Touched By Hell escrita por raquelsouza, milacavalcante


Capítulo 17
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Hey cupcakes! alguém ainda acompanha a fic? Bem, espero que simPeço desculpa pela enorme demora para postar esse capitulo e por ele ter saído pequenoMas aproveitemnão esqueçam de ler as notas finais



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Ainda estava imersa em meus pensamentos quando Percy e Thalia chegaram ao refeitório. Um olhar de preocupação passou pelos seus rostos ao se juntarem a mim.

– Annabeth – chamou-me Percy. – está tudo bem?

Assenti lentamente.

– Tem certeza? – Thalia sentou-se do meu lado. – Você está branca feito um fantasma.

Enterrei o rosto nas mãos e respirei fundo. Olhei para Percy e Thalia e disse em um sussurro:

– Aconteceu uma coisa muito estranha.

– Que coisa? – os dois perguntaram em uníssono.

– Não sei, mas acho que Gabe colocou um de seus capangas atrás de mim aqui na escola. – declarei olhando fixamente para a mesa a minha frente

Percy segurou a borda da mesa com tanta força que os nós de seus dedos ficaram brancos.

– Annie, nós temos que fazer algo sobre isso.

– Quantas vezes eu preciso te dizer as consequências que isso terá se eu ousar a dizer pra mais alguém, Percy?

– Mas...

– Ela está certa, Percy. – intrometeu-se Thalia. – Gabe é um cara perigoso, e não só Annabeth como as pessoas que estão a sua volta vão sofrer.

– Você prefere deixar Annabeth ser sofrer esse tipo de coisa do que ajuda-la? – Percy irradiava raiva.

– Claro que não! – Thalia soou ofendida. – Temos que bolar um plano.

– Que plano? – perguntei.

– Não sei. – Thalia olhava fixamente para o outro lado do refeitório. – Vou me inspirar em Sherlock Homes e depois te falo.

– O que tem Sherlock Homes? – olhei para trás e lá estavam Nico e Grover segurando bandejas cheias de comida.

– Nada. – disse dando os ombros. – Thalia só estava querendo fazer uma sessão de Sherlock Homes na casa dela na próxima sexta.

Nico sorriu e sentou-se ao lado de Thalia.

Olhei para Percy e lhe ofereci um sorriso branco.

– Annabeth... – Percy inclinou a cabeça pra saída do refeitório. – Poderia?

– Claro.

Me levantei e segui Percy até os jardins da escola, me encostei em uma mureta longe de todo mundo, Percy parou em minha frente.

– O que foi? – perguntei forçando uma voz neutra.

Percy não disse nada, apenas tocou meu rosto com uma suavidade surpreendente e me fitou.

– Annie. – Percy sussurrou.

Não sabia se era o pânico e a ansiedade que eu estava sentindo naquele momento ou a carência que eu sentia bem lá no fundo, mas só de ouvir a forma com que Percy pronunciou meu nome, carregado de carinho e preocupação, pela primeira vez eu gostei de como aquilo soava.

Sem pensar em mais nada, me inclinei para frente e toquei meus lábios com os do Percy. Por alguns segundos ficamos somente assim, nossos lábios se tocando, minha respiração com a dele, e dois corações acelerados.

Eu podia sentir a pulsação de Percy em minhas mãos que estavam tocando o seu peito e por um momento eu fui capaz de me deixar pensar que ele me amava. Como me tornei uma pessoa cética em relação aos sentimentos bons, esse pensamento logo foi afastado. Ele poderia me amar como uma amiga de infância ou até como alguém da família, mas aquele amor puro e verdadeiro que vemos apenas nos casais mais antigos ou nos filmes era algo improvável. Entretanto, precisava aceitar as pequenas boas oportunidades que me surgiam e Percy era uma delas.

Fechei os olhos e encostei a minha testa na sua. Um turbilhão de emoções fez meu interior esquentar e meus olhos arderem. Eu não estava triste, isso era certo, mas não conseguia segurar.

Às vezes tinha momentos assim, em que do nada milhões de sentimentos e pensamentos me ocorriam e eu não conseguia segurar, mas em todas essas vezes eu estava sozinha, e só de pensar que há alguém comigo disposto a me ouvir e me entender me fazia sentir-se satisfeita.

Coloquei seu rosto entre as minhas mãos e beijei a sua testa e em seguida seus lábios. Ele abriu os olhos e me puxou para um abraço. Apertei-o com força, sentindo seu corpo contra o meu. Enterrei meu rosto no seu pescoço e ficamos assim por um momento, sem dizer nada.

–Obrigada. - sussurrei tão baixo que duvidei que ele tivesse ouvido.

Ele beijou meu ombro em resposta.

**

A tarde estava nublada, o cheio de chuva pairava no ar.

Eu estava no chão ao lado da porta do meu dormitório. Inconscientemente, tocava os meus lábios inchados. Eu havia passado a maior parte do meu tempo livre ao lado de Percy

– Eu sei que sou um bacaba maior – dissera ele – mas gostaria de lhe fazer uma pergunta.

– Faça, Cabeça de Alga – respondi com um longo suspiro. – E você tem razão, você é um babaca maior.

– Outch – Percy fingiu um ar ofendido. – Tudo bem. Eu... Eu gostaria de tentar novamente.

– Tentar o quê?

– Você sabe... Tentar de novo um relacionamento de verdade dessa vez.

– O outro era só de brincadeira? – mordi dos lábios.

– Não! Quero dizer, quero recomeçar sem ter aquela culpa de que estava fazendo algo de errado.

– Você está pedindo pra voltar, é isso?

– Sim.

– Me convença.

Percy me olhou com um olhar misterioso, mas o sorriso dele era diabólico.

– Tem certeza? Sabe, tem muita gente nesse recinto, mas eu não me importaria... – sua mão desceu lentamente para a barra de minha blusa.

– Não! – segurei suas mãos e sorri. – Tudo bem, tudo bem.

– Isso é um sim?

– Podemos dizer que sim.

– Pensando em como é bom voltar a namorar com o Percy? – Thalia disse tirando-me de meus devaneios.

– Oi? – disse olhando para ela. – Como você...?

– Não sabia. – interrompeu-me – Apenas supus, mas agora sei que é verdade.

Thalia tinha um sorriso minucioso no rosto, mas algo estava errado.

– O que houve? – perguntei

– Com certeza você não deve saber mas amanhã tem feriado, e no outro dia vai ter ponto facultativo então...

– Isso quer dizer que vamos para casa e Gabe vai se aproveitar disso.

– Nós poderíamos sair para a praia, mas meu pai está lá e não quero isso.

– Tudo bem, eu entendo. – disse séria. – Eu não posso fugir toda vez disso.

– Eu queria poder fazer alguma coisa sobre isso.

– Mas você não pode.

– Infelizmente.

Thalia pegou a minha mão e ficamos olhando para a frente em silêncio. E mais uma vez eu pude me alegrar porque em meio a tudo que vem acontecendo, eu poderia contar com uma verdadeira amiga.

Estava sentada em minha cama lendo um livro escolar enquanto Percy bisbilhotava minhas coisas pela milésima vez.

Nunca gostei que as pessoas mexessem em minhas coisas, mas estava tentando relevar isso, só que Percy estava fazendo tanto barulho que por um momento me exaltei.

– Dá pra parar? – falei entre dentes.

– Desculpe. – Percy deixou um punhado de fotos em cima da minha mesa e se dirigiu até a janela - Desculpe.

– O que deu em você Percu? – perguntei com uma voz mais suave.

– Nada.

– Diga logo.

Percy mordeu o lábio inferior e depois de algum tempo falou

– Onde é? – perguntou.

– Onde é o que? – não faço a mínima ideia do que ele está falando.

– Onde... Onde acontece... – ele não termina a frase.

Mexo-me desconfortavelmente na calam. O dia está escaldando e, mesmo que seja fim de tarde, o calor ainda é insuportável.

– Porque você quer saber? – pergunte. Minha voz saiu incrivelmente normal.

– Porque sim. – Percy se sentou em uma cadeira. – Onde é o local?

– Saindo da cidade, em direção a floreta. – digo – ele pega uma estrada de barro, no final dela existe uma cabana... – parei de falar quando eu vi um misto de tristeza e supressa passar pelo rosto de Percy.

O lugar era importante para ele. Ou foi.

– Você já esteve lá? – perguntei.

Percy assentiu.

– Ele costumava me levar para pescar ali. – sua voz era um sussurro. – Minhas melhores lembranças da infância desde que você foi embora aconteceram ali.

Abaixei o olhar e comecei a observar minhas mãos. Depois de um tempo, levantei e fui até a cadeira, sentei-me no colo de Percy, dando-lhe um meio abraço.

– Me desculpe. – disse eu seu ouvido.

– Pelo o que? – podia sentir que Percy estava sorrindo timidamente. – Não é culpa sua.

– Mas... – Percy calou-me com um beijo.

– Adoraria ficar aqui a tarde toda mas tenho alguns assuntos pendentes para resolver.

Levantei-me e voltei a sentar em minha cama.

– Tudo bem.

Antes de sair, Percy beijou minha testa e me deu um sorriso.

Deitei na cama e tentei dormir, tentando em vão não pensar no que iria acontecer mais tarde.


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Notas finais do capítulo

Bem, eu recebi as mensagens de alguns de vocês cobrando capitulo mas devo dizer que nos não abandonamos a fic, só estamos passando por ua crise de criatividade, fora que este é o nosso ultimo ano na escola e os vestibulares estão tomando nosso tempo (O ENEM É AMANHÃ!!!!)Sobre o capitulo, vocês concerteza ficaram tipo "que diabo é isso" mas prometo que isso é importante pro proximo capitulo (que não sei quando vai sair) Peço a vocês que não desistam de ler, até o final do ano TBH terá acabado E uma noticia: ESSE É O PENULTIMO CAPITULO DA FIC! Triste, não?Mas enfim, qualquer pergunta ou caso vocês queiram me encher o saco dizendo para vir escrever, podem mandar perguntas pro ask http://ask.fm/EiQuel ou me seguir no twitter https://twitter.com/lightwoodsBeijos e até o proximo, Raquel.