Harry Potter e o mistério dos animagos escrita por Absolem the oracle


Capítulo 3
Capítulo 2 - A ansiedade da volta




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Harry pareceu levar vários dias para se acostumar àquela estranha liberdade nova. Nunca antes ele pode se levantar quando quisesse nem comer o que lhe desse vontade. Podia até ir aonde desejasse, desde que não saísse do Beco Diagonal, e como essa longa rua de pedras era repleta das lojas de magia mais fascinantes do mundo. Meredith sempre o acompanhava animada com todas as coisas sinistras e estranhas que poderiam encontrar. Harry parecia muito feliz no beco diagonal e não ousava ir para o lado trouxa de Londres.

Todas as manhãs eles tomavam o café no Caldeirão Furado,onde gostavam de observar os outros hóspedes. Bruxas do interior, franzinas e engraçadas, que vinham passar o dia fazendo compras. Bruxos de aspecto venerável discutindo o último artigo do Transfiguração. Hoje; bruxos de ar amalucado. Anões de voz rouca e fanha , uma vez, alguém, que tinha a aparência suspeita de uma bruxa malvada, pediu um prato de fígado cru, o rosto semi escondido por um gorro de lã.

Depois do café Harry saía para o pátio dos fundos, puxava a varinha, batia no terceiro tijolo a contar da esquerda, acima do latão de lixo, e se afastava enquanto se abria na parede o arco para o Beco Diagonal. As vezes encontrava Meredith ali, esperando, quando os dois não tomavam café da manha com a Sra. Pegg no Caldeirão Furado.

Os dois passaram os dias longos e ensolarados explorando as lojas e comendo à sombra dos guarda-sóis de cores vivas à porta dos cafés, em que os seus companheiros de refeição mostravam uns aos outros as compras que tinham feito (“é um lunascópio, meu amigo é o fim dessa história de mexer com tabelas lunares, me entende?") ou então discutiam o caso de Sirius Black (“pessoalmente, não vou deixar nenhum dos meus filhos sair sozinho até que ele esteja outra vez em Azkaban”). Nem Harry nem Meredith precisavam mais fazer os deveres de casa sozinhos e trancados dentro de casa. Podiam se sentar à luz do sol, na calçada da Sorveteria Florean Portescue, terminar suas redações e até contar com a ajuda ocasional do próprio Florean, que, além de conhecer a fundo as queimas de bruxas em fogueiras, ainda oferecia aos dois a cada meia hora, sundaes de graça.

Depois de ter reabastecido a carteira com galeões de ouro, sicles de prata e nuques de bronze retirados do seu cofre no Gringotes, Harry precisava se controlar muito para não gastar tudo de uma vez. Meredith precisava o lembrar o tempo todo de que ainda lhe faltavam cinco anos de escola e que não poderia pedir dinheiro aos Dursley para comprar livros de bruxaria, e Harry se segurou para não comprar um belo conjunto de bexigas de ouro maciço(um jogo de bruxos parecido com o de bolas de gude, em que as bolas espirram um líquido fedorento na cara do outro jogador quando ele perde um ponto).

Meredith agora dispunha do dinheiro de sua mãe, Lucy Miril, que antes era usado para as regalias dos MacWisth. Mas Dumbledore tinha conseguido de volta a chave. Não havia muito dinheiro, mas o cofre estava recheado de jóias, e objetos de ouro e prata.

Meredith se sentiu tentadíssima, também, por um modelo perfeito de uma galáxia em movimento, dentro de um grande globo de vidro, e significava que ela jamais precisaria assistir a uma aula de astronomia na vida.

Mas a coisa que mais testou a força de vontade de Harry apareceu em sua loja preferida, a Artigos de Qualidade para Quadribol, uma semana depois deles terem chegado ao Caldeirão Furado.

Curiosos para saber a razão do ajuntamento diante da loja, entraram se espremendo entre as bruxas e bruxos até conseguir ver um tablado recentemente erguido, em que haviam montado a vassoura mais deslumbrante que eles já viram na vida.

– Acabou de ser lançada... um protótipo! - um de queixo quadrado comentava para o companheiro.

– E a vassoura mais rápida do mundo, não é, papai? - era a vozinha aguda de um menino mais novo do que Harry que se pendurava no braço do pai.

– O time internacional da Irlanda acabou de mandar um pedido para sete desses vassourões! - informou o proprietário da loja aos presentes. - E o time é o favorito para a Copa Mundial!

Uma bruxa corpulenta, na frente de Harry, se mexeu e os meninos puderam ler o cartaz ao lado da vassoura:

FIREBOLT

Fabricada com tecnologia de ponta, a Firebolt possui um cabo de freixo, superfino e aerodinâmico, acabamento com resistência de diamante e número de registro entalhado na madeira. As cerdas da cauda, em lascas de béntulas selecionadas à mão, foram afiladas até atingirem a perfeição aerodinâmica, dotando a Firebolt de equilíbrio insuperável e precisão absoluta. A Firebolt atinge 10 km/h em dez segundos e possui um freio encantado de irrefreável ação.

Cotação a pedido.

– Cotação a pedido... Nem quero pensar quanto ouro a Firebolt custaria.

– Eu adoraria ter uma dessas... - Harry falou meio embasbacado com o brilho do cabo polido.

– E qual é a vantagem de esvaziar seu cofre no Gringotes para comprar uma Firebolt, quando já possui uma excelente vassoura? - ele não podia responder a isso - Já eu, não tenho nenhuma... Quem sabe eu não compre com a minha herança...?

Meredith poderia o fazer, pois alem do cofre que foi para pegar dinheiro, sua mãe lhe deixou ainda mais três, os quais ela não tinha idéia do que tinha dentro, mas com certeza eram coisas valiosas.

Harry não pediu a cotação, mas voltou, quase todos os dias depois disso, só para admirar a Firebolt.

Havia, no entanto, coisas que Harry e Meredith precisavam comprar. Eles foram ao Boticário para reabastecer seu estoque de ingredientes para poções e, como agora suas vestes escolares estavam vários centímetros mais curtas nos braços e nas pernas, e no caso de Meredith apertadas na cintura e no peito, eles visitaram a Madame Malkin -Roupas para Todas as Ocasiões e compraram novos uniformes. E, o mais importante, tinha que comprar os novos livros para o ano letivo, que incluiriam duas novas matérias:

Trato das Criaturas Mágicas e Adivinhação.

Tiveram uma surpresa quando parou para olhar a vitrine da livraria. Em vez da decoração habitual com livros de feitiçaria gravados a ouro, do tamanho de lajotas, havia uma grande gaiola de ferro com uns cem exemplares de O livro monstruoso dos monstros. Páginas arrancadas voavam para todo o lado, enquanto os livros se agrediam e se atracavam em furiosas lutas livres e mordidas agressivas.

– Quem faz uma droga de livro assim? - Meredith bateu com o nó do dedo no vidro da vitrine em frente a gaiola.

Harry puxou a lista de livros do bolso e a consultou. O livro monstruoso dos monstros estava arrolado como o livro-texto para a matéria Trato das Criaturas Mágicas.

– Pelo menos o Hagrid não quer que eu crie nenhuma criatura. - Harry falou aliviado.

– Isso já é um bom começo.

Quando entraram na Floreios e Borrões, o gerente veio correndo ao seu encontro.

– Hogwarts? - o homem perguntou sem rodeios. - Veio comprar os seus livros?

–Vim. Preciso...

Saia do caminho - o gerente disse empurrando Harry para o lado com impaciência, Em seguida, puxou um par de luvas muito grossas, apanhou um bengalão nodoso e rumou para a porta da gaiola em que estavam os exemplares de O livro monstruoso dos monstros.

– Espere aí - disse Harry depressa -, já tenho um desses.

–Já? - Uma expressão de imenso alívios se espalhou pelo rosto do gerente - Graças a Deus. Já fui mordido cinco vezes esta manhã.

– Mas eu não! - o homem pareceu decepcionado.

Um barulho alto de papel rasgado cortou o ar, dois livros monstruosos tinham agarrado um terceiro e começavam a destruí-lo.

– Parem com isso! Parem com isso! - exclamou o gerente, enfiando a bengala pelas grades e separando os livros à força - Nunca mais vou ter essas coisas em estoque, nunca mais! Tem sido uma loucura! Pensei que já tínhamos visto o pior quando compramos duzentos exemplares de O livro invisível da invisibilidade, custaram uma fortuna e nunca achamos os livros. - ele pegou um que havia mordido com firmeza a bengala e amarrou com grossas correias e deu a Meredith - Bem, tem mais alguma coisa em que possa lhe servir?

– Tem! - Harry disse consultando a lista de livros - Precisamos de Esclarecendo o futuro, de Cassandra Vablatsk.

– Ah, vai começar a estudar Adivinhação? - o gerente perguntou descalçando as luvas e conduzindo Harry e Meredith ao fundo da loja, onde havia um canto reservado para esse assunto, Em uma mesinha estavam empilhados livros como Prevendo o imprevisível proteja-se contra choques e Bolas rachadas: quando a sorte se transforma em azar.

– Talvez. - Meredith respondeu.

– Aqui está. - o gerente disse subindo em uma escadinha para apanhar dois livros grossos, encadernados de preto - Esclarecendo o futuro. Um bom guia para todos os métodos básicos de adivinhação do faturo, quiromancia, bolas de cristal, tripas de aves.

Mas não estavam escutando, seus olhares haviam pousado em outro livro, que fazia parte de um arranjo em outra mesinha: presságios de morte; o que fazer quando se sabe que vai acontecer o pior.

– Ah, eu não leria isso se fosse vocês! - o gerente disse passando, procurando ver o que os dois olhavam - Vocês vão começar a ver presságios de morte por todo lado, só isso já é suficiente para matar a pessoa de medo.

Continuaram a encarar a capa do livro. Tinha um cão preto do tamanho de um urso, com olhos brilhantes, que lhe parecia estranhamente familiar.

O gerente pôs nas mãos de Harry um exemplar de Esclarecendo o futuro e deu o outro a Meredith.

– Mais alguma coisa? - perguntou.

– Sim. - Meredith respondeu desviando o olhar dos olhos do cão e consultando, meio atordoado, a lista de Harry - Precisamos de Transfiguração para o Curso Médio e de O livro padrão de feitiços, 3ª série.

Harry saiu da Floreios e Borrões dez minutos depois junto com Meredith, com os livros debaixo dos braços, e tomaram o rumo do Caldeirão Furado, sem reparar aonde iam, esbarrando em várias pessoas.

Subiram as escadas fazendo barulho, entraram no quarto de Harry e despejaram os livros em cima da cama. Alguém estivera ali limpando o quarto; as janelas abertas deixavam entrar o sol. Harry ouviu os ônibus passarem lá embaixo, na rua dos trouxas que ele não via, e o som dos transeuntes invisíveis no Beco Diagonal. Viu de relance o seu reflexo no espelho acima da pia.

– Já volto. - Meredith saiu do quarto. Foi ao bar e pegou duas cervejas amanteigadas e voltou em tempo de ouvir Harry falar sozinho.

– Não pode ter sido um presságio de morte! - ele disse a sua imagem em tom de desafio enquanto Meredith entrava no quarto - Eu estava entrando em pânico quando vi aquela coisa na rua Magnólia... Provavelmente era apenas um cão sem dono..

Ele ergueu a mão automaticamente e tentou achatar os cabelos.

– Você está empenhado em uma batalha perdida, meu querido. - disse sua imagem com a voz rouca.

– Você está é ficando meio doido. - Meredith ofereceu um dos copos - O que quer que tenha visto... não se preocupe. Qualquer coisa, eu, Rony e Hermione damos um jeito.

– Ate hoje não te entendo direito. Não é realmente minha amiga, mas sempre me ajuda... por que?

– Por que eu gosto da emoção. Correr perigo, ter aventuras... e aparentemente a melhor forma de me divertir é ficar perto de você, já que você tá sempre metido em confusão.

À medida que os dias se passavam, eles começaram a procurar por todo lugar aonde ia um sinal de Rony ou de Hermione. Muitos alunos de Hogwarts vinham ao Beco Diagonal agora, com a proximidade do ano letivo. Harry encontrou Simas Finnigan e Dino Thomas, companheiros da Grifinória, na Artigos de Qualidade para Quadribol, onde eles também haviam parado para namorar a Firebolt.

Meredith por sua vez encontrou o verdadeiro Neville Longbottom, um menino de rosto redondo e muito desmemoriado, à porta da Floreios e Borrões. Não pararam para conversar já Neville parecia ter extraviado a lista de livros e estava levando uma bronca da avó, uma senhora de aparência colossal.

Meredith acordou no último dia de férias, com o pensamento de que finalmente iria para a escola e Harry parecia feliz com a idéia de encontrar com Rony e Hermione no dia seguinte, no Expresso de Hogwarts. Levantou-se, se vestiu e saiu para dar uma última espiada na Firebolt, encontrou Meredith no caminho se entupindo de sorvete e estavam pensando onde iriam almoçar, quando alguém gritou seus nome e eles se viraram.

– Harry! HARRY! MEREDITH! AQUI!

E ali estavam eles, os dois, sentados na calçada da Sorveteria Florean Fortescue. Rony parecendo incrivelmente sardento, Hermione muito bronzeada, os dois acenando para ele freneticamente.

– Finalmente! - Rony disse rindo - enquanto o amigo se sentava - Fomos ao Caldeirão Furado, mas disseram que vocês tinham saído, fomos à Floreios e Borrões, à Madame Malkin e...

– Comprei rodo o meu material escolar na semana passada. - explicou Harry.

– Eu também. Hermione! Meu deus! Tá lindona! - Meredith falou surpresa com o bronzeado da garota.

– Obrigada!

– E como é que vocês sabiam que eu estava hospedado no Caldeirão Furado?

– Meu pai. - Rony disse com simplicidade. O Sr. Weasley que trabalhava no Ministério da Magia, é claro que soube da história toda que aconteceu a tia Guida.

– É verdade que você transformou a sua tia em um balão? - Hermione perguntou num tom muito sério.

– Eu não tive intenção. - Harry respondeu enquanto Rony rolava de rir -Simplesmente... perdi o controle.

– Não tem a menor graça, Rony! - Hermione disse rispidamente - Francamente, não si como Harry não foi expulso. Meredith!

– Eu também - Harry admitiu - E nem expulso, pensei que ia ser preso. - e olhou para Rony. - Seu pai não sabe por que Fudge não me castigou, sabe?

– Eu não tive nada a ver com isso Hermione! Estava na casa da Sra. Pegg. Nem tudo é culpa minha. Provavelmente porque era você, não é Harry? O “grande” Harry Potter. - Meredith falou com um tom de deboche.

– O famoso Harry Potter e tudo o mais. Eu nem gostaria de ver o que o Ministério faria comigo se eu transformasse minha tia em balão. - Rony sacudiu os ombros ainda rindo - Mas não se esqueçam, eles teriam que me desenterrar primeiro, porque mamãe já teria me matado antes. Em todo o caso, pode perguntar ao papai hoje à noite. Estamos hospedados no Caldeirão Furado, também! Assim podemos ir juntos para a estação de King's Cross amanhã! Hermione também está lá!

A garota confirmou com a cabeça, radiante.

– Mamãe e papai me deixaram lá hoje de manhã com todas as minhas coisas de Hogwarts.

– Fantástico! - Harry exclamou feliz.

– Então você já comprou os livros e todo o resto? - Meredith perguntou.

– Olhe só para isso - Rony disse tirando uma caixa comprida e fina de uma sacola e abrindo -Uma varinha nova em folha. Trinta e cinco centímetros e meio, salgueiro, contendo um fio de cauda de unicórnio. E compramos todos os nossos livros... - ele apontou para uma grande saca embaixo da cadeira - E aqueles livros monstruosos, hem? O balconista quase chorou quando dissemos que queríamos dois.

– E isso tudo o que é, Mione? - perguntou Harry, apontando não para uma, mas para três sacas estufadas na cadeira junto à amiga.

– Bem, é que vou fazer mais matérias novas do que vocês, não é? Comprei os livros de Aritmancia, de Trato das Criaturas Mágicas, de Adivinhação, de Estudo das Runas Antigas, de Estudo dos Trouxas...

– Para que é que você vai fazer Estudo dos Trouxas? - perguntou Rony, revirando os olhos para Harry. - Você nasceu trouxa! Sua mãe e seu pai são trouxas! Você já sabe tudo sobre trouxas!

– Mas vai ser fascinante estudar os trouxas do ponto de vista dos bruxos - Hermione disse muito séria.

– Você está planejando comer ou dormir este ano, Mione? - Harry perguntou enquanto Rony e Meredith davam risadinhas abafadas. A garota não ligou para os três.

– Bem, não sei se quero fazer uma matéria muito diferente esse ano. Mas aparentemente vou estudar trouxas também. E essa sua bolsa?

– Ainda tenho dez galeões. - ela disse examinando a bolsa - É meu aniversário em setembro, e mamãe e papai me deram um dinheiro para eu comprar um presente de aniversário antecipado.

– Que tal um bom livro? - Rony perguntou inocentemente.

– Não, acho que não - Hermione se controlando - O que eu quero mesmo é uma coruja. Quero dizer, Harry tem a Edwiges e você tem o Errol, até a Meredith tem a dela...

– Ela nem tem nome... ou eu dei um nome pra ela? - Meredith disse pensativa.

– Não tenho, não. - Rony respondeu - Errol é uma coruja de família. Meu mesmo só tenho o Perebas. - e tirou o rato de estimação do bolso - Quero mandar examinar ele. - acrescentou colocando Perebas na mesa a que estavam sentados - Acho que o Egito não fez bem a ele.

Perebas estava mais magro do que de costume, e seus bigodes pareciam decididamente caídos.

– Hum, a Sra. Pegg vai ficar com a Titi pra mim este ano. Não posso mais levá-la pra Hogwarts.

– Por que? - Hermione disse curiosa enquanto Rony comemorava.

– Ela tem cinco metro e meio. E não para de crecer. Parece que cresce uns cinco ou dez centímetros por dia! Queria levar ela em um veterinário.

– Tem uma loja para criaturas mágicas ali. - Harry disse confiante - Você podia ver se eles têm algum produto para o Perebas, Mione podia comprar a coruja e Meredith perguntar sobre cobras.

– Mas a minha cobra não é um animal mágico. É?

Assim dizendo, eles pagaram os sorvetes e atravessaram a rua para ir a Animais Mágicos.

Não havia muito espaço dentro da loja. Cada centímetro das paredes estava escondido por gaiolas. Era malcheirosa e barulhenta porque 65 ocupantes das gaiolas guinchavam, gritavam, palravam, sibilavam. A bruxa ao balcão estava ocupada ensinando a um bruxo como cuidar de um tritão com dois rabos, por isso Harry, Rony, Hermione e Meredith aguardaram examinando as gaiolas.

Haviam dois enormes sapos roxos que engoliam, com um ruído aquoso, um banquete de moscas-varejeiras mortas. Uma tartaruga gigante, o casco incrustado de pedras preciosas, cintilava junto à janela. Lesmas venenosas, cor de laranja, subiam lentamente pela parede do seu aquário, e um coelho branco e gordo não parava de se transformar em cartola de cetim e novamente em coelho, com um grande estalo. Havia ainda gatos de todas as cores, uma gaiola barulhenta de corvos, uma cesta de engraçadas bolas de pêlo creme que zuniam alto, em cima do balcão, um gaiolão de ratos negros que brincavam de dar saltos se apoiando nos longos rabos lisos.

O bruxo do tritão de dois rabos saiu e Rony se aproximou do balcão.

– É o meu rato. - a bruxa disse - Ele tem andado meio indisposto desde que voltamos do Egito.

– Põe ele aqui no balcão. - pediu a bruxa, tirando do bolso um par de pesados óculos de armação preta.

Rony catou Perebas do bolso interno e o colocou ao lado da gaiola dos seus companheiros de espécie, que pararam os saltos e correram para as grades para ver melhor.

Como todo o resto que Rony possuía, Perebas, o rato, era de segunda mão (pertencera ao irmão de Rony, Percy) e era um pouco maltratado. Ao lado dos reluzentes ratos na gaiola, ele parecia particularmente lastimável.

– Hum. - a bruxa fez levantando Perebas - Que idade tem esse rato?

– Não sei. - Rony respondeu - Ele é bem velho. Foi do meu irmão.

– Que poderes ele tem? - a bruxa perguntou examinando Perebas atentamente.

– Não sei. A verdade é que Perebas jamais revelou o menor vestígio de poderes interessantes.

O olhar da bruxa se deslocou da orelha esquerda e esfiapada de Perebas para a pata dianteira, que tinha um dedinho a menos, e deu um muxoxo alto.

– Este aqui já sofreu muito na vida. - ela disse.

– Já estava assim quando Percy me deu. - Rony respondeu se defendendo.

– Não se pode esperar que um rato comum ou rato de jardim como esse viva mais do que uns três anos. - a bruxa disse

– Agora se o senhor estiver procurando alguma coisa mais resistente, talvez goste de um desses...

Ela indicou os ratos negros, que imediatamente recomeçaram a sair.

– Exibidos. - Rony resmungou

– Bem, se o senhor não quiser outro, pode experimentar um tônico para ratos. - a bruxa disse levando a mão embaixo do balcão e apanhando um frasquinho vermelho.

– Está bem. Quanto... UI!

Rony se encolheu quando uma coisa enorme e laranja saiu voando do teto da gaiola mais alta e aterrissou na cabeça dele, e em seguida avançou e bufou com violência para Perebas.

– NÃO BICHENTO, NÃO! - a bruxa gritou mas Perebas escapuliu entre as suas mãos como uma barra de sabão molhado, aterrissou de pernas abertas no chão e disparou para a porta.

– Perebas! - berrou Rony, correndo atrás do rato; Harry seguiu-o.

Os três levaram quase dez minutos para recuperar Perebas, que se refugiou embaixo de um latão de lixo à porta da Artigos de Qualidade para Quadribol. Rony tornou a enfiar o rato trêmulo no bolso e se endireitou, massageando os cabelos.

– Que foi aquilo?

– Ou um gato muito grande ou um tigre muito pequeno - disse Harry.

–Aonde foi a Mione?

– Provavelmente comprando a coruja. - Meredith olhava para os lados

Eles refizeram o caminho pela rua apinhada de gente até a Animais Mágicos. Quando iam chegando, viram Hermione sair, mas ela não trazia coruja alguma. Seus braços envolviam com firmeza um enorme gato laranja.

– Ele é lindo, não é? - disse Hermione radiante. Era uma questão de opinião, Meredith pensou.

A pelagem do gato era espessa e fofa, mas ele decididamente tinha pernas arqueadas e uma cara de poucos amigos, estranhamente amassada, como se tivesse batido de frente numa parede de tijolos. Agora que Perebas não estava à vista, porém, o gato ronronava satisfeito nos braços de Hermione.

– Mione, essa coisa quase me escalpelou! -Rony reclamou.

– Foi sem querer, não foi, Bichento? - perguntou Hermione.

– Já volto. - Meredith foi ate a porta da loja mas ainda ouvia a conversa.

– E o que vai ser do Perebas? - disse o menino apontando para o calombo no bolso do peito. - Ele precisa de descanso e sossego! Como é que vai ter isso com esse bicho por perto?

– Isto me lembra que você esqueceu o seu tônico para ratos. - Hermione disse batendo o frasco vermelho na mão de Rony - E pare de se preocupar. Bichento vai dormir no meu dormitório e Perebas no seu, qual é o problema? Coitado do Bichento, a bruxa disse que ele está na loja há séculos. Ninguém quis o gato.

– Por que será? - perguntou Rony com sarcasmo.

– Voltei! - Meredith parecia feliz.

Voltaram ao caldeirão furado. Encontraram o Sr. Weasley sentado no bar, lendo o Profeta Diário.

– Harry! - exclamou ele, erguendo a cabeça e sorrindo. - Como vai?

– Bem, obrigado. - Harry respondeu enquanto Hermione e Rony colocavam as compras no chão próximas ao Sr. Weasley.

– E você Meredith? Ah, já conheci a Sra. Pegg. Ela está procurando por você.

– Ótima! - a ela respondeu procurando a Sra. Pegg com o olhar - Logo a Sra. Pegg me encontra.

O Sr. Weasley pôs o jornal de lado. Harry e Meredith viram a foto de Sirius Black, agora muito sua conhecida, os encarando.

– Então eles ainda não pegaram o homem? - perguntou.

– Não - respondeu o Sr. Weasley, parecendo muito sério. - O Ministério nos tirou do nosso trabalho normal para tentar encontrá-lo, mas até agora não tivemos sorte.

– Nós receberíamos uma recompensa se o apanhássemos? - Rony perguntou - Seria bom ganhar mais um dinheirinho...

– Não seja ridículo, Rony. - o Sr. Weasley disse com um olhar mais atento, parecia muito tenso - Black não vai ser apanhado por um bruxo de treze anos. Os guardas de Azkaban é que vão levá-lo de volta, escreva o que digo.

– Bem, Eu já tenho quatorze... - Meredith falou - Ele não faz idéia do que fizemos... - ela sussurrou para Rony.

Naquele momento a Sra. Weasley entrou no bar, carregada de sacolas e acompanhada pelos gêmeos, Fred e Jorge, que iam começar o quinto ano em Hogwarts, Percy, o recém-eleito monitor-chefe e Gina, a caçula e única menina da família.

Gina, que sempre teve uma adoração por Harry, pareceu ainda mais constrangida do que de costume, talvez porque ele salvou sua vida no ano anterior, em Hogwarts. Ela ficou muito corada e murmurou um “olá", sem olhar para Harry. Ela pareceu feliz por ter Meredith para conversar e não ter que se afastar muito de Harry mas sem ter que encará-lo. Percy porém, estendeu a mão solenemente como se ele e o colega jamais tivessem se encontrado e disse:

–Harry. Que prazer em vê-lo.

– Olá, Percy - respondeu Harry, tentando conter o riso. - Você está bem, espero? - continuou Percy pomposo, durante o aperto de mãos. Parecia até que estava sendo apresentado ao prefeito. Meredith não segurou os risinhos junto com Gina.

– Muito bem, obrigado...

– Harry! - exclamou Fred, empurrando Percy com os cotovelos e fazendo uma grande reverência. - E simplesmente esplêndido encontrá-lo, meu caro...

– Maravilhoso! - Jorge disse empurrando Fred para o lado e chegando a Meredith. Pegou sua mão e deu um beijo - Absolutamente maravilhoso.

– Ai, deus! - ela riu enquanto puxava a mão.

– Agora chega! - a Sra. Weasley os interrompeu.

– Mãe! - Fred exclamou como se tivesse acabado de vê-la, apertando a mão também - É realmente formidável encontrá-la...

– Eu já disse que chega! - a Sra. Weasley disse descansando as compras em uma cadeira vazia - Olá, Meredith querida. Oh! Harry, meu bem. Suponho que tenham sabido das nossas eletrizantes novidades? - ela apontou para o distintivo de prata novinho em folha no peito de Percy.

– Eletrizantes... - Meredith achou a palavra imprópria para a frase dando a ela um tom engraçado.

– É o segundo monitor-chefe na família! - ela exclamou inchada de orgulho.

– E o último! - Fred resmungou para si mesmo.

– Não duvido nada! - a Sra. Weasley disse franzindo a testa de repente - Estou reparando que até hoje vocês dois não foram promovidos a monitores.

– E para que é que nós queremos ser monitores? - Jorge perguntou parecendo se indignar até com a própria idéia - Isso tiraria toda a graça da vida.

Gina abafou o riso. Meredith riu e bateu palmas apoiando Jorge.

– Vocês deviam dar um exemplo melhor para sua irmã! - a Sra. Weasley falou furiosa.

– Gina tem outros irmãos para lhe dar exemplo, mãe. - Percy disse com altivez - Vou mudar de roupa para o jantar.

Ele desapareceu e Jorge deixou escapar um suspiro.

– Bem que a gente tentou trancar ele numa pirâmide! - Fred disse - Mas a mãe flagrou a gente no ato.

– Fazer o que? - Meredith disse gostando da idéia.

O jantar àquela noite foi muito agradável. Tom, o dono do bar-hospedaria, juntou três mesas na sala, e os sete Weasley, Harry, Hermione, Meredith e a Sra. Pegg comeram cinco pratos maravilhosos.

– Como vamos para a estação de King's Cross amanhã, pai? - Fred perguntou quando enfiavam a colher em um pudim de chocolate.

– O Ministério vai mandar dois carros. - o Sr. Weasley disse.

Todos ergueram os olhos para ele.

– Por quê? - Percy perguntou curioso.

– Por sua causa, Percy. - disse Jorge, sério. - E vão botar bandeirinhas em cima dos capôs, com as letras TC...significando Tremendo Chefão - Fred completou.

Todos, exceto Percy e a Sra. Weasley deram risadinhas baixando o rosto para os pudins.

– Por que é que o Ministério vai mandar carros, pai? - Percy repetiu a pergunta num tom muito digno.

– Bem, como não temos mais nenhum... - o Sr. Weasley disse -... como trabalho lá, eles vão me fazer esse favor.

Sua voz era displicente, mas Meredith não pôde deixar de notar que as orelhas do Sr. Weasley tinham ficado vermelhas, iguais às de Rony quando o pressionavam.

– E ainda bem! - a Sra. Weasley disse animada - Vocês fazem idéia de quanta bagagem têm juntos? Que bela figura vocês fariam no metrô dos trouxas... Todo mundo já está de mala pronta ou não? Bem, Sra. Pegg, será ótimo que a senhora vá conosco.

– Oh, Molly querida, infelizmente não vou poder. - ela respirou fundo - Ando tão atarefada estes dias que pretendia mandar Meredith por uma lareira. Vou pedir uma permissão especial a Dumbledore e ao ministério.

– Claro que não! Meredith virá conosco! Não nos importamos, até por que vamos levar Harry e Hermione. Não seria incomodo de forma alguma! - a Sra. Weasley parecia animada com a nova amiga.

– Você comprou aquele monstro? - Rony perguntou boquiaberto.

– Rony ainda não guardou todas as coisas novas no malão. - Percy disse com voz de sofredor - Largou tudo em cima da minha cama.

– É melhor você subir e guardar tudo direito, Rony, porque não vamos ter tempo amanhã cedo - a Sra. Weasley disse alto para o filho sentado mais longe. Rony amarrou a cara para Percy.

Depois do jantar todos se sentiram satisfeitos e cheios de sono. Um a um foram subindo para os quartos para verificar as coisas para o dia seguinte, Rony e Percy estavam hospedados no quarto ao lado de Meredith.

– Ei! A Sra. Pegg deixou eu ficar aqui! - Meredith disse feliz entrando no quarto de Harry.

Ela acabou de dizer quando ouviram vozes zangadas através da parede, e foram ver o que estava acontecendo. A porta do quarto doze estava entreaberta e Percy gritava.

– Estava aqui, em cima da mesa-de-cabeceira, eu o tirei para polir...

– Eu não peguei, está bem? - Rony berrava em resposta.

– Que está acontecendo? - Meredith perguntou.

– Meu distintivo de monitor-chefe sumiu. - Percy respondeu se virando irritado para eles.

– E o tônico para ratos de Perebas também. - Rony falou jogando as coisas para fora do malão para procurá-lo - Acho que deixei o frasco no bar...

– Você não vai a lugar nenhum até achar o meu distintivo. - Percy berrou.

– Vamos buscar o remédio do Perebas. Já fizemos a mala não é Harry. - Meredith disse a Rony e desceu carregando Harry.

Estavam no corredor a meio caminho do bar, agora mal iluminado, quando ouviram outras duas vozes zangadas que vinham da sala. Um segundo depois, eles as reconheceram como sendo as do Sr. e da Sra. Weasley,

Hesitaram, sem querer que eles soubessem que os ouvira discutindo, mas a menção do nome de Harry os fez parar e num segundo momento, se aproximarem da porta da sala.

– Não faz sentido não contar a ele. - o Sr. Weasley dizia - O garoto tem o direito de saber. Tentei dizer isso a Fudge, mas ele insiste em tratar Harry como criança. O menino já tem treze anos e...

– Arthur, a verdade iria aterrorizar Harry! - a Sra.Weasley disse com a voz esganiçada. - Você quer mesmo mandar Harry de volta à escola com essa ameaça pairando sobre a cabeça dele? Pelo amor de Deus, ele está feliz sem saber de nada! Já imaginou como ele poderia tratar Meredith depois disso? Até ela de certa forma esta envolvida.

– Não quero fazê-los infelizes, quero deixá-los avisados! - o Sr. Weasley retrucou - Você sabe como são o Harry, Rony e Meredith andando por aí sozinhos, já foram parar na Floresta Proibida duas vezes! Mas Harry não pode fazer isto este ano! Nem Meredith. Quem sabe o quanto isso envolve ela?

– Quando penso o que poderia ter acontecido a ele na noite em que fugiu de casa! Se o Nôitibus não o tivesse apanhado, aposto que Harry estaria morto antes do Ministério encontrá-lo.

– Mas ele não está morto, está são e salvo, então qual é o sentido... Molly, dizem que Sirius Black é doido, e talvez seja, mas ele foi suficientemente esperto para fugir de Azkaban, e isto é uma coisa que todos supõem que seja impossível. Já faz três semanas e nem sinal dele, e não dou a mínima para o que Fudge vive declarando ao Profeta Diário, estamos tão próximos de apanhar Black quanto estamos de inventar uma varinha que funcione sozinha. E ninguém sabe o quão longe ele foi, mas temos provas do que ele fez a Lucy Miril. A única coisa de que temos certeza é que Black está atrás de...

– Mas Harry está perfeitamente seguro em Hogwarts. E Meredith também.

– Achavamos que Azkaban era perfeitamente segura. Se Black foi capaz de sair de Azkaban, então é capaz de entrar em Hogwarts.

– Mas ninguém tem realmente certeza de que Black esteja atrás de Harry... principalmente de Meredith. Mal se sabe se ele estava envolvido naquele caso.

Ouviram um baque seco na mesa e Meredith não teve dúvida de que o Sr. Weasley tinha dado um soco na mesa.

– Molly, quantas vezes preciso lhe dizer a mesma coisa? A imprensa não noticiou porque Fudge não queria que houvesse escândalo, mas Fudge foi até Azkaban na noite em que Black fugiu. Os guardas lhe disseram que Black andava falando durante o sono havia algum tempo. Sempre as mesmas palavras: “Ele está em Hogwarts... ele está em Hogwarts”. Black é desequilibrado, Molly, e quer ver Harry morto. Não sei sobre Meredith. Mas ele pode querer o mesmo, lembra-se do que houve com Lucy? Se você quer saber ele acha que se matar Harry vai trazer Você-Sabe-Quem de volta ao poder Black perdeu tudo naquela noite em que Harry deteve Você-Sabe-Quem, e passou doze anos sozinho em Azkaban pensando nisso... e quem garante que antes ele não tenha atacado Lucy? A mando do próprio Você-Sabe-Quem ...

Fez-se silêncio. Meredith chegou mais perto da porta, desesperada para ouvir mais. Puxou Harry para perto.

– Bem, Arthur, você deve fazer o que acha que é certo. Mas está se esquecendo de Alvo Dumbledore. Acho que nada poderá fazer mal a Harry ou a Meredith em Hogwarts enquanto Dumbledore for o diretor. Suponho que ele esteja sabendo de tudo isso.

– Claro que sabe. Tivemos que lhe perguntar se se importava que os guardas de Azkaban tomassem posição junto às entradas da escola. Ele não ficou muito satisfeito, mas concordou.

– Não ficou satisfeito? Por que não ficaria satisfeito, se os guardas estão lá para agarrar o Black?

– Dumbledore não gosta dos guardas de Azkaban. - Sr. Weasley disse deprimido.

– Nem eu, se você quer saber, mas quando se está lidando com um bruxo como Black, por vezes a gente tem que se aliar com gente que se prefere evitar.

– Se eles salvarem Harry e a menina... então nunca mais direi uma palavra contra eles. Mas ainda existem coisas que me intrigam sobre o caso de Lucy. - o Sr. Weasley disse cansado - Já está tarde, Molly, é melhor subirmos...

Eles ouviram as cadeiras serem mexidas. O mais silenciosamente que puderam, correram pelo corredor até o bar e desapareceram de vista. A porta da sala se abriu, e alguns segundos depois o ruído de passos lhe informou que o Sr. e a Sra. Weasley estavam subindo as escadas.

O frasco de tônico para ratos estava debaixo da mesa à qual o grupo se sentara mais cedo. Esperaram até a porta do quarto do Sr. e da Sra. Weasley se fechar, depois Meredith pegou o vidro e eles tornaram a subir levando o vidro.

Encontraram Fred e Jorge agachados nas sombras do patamar, rindo enquanto ouviam Percy quase desmoronar o quarto atrás do distintivo.

– Está conosco! - Fred sussurrou - Andamos dando uma melhorada nele.

No distintivo agora se lia Tremendo Chefão. Os dois riram quase sem vontade entragaram o tônico para ratos, depois se trancaram no quarto de Harry.

– Então Sirius Black estava atrás de você.

– E de você também... - Harry falou pensativo - Isto explica tudo.

– O por que de Fudge ter sido tão calmo porque ficou muito aliviado de te encontrar.

– E me fez prometer não sair do Beco Diagonal onde tem um grande número de bruxos para vime vigiar. E não se importar que você ficasse por perto.

– Não esqueça dos dois carros do Ministério para nos levar a estação amanha, Harry. Os Weasley vão te vigiar, e me vigiar. Por que.... você sabe... - Meredith ficou sem jeito de dizer que era filha da coisa que havia destruído a vida de Harry.

Ficaram ouvindo a gritaria abafada no quarto vizinho e imaginando por que não se sentia mais apavorado. Sirius Black matou treze pessoas com uma maldição. o Sr. e a Sra. Weasley obviamente pensavam que eles entrariam em pânico se soubessem da verdade.

– O que eu não entendo... é que relação isso tem comigo. Que relação isso tem com a minha mã... conhecida Lucy.

– Não sei. Sei por que ele esta atrás de mim, quer me matar, mas você? Por que ele poderia estar atrás de você?

- Eu.. não sei. Talvez por causa da minha familia...

– Concordo com o Sr. Weasley que o lugar mais seguro da terra é aquele em que Alvo Dumbledore estiver. As pessoas não dizem sempre que Dumbledore era a única pessoa de quem Lord Voldemort já teve medo. Com certeza Black, sendo o braço direito de Voldemort também teria medo.

Temos os guardas de Azkaban. Eles deixam as pessoas paralisadas de pavor e, se estão de prontidão a toda volta da escola, as chances de Black entrar lá são muito remotas. - Meredith falou tentando parecer positiva - A parte chata é que nem você nem eu vamos a Hogsmeade esse ano. Sabe... ele... é da minha família... e acho que dumbledor pode acabar se preocupando demais.

Olhou zangado para Meredith.

– Será que acham que eu não sei me cuidar? Já escapei de Voldemort três vezes. Não sou um completo inútil...

– Que é que se faz quando se sabe que o pior está por vir... - Meredith resmungou quase pegando no sono - Harry, pelo menos você tem uma opção.

– Eu não vou ser morto. - Harry disse em voz alta.

– E assim que se fala. - Meredith falou enquanto dava um pulo da cama. Logo depois sumiu na escuridão indo para seu quarto.



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