Nossos Momentos escrita por b-beatrice


Capítulo 31
No Escuro


Notas iniciais do capítulo

Leiam as notas finais!



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Estávamos deitados na sala da televisão. Juntamos os pufes de modo que conseguíssemos deitar e nos esparramar por eles.

Nesse momento nos encontrávamos deitados de lado, ambos de frente para a televisão, o que me fazia estar de costas para Edward.

O rosto dele estava onde era provavelmente seu lugar favorito no mundo. Enterrado em meu pescoço, envolvido pelo meu cabelo. Sua respiração me causava arrepios e eu já me perguntava quanto tempo levaria para o filme acabar, apresar de saber que não havia nem cinco minutos desde que havia começado.

Estava tudo perfeito.

Pensando nisso, estiquei meu braço para observar, pela milésima vez, o anel de noivado. O meu anel de noivado. Como se fosse para ter certeza de que estava mesmo ali, usei meu polegar para senti-lo. O contato com o aro de metal foi maravilhoso, não pela sensação, mas pelo significado. Não era possível eu acreditar que em algum momento fosse cansar de admirar aquela joia em mim.

– Você não está prestando atenção no filme. – Edward falou, ao pé do meu ouvido, enviando arrepios por todo meu corpo.

Puxei minha mão de volta sem sentir necessidade de respondê-lo, mas eu sabia que tinha um sorriso bobo brincando em meus lábios.

Logo depois a mão dele migrou para minha barriga, onde ela começou a se mover em círculos, fazendo carícias que deixavam meu ritmo cardíaco e respiratório freneticamente acelerados.

Como se isso não bastasse, ele começou a distribuir beijos delicadamente sedutores pela minha nuca e na lateral do meu pescoço.

– Quem não está prestando atenção agora? – falei.

Ele riu contra minha pele e me puxou pela cintura, fazendo com que eu me virasse para ele.

– É um filme estúpido. – ele falou colocando sua testa contra a minha, deixando seus lábios há poucos centímetros de distância dos meus.

– Foi você quem escolheu. – observei, mas logo uni nossos lábios e deixei minha mão ir para o pescoço dele.

– Sempre tenho boas ideias. – ele falou me puxando para ficássemos ainda mais próximos.

Nossos lábios voltaram a se unir, sua língua invadindo minha boca, trazendo borboletas em meu estômago e deixando minha pele arrepiada.

De repente, o som da TV foi cortado, a imagem sumiu e a luz se apagou. Só o que podíamos ouvir era o som da chuva lá fora e das nossas próprias respirações.

– Eu acho que a luz acabou. – Edward falou, depois de um tempo de silêncio, com alguma dificuldade.

– É, eu acho que eu reparei. – brinquei.

Nos levantamos e percebi pelo sim que ele foi até a janela.

– A rua inteira está apagada. – ele comentou estranhando.

Seguindo sua voz, cheguei ao lado dele e olhei lá para baixo, constatando que ele estava certo. As únicas luzes que víamos eram dos faróis dos carros. Era um tanto assustador.

– Deve estar uma confusão lá em baixo. – comentei e percebi que estávamos falando em sussurros.

Senti suas mãos em minha cintura, enquanto ele me abraçava por trás e apoiava novamente seu queixo em meu ombro.

– Calma, eu estou aqui. – ele falou como se conversasse com uma criança – Você pode confiar em mim.

– Eu confio. – afirmei sem dúvidas.

Estar naquela escuridão, conversando através de sussurros com Edward e declarando minha confiança nele me fez lembrar da primeira noite em que acordei, quando estávamos no hospital em uma situação muito similar a essa.

Já havia mais de uma semana...

– Talvez não devesse confiar tanto. – ele falou, atirando arrepios da minha coluna para todo o resto do meu corpo.

– Por que não? – perguntei com os olhos involuntariamente fechados, aproveitando as sensações que ele me causava.

– E se eu não for o herói? E se eu for o vilão? – pude sentir seu sorriso contra minha pele, mas sua voz não estava brincando, e sim guardando algum tipo de tensão.

Pensei bem sobre o que eu deveria responder a isso e me dei conta de que o melhor seria apenas a verdade.

– Tarde demais para isso. – falei e o senti ficando momentaneamente tenso contra mim – Eu já estou incondicional e irrevogavelmente apaixonada por você.

Ao dizer isso me virei para ficar de frente para ele, usando seus ombros como apoio. Um relâmpago no céu permitiu que eu tivesse um vislumbre de seu rosto que parecia ter sido pego de surpresa, mas sua reação seguinte me mostrou que ele havia gostado do que o surpreendera.

Edward tomou meu rosto em suas mãos e acariciou levemente com o polegar, como se eu fosse uma flor extremamente delicada ou um tipo de porcelana incrivelmente quebrável.

Após isso, ele me beijou e, apesar de já tê-lo beijado diversas vezes antes nada havia me preparado para aquele momento.

Aquele beijo era diferente. Simultaneamente diversas sensações se passaram pelo meu corpo. Algumas das quais eu nem saberia descrever.

Os lábios dele eram macios e cuidadosos e todo seu corpo parecia concentrado na tarefa de me venerar, fazendo com que eu me sentisse a mais superior das mulheres.

Sua língua pedira espaço em minha boca de uma forma tão carinhosa que senti como se ele estivesse colocando todos os seus sentimentos naquele beijo.

Quando nos separamos, palavras não eram necessárias, mas eu ainda queria mais.

E foi aí que eu tive alguma espécie de estalo, como uma epifania.

A minha relação com Edward era intensa, cheia de sentimentos, com algumas complicações, mas o que tínhamos era algo grande. Eu vinha tratando nosso relacionamento como uma espécie de jogo de sedução, quando nós íamos muito além disso.

Ali, no meio da escuridão, eu deixei minhas mãos irem para a nuca dele, onde eu adorava acariciar os pequenos tufos que ali tinha. Senti sua respiração vacilar por um momento e me inclinei para beijá-lo.

Edward não me decepcionou, correspondendo ao meu beijo com todo carinho, mas também deixando um pouco da sua ansiedade aparecer, confirmando que eu não era a única ali querendo mais.

Agora os únicos sons que conseguíamos ouvir vinham da chuva e das nossas próprias respirações, em seus devidos estados acelerados e entrecortados por conta dos beijos que trocávamos.

As mãos dele foram para as minhas costas e mesmo estando com duas blusas separando minha pele da dele, eu podia sentir seu aperto contra mim, especialmente quando, de alguma forma, percebi que eu estava contra parede, sendo firmemente presa por Edward. Eu não poderia estar mais feliz por estar naquela situação.

Mesmo às cegas, levei minhas mãos para a barra da sua blusa de moletom, deixei que meus braços a invadissem e levei um instante acariciando suas costas. Pele contra pele. Aquilo era quente.

Trazendo minhas mãos de volta para a barra, comecei a subi-la na clara intenção de livrá-lo daquela peça que no momento era tão indesejada.

– Bella, não. – Edward me parou, tirando suas mãos das minhas costas e indo segurar as minhas.

Eu congelei. Estava tudo indo tão bem, tão perfeito. Aquilo não era mais apenas vontade. Aquilo éramos nós, simplesmente deixando as coisas acontecerem.

– Calma, linda. – ele falou após perceber minha reação. Sua voz era suave, ao pé do meu ouvido, e ele deixou um beijinho ali antes de voltar a falar – Eu quero isso. Quero muito, mas eu quero que seja mais que bom para você, eu quero que seja perfeito.

Eu ia contra argumentar, mas antes que qualquer palavra saísse da minha boca ele deixou um beijo em meus lábios, impedindo minhas palavras de saírem e mandando meus pensamentos para longe.

Ao mesmo tempo, ele se afastou minimamente e trouxe nossas mãos para o pequeno espaço entre nós dois.

– Eu não quero que você se preocupe com nada, você não tem que fazer nada, só me deixe fazer com isso seja da melhor maneira possível para você. – ele falou apertando minimamente as minhas mãos, aquele gesto tão característico dele, tentando me acalmar.

– Eu quero fazer isso, eu quero conhecer você por inteiro, eu quero sentir você. – eu falei apertando firmemente suas mãos de volta, tentando confirmar minhas palavras.

Mesmo no escuro eu pude ouvi-lo soltando um pequeno som de satisfação.

– Tudo bem, linda. Vai ser como você quiser, mas eu posso te levar para o quarto antes? – seu rosto estava em meu pescoço e sua respiração ali, combinada com suas palavras enviaram uma espécie de descarga elétrica pelo meu corpo.

– Sempre. – respondi e pude sentir que ele soltava minhas mãos enquanto se colocava de pé na lateral do meu corpo.

Ele pôs um de seus braços na minha cintura e o outro foi para a parte de trás dos meus joelhos e quando dei por mim, Edward estava me carregando no estilo noiva pela casa.

– Eu realmente não acho isso necessário. – falei com ele, mas ainda assim envolvi seu pescoço com meus braços.

– Nada menos do que o melhor para você. – ele respondeu.


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Notas finais do capítulo

PROPONHO UM DESAFIO!
Sim, no próximo capítulo teremos a continuação e prometo que não haverá mais travas! Alguém além de mim comemorando? rsrsrsrsrs
A previsão para o próximo é semana que vem, mas talvez vocês fiquem mais ansiosas, então o desafio é chegar até a terceira página de comentários (passar dos 30).
Se isso acontecer, posto na quarta, ou no dia da semana em que o desafio seja realizado.
Será que conseguimos?
Beijinhos e até os comentários!