Regrets escrita por Molly


Capítulo 22
Está alguém em casa?


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas, sei que não costumo demorar assim mas é que, meu computador estava formatando por culpa de um virus, e só n perdi minhas fics pk fiz uma copia de segurança.
Obrigada pelos reviews deixados no capitulo anterior e leitoras novas sejam bem-vindas...
Espero que gostem do capitulo de hoje, demorei a escrever por isso quero reviews ok?
Boa leitura:



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-você é um idiota Tom, ’tava louco é? - meu irmão andava de um lado para o outro, preocupado, irritado e desiludido comigo.

Acho que a parte da desilusão era minha, eu estava me sentindo um idiota, um…não tinha palavras para definir o lixo que eu me sentia.Eu ainda não acredito como pude fazer aquilo com ela, não consigo pensar como levantei a mão pra ela, ainda não percebi como.

-e você pensa que eu não sei né? - levantei da cama e pude sentir de novo meus olhos serem invadidos sem permissão, mas eu não faria o mínimo esforço para para-las.

Ouvi a porta lá de baixo abrir e fechar com força, Georg gritou alguma coisa e ouvi passos pela escada a cima. A porta se abriu e nem percebi quando senti meu rosto ficar quente e, automaticamente, coloquei a mão no lado esquerdo do mesmo.

-eu vou te matar! Idiota! - Georg segurava Hanna pela cintura, mas não sei se ele iria conseguir por muito tempo.

-Hanna calma! - Georg gritava e ela se mexia tentando livrar dos braços do namorado.

-como você teve coragem?! - se acalmou um pouco e Georg a soltou. Ela não precisava me chamar de todos os nomes da face da terra, eu já havia feito isso comigo mesmo - não fiquei mais perto dela, ou eu juro que eu te mato - saiu nervosa do quarto e voltei a me sentar na cama, agora sim eu chorava.

-você precisa de um tempo Tom - ouvi meu irmão falar - pra pensar no que você fez - ouvi a porta se bater e levantei, nervoso e com vontade de me matar.Desci as escadas rápido e saí sem avisar ninguém, tirei o carro da garagem e saí á toda velocidade pelas ruas de L.A.

Eu mal via a estrada á minha frente, com uma garrafa de Vodka em uma mão, outras no banco e o volante na outra mão, parei em frente á praia e desci já cambaleando um pouco, nem me dei ao trabalho de tirar os tênis, apenas me sentei ali, lembrando de tantas coisas e essas coisas sempre iam dar naquele maldito som ecoando pela casa, naquela maldita imagem dela caída no chão da sala.Tudo ia dar naquele maldito momento eu que eu me descontrolei e perdi ela de vez, agora não tem volta eu perdi a Carla e não há como recuperar ela de novo.

Flashback on:

-oi - ela se sentou ao meu lado no banco, Bill não se sentia bem por isso não veio á escola. Ali todos corriam pra lá e pra cá, normais coisas que uma criança de 9 anos fazem.

-oi, te conheço? -ela tinha os cabelos curtinhos e usava elásticos coloridos para prendê-los para cima - desculpa - me arrependi de ter sido rude com ela. Ela me estendeu um saquinho com gomas, chocolates e doces lá dentro.

-quer? - sorriu e não pude deixar de fazer o mesmo. Tirei de lá uma chocolate e abri o mesmo - porque está assim?

-me irmão está doente - assentiu mastigando a provável goma elástica.

-o Bill né? - assenti - eu vejo vocês juntos todos os dias - sorriu novamente, assenti entendendo e o silêncio voltou. Ela me olhou sorrindo de novo e passou os dedos por meus dreads loiros curtos ainda - gosto do teu cabelo.

Flashback on:

Nos conhecemos tão novos e nunca pensei que chegássemos aqui, nesse momento que está me tirando as forças e que está me machucando.Dei mais um gole na garrafa de Vodka e olhei para o mar, tudo me lembrava ela, incrível.

Me levantei dali, e tudo girava e eu mal via. Entrei no carro e comecei a dirigir, ultrapassando sinais vermelhos e  quase atropelando quem atravessava as faixas. Entrei em casa e todos estavam sentados no sofá, menos Bill que andava de um lado para o outro.

-até que enfim Tom, aonde você estava? - caminhou até mim mas, não sei como, me desviei.

-me deixa em paz Bill - subi as escadas tropeçando nos degraus e me apoiando no corrimão das escadas. Entrei em meu quarto, fechando a porta e fui direto para o banheiro, pousei a garrafa de vodka na pia e olhei para meu reflexo no espelho, eu estava péssimo e me sentia péssimo.

Tirei minha mão apoiada na pia, e sem pensar soquei o espelho com toda força que eu tinha, eu não queria ser aquela pessoa que estava ali, eu não queria ter feito aquilo que eu fiz, por isso, destruí minha imagem. Os vidros voaram pelo banheiro e o sangue escorreu pela pia.

-Ah! - tudo rodava e aos poucos vi a escuridão no meio de objetos partidos e fora do lugar.

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Minha cabeça estava prestes a explodir, eu sentia que sim. Com calma, abri os olhos que pareciam colados e vi o que parecia ser uma casa abandonada embaçada, abri melhor os olhos, sem levantar a cabeça, receando uma dor maior.

Os espelhos quebrados, roupas fora do lugar e tudo quebrado, tudo…A garrafa de vodka em um canto do quarto, ou pelo menos o que foi a garrafa. Me levantei com calma e novamente minha cabeça latejou, como se tivesse levado uma paulada na cabeça.Calmamente fui até o banheiro e lá as coisas não estavam melhores, tudo quebrado, desde o box do banheiro até o grande espelho.

Bill, Gustav e Georg olhavam para a pia do banheiro, cheia de sangue, olhei para minha mão e ela estava com uma ferida enorme aberta. Vi pequeno borrões do que aconteceu ontem, e minha cabeça voltou a martelar.

-acordou? - ouvi a voz do meu gêmeo ecoar pelo banheiro. Apenas assenti com a mão não machucada na cabeça que ainda doía imenso - vai tomar um banho no quarto de hóspedes, muda de roupa e depois desce pra comer alguma coisa - ele disse sério e autoritário.

Agarrei em minha toalha e fui para o quarto no fim do corredor, abri a porta e entrei no banheiro que não era muito grande. Evitei olhar para o espelho, apenas tirei minha roupa que cheirava fortemente a álcool e joguei a mesma em um canto qualquer do quarto. Abri o chuveiro e entrei debaixo da água fria, gelada, na esperança de que minha cabeça iria parar de doer e na esperança de que ela me acordasse desse pesadelo.

Era tudo que eu queria, abrir os olhos e estar no meu banheiro, tudo no lugar nada partido, e quando saísse por aquela porta ver Carla ainda dormindo na minha cama.Saí enrolado em uma toalha e fui para meu quarto, tirei de lá uma roupa e me vesti ali mesmo. Bill entrou no quarto com uma caixinha cinza e colocou a mesma em cima da cama.

-deixa ver a tua mão - me sentei na cama e estendi a mão esquerda pra ele ver, fez uma careta e me olhou negando com a cabeça - o que você foi fazer Tom - fechei os olhos por instantes e respirei fundo, olhando para o quarto destruído enquanto ele colocava alguma coisa que fez a ferida latejar e travar os dedos com dor.

Flashback on:

Ela estava vindo aqui em casa pela primeira vez, fazer um trabalho e apesar de nossas confusões eu estava nervoso.

-apesar de idiota o menino até que é organizado - riu e colocou a mala em cima da minha cama.

-haha - ri sarcástico e ela sorriu, ainda tenho que saber o que ela tem pra sorrir assim - vamos fazer o trabalho logo - apressei, não queria ela muito tempo no meu quarto, vai que ela encontra minhas revistas e…pronto.

-vamos logo - passamos ali a tarde toda, fazendo o maldito trabalho de matemática quando ela olhou o relógio na cabeceira da cama e me olhou séria - eu preciso ir - se levantou colocando tudo dentro da mochila.Me desesperei e segurei em seu braço involuntariamente.

-fica mais um pouco, por favor? - ela sorriu desconfiada e soltei seu braço.

-gamou Kaulitz? - girei os olhos e cruzei os braços.

-não, é que o Bill está na casa do Gustav e eu não quero ficar sozinho - menti na última parte.

-tudo bem - sorriu, maldito sorriso que me fez sorrir também - mas, temos que arranjar alguma coisa pra fazer.

Flashback on:

-prontinho - ele fechou a caixinha cheia de remédio e deu um sorriso torto - anda comer alguma coisa - neguei ainda olhando para o estrago que eu fiz no quarto.

-o que eu fiz Bill? - ele respirou fundo, arredou a caixinha para o lado e se sentou na cama.

-você chegou bêbado em casa, subiu as escadas que nem um doido e veio pra aqui - pausou e poucas imagens vieram em minha cabeça - Georg achou melhor não te deixar aqui sozinho e bêbado ainda por cima, então subimos e quando estávamos prontos para entrar ouvimos barulho de vidro se partindo. A porta estava fechada e demoramos a arrombar, sempre ouvindo barulhos de coisas caindo e se partindo. Quando conseguimos abrir a porta, você estava no chão do quarto e tudo estava assim, do jeito que você está vendo - olhei mais uma vez para o quarto e ele fez o mesmo convite de novo - anda comer Tom - neguei ainda sentado na cama.

-estou sem fome - ele abriu a boca para falar, mas o interrompi - não adianta Bill, eu estou sem fome - não disse nada, então me levantei e peguei as chaves do carro que estavam no chão, ao lado da cama.

-Vai aonde? - ele também se levantou, não disse nada pois se dissesse ele iria tentar me parar de ir lá - Tom, aonde você vai? - voltou a perguntar, me seguindo pelas escadas da casa, passei por Georg e Gustav na sala e bati a porta, a mesma foi aberta de novo e lá estava ele.

-eu não demoro, não se preocupa - entrei no carro e o cheiro a álcool também se mantinha ali, misturado com o cheiro dela.

Dei partida com o carro e dirigi até lá o mais rápido possível, sem dar importância para aqueles que buzinavam e reclamavam, sem me preocupar com uma provável multa por excesso de velocidade.Parei em frente á casa conhecida por mim e toquei a campainha, Hanna abriu e me olhou com raiva, ódio e com todos esses sentimentos ela me respondeu.

-o que você quer aqui? Já disse pra ficar longe dela.

-eu vim falar com ela Hanna, não me impede por favor - ela riu sarcástica e fiquei, por segundos confuso.

-tarde de mais Kaulitz - senti meu mundo lentamente começar a parar e ela continuou a falar - ela conseguiu ontem uma passagem para Berlim, foi embora hoje de manhã - meu mundo parou completamente e tudo á minha volta desapareceu, inclusive Hanna, que chamava meu nome vezes e vezes sem conta.

Me virei e deixei ela lá parada na porta de casa e entrei no carro. Como ela foi embora? De novo? Ela não pode ter feito isso comigo, ela não pode ter feito isso comigo?


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Notas finais do capítulo

I aí, o que vai acontecer agora? xD
Leaim para saber...ihihih
reviews!!!



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