Hermione estava na Enfermaria, acabada. Havia quebrado um braço, duas custelas e teria sequelas pelas repetidas Maldições. Mas isso não fora a única coisa que a ferira. Os seus óssos e as dores momentânias e perca de consiência temporaria as vezes, passariam, mas não o seu coração.
As palavras de Draco ainda escoavam em sua cabeça, e doiam em seu peito. Pensar que ele não a amava... Um Crucio é menos doloroso. Ele falara que tudo fora uma mentira e que ela só fora uma forma de conseguir informações.
Isso a cortava.
A fazia imaginar que ninguém a amara ou amaria. Rony sempre a amou como amiga, e as pouas vezes que ela pensou que isso não fosse verdade, ela se enganou. Draco acabara de falar que não a amava. Nunca houve mais ninguém. Isso fazia ela delirar em seus periodos de inconciência.
"Hermione - falava Draco - ninguém nunca amaria uma Sangue-Ruim imunda metida a Sabe-Tudo, feia, chata e irritante? Que tem coragem de levantar a mão para um garoto? E que perde de Dez a Zero em qualquer garota que se vê por aí?"
Ela se via chorando em seu sonho e logo quem aparecia ao lado de Draco era Ron:
"Você realmente acha que eu gostava de você? Realmente? Isso é tão impossivel, como improvavel. Você sempre foi uma irmã pra mim. Se não, menos que isso. Eu nunca nem percebi que você é uma garota, afinal, você não se comporta muito como uma. Fala sobre assuntos pouco comuns para gorotas. Você tem certeza que é uma garota?"
Então aparecia Harry:
"Eu sei que você nunca gostou de mi deste jeito, mas eu não sei como você achou que eu poderia confundir meus sentimentos ou a minha cabeça por causa daquele beijo. Você não é nada se comparada a Gina..."
Então Hermione acordava suando frio e tremendo. Madame Pomfrey interpretava como se fosse por causa das maudições, mas ela sabia que não isso. Ela já pensava nisso fazia tempos, só que agora, ela chegou a confirmação daquilo.
O que Draco disse podia ser verdade, e o que todos diziam durante os seus "sonhos" podia ser verdade. Ela não queria acreditar que era verdade, mas não conseguia.
Na quita vez que ela teve esses delirios e ficou chorando, ela acordou com repetidos chamados. "Mione, Hermione, Mione, Hermione"
Quando ela abriu os olhos, ela viu Harry e Ron a olhando com caras preocupadas. Hermione limpou os olhos e o rosto, e em seguida se sentou.
– Oi garotos... - ela sorriu, fraco.
– Está tudo bem? - peruntou Ron.
– Eu que pergunto...
– Eu estou melhor, parece que hoje a noite a Pansy tirou a Maldição.
Hermione encarou Harry para ter certeza disso, dirigindo um olhar para o amigo que mais pareia estar perguntando "Tem certeza?". Harry só deu um leve sorrido e acenou com a cabeça, o que deixou Hermione muito mais calma.
– Que bom, Ron... Fico feliz.
– É, eu também. - assim, Ronald ficou muito vermelho ao acrescentar - olha, Mione, eu não espero que me perdoe, mas eu não posso deixar de pedir desculpas por tudo o que eu posso ter te feito.
– Tudo bem...
Hermione encarou o nada novamente, pensando "Uma irmã, sendo novamente tratada como uma irmã e nada mais". Mesmo que ela não amasse o Ron como amasse Draco, ela sempre nutriria alguns sentimentos por ele, afinal, ele fora o seu primeiro amor.
– Então Hermione, como você está? - perguntou Harry tentando fazer Hermione "voltar".
– Eu estou bem - falou ela sorrindo - as costelas estão um pouco melhor, e o braço já está quase bom. Eu vou poder sair daqui hoje ainda.
– Fico feliz em saber disso. - falou Harry - A Gina perguntou de você, mas eu preferi que ela não viesse ela iria se extressar e isso, então eu achei melhor. Não é muito bom para o bebê.
– Tudo bem, eu vou falar com ela. E eu não quero que nada de mal aconteça com o pequeno James. Eu já sou uma madrinha coruja, se não sabe...
– James? - perguntou Harry com uma feição confusa.
– Oh, me desculpe. Não era para falar... A Gina queria te contar isso.
Harry logo abriu um grande sorriso bobo. Ele estava se imaginando com o filho nos braços. James. O nome de seu pai... E o pai se torna filho, e o filho se torna pai. Os lindos olhos verdes de Harry enxeram-se de lágrimas. Esse era o melhor presente que alguém poderia ter lhe dado.
– O nome do meu pai... - Harry falou com algumas lágrimas caindo pelo seu rosto.
– Ah, agora eu estou me sentindo culpada. Não era para eu ver a sua reação, Gina que deveria fazê-lo, ela que teve a idéia.
Harry e Ron só riam com esse comentario.
– Quando você sair daí, você avisa agente, ok? - pergutou Ron.
– Tá... - falou ela.
– Ela não pode, ela tem algo pra fazer...
– O que? - perguntou Hermione.
– Você sabe... - com essas palavras, o rosto de Mione suavizou, e ela deu um sorriso e concordou com a cabeça.
– Antes de ir embora, tenho uma coisa pra você. - falou Harry lhe entregando um pacote. - É só um impréstimo... Eu quero ele amanhã de manhã.
– Ok - falou Hermione mordendo o lábio enquanto sorria.
Ron deu um beijo na bochecha de Hermione e deu um tchau rapido. Quando Harry o fez, ele colocou um papél na mão de Mione. Quando eles saíram, ela abriu o papél e viu, em uma caligrafia inesquecivel.
"Na sala Precisa, Meia Noite"
Ela sorriu e abriu o pacote que HArry lhe entregara. Dentro estava a Capa da Invisibilidade. Harry esperava que ela fosse.
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Quando Hermione entrou na Sala Precisa, foi surpreendida por um beijo e um grande abraço. Ela se sentiu mais segura naqueles braços. Mesmo que tenha se sentido amedrontada.
Ela logo setiu os melhores lábios contra os seus. Os lábios dele. Fora um beijo inesquecivel e definifivamente perfeito.
– Eu te amo, eu te amo muito, nunca se esqueça disso... - falou ele, a abraçando forte.
– Eu também te amo, Draco.
– Me desculpe pelo que eu fiz, meu amor - falou Draco, enquanto depositava selinhos pelos lábios da garota.
– Tudo bem...
– Me desculpa pelo que eu disse, me desculpe pela humilhação, desculpe pela Pency e pelo Snape...
– Ok. - falou ela, enquanto derramava algumas lágrimas.
Eles dois conversaram por um tempo, se beijaram e acabaram por algumas vezes, choraram e riram juntos. Logo eles estavam sentados no chão, se encarando.
– Você nãotem idéia do quanto me doeu ter seguido aquele plano, Mi...
– Sim... Eu tenho. - falou ela, encarando uma das paredes. - A Madame Pomfrey falou que eu vou ter sequelas pelo da minha vida.
–Eu sinto muito - falou ele, olhando para o dolorido rosto dela.
Draco a puxou para mais perto, a colocando sentada encostada nele.
– Draco... E se o que você falou era verdade? E se eu sou mesmo o que você disse? Nada mais que uma Sangue-Ruim, chata, irritante, sabe-tudo e... feia? - falou ela, enquanto sentia algumas lágrimas escorrendo pelo seu rosto.
– Nunca mais repita isso! Eu menti em tudo aquilo, você não é nada disso. Entendeu? Você é linda, legal e inteligente. Aquilo era fingimento... Eu não acredito em nada disso, e não quero que você acredite.
Assim, Draco a abraçou forte, e não a soltou até eles acordarem deitados no chão, na manhã seguinte.