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~ Primeiro Mês ~

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Edward, sendo como só ele conseguia ser, alternava seu humor entre um estado de calmaria sonhadora e um estado de pequenos surtos a cada minuto.

Eu ficava irritada em alguns momentos, como por exemplo quando ele cismava de parar de andar a cada cinco minutos com a desculpa de que eu precisava descansar, ou quando ele exigia que eu respirasse a cada degrau que eu subia.

Em outros momentos, no entanto, era impossível não me derreter. O maior exemplo era de quando estávamos no avião, voltando da Itália. Durante o desembarque ele ficou na fila atrás de mim, sua mão firmemente posicionada logo abaixo do meu umbigo, como se quisesse proteger nosso mini bebê de qualquer esbarrão possível.

Alice havia preparado uma pequena recepção para nós, onde todos os Cullen estavam presentes, além da presença de Jake, Leah e JJ, que parecia ter crescido alguns centímetros em uma semana.

Emmett fez piada com o fato de Edward não desgrudar de mim, dizendo que o homem estava viciado depois de tanto tempo a sós comigo. Rosalie bateu nele imediatamente, tendo como desculpa as oscilações de humor na gravidez, mesmo com todos sabendo que ela agiria assim em qualquer momento da vida.

Esme, vez ou outra, me olhava de canto de olho, fazendo com que eu suspeitasse de que ela sabia de alguma coisa, ou pelo menos desconfiava.

Carlisle estava engajado em uma conversa com Jasper e Jake. Eu não conseguia entender exatamente sobre o que falavam, mas desconfiava que se tratava de trabalho.

JJ estava confortavelmente acomodado em meu colo, permitindo que Leah fosse distraída por uma Alice feliz em dividir seus planos de uma tarde de compras com alguém que não fosse eu ou Rose.

Rosalie estava comendo como eu nunca vira antes. A cada momento que eu a olhava ela estava provando algo diferente, alegando que Emmett já prometera que a amaria mesmo gorda, o que fez com que ele sorrisse e fosse dar um beijo em sua testa, murmurando um “pode contar com isso”, antes de ir se juntar a conversa dos homens assim que o assunto mudou para esportes.

– Você tem jeito. – ouvi Edward falando ao pé do meu ouvido, enquanto me olhava brincar com os dedinhos de JJ.

– Você acha? – perguntei.

– Você já ganhou o coração dele antes mesmo que ele saiba dizer “apaixonado”. – ele comentou rindo.

– Pobrezinho. – respondi rindo junto – Mal sabe ele que há muito tempo meu coração já é de outro.

Recebi um beijo na bochecha e JJ desviou os olhos para Edward. Vez ou outra ele encarava um pouco e, muito raramente, tentava alcançar os cabelos cor de cobre, mas logo desistia, voltando seu foco para mim.

– Será que podemos pedi-lo emprestado? Precisamos treinar. – Edward comentou tão seriamente que precisei rir de sua ideia, atraindo alguns olhares momentâneos das outras pessoas para nós.

– Precisamos contar a todos antes. – sussurrei de volta quando deixei de ser o centro das atenções.

– Acho que meu pai vai perder todos os cabelos quando perceber que está prestes a ser avô duas vezes. – Edward brincou olhando para Rose, que encarava a mesa decidindo o que provaria.

– Sua mãe vai chorar. – falei imaginando a cena.

– Rosalie vai se sentir ameaçada ao saber que tem outra grávida para competir pela comida. – ele brincou rindo perto do meu ouvido, me provocando cócegas.

– Queria saber como ela consegue continuar linda. – respondi reparando que o corpo dela havia sofrido algumas mudanças, mas ela continuava parecendo estar pronta para sair em alguma capa de revista.

– Eu queria saber o que você faz para continuar linda assim. – Edward finalizou sua resposta com mais um beijo.

– Atenção, pessoal! – Alice gritou, chamando atenção de todos – Eu tenho uma notícia!

– Sobe na mesa, anã! – gritou Emmett, fazendo com que houvesse uma rodada de risos – Não consigo te enxergar aí embaixo!

– Vou subir em cima de você, se não calar a boca! – ela respondeu, acabando com qualquer ideia de que era uma baixinha indefesa.

Leah veio pegar JJ comigo e todos nós nos calamos para dar a devida atenção que a pequena mimada exigia.

– Há algum tempo atrás Jasper assinou um contrato com uma boutique que estava indo mal nos negócios. Misturando a astúcia do meu marido e a minha criatividade, a micro empresa foi salva e eu finalmente vou ver um desfile exclusivo com as minhas criações! – ela falou mal cabendo em si de animação e logo pulando em cima de Jasper, que a recebeu de braços abertos.

Todos nós a cumprimentamos e não pude deixar de comentar que sempre soube que ela seria uma estilista de grande sucesso.

Ao final dos cumprimentos Edward chamou a atenção para si.

– Certo, família, agora é a minha vez! – ele gritou levantando a taça que estava em sua mão – Eu tenho uma notícia ainda mais impactante! Ou melhor, nós temos.

Assim que Edward me ofereceu sua mão, em um gesto claro para eu ficar ao seu lado, pude ouvir Esme respirando fundo, provavelmente antecipando o que viria a seguir.

– Nós vamos ter um bebê! – ele falou com a voz cheia de orgulho e carinho, colocando sua mão pouco abaixo do meu umbigo, onde era seu novo lugar favorito do meu corpo.

A comoção foi completa. Esme chorou. Carlisle e Edward tiveram o típico abraço de macho, com direito a diversos tapas nas costas. Alice saltitou gritando que seria madrinha e Rose me abraçou forte, tentando esconder seus olhos começando a lacrimejar. Emmett acusou Jasper de ser frouxo, por ter ficado por último na maratona “Mais uma Geração”. Leah e Jake me abraçaram com ternura e Jake e Edward trocaram um aperto de mão enquanto Jake dava as boas vindas ao clube dos papais.

– Chega de boiolagem! – Emmett gritou atraindo a atenção de todos.

Esme ainda estava tão emocionalmente abalada que não conseguiu o repreender pelo linguajar.

– Emmett! – Rose gritou dando um tapa em sua nuca, fazendo com que eu percebesse que ela não deixaria nada passar.

– Ai, mulher! – Emmett reclamou – Deixa eu dar a notícia.

– Não vai ser melhor do que a minha. – Edward respondeu vindo me abraçar por trás, trazendo agora suas duas mãos em volta de onde nosso mini bebê provavelmente estava.

– Espere e verá – Rose respondeu olhando-o de lado, como se ele fosse a mais insignificante das criaturas.

– NÓS TEREMOS GÊMEOS! – Emmett gritou e a balbúrdia foi completa.

Entre muitos abraços, risos e piadas nossa primeira noite de volta, depois da viagem a Itália foi incrivelmente melhor do que eu poderia imaginar.

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Nós passamos os dias seguintes resolvendo os papéis da compra da casa e terminando a mudança do nosso antigo apartamento para o nosso novo lar.

Esme não descansou enquanto não permitimos que ela se envolvesse e alterasse algumas coisas. Provavelmente foi dali que Alice herdara sua mania de não aceitar “não” como resposta.

Jake, Emmett e Jasper apareciam sempre que podiam, assim como suas respectivas esposas. Enquanto os homens trabalhavam sob as ordens de Esme, as outras mulheres me arrastavam para papos de meninas.

Eu tinha a forte suspeita de que Edward era cumplice de toda essa força para me impedir de participar ativamente da mudança, mas quando o assunto era bebês eu não poderia reclamar. Eu estava louca para absorver qualquer informação possível.

Com a gravidez recém descoberta e sem experiência alguma com crianças, eu já estaria em desespero se não fosse a felicidade enorme que me atingia sempre que eu lembrava do nosso mini bebê dentro de mim.

Antes primeira consulta com a obstetra eu estava fortemente agarrada à esperança de que ela tirasse minhas dúvidas e me apontasse alguma direção à qual seguir.

Edward fora comigo, é claro. Nós éramos dois opostos na sala de espera. Eu estava tensa e rígida, como se eu fosse sofrer uma série de torturas lá dentro. Ele, por outro lado estava completamente animado e ansioso, como se fôssemos entrar em um parque de diversões.

Fora um tanto cômico. Eu provavelmente nunca havia sido tão examinada. A médica fizera muitas perguntas, fizera todos os exames clínicos possíveis e ainda me passara alguns pedidos de exames laboratoriais.

Ao final eu saí satisfeita com algumas orientações que eu recebera, especialmente sobre esforços e comida, enquanto Edward saíra com um beicinho, por ainda não ser possível saber o sexo do bebê.

Enquanto isso, focávamos em coisas neutras e em reajustar nossas vidas na nova casa, especialmente com o novo trabalho de Edward e com o que o retorno da minha memória alteraria no meu.

Me surpreendi pela sorte que eu tive de não sentir enjoos. Cheguei a ficar preocupada (e preocupar Edward), mas uma breve ligação para a obstetra, que nos explicou que isso variava de mulher para mulher, e poderia vir a acontecer mais posteriormente, nos tranquilizou.

Edward estava se tornando um chicletinho, grudado em mim a cada momento que ele podia, fazendo questão de manter sua mão em contato com a parte inferior do meu umbigo.

Eu tentava fazer cara feia apenas pelo prazer de zombar dele, mas precisava admitir que amava cada momento, mesmo quando seus cuidados ficavam um pouco exagerados.

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~ Segundo Mês ~

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– Baby! Cheguei! – ouvi a voz de Edward invadir o ambiente e logo em seguida o som da porta da sala se fechando. Desde que nos mudamos ele adquirira o hábito de gritar avisando de sua chegada.

– Na cozinha! – gritei em resposta aguardando sua vinda até mim.

Nossa casa estava finalmente quase totalmente pronta. A única parte que faltava era o quartinho do nosso mini bebê.

Ele chegou, beijou meus lábios e em seguida minha barriga. Hábito que ele adquirira desde que descobrimos a gravidez.

– Como foi seu dia? – perguntei enquanto ralava uma cenoura para a salada que prepararia para jantar.

Desde a descoberta da gravidez eu estava fortemente tentando adquirir hábitos mais saudáveis. Edward estava um tanto paranoico com esforços físicos, mas eu estava muito paranoica com alimentação, chegando a revolucionar a despensa da casa, quando comparada à que mantínhamos no nosso antigo apartamento.

– Ótimo, e o seu? – ele respondeu lavando as mãos e logo em seguida pegando um tomate e começando a cortá-lo. Edward realmente estava se empenhando na tarefa de passar o maior tempo possível comigo e participar do que eu estivesse fazendo, o que incluía aderir à minha nova dieta.

Nós já havíamos voltado a trabalhar e eu sabia que, se fosse por ele, nós passaríamos as 24 horas de cada dia grudados um ao outro.

– Muito bom. – respondo – Steph está um tanto tensa porque eu vou pausar novamente, quando o bebê nascer e dessa vez resolveu colocar Bree em treinamento, já que vai ser por mais tempo.

– Não está pesado para você? – ele perguntou já com seu olhar de semi-papai quase surtando.

– Não, não! – respondi acalmando-o – Bree já sabe basicamente tudo e o pouco que não sabe ela aprende rápido.

Uma coisa que não havia mudado era o fato de Edward ser super protetor. Ele estava sempre preocupado com o meu bem estar e chegava a largar tudo o que estava fazendo no trabalho para conseguir encaixar nossos horários de almoço para passarmos um tempo a mais juntos.

Com as mudanças recentes em seu grupo de advocacia, eu sabia que sua carga havia aumentado exageradamente e percebia que ele chegava em casa cansado das horas extras de trabalho, mas ele era incapaz de fazer alguma reclamação. Ao contrário, ele fazia questão de saber tudo sobre o meu dia e qualquer alteração que eu pudesse ter tido.

A principal alteração Edward sofria na pele. Meu desejo por ele era quase palpável. Não eram poucas as noites em que eu o acordava no meio da noite, algumas vezes de forma um tanto violenta, exigindo sexo.

Ele prometeu que jamais reclamaria de ser acordado dessa forma e chegara a se oferecer de ser meu escravo sexual. Com isso, eu não me sentia culpada quando invadia seus banhos em busca de satisfação.

Eu estava usando e abusando do meu homem, que jurava que jamais poderia imaginar que seria tão bom ter sua esposa grávida.

Depois de termos comido nosso jantar saudável em meio a conversar agradáveis e termos nos arrumado em meio a provocações, me permiti parar alguns minutos para admirar meu reflexo no enorme espelho que havia no quarto.

Até o momento eu não havia notado alteração corporal quase nenhuma. Minhas roupas continuavam servindo, minha pele continuava a mesma, minha disposição não havia mudado... A única diferença era que meus seios estavam um pouco mais sensíveis, mas ninguém poderia reparar nisso.

– Eu entendo que o fato de você ser linda torne viciante a ação de se olhar no espelho, mas se não sairmos agora, vamos nos atrasar. – Edward veio me chamar enquanto eu admirava meu reflexo.

Graças às poucas mudanças, ninguém desconfiaria da minha gravidez ao me ver vestindo o vestido que usaria no casamento de hoje. Sim, iríamos a um casamento.

Pouco tempo depois de estabelecidos na casa nova recebemos um convite para o casamento de James e Victoria. Foi uma cena cômica, já que estava além da nossa compreensão como aqueles dois foram de inimigos mortais a noivos.

– Você é quem está lindo. – falei virando para ele e ajeitando sua gravata.

Edward de terno continuava sendo uma visão e tanto.

– Eu poderia discordar, mas não quero contrariar minha esposa grávida. – ele respondeu com uma piscadela, antes de me dar um beijo e me puxar para sairmos.

A cerimônia foi simples. Havia poucos convidados e nós acabamos ficando um tanto isolados por não conhecer ninguém.

A troca de votos, no entanto, me emocionou profundamente.

– Eu não prometo ser calma ou paciente com você, mas prometo que mesmo nos momentos de mais fúria ainda estarei te amando. Eu não prometo aceitar todas as suas ideias, mas prometo insistir nas minhas com as melhores intenções. Eu não prometo ser a primeira a pedir perdão, mas prometo que vou pensar repetidamente sobre fazê-lo até que ambos estejamos perdoados. Eu não prometo ser a melhor mulher do mundo, mas eu prometo ser sua e de mais ninguém. Eu não prometo obediência ou mimos, mas eu prometo te amar em todos os momentos das nossas vidas. – Victoria disse cada palavra olhando tão intensamente para James, que minhas lágrimas já escorriam desde a primeira promessa.

– Eu prometo te provocar sempre que a oportunidade surgir, mas prometo também me esforçar para reconquistar seu bom humor. Eu prometo insistir em tudo, seja para aliviar o peso das suas decisões, seja por achar que é o melhor, seja por pura provocação. Eu prometo me esforçar para não sucumbir ao seu charme e ser o primeiro a dar o braço a torcer, mas já admito que serão tentativas falhas. Eu prometo ser o ser mais irritante da face da Terra, mas prometo também te dar seu espaço quando for realmente necessário. Eu não prometo conseguir fazer você reconhecer que sou o melhor homem do mundo, mas eu prometo ser seu e de mais ninguém, o que automaticamente me torna o melhor homem para você. Eu não prometo um relacionamento calmo e romântico, mas eu prometo te amar em todos os momentos das nossas vidas. – os votos de James arrancaram sorrisos e lágrimas de mim.

Edward e eu trocamos um olhar e ele logo me abraçou, tentando consolar meu choro emocionado. No fundo, eu pensava em nós.

Estávamos saindo da igreja, após cumprimentarmos os noivos, quando Edward sorriu de uma forma que demonstrava uma provável piadinha em seus pensamentos.

– Anote aí um novo sintoma da gravidez – Edward falou enquanto andávamos para o carro, seu sorriso brincalhão ainda presente – Oscilações de humor.

Dei um soco em seu abdômen, mas só consegui obter risos enquanto ele confirmava sua mais recente descoberta.

Ao invés de discutir, foquei em como eu o agarraria e demonstraria meu principal sintoma da gravidez assim que chegássemos em casa.

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~Terceiro Mês ~

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Lá estávamos nós, garotas Cullen e companhia (incluindo Leah, Kate, Carmem e Irina) em um SPA.

– Estou me sentindo uma perfeita baleia nessa banheira! – Rose reclamou bufando. A verdade era que sua barriga agora estava extremamente proeminente e, vez ou outra, ela declarava sua inveja pela minha permanecer plana.

Eu sabia que me sentiria gorda e feia, mas por enquanto eu não conseguia evitar a vontade que eu tinha de já ter algum sinal do meu mini bebê.

Eu já reclamara novamente a falta de sintomas notáveis com a obstetra, mas ela garantira que eu me arrependeria de querê-los tanto quando chegassem com força total.

– Você continua linda, Rose! – falei rolando os olhos.

– Caladas! – Esme sussurrou fortemente uma bronca – Vocês estão estragando o momento relaxante de Irina!

Irina na verdade estava perfeitamente relaxada, imersa em seu próprio mundo, estando em sua banheira com seus fones de ouvido, provavelmente escutando um mantra indiano que Alice se negou a permitir que ela colocasse na caixinha de som para que todas nós ouvíssemos.

O foco hoje estava em Irina. Ela e Laurent (uma das pessoas que conheci nas bodas de Esme e Carlisle) estavam meio que se casando.

A verdade é que eles estavam indo morar juntos, resolvendo assumir de uma vez por todas uma união estável, mas ainda não se sentiam prontos para dar um passo como casamento, já que o relacionamento entre os dois era algo tão recente.

Alice e Rose ficaram arrasadas demais por não poder planejar um casamento e fizeram manipulação suficiente sobre Carmen para que ela convencesse sua filha a fazer uma festa em comemoração ao grande passo.

É claro que a baixinha e a barrigudinha (apelido carinhosamente criado por Edward à dupla) tomaram para si a responsabilidade de organizar tudo. Para ser justa, a ideia do SPA fora de Esme.

– As futuras mamães gostariam de uma massagem especial enquanto as outras aproveitam os últimos momentos na banheira? – uma das atendentes perguntou, entrando na sala das banheiras, ao que Rose e eu prontamente concordamos.

– Então, além da sorte de continuar com o corpão, quais as novidades da gravidez? – Rose perguntou enquanto íamos para a sala de massagens.

– Nada demais. – respondi subindo na mesa e deitando de costas – Edward continua um tanto arrasado por não saber o sexo, mas eu acho que ele não tem preferência.

– Edward vai ser um pai babão, escreva o que eu digo. – ela respondeu rindo às custas do meu marido.

Nossas massagistas entraram e logo deram início à massagem para gestantes, começando pelos pés.

– Você precisa vê-lo nas consultas! – confidenciei – Ele fica tão animado, e tão atento, e tão fascinado... É como se ele tivesse 5 anos, indo conhecer a Disney!

– Espere até começar as aulas para gestantes! – ela respondeu, suspirando, provavelmente pelo alívio que a massagem trazia – Vocês deveriam vir fazer junto comigo e Emmett! Emmett terá munição para zombar de Edward para sempre, já que ele está mais adiantado no assunto.

– Claro, mas acho que vamos deixar para começar no segundo trimestre. Não é tão necessário agora e estamos com a agenda um tanto cheia. – respondi sendo o mais sincera possível.

Eu ainda acreditava que o que acontecia entre Edward e eu deveria ficar entre Edward e eu. E ele concordava. Com isso, mantínhamos entre nós a terapia para casais que, juntamente com o acompanhamento que eu começara a fazer com uma nutricionista, sempre preenchia algum tempo em nossas semanas.

Sim, nós continuávamos fazendo a terapia. Estávamos indo muito bem e não queríamos abandonar de vez. O Dr Greene vivia elogiando nosso progresso em nos abrirmos cada vez mais um para o outro.

Com a gravidez havíamos adquirido o hábito de contar histórias para nosso mini bebê todas as noites, quando já estávamos enrolados na cama, prontos para dormir. Íamos nos revezando e, a cada noite, contávamos um caso sobre nós. Como nos conhecemos, nosso primeiro encontro, nosso primeiro beijo, o primeiro filme que assistimos juntos, uma festa que fomos, uma viagem que fizemos...

Era delicioso. Era nossa forma de nos comunicar com nosso bebê e também falar de nós. Era algo que realmente fazíamos em família e o Dr Greene praticamente aplaudiu de pé nossa iniciativa.

– Algo me diz que esse sorriso apaixonado não é por causa da massagem. – ouvi a voz de Leah e abri os olhos, percebendo que a massagem acabara – Alice está chamando. É hora de nos vestirmos.

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A festa foi no salão de festas do prédio onde Irina e Laurent iriam morar.

Apesar do casal ter deixado bem claro que não estavam se casando, a ornamentação era digna de um casamento. Mesas bem forradas, cadeiras encapadas, flores espalhadas por todos os cantos, faixas de tecido nas paredes, arranjos decorando as mesas e um bolo de quatro andares. Só faltavam as típicas velinhas de noivo e noiva, mas eu suspeitava que, se estivessem ali, Irina as arrancaria.

– Posse pegar alguma coisa para a jovem dama? – a voz de veludo perguntou em meu ouvido.

– Eu aceitaria uma água, honrado cavalheiro. – respondi entrando em sua brincadeira.

Como em um passe de mágica, Edward levantou sua mão, segurando uma taça com água.

– Como você sabia? – perguntei um tanto descrente.

– Faz parte de ser um bom pai de família antecipar as necessidades. Não tem nenhuma bebida não alcoólica aqui além de água e refrigerante e eu sei que você está evitando refrigerante. – ele falou estufando o peito, demonstrando todo o orgulho de si.

– De onde você tirou isso? – perguntei rindo, mas sem deixar de pegar a taça e beijar seus lábios em agradecimento.

– Eu posso ter lido em um livro para futuros papais. – ele respondeu e suas bochechas coraram.

Eu não acho que eu já o tenha visto mais fofo.

– Atenção pessoal! – ouvi a voz de Alice sair pelas caixas de som quando o DJ parou a música – Vamos abrir espaço na pista para o novo casal dançar a valsa!

Os convidados fizeram o que foi pedido enquanto aplaudiam. Pude ver pela cara de Irina que ela fora pega completamente de surpresa e provavelmente planejava matar Alice assim que a oportunidade surgisse.

Laurent não estava com uma feição diferente, mas quando perceberam que as pessoas abriram um corredor entre eles e a pista, foram forçados a cumprir o que Alice dissera.

– Essa vai ser boa. – pude ouvir Kate dizer, bem perto de onde estávamos, enquanto Garrett, outro homem que eu conhecera na festa dos Cullen, ria com ela, demonstrando que os dois partilhavam grande intimidade.

Enquanto assistia Irina e Laurent na pista, não podia deixar de me perguntar se eles eram um casal. Eu lembrava de Kate, mas não havia sido apresentada a Garrett até pouco tempo atrás e realmente não fazia ideia da relação deles.

– Vamos agora receber na pista os pais do nosso querido casal! – a voz de Alice novamente anunciou.

Um casal que eu jamais vira antes chegou à pista com expressões um tanto confusas e incertas, mas literalmente dançaram conforme a música. Poucos minutos depois Carmen e Eleazar se juntaram a eles, esbanjando charme.

– Sua irmã vai morrer quando souber que perdeu essa cena! – ouvi Garrett falar com Kate, me fazendo notar que ele conhecia pelo menos um pouco da família Denali.

– Eu vou dar um jeito de fazer uma cópia da filmagem e guardar comigo para sempre! – ela respondeu rindo.

– E, por fim, vamos receber na pista a irmã de Irina e seu par! – a ansiedade na voz de Alice denunciou que ela esperava por isso desde que começara a brincadeira.

Os risos que vinham de Kate e Garrett automaticamente cessaram.

– Oh Deus... – Kate falou e olhou em volta, como se tentasse procurar uma forma de escapar, mas logo os convidados, incluindo Edward e eu, abriram um caminho entre a pista e ela.

– Se sobrevivermos a isso, – Garrett falou, pegando na mão de Kate e sorrindo cordialmente para todos que os olhavam, disfarçando suas palavras – eu te seguirei a qualquer lugar, mulher.

Assim, ambos se juntaram aos outros casais na pista e demonstraram uma conexão incrível durante a dança. Os últimos acordes da valsa soavam, quando de repente, Garrett se soltou de Kate e ficou sob um joelho, sacando uma pequena caixa do bolso, obviamente pedindo-a em casamento.

Eu não pude ouvir o que eles falaram, mas julgando pelas lágrimas emocionadas que escorriam pelos rostos de muitas mulheres que estavam por lá, foi provavelmente algo muito lindo.

Vi Alice descendo da cabine do DJ com um sorriso orgulhoso no rosto. A baixinha realmente não brincava em serviço.

– Como uma criatura tão pequena consegue fazer tanta coisa? – Edward perguntou em meu ouvido.

– Deve ter algo a ver com o charme. – respondi brincando, enquanto o abraçava.

– Você acha minha irmã charmosa? – ele perguntou me provocando e levantando uma sobrancelha.

– Eu acho que o charme é de família, mas com certeza você tomou a maior parte para si. – rimos juntos e Edward me beijou.

Em meio ao beijo me deixei levar e fiquei completamente derretida por ele, automaticamente comprovando minha teoria.