O Dia Em Que Tudo Mudou escrita por samurai girl


Capítulo 10
A decisão de Kakashi


Notas iniciais do capítulo

Ola!!!
Mais um capitulo para voces.
Espero que gostem tanto de ler, como eu adorei escrever. ( principalmente a parte de Gaara) kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Bem obrigado por todos os maravilhosos comentários. OS vou responder em seguida.
Boa leitura.



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Uma semana se passou...


A vida de todos os sobreviventes do fatídico acidente continuou, para alguns continuou como um sonho, para outros... Um pesadelo do qual precisavam acordar.

Nessa semana que se passou Yuki com a ajuda de Gaara alugou um quarto para ambos ficarem, afinal não tinham para onde ir. Se bem que para a jovem Yamamoto a ideia de ficar sozinha num quarto com o ruivo não era boa, nem um pouco boa.

Já Gaara não podia dizer o mesmo...

Com Yuuki a semana passou tranquila e animada. Estar de volta era maravilhoso, poder reencontrar Naruto após tantos anos, e após aquele acidente trágico, só fez com que a relação deles se intensificasse, nenhum deles queria perder um ao outro. Ambos se adoravam e não deixariam que nada de mal sucedesse.

Eles eram os irmãos Uzumaki, unidos até ao fim.

Com Kiel e Hinata as coisas correram melhores, a jovem Hyuuga quando saiu do Japão não saiu de mãos abanando. Logo que teve oportunidade, acertou alguns detalhes burocráticos para poder usar o dinheiro da sua conta e o trocar pela moeda Francesa. Assim ela e o jovem Kurogami se instalaram numa pensão apreciando a companhia um do outro, tentando aprender mais um sobre o outro.

Aproveitando o novo relacionamento.


Kakashi passou sua semana confinado num quarto de motel. Apesar de ter a tarefa de matar Jun, e de per prometido a Lucian que o faria, o coração do homem grisalho não o permitia. Ele estava apaixonado por aquela doce, linda e maravilhosa Hinday. Por mais que tentasse lutar, e ele tentou, não havia volta a dar, não havia remédio.

A amava e não a poderia matar, caso contrario estaria se matando a si mesmo.


Jun para infelicidade de Lucian aproveitou a ultima semana para descansar, colocar as ideias em ordem, e matar as saudades da musica, logo que conseguiu a jovem se jogou no piano velho e poeirento que seu irmão possuía.

Apesar de todos os esforços que Lucian fazia para jogar Jun para fora de casa, foi em vão. A irmã não estava definitivamente com vontade de sair.

Sendo assim, se Jun não saísse... Kakashi não a poderia matar. Isso preocupava o mais velho dos herdeiros Hinday. Mas se Jun não fosse até Kakashi... Ele traria Kakashi até ela.

E Sasuke, depois de ter encontrado Itachi, e saber que ele e seu comportamento rude e egoísta tinham sido a causa do desaparecimento de Itachi... Seu mundo caiu.

Sasuke passou a semana vagando pelas ruas de Proença, dormindo em qualquer esquina e roubando frutas dos mercados, seus bolsos estavam mais vazios que um poço sem fundo. O mais novo dos Uchiha não sentia vontade de nada. As palavras do irmão tinham sido um tiro no peito, um rasgar da sua alma.

Itachi... A única pessoa com realmente se importava... Não o queria por perto.

Sem duvida essa fora a semana mais longa da vida de Sasuke.


Nessa semana nenhum deles se cruzou...

Atualmente


Gaara se olhava no pequeno e redondo espelho de parede, nele via refletida a imagem da cicatriz que tinha na testa. Cicatriz que fez por amor, amor o qual que foi desprezado. Provavelmente isso desanimaria qualquer um...

Mas o ruivo não era qualquer um, Gaara sentia que já tinha sofrido muito, sua vida já tinha sido cinzenta de mais, e aquela morena difícil era o que lhe traria alguma cor. Então se ele tivesse que cortar a língua para ela entender que o que sentia era verdadeiro... Ele o faria sem olhar para o lado.

O ruivo suspirou desviando os olhos do espelho e se jogou no pequeno sofá que tinham no quarto. Na verdade o sofá mal cabia naquele cubículo.

O quarto era um quadrado pequeno, composto por uma cama de solteiro na qual Yuki dormia, um frigorifico pequeno, um sofá minúsculo, uma televisão e um banheiro.

Demasiado pequeno e apertado para duas pessoas. Ainda mais duas pessoas que precisavam de privacidade para quase tudo, trocar a roupa, tomar banho, vestir pijama, despir pijama, mudar calcinha, mudar cueca, passar creme, escovar os dentes.

Definitivamente era muito pequeno para eles os dois.

– Droga. – Gaara murmurou se remexendo no sofá sentindo alguma coisa picar seu traseiro.

Emburrado o ruivo remexeu no sofá procurando pelo que o estava incomodando, e quando suas mãos enlaçaram o dito cujo, seu rosto ficou tão ou mais vermelho que o cabelo.

– Um... Soutien... – Disse embasbacado segurando a peça de roupa vermelha na mão.

Por um segundo se sentiu tentado a cheirar a peça, mas se conteve. Se Yuki o visse fazendo tal coisa o mataria, alias se ela o visse com aquilo nas mãos ela o decapitaria.

Gaara suspirou ainda com o soutien nas mãos.

– Ei, mas eu não deixo minha cueca espalhada por ai... – O jovem murmurou apertando a peça na mão. – Então ela também não pode deixar esse trapo por ai. – Disse firme e decidido

Sem pensar muito, na realidade sem pensar nada. Dirigiu-se ao banheiro e abriu a porta rapidamente e jogou o soutien em cima de Yuki. E só depois é que o ruivo se deu conta do que fizera.

– TA LOUCO? SEU TARADO! – Yuki berrou furiosa se cobrindo com uma toalha, a jovem acabara de sair do banho no momento em que o ruivo abriu a porta, foi inevitável ele ver o que não deveria. – SAI DAQUI. – Voltou a gritar Yuki jogando um dos chinelos na cabeça do ruivo, que finalmente voltou a si mais vermelho que um tomate maduro, e saiu fechando a porta do banheiro.

Gaara encostou-se à porta do banheiro ofegante e com o rosto fervendo. Deixou o corpo escorregar até ao chão imaginando o que Yuki faria com ele depois. E murmurou ainda em transe pela imagem dos deuses que tinha visto.

– To ferrado...

.................................


Hinata e Kiel assistiam a um programa de televisão chato, ambos estavam deitados na cama abraçados. Apesar de aquele relacionamento ser recente, muito recente Hinata se sentia segura e confortável perto do jovem Kurogami, sentimento que já vinha desde aquela ilha. Mas agora sem estarem presos em lugar nenhum, poderem estar ali juntos era simplesmente... Fantástico.

– Kiel... – Hinata chamou sussurrando recebendo a atenção do companheiro. – Posso fazer uma pergunta? – Questionou com o rosto vermelho. Não importava sem estavam namorando ou não, a jovem Hyuuga não conseguia deixar a timidez de lado.

O jovem moreno mostrou um pequeno sorriso e respondeu.

– Ainda pergunta se pode? – Sorriu novamente e cotocou levemente o nariz de Hinata que fez um careta.

Por um momento a Hyuuga ficou pensativa se questionando se deveria fazer aquela pergunta. Não queria que Kiel a achasse demasiada curiosa ou insistente, mas se preocupava com ele e não podia deixar de questionar.

– Naquele dia que você desmaiou na ilha, eu gostaria de saber o que realmente aconteceu. – Soltou tudo de uma vez evitando olhar nos olhos negros do Kurogami.

Kiel suspirou, sabia que Hinata podia ser tímida, mas não era burra, e mais cedo ou mais tarde ela iria querer saber ao certo o que tinha acontecido.

Mentir? Sim, era uma opção, mas não uma opção valida para ele.

Ele apertou mais Hinata nos braços e apoiou a cabeça nos seios dela, sentindo segundos depois caricias gostosas na nuca.

– Naquele dia, o que realmente aconteceu foi derivado a uma doença rara. – Contou e fez uma pausa. Sentia o coração de Hinata pular rapidamente. Ela tinha ficado assustada. – Mas não se preocupe em breve irei me encontrar com um medico de renome ele pelo que me contou fez grandes progressos no estudo da minha doença. – Concluiu e apertou mais os braços em torno do corpo da jovem.

Hinata sentia os olhos ficarem pesados e o coração apertado. Sabia que algo não estava bem com Kiel, na verdade ninguém desmaia se tudo estiver bem. Mas doença rara? Isso a amedrontava imenso. Quais os riscos dessa doença que pelos vistos ela sabia tão pouco a respeito.

– Quais... Quais os riscos que essa doença trás? – Hinata questionou a medo com os olhos embaçados de lagrimas e a voz sufocada.

Kiel ergue a cabeça e retirou os braços de torno do corpo da morena. Com um dos dedos limpou algumas lagrimas que lhe manchavam o rosto vermelho e perfeito.

– Hinata... – O jovem Kurogami sussurrou aproximando o rosto do da Hyuuga. – Não falemos sobre isso. – Pediu mostrando um pequeno sorriso, e sem dar tempo de Hinata responder ou protestar uniu sua boca com a dela.

Não demorou muito para que todas as preocupações se fossem, o beijo que começou calmo se tornou quente e urgente. Entre beijos, caricias e trocas de amor. Hinata e Kiel se amaram pela primeira vez.


..........................


– Não importa, venha para cá. – Lucian falava ao telefone trancado no cômodo que usava como escritório. – EU DISSE PARA VIR PARA CÁ. – Gritou raivoso batendo o punho na mesa de pinho.

Eu não sou surdo, mas não dá. Eu disse para ela que não te conhecia. – Outra voz se rebatia do outro lado da linha.

– Deixa de ser burro Kakashi. Venha para cá simplesmente. Eu trato do resto. – Lucian mais calmo tentava com que o grisalho entrasse no seu esquema.

–Sim, eu vou para ai. E depois? – Kakashi questionou sem vontade.

Lucian bufou e rolou os olhos.

– Você vem, e eu saio. Assim vocês ficam sozinhos, é a oportunidade certa para você matar Jun e não haver alguma testemunha nem desculpas. – O mais velho dos Hinday mostrava todo o entusiasmo na sua voz esganiçada resaltando a ultima palavra. – Agora venha logo. – Ordenou por fim e desligou o telefone na cara de Kakashi.

Lucian suspirou pesadamente. Ou era hoje ou daria em louco. Se Kakashi não fosse capaz de completar o serviço, contrataria outra pessoa para matar Jun, e Kakashi por ser um incompetente.

– É hoje irmãzinha. – Disse sorridente mostrando todos os dentes.

Jun lia um livro na sala, era de um escritor chamado Paulo Coelho e o livro em si parecia muito interessante, o intitulavam de o Alquimista. Ler era uma forma de levar sua mente para longe dos pensamentos que a atormentavam, em especial uma pessoa.

Kakashi.

Sempre que ficava sozinha ou não se entretia com algo seu pensamento caia sobre aquele homem grisalho que tanto mexeu com seu intimo. E para mais que para abalar tudo de uma vez, o ultimo dia na ilha foi à queda da sua sanidade. Simplesmente não o conseguiu tirar da cabeça, não conseguiu esquecer as suas mãos passeando por todo o seu corpo...

E no fundo nem queria esquecer.


– Jun. – Lucian chamou entrando na sala. – Vou ter que sair um pouco, mas estou esperando uma visita de negócios. Se aparecer alguém o receba. – Informou escondendo um sorriso maldoso por trás do meio sorriso fingido que mostrava.

Jun bufou, não gostava de ter que receber visitas que não lhe eram destinadas. Mas tendo em conta com o péssimo humor com que Lucian andava retaliar não seria sensato.

– Tudo bem. – Murmurou sem animo afundando mais a cabeça no livro.

Lucian voltou a mostrar o seu melhor sorriso de cobra. E antes de sair se aproximou de Jun.

– Eu te adoro. – Disse beijando o topo da cabeça da irmã. Aquilo era mais um beijo da morte.

E sem olhar para trás se foi, deixando Jun ali sozinha entregue para Kakashi.


Alguns bons minutos se passaram.

Jun continuava lendo o livro que tinha tendência a ficar cada vez melhor. No fundo pedia para que essa tal visita não viesse. Só queria ficar sozinha.

Mas isso era pedir muito.

– Droga. – Resmungou ouvindo duas batidas fortes na porta. – Estou indo. – Gritou para que quem estivesse do outro lado não voltasse a bater no pedaço de madeira que todos apelidavam de porta.

Kakashi esperava que Jun abrisse a porta. Para ele estar ali era uma asneira. Mas não podia simplesmente negar na cara de Lucian, se o fizesse corria o risco do homem sem escrúpulos contratar outra pessoa que não pensaria duas vezes em matar Jun a sangue frio.

E para isso não acontecer, Kakashi estava decidido a fazer algo que poderia ser uma insanidade maior do que se apaixonar por Jun, uma loucura maior do que matar Megan, mas para salvar aquela menina por quem nutria sentimentos fortes e profundos, era a única hipótese que via no momento.

Contar a verdade.

..............................................


Naruto terminava de comer uma fatia de pão de queijo, juntamente bebeu um copo grande de leite com chocolate, na verdade era mais chocolate com leite. O loiro tinha planos para hoje. Um dia lindo não podia ser passado em casa, ainda mais com Yuuki ali.

Com um sorriso bobo saiu da cozinha e se dirigiu á sala onde a irmã assistia um desenho animado sem piada, assistia por falta do que fazer.

– Vamos sair? – Naruto sugeriu com um sorriso aberto.

Yuuki suspirou e olhou para o irmão.

– E aonde você quer ir? – Sua voz não mostrava muita vontade de sair do sofá.

O loiro rolou os olhos e num momento seguinte desligou a televisão recebendo um olhar mortal daqueles que só uma Uzumaki furiosa sabia dar.

– Deixa de ser folgada. – O loiro resmungou e puxou a irmã pelo braço. – Vamos sair e pronto, apanhar ar. – Disse arrastando Yuuki para fora de casa.

Os dois caminhavam pela rua, Naruto sorria como um grande bobo que era. Yuuki ao seu lado caminhava emburrada, realmente não estava com vontade de passear.

– Eu disse que não queria sair. – A loira resmungou cruzando os braços acima do peito.

– E se formos comer um gelado daqueles com cobertura de chocolate que você tanto gostava quando era pequena? – O gêmeo de Yuuki sugeriu piscando o olho.

Como que por magia um sorriso enorme surgiu no rosto de Yuuki. Naruto sabia exatamente como a convencer e animar. Não importava o tempo que ficaram longe, eles se conheciam um ao outro tão bem como a eles próprios.

Os dois caminharam alegres e trocando algumas palavras sobre idiotices, e discutindo sobre qual personagem de uma serie que assistiam era o melhor. Coisas de irmãos com falta do que fazer.

Para comerem o tal gelado, tiveram que sair da zona rica da cidade, o gelado que procuravam era vendido em carinhos de rua, apenas encontrados nas zonas menos ricas da cidade. A zona onde eles estavam não era propriamente bonita, era uma área com casas velhas e outras abandonadas, alguns cafés pequenos e vazios, e algumas pessoas dormindo na rua. Poderia ser chamada uma zona de terceiro ou quarto mundo.

– Que horror. – Yuuki murmurou vendo as pessoas que dormiam na calçada cobertas por caixas de papelão, ninguém merecia viver daquele jeito.

– A vida não é simpática e sorridente para todos. – Naruto respondeu ao murmúrio da irmã com outro murmúrio. Não era bonito de se ver, mas era por ali que encontrariam o gelado que procuravam.

Por mais alguns minutos os dois irmãos caminharam conversando tentando não olhar demasiado para as pessoas em seu redor. E seria uma missão comprida, se algo não tivesse despertado a atenção da jovem Uzumaki.

Yuuki parou de andar e olhou fixamente para um pequeno beco humido, nele se encontrava um jovem com a cabeça baixa, as roupas rasgadas e cabelos negros, o chão perto do jovem estava coberto por varias gotas de sangue.

– Você o conhece? – Naruto questionou olhando para onde a irmã olhava.

Alheia ao comentário de Naruto, Yuuki aproximou-se do jovem e murmurou incrédula.

– Sasuke?

O jovem ao ouvir seu nome ergue com dificuldade o rosto, deixando evidentes as feridas que lhe cobriam toda aquela área.

– Ho meu deus, Sasuke. – A loira gritou aflita e correu para perto de Sasuke o apanhando nos braços antes do moreno deixar o corpo inconsciente cair. – O que houve com você... – Murmurou com o coração não boca.

Não podia dizer que era propriamente amiga de Sasuke, mas também não o odiava. Então, não podia ficar indiferente ao estado em que o moreno se encontrava. Algo muito grave deveria ter acontecido para alguém tão rude como Sasuke estar na rua ainda mais naquele estado deplorável.

– Me ajuda Naruto. – A loira pediu aflita tendo dificuldade em suportar o peso do Uchiha.

Rapidamente Naruto se colocou ao lado da irmã, e a aliviou do fardo de carregar Sasuke.

– Vamos leva-lo para casa, depois veremos. – O Loiro disse olhando com extrema agonia o moreno nos braços. O rosto daquele jovem parecia carregar um grande sofrimento.

Sem dizer mais uma palavra os dois irmãos pegaram o primeiro taxi que encontraram e levaram Sasuke para a casa deles.

O depois logo se veria.



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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim.
Me desculpem algum erro que tenha passado.
Nos vemos em breve.
Beijaoooo



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