O Chaveiro Em Forma De Gato escrita por Callye Hiver


Capítulo 8
O inimigo




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A ruiva deu os primeiros passos para voltar até aquela sala, onde Yuki estava com a maníaca mulher, quando sentiu mãos agarrando seu braço para impedi-la.

– Kao-chan... você não pôde voltar até lá.

– Yuka... não me impeça, por favor.

– Minha mãe vai te matar.

– E se eu for embora ela vai matar o Yuki – ela encarava o chão.

Levemente, a morena apertou o braço da amiga.

– E se... vocês dois... – sua voz falhou. – Kaori, eu não vou aguentar perder meu irmão de novo, nem a minha melhor amiga.

– Então você vai perder seu irmão – ela apertou os olhos após ouvir outro grito do neko. – Ou você certamente perderá seu irmão, ou correrá o risco de perder nós dois. Se escolher a segunda opção, existe a chance de sairmos ambos vivos.

Yuka pareceu refletir um pouco com isso. Ela fechou os olhos e, lentamente, soltou o braço da amiga.

– Fiquem vivos.

– Arigatou.

E a ruiva saiu na direção da sala onde estavam a alguns minutos, sem ter tempo de ver a amiga sair pela porta.




– DESISTA LOGO, YUKI! – Dizia Sophia com um sorriso psicótico em seu rosto.

– ...N-nunca... – tentou falar calmamente o garoto, apesar de sentir extrema dor.

A mulher cravou ainda mais fundo a faca de açougueiro no ombro do garoto, que deu outro grito.

– Tem certeza mesmo, Yuki-chan? – Perguntou gentilmente. Ela passou a mão livre pelas cordas que estavam amarradas no pulso do garoto, deixando-o pendurado, presas na madeira do teto.

– T-tenho... – Ele fechou os olhos. Seus pulsos também doíam.

– Muito bem então... – lentamente, ela começou a rodar a faca cravada em seu ombro. Yuki gemia de dor e começava a ficar tonto. – Acho que terei que te matar, sendo assim... já que sua irmãzinha e sua namoradinha idiota foram embora e te esqueceram aqui, coisa que eu nunca faria...

– E no lugar disso, você mataria seu filho?

Sophia virou-se e viu a ruiva encarando-a. Abriu um largo sorriso.

– Você está aqui, ruivinha.

– Eu não sairei sem o Yuki – ela tentava não olhar para ele.

– É mesmo? – Ela, rapidamente, retirou o facão do ombro do garoto, que gritou, espalhando sangue pelo chão. – Então venha buscá-lo – desafiou, avançando rapidamente na direção dela.

Kaori deu um grito de susto quando se abaixou antes de faca cortar sua testa.

– Droga, sua maldita – reclamou a outra, tentando tirar a arma que estava presa no teto.

– Yuki, vou te tirar daqui... – falou ela, ficando de frente para o corpo pendurado dele. Tentou não encarar o ombro do garoto.

– Isso é o que veremos – no mesmo instante, Sophia retirou a faca da parede e a jogou na direção do neko.

– YUKI ABAIXA A CABEÇA! – Gritou Kaori, que estava em cima de uma cadeira para libertar o garoto, descendo rapidamente.

Ele obedeceu e, por uma fração de segundos e centímetros, não foi decapitado.

– Eu... acho que você fica mais louca cada vez que te vejo – falou o garoto, observando assustado a faca com seu sangue.

– Yuki, você não consegue pular pra cima da madeira? – Perguntou Kaori, apesar da resposta ser óbvia.

– Se eu quiser ficar sem pulsos, sim.

Ela pegou a faca caída na sua frente. Engoliu em seco vendo o sangue dele escorrer pela lâmina.

– ESPERA AI, GAROTA! – Gritou Sophia, já segurando outra faca.

– PELO AMOR DE DEUS VOCÊ COLECIONA FACAS POR ACASO?

Kaori defendeu-se da arma da mulher colocando afaça em sua frente, como uma espada.

– Por que você não deixa o Yuki em paz? Você diz que não sirvo pra nada, que eu fiz ele sofrer mais uma vez, mas olha eu aqui, com a chance de morrer a qualquer momento apenas por ele!

– Não me interessa! VOCÊ O FEZ CHORAR DUAS VEZES! NÃO IMPORTA O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AGORA!

– JÁ QUE VOCÊ ESTÁ TÃO PRESA AO PASSADO, POR QUE NÃO REFLITE SOBRE TER MATADO SEU PRÓPRIO FILHO POR QUERER DESCANSAR DE TANTOS TRABALHOS QUE VOCÊ O MANDAVA FAZER TODOS OS DIAS?

Sophia parou de forçar sua faca contra a de Kaori. Pareceu pensar sobre isso.

– Ele mandou a própria irmã fazer o serviço dele.

– Porque estava exausto. Mesmo que ele seja o mais velho, ele não precisa aguentar todo o trabalho pesado sozinho.

As duas se encararam.

– Se não tivesse sido tão louca assim, ele estaria vivo ainda.

– Mas você não poderia tocar nele. Afinal, você só conheceu o Yuki-chan por ser um chaveiro.

Ela estreitou os olhos.

– Eu preferiria nunca ter encontrado o Yuki na minha vida inteira, do que ter que vê-lo dessa forma - e apontou para o garoto que parecia prestar a desmaiar a qualquer momento.

– Você tem belas palavras. Mas... não é o suficiente pra mim perdoá-la – mas, antes de Sophia avançar novamente na direção de Kaori, a mais nova cravou a faca que segurava na barriga dela.

A mulher cuspiu sangue, deixando um pouco cair na roupa da ruiva. A mais velha deixou sua faca cair no chão.

– Sua... des... graçada... – Sophia caiu no chão, retirando a arma de sua barriga. Respirava com força. Kaori pegou a outra faca e voltou a subir na cadeira para livrar os pulsos de Yuki da corda. – Querem... saber? Não ligo... – ela fechou os olhos. - O trabalho ainda... não acabou... – uma tosse. – Eu deixei um... presentinho para... vocês dois... e logo... ele irá... completar o que não... pude... terminar... – a última palavra foi um sussurro quase inaudível.

– O que ela quis dizer com isso?

– Não faço ideia. Ei, corte logo isso.

– Se eu cortar uma de cada vez vai acabar com o outro pulso. Se eu cortar a corda direita, vai ficar preso pelo pulso esquerdo. Vai doer muito.

– Não importa. Depois a gente vai pra um hospital.

Ela suspirou e fez o que ele disse.

Quando ambas as cordas foram soltas, Yuki caiu perfeitamente sobre as duas pernas. Olhou seus pulsos.

– Estão em carne viva... – Kaori notou que sua respiração era forte.

– Você está bem?

– Claro... – ele respirou fundo. – Esse sangue todo ai... no meu ombro... – respirou mais forte. – Não é nada que eu... não aguente – a última parte foi um sussurro.

– YUKI! – Ela o segurou antes de ele cair no chão. – Ah, merda Yuki. Você não é tão leve assim...

Ela passou seu braço menos pior sobre seus ombros e o arrastou até a porta dos fundos. Não era fácil, que já que ele bem mais alto que ela, e mais pesado.




– Droga, droga... cadê vocês... – Yuka andava de um lado para o outro. Estava na rua em frente a – agora possível perceber – loja de conveniências de sua mãe.

Ela estava impaciente.

– Não morram, por favor... não morram... e não deixem minha mãe viva... nii-san, Kao-chan... voltem logo...

Ela então olhou e notou uma figura de cabelos laranjas e outra com orelhas de gato saindo pela porta dos fundos.

– KAORI! YUKI! – Ela foi correndo na direção deles. – Kaori... o que aconteceu ele?! – Perguntou, olhando o ferimento em seu braço.

– A sua mãe... estava enfiando uma faca ai – contou. – Daí ele desmaiou, depois que eu...

– Matou ela? – Completou a amiga.

– Desculpe.

– Não se preocupe... prefiro ser uma órfão do que ter uma mãe como ela – sorriu sem jeito. – Mas não é hora de se preocupar com essas coisas. Temos que levá-lo a um hospital. Tem um logo ali - e apontou. Kaori também o viu.

– Ele está aberto?

– Mas é claro que sim. Você deixaria um bando de gente doente ou etc ai dentro sozinhas, por acaso?

– Faz sentido. Ah, espera – interrompeu, quando faltavam apenas uns cinco passos para entrarem. – Temos que esconder essas coisas...

– Droga, é mesmo. Dentro da camisa não dá. Vão tirar a camisa dele, com certeza...

– O que vamos fazer, então?

– Temos que esconder essa cauda ai por dentro da calça.

– N-N-NANI? – a outra corou.

– Você faz isso.

– P-POR QUÊ?

– Você que é a namorada dele – riu.

– Maldita. Eu te odeio – ela suspirou e corou.

Timidamente, passou a cauda neko de Yuki por dentro da sua calça.

– P-p-pronto.

– E as orelhas?

– Que tal fingirmos que é cabelo?

– E... como vamos fazer isso?

– Assim – ela tocou as orelhas de neko do garoto, abaixou-a no limite, jogou alguns fios de cabelo por cima e as ajeitou. – Voila!

– Certo, tudo bem, agora vamos.

Elas entraram no hospital.

– Moça, com licença – disse Yuka à recepcionista. Kaori estava ao seu lado apoiando Yuki em seu ombro.

– Em que pos-- - Ela parou de falar após ver o garoto. – O que aconteceu com ele?

– Bem... briga de família – disse Kaori.

– Como uma briga de família poderia levar a isso?

– Digamos que... hmm... – Yuka coçou a cabeça. – Nossa mãe é meio... agressiva. Mas isso não vem ao caso agora! Ele desmaiou.

– Tudo bem – a mulher pegou o telefone. – Podem vir até aqui? Temos um ferido... um corte profundo no ombro... desmaiou. Certo. – E desligou.

Rapidamente, alguns homens com uma maca apareceram, deixando Yuki por cima dela e o levando para algum quarto. Um dos homens ficou ali.

– Agora quero saber o nome de vocês – pediu a mulher, pegando três folhas de papel de uma caneta. – Primeiro, o do garoto. Nome, idade, causa do acidente e telefone.

– Yuki Katsumi, 17 anos. Briga violenta de família. – Dizia Kaori. Ela olhou para Yuka, que passou o telefone deles.

A recepcionista entregou a folha para o homem que havia ficado ali, e ele logo saiu correndo.

– Agora seu nome, idade, telefone e o que é da vítima, por favor – apontou a caneta para Yuka. Ela escreveu “Yuki Katsumi” no topo do papel.

– Yuka Katsumi, 16 anos. Não precisa do telefone porque eu sou a irmã dele.

– Certo... agora você.

– Kaori Izumi, 16 anos. – Ela disse seu telefone lentamente. A mulher anotou. – E... eu sou amiga dele.

– Você não é amiga. Eu já disse que você é a namorada dele – disse Yuka.

– Amiga ou namorada? – Perguntou a mulher.

– Tá bem, namorada.

Ela anotou. Também havia escrito “Yuki Katsumi” no topo do papel.

– Uma briga de família e... a namorada estava junto?

– Bem...

– Ela estava lá em casa com meu irmão quando ele e minha mãe brigaram – respondeu rapidamente Yuka. – Ela estava indo embora no início da briga, mas a coisa começou a ficar mais séria e ela continuou lá pra que ninguém saísse ainda mais ferido. Eu também fiz isso – completou.

– E... eu poderia saber porque você estava na casa do seu namorado... as duas da manhã? – Ela ergueu uma sobrancelha.

– Nós jantamos as oito e meia – respondeu rapidamente a morena. – Ela ia embora as onze já que somos vizinhas. Daí começou a briga.

– Então... está tudo certo – disse a recepcionista, acreditando na história. – Sugiro que voltem para suas casas, agora. Yuki vai ter passar por uma pequena cirurgia. Nada muito sério. Então, como está tarde e vocês ainda são menores de idade... é melhor voltarem amanhã. Deixarei essas folhas aqui. Existe mais alguém próximo além de vocês?

– Não.

– Certo, então peguem essas folhas amanhã. Serão como passes pra vocês poderem visitar ele até receber alta. Por ora, vão para casa. Ligaremos quando ele poder receber visitas.

– Certo – responderam as duas juntas, saindo do hospital.




– Então... são 02:30... – disse Yuka, olhando em seu relógio. – Vai chegar na sua casa, mais ou menos... umas 03:30.

– Tudo bem, eu vou correndo até lá. E você, vai demorar uns vinte minutos, né?

– Uhum – concordou. – Então... nos vemos amanhã?

Kaori afirmou com a cabeça.

– Até logo.

– Até.

E ambas foram em direções opostas, para suas casas.




– Kaori, já é hora de se levantar.

A mãe da garota estava chamando-a.

– Só mais cinco minutos...

– Nem mais nem menos, agora.

– Tá... – obedeceu, desanimada.

Kaori chegou em casa as 03:46. Colocou sua roupa ensanguentada para lavar, se trocou e foi para a cama 03:50. Ela havia ficado acordada até as 06:30, apenas pensando se Yuki estaria bem, e o tempo restante ela havia conseguido dormir.

E agora eram 07:00.

Ela se trocou e, antes de sair de casa, comentou algo com sua mãe.

– Mãe... se alguém ligar do hospital... você me avisa? O... irmão da Yuka está lá. E ela me mandou uma... mensagem dizendo que eu era namorada dele.

– Claro... mas por que ela fez isso?

– Porque... – ela colocou a mão atrás da cabeça. – Só assim eu podia ver ele...

– Certo... tudo bem, então... – respondeu, apesar de não ter muita confiança no que a filha dizia.

– Arigatou – e foi para a escola.




Esse pareceu ser o dia mais longo de todos. No intervalo sua mãe havia lhe mandado uma mensagem avisando que ela podia ir ver o Yuki.

Logo que o sinal bateu, ela e Yuka foram praticamente as primeiras a sair da sala – se não da escola.

– Finalmente! – Disse Yuka. – Já estava demorando pra acabar as aulas.

– Pois é – concordou Kaori.

Eras iriam de ônibus até lá, o que lhes custaria apenas dez minutos e 200 yenes.




– Com licença, moça – disse Yuka para uma recepcionista diferente.

– Sim?

– Viemos ver o paciente Yuki Katsumi...

– Yuki Katsumi? – Ela olhou as folhas e pegou duas delas. – Yuka Katsumi, 16 anos, irmã mais nova, e Kaori Izumi, 16 anos, namorada?

– Isso – as duas responderam. Pegaram as folhas, que agora estavam em forma de crachá.

– Quarto 47, segundo andar – e para lá foram.




– Meu Deus... – disse Kaori, olhando o garoto deitado na cama. Ainda estava incosciente.

Ele agora estava sem camisa. Seu ombro completamente enfaixado. Algumas outras partes estavam cobertas com gaze. Seus pulsos também tinha faixas e...

– Por que enfaixaram a cabeça dele? – Perguntou Kaori. – Não lembro dele ter batido a cabeça.

– A minha mãe deve tê-lo empurrado com força contra a parede a ponto de precisar disso. Meu irmão já apareceu várias vezes com a cabeça enfeixada por culpa disso.

Kaori sentou-se numa cadeira que havia do lado da cama dele, e Yuka no pé de sua cama.

– Ele está vivo... – disse a morena, sorrindo.

– Eu disse que sairíamos vivos e inteiros. Quer dizer, nem tanto – riu ela. – Até eu me machuquei um pouco – ela ergueu a barra da calça e mostrou alguns pequenos cortes. – Quantas vezes você acha que sua mãe deixava aquele facão cair? E o pior é que sempre me cortava com ele – as duas riram. Logo, pararam e voltaram a encarar o garoto.

– Hmm... Kao-chan – disse a outra, depois de uma meia-hora. – Eu tenho que fazer as minhas lições atrasadas, e os trabalhos também... e falar com minha vizinha.

– Por que sua vizinha?

– Ela era a única fora da família que sabia da minha mãe. Tipo, de tudo mesmo... até do Yuki como chaveiro. Ela uma grande amiga minha. Tenho que falar a respeito do que aconteceu pra ela – sorriu, levantando-se. – Até logo.

– Certo – ela acenou para a outra, que saiu do quarto.

Quando ela ouviu o barulho da porta fechando, Yuki abriu a boca.

– Ela já foi?

Kaori se assustou.

– Y-YUKI?!

– Ei, fala baixo, ela vai ouvir – o garoto abriu os olhos. Apresar da sua voz ser um sussurro, ainda era firme. – Não queria acordar com ela aqui.

– Ela não é a sua irmã? Pensei que ficaria feliz em vê-la.

– Sim, eu ficaria muito feliz em ver que ela está bem, mas... eu não ia poder fazer uma coisa...

– Que coisa?

Ele colocou a palma da mão menos pior no rosto de Kaori, que corou levemente. Ele foi passando a mão até a parte de trás de sua cabeça, e a puxou mais perto.

Quando os rostos estavam a apenas dois centímetros de distância, ele sorriu.

– Isso.

E a beijou.

– Estava preocupada com você... – disse ela.

– E eu com você... eu mandei vocês duas irem embora... poderia ter morrido, Kaori.

– Se eu não voltasse, você teria morrido. Acha que pode simplesmente aparecer na minha vida e depois morrer? Não é assim tão fácil se livrar de mim.

– É mesmo? Que sorte a minha, então – e a beijou novamente.




Algo movia-se na sala vermelha.

Algo remexia-se.

Como se estivesse prestes a nascer.

– Então... finalmente estou de pé... – falou uma voz masculina para o nada.

Era uma voz grave, quase tão grave quanto a de Yuki.

Era sedutora.

Mas ele não fazia essa voz para seduzir.

Ela era naturalmente assim.

Ele puxou sua franja e jogou para trás, deixando alguns fios voarem sobre a testa.

Cabelos vermelhos como sangue.

Cabelos que possuíam um par de orelhas.

Orelhas de gato.

Lentamente, ele abriu seus olhos.

Vermelhos.

Pareciam refletir a morte e toda a desgraça da Terra.

Ele deu um sorriso malicioso e balançou a cauda.

Deu uma olhada no que usava.

Calças jeans pretas, e uma jaqueta de couro preta, aberta.

– Nada mal, até – falou. Olhou para os lados, encontrou uma porta e um papel grudado nela.

Aproximou-se e o leu.



Meu querido gato, eu sou Sophia, sua criadora.

Se você estiver lendo isso, significa que precisei criá-lo para acabar com alguém em especial. Alguém que fez seu irmão, Yuki Katsumi, sofrer. E que deu limite à minha paciência.

Peço que você a mate. Se Yuki não deixar, convença-o de que ela não é boa o suficiente para ele ou mate-o se preciso for.

Seu nome agora é Yuu. Yuu Katsumi.

Você é um meio-humano, como deve ter percebido. O ponto fraco de seu irmão Yuki é que ele é um chaveiro. Pode se transformar em garoto apenas quando sua dona o ama verdadeiramente. Já você, foi criador para ser um garoto-neko.

E sua missão, custa o que custar, é matar essa garota:

Kaori Izumi

E a foto da ruiva estava ali.

Seu nome e sua foto eram recentes.

O nome dela havia sido escrito com outra cor de caneta, e a letra não era ajeitada e bonita. E sim, apressada.

Yuu pegou a foto, que estava presa ao papel por uma fita.

Era uma foto totalmente recente, pois ainda estava nova e sem amassados.

Como se tivesse sido tirada ontem.

– Kaori Izumi, é? Vou ter que matar ela? Parece divertido.

Ele abriu um sorriso sádico e amassou a foto, jogando-a no chão.

– Sendo assim, irei te encontrar, Kaori Izumi. E, como pediu a tal Sophia, te matarei.


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Notas finais do capítulo

E ai, como ficou?
Vocês não pensaram MESMO que eu seria capaz de matar o Yuki, né? u.u
E espero que não pensado que a Sophia era tipo o chefão final, porque ela não é. É o Yuu u3u
Reviews? o/



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