-não se preocupe, eu não roubei - ri um pouco tímida e depois ficamos sérios - aqui vamos poder conversar direito, como deve ser.

-e o que você quer falar? - ele se sentou no sofá e eu sentei no sofá á frente, nos encaramos durante segundos e ele foi quem cortou o silêncio.

-só para que saiba, eu não quero te magoar, mas eu acho que temos que ter essa conversa - assenti, eu estava nervosa, voltar ao passado é uma coisa que eu odeio fazer. Viver de arrependimentos e lembranças do passado não é saudável - eu tenho minha carreira, minha vida, minha fãs acima de tudo, mas antes tenho você - ele me olhava, mas desviava o olhar como se aquilo fosse difícil de falar - ou pelo menos tinha.Nosso relacionamento acabou por culpa da minha carreira, mas eu quero ambos. Eu não quero te perder, mas também não quero perder os Tokio Hotel, será que não vê que eu não posso escolher entre vocês os dois? - ele parou e meu senti um aperto no peito, e segurei rios de lágrimas.

-eu… - continuei de pé - quando eu fui embora, eu…me senti péssima, me senti que você nunca iria me perdoar.Depois de algumas semanas aqui eu ouvi falar sobre os Tokio Hotel, reconheci logo pelo nome e eles disseram que…quando ficaram famosos e começaram a tocar aqui e fiquei sabendo que você era famoso por dormir com outras, eu me senti pior ainda e pensei que você já havia me esquecido - ele negou, com um sorriso triste nos lábios - depois disso, eu tentei seguir em frente e, estava conseguindo até você aparecer - ele se levantou e receosa dei um passo para trás.

-será que eu posso ouvir que a gente vai ter uma segunda chance? - pensei um pouco, em tudo que passamos em tudo mesmo.

Flashback on:

-você é um idiota de primeira - sorri e ele chegou mais perto e sentia sua respiração sobre meu rosto.

-mas você gosta desse idiota aqui! - colocou a mão no peito e sorriu convencido - ou então não ficaria comigo - girei os olhos.

-mas nós ainda não temos nada sério, isso não signifique que eu gosto de você - colocou a mão sobre minha cintura.

-e que tal se tornássemos isso mais sério - gargalhei, mas ele continuou parado me olhando, sério - já acabou?

-está falando sério? - ele assentiu e fiquei em choque.

Flashback of:

-mas e a… - ia começar a falar sobre a vaca de vestido mas ele me interrompeu ficando mais perto ainda.

-já tratei disso - sorri e ele ficou próximo o suficiente para sentir sua respiração quente sobre meu rosto - então? - eu sentia seu coração bater forte e o meu não estava diferente.

-acho que está na hora de conhecermos o quarto não é? - ele me abraçou e me girou no ar, sorri e estava mais radiante do que nunca estive.

-sério? - assenti. Ele me beijou e suas mãos desceram por minhas costas - vem comigo - me puxou pelo braço e subimos as escadas, entramos por um corredor branco e bege com algumas portas, ele abriu uma porta e me puxou para dentro do quarto.Era branco, assim como as colchas na cama de casal. Havia espelhos por todas as portas do guarda-roupa ao lado da cama, o chão também era claro com uma sacada de um lado e uma porta que, provavelmente iria dar no banheiro(http://a8.sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-snc7/320633_199672963430426_199257706805285_511498_4005755_n.jpg)

-agora que você é minha - me beijou e, como era bom senti-lo de novo. Nossas línguas se tocaram e senti seu piercing em minha pele.

-não terminou a frase - disse depois que nos separamos por segundos.

-não preciso - suas mãos foram rapidamente tiraram meu casaco e se colocaram debaixo da minha blusa, sobre minha pele me dando arrepios.O beijo se aprofundou, e ele me encostou na porta do quarto, tirei sua camisa e passei minhas mãos por sua barriga dando-lhe arrepios.

O melhor de tudo é que eu me sentia completa, me sentia inteira novamente e aquela sensação de vazio se foi, eu me sentia humana e a cada toque seu eu me sentia mais feliz. A cada investida, a cada gemido solto por um de nós, eu me sentia viva de novo. Seu corpo, seus beijos e ele dentro de mim me fazia sentir eu, e todos aqueles momentos que passamos juntos valeram á pena, todos os “eu te amo”, todos os abraços e até mesmo aquele, “prazer sou Tom Kaulitz”, todos eles valeram á pena, pois eu não sei como as coisas iriam ser se eu nunca o tivesse conhecido.

Tom’s P.O.V on:

Acordei, pois a luz do dia me incomodava, mesmo eu estando com os olhos fechados.Mexi um pouco o braço e senti um ar quente e leve sobre meu peito e uma perna sobre meu corpo, sorri ainda com os olhos fechados e ela tirou a perna.

Devagar, saiu da cama, então abri os olhos e ela não tinha me visto ainda, com os pés descalços e nua, caminhou até minha camisa e a vestiu, vestindo depois a calcinha. Seu corpo era perfeito, cheio de curvas, com tudo no seu devido lugar, nada a mais e nada a menos. Ri pelo nariz e ela olhou rápido para mim, com os olhos um pouco fechados e com um sorriso no rosto.

-está rindo do quê? - colocou as mãos na cintura e semicerrou os olhos.

-sempre roubando minhas camisas, vejo que não mudou nada - ela riu e passou a mão pelos cabelos, outra mania que não deixou. Veio até mim, engatinhando pela cama, me sentei e ela sentou no meu colo, passei a língua no piercing e ela sorriu - sabe que se ficar aí, só vamos sair da cama na hora do almoço - ela riu mais uma vez e me deu um selinho rápido.

-e que tal irmos comer? - se mexeu um pouco e…eu estava nu e ela estava no meu colo, não é muito difícil de adivinhar minha reação lá em baixo.

-ótima ideia - disse perverso e ela me deu um tapa no peito - a sério, eu juro que depois vamos comer, comida.

-Tom - me repreendeu negando e sorrindo - vamos, vá levanta - que ótimo, me deixou na mão.

Desci a escadas e fui até a cozinha, que era escura e com alguns detalhes em prata(http://vestamarble.com/wp-content/gallery/kitchen-countertops/caesarstone-kitchen-counter-top-baja-2.jpg)Na verdade a casa, quem alugou foi David, eu e Bill vínhamos aqui quando fugíamos de fãs e para relaxar.

Ela estava empinada, tentando alcançar algo na prateleira, a camisa, que apesar de grande, subia e mostrava suas pernas bem torneadas, sorri, fui até lá e tirei os copos que estavam no alto.

-devia ter crescido mais - ela me deu língua e sorri, colocando os copos na mesa. O tempo lá fora tinha melhorado, imenso: estava sol e já podia sentir o calor ali na cozinha mesmo.

-engraçadinho - olhou á volta - quer comer o quê? - sorri, fui até ela e a abracei, lhe dando um selinho.

-e que tal se a gente fosse comer em um lugar qualquer, não quero você trabalhando agora - ela riu e me deu outro selinho.

-se é isso que você quer, vamos arrumar - não demorou muito já tínhamos arrumado tudo, saímos de casa e fomos á um restaurante para tomar o café da manhã.Ela pediu um croissant e café, simples.

Era tão bom estar com ela de novo, poder observá-la comendo, sorrindo e agindo.Tudo nela era perfeito, o jeito com que se sorria e o jeito que me olhava com os olhos claros. Quem me vê, ou sabe o que sinto não acredita que seja verdade. 6 anos depois, de tantos nãos á perguntas parecidas com “já se apaixonou?”, tantas mulheres que passaram pela minha cama, depois de milhões de fãs acharem que eu estava diferente por estar querendo me apaixonar, quando na realidade eu já estava apaixonado só não tinha essa pessoa comigo.

-olha ali Tom! - estávamos sentados na janela e ela apontou para um homem com uma câmera na mão. Como estava com o meu casaco vestido, colocou o capuz na cabeça e riu da cena - eu devo estar linda - eu gargalhei e ela também - acho melhor a gente ir - saímos dali e caminhamos até meu carro, que estava um pouco longe.Todo o momento, eu conseguia ver o fotógrafo, Carla se escondia, ou tentava se esconder, no casaco gigante e atrás dos meu óculos de sol. Entramos no carro e dei partida, indo para a casa dela.

O caminho quase todo ela ficou em silêncio, um silêncio que não me deixava constrangido e sim preocupado.

-o que foi? - perguntei quando o carro parou a frente da casa dela.

-só estou um pouco nervosa, não sei se consigo Tom - me olhou desesperada, agarrei em seu rosto com as duas mãos.

-eu não vou te prometer que vai ser fácil pois não vai, eles vão andar atrás de você e, elas também. Mas eu prometo que vou ficar aqui com você, isso eu te garanto - ela fechou os olhos e assentiu.

-quando te vejo? - sorri e soltei seu rosto.

-depois eu te ligo ok? - ela assentiu, aproximou o rosto e me deu um beijo rápido - depois me entrega o casaco - saiu do carro e depois que entrou, dei partida.

Dirigia que nem um idiota feliz pela cidade, mas o mesmo medo que atingiu Carla me atingiu. As fãs ficariam mais doidas, quando a imprensa descobrisse que essa Carla é a mesma do início, eu tenho medo do que elas possam fazer com ela, tenho muito medo mesmo. Abri a porta de casa e fui até onde ouvia as vozes, cozinha.

-chegou!! - todos falaram ao mesmo tempo, eu apenas ri e me sentei ao lado de Georg e de frente para Bill.

-como correu a noite? - meu gêmeo perguntou, já sabendo a provável resposta.

-perfeitamente bem.