é o príncipe?! Por isso aquele país está perdido. – resmungou. Eu ri. Ele suspirou. – Era uma vez o Caspian...

            - Não exagere você só se defendeu. – falei.

            - É. Mas em que versão o rei vai acreditar, na de um cara que, mesmo arrogante, é um príncipe, ou na de um simples soldado?

            - Bom, não sei se ele vai acreditar na do simples soldado, mas talvez ele acredite na do general leal e responsável a quem ele confiou a segurança da própria filha. – falei sorrindo. Caspian parou de andar e sorriu. Olhou em volta e puxou-me para um lugar escuro e estreito escondido entre duas grandes colunas. Seus lábios encontraram os meus num beijo cheio de pressa.

            POV. Lilliandil.

            Debrucei-me no parapeito da varanda em meu quarto, observando o pátio do castelo e a movimentação que se iniciara por lá. Mas eu observava alguém em especial.

            Caspian falava com Pedro e Edmundo.

            Lembro de quando éramos crianças. Embora Caspian e eu tenhamos sido criados juntos, nunca fomos como verdadeiros primos deviam ser. Sempre afastados, mesmo estando tão perto. Ele nunca me deu uma chance apesar de saber de meus sentimentos.

            Ao comparar Caspian como ele era antes e como está hoje, era possível a diferença significativa. O garoto desengonçado e magricela se tornou um guerreiro belo e forte... Suspirei. Ainda tenho esperanças. Caspian vai perceber que me ama mais cedo ou mais tarde e quando isso acontecer eu estarei esperando por ele.

            Acho até que ele já começou a se dar conta.

            Ultimamente, ou melhor, há alguns meses, venho percebendo que Caspian anda diferente. Sempre com um sorriso no rosto, um brilho nos olhos... Sei bem que esses sinais aparecem quando se está apaixonado...!

            Mas... Ele continua me desprezando, então... Se Caspian está apaixonado... É por outra!

            NÃO!

            Bati a mão no parapeito sentindo a respiração acelerar enquanto meu coração batia com raiva.

            Caspian montou seu cavalo e, junto com Edmundo, partiu. Havia ocorrido uma emergência ou algo parecido. Saí da varanda em direção a porta do quarto.

            Eu preciso descobrir quem é ela e tirá-la do meu caminho o mais rápido possível.

            Caspian pé meu e somente meu! Não vou deixar mulher alguma o tirar de mim!

            E Isso é uma promessa.


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Notas finais do capítulo

Então, mereço reviews?! Sei que demorei, desculpem! Posto mais capítulos quando tiver capítulos novos das outras fanfics!
Beijokas!!



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