Nossos Momentos escrita por b-beatrice


Capítulo 28
Explicações


Notas iniciais do capítulo

Oi queridas! Como achei o último capítulo meio sem graça e vocês me surpreenderam comentando mesmo assim, tentei apressar esse!
Espero que vocês gostem!
Por favor, não deixem de ler as notas finais!
Boa leitura!



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Depois da consulta com a doutora Donavan, Edward me levou para almoçar em outro restaurante italiano. De acordo com ele, eu parecia desanimada e ele tinha esperanças de que massa fosse me ajudar.

Enquanto esperávamos por nossos pedidos, Edward ficava massageando minha mão sobre a mesa, que tinha uma toalha xadrez, com as cores da bandeira italiana para qual eu ficava olhando sem conseguir parar de refletir sobre tudo o que eu falara com a doutora.

– Consulta intrigante de novo? – ele perguntou dando um apertão leve em minha mão, me trazendo de volta para ele.

– Sim. – respondi suspirando e devolvendo o aperto em sua mão.

– Sabe que eu estou aqui se você quiser conversar sobre alguma coisa, não sabe? – ele falou olhando bem dentro dos meus olhos.

– Eu prefiro que você fale. – declarei – Você ficou de me contar sobre o seu trabalho.

Ele acenou positivamente com a cabeça e levou minha mão aos seus lábios, deixando um beijinho em meus dedos. Sua marca registrada.

– O que você quer saber? – ele perguntou agora segurando cada uma de minhas mãos em uma de suas mãos.

– Tudo. Sobre o jantar. O que foi aquilo? – perguntei fazendo círculos em suas mãos, tentando demonstrar que eu não tinha a intensão de brigar.

– Os Volturi estão tentando trazer seus negócios para a América. Começar comprando o nosso grupo seria excelente para eles. Seria bom para nós também, pois manteríamos o grupo, mas eles não são limpos então, de que adianta manter o grupo montado se a essência muda? – ele falou suspirando e era possível notar o quanto aquilo o aborrecia.

– Então vocês planejaram o jantar para mostrar que não vai ser fácil sujar o grupo de vocês? – perguntei.

– Não exatamente. Foi um plano desesperado. Até onde sabemos não existem fatores que ofereça nenhum prejuízo financeiro a eles com essa compra. O que nós fizemos no jantar foi tentar mostrar que teriam prejuízos pessoais. Para Aro, nós mostramos nossa ética e o risco que ele teria de ser pego caso fizesse algo errado. Ele teria que corromper a todos nós, ou substituir todos nós. Daria trabalho. – ele suspirou – Sabemos que Marcus é muito apegado à mulher. Provavelmente o único deles. Mostramos a ele que ele teria que passar muito tempo longe dela e o quanto ele poderia sentir falta. Esperamos que os dois convençam Caius de suas decisões. Não sabemos um ponto fraco dele.

– E se eles desistirem o grupo quebra? – perguntei preocupada com uma possível futura decepção de Edward.

– Se eles desistirem, os preços cairão e facilitará para Peter entrar na jogada. Ele manteria as coisas como estão. – ele me respondeu olhando para nossas mãos concentrado.

– E o que foi aquela sua reação? – perguntei com a vos em um sussurro, com medo da sua resposta.

Ele suspirou profundamente.

– Bella, eu sinto tanto! – ele falou puxando minhas mãos para ele enquanto seus olhos demonstravam uma mistura de vergonha e desespero.

– Já passou, Edward. – falei soltando uma de minhas mãos e acariciando o rosto dele – Eu só queria entender.

– Aro provavelmente te viu como um atrativo. Jovem, linda, inocente... – novamente, ele beijou minhas mãos – Ele sabe levar as coisas e as pessoas... Você está sem memória... Por que não cogitar conhecer outros homens? O que eu fiz foi estupidamente idiota, eu sei. E eu jamais deveria ter te tratado daquela forma. Eu só... Acabei me deixando levar pelos meus medos.

– Você disse que casamento não era sinônimo de fidelidade. – falei e ele ficou tenso.

– Existe um casal de gêmeos com o sobrenome Volturi em algum lugar da Itália que podem comprovar isso. – ele falou tendo voltado a se concentrar em minhas mãos, quebrando nosso contato visual – Além do mais, nós não convivemos o suficiente, você não se lembra de ser casada comigo, não há símbolo da nossa união em você... – ele falou me mostrando meus dedos sem anéis e sem aliança – Não havia nada que te prendesse.

– Eu espero que agora então você saiba que não precisa ter esses medos. – falei apertando suas mãos de leve, tentando trazê-lo de volta para a realidade – Eu estou com você. Completamente.

Ele sorriu. Um sorriso pequeno, como o de uma criança ao ser consolada por sua mãe, que mostrava que não havia monstros no armário.

– Eu preciso me lembrar de te agradecer por isso todos os dias. – ele falou permitindo que seu sorriso se alargasse.

– Eu posso te ajudar com isso. – falei correspondendo ao seu sorriso – E o que aconteceu, falando nisso? Com a minha aliança. – adicionei a última parte ao perceber que ele não entendera minha pergunta.

– Eles nunca me entregaram no hospital. Devolveram sua bolsa com a carteira e celular, mas nada mais que isso. – ele falou dando de ombros.

– Você não perguntou? – estranhei.

– Eu tinha outras coisas na minha cabeça. – ele falou piscando para mim.

Esposa acidentada que acorda desmemoriada... É claro que ele tinha.

– Devo ter perdido no acidente. – falei me entristecendo.

Eu queria ter um símbolo nosso para carregar.

– Típico de você. – ele falou provavelmente me provocando – Minha pequena desastrada.

Puxei minhas mãos das dele como se estivesse indignada com sua provocação, mas a verdade é que eu estava realmente triste pela aliança.

Nosso almoço finalmente chegou e o assunto sobre o trabalho de Edward pareceu morrer, pelo menos por enquanto.

– Você continua pensativa. O que foi? – ele perguntou quando terminamos de comer.

– Nada. – respondi sentindo-me um pouco sem graça em admitir sentir falta de algo que eu nem sequer lembrava.

– Bella. – ele falou como quem cobra algo – Você prometeu que me contaria quando algo te deixasse desconfortável.

– É que... – comecei sem saber como dizer aquilo – Seria muito bobo da minha parte admitir que eu queria ter um símbolo nosso comigo?

Senti meu rosto esquentar e eu sabia que estava corando. Forte.

– Eu não acho que eu poderia estar mais feliz. – ouvi ele dizer em clara satisfação em sua vos – Primeiro você me diz isso e logo em seguida você cora... Sabe o quanto eu amo isso?

Ele se inclinou sobre a mesa e passou seus dedos delicadamente pelo meu rosto.

Sorri como uma adolescente boba e apaixonada. E, de certa forma, não era isso que eu era?

– Podemos dar um jeito nisso. – ele falou com um grande sorriso.

– É claro que podemos. – respondi puxando sua mão para que eu a beijasse.

~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*

Edward parou o Volvo em frente ao prédio do jornal. Depois de um rápido selinho desci rapidamente e corri para o trabalho.

Eu já tinha pedido a Bree para deixar avisado que eu só chegaria depois do horário de almoço porque tinha uma consulta. Ela concordara e dissera que não haveria problemas. Afinal, eu não estava sendo de grande ajuda no fim das contas. Não que ela, ou qualquer pessoa, tivesse dito isso.

O fato é que eu odiava não cumprir com as minhas palavras e, por causa da longa conversa durante o almoço com Edward, eu estive seriamente perto de um atraso. Não longo, mas ainda assim.

Chegando à mesa de Bree quase cantei o coro de Aleluia ao ver que eu estava apenas dois minutos atrasada.

– Bella! Como foi a consulta? – Bree perguntou animada.

Por um instante imaginei como seria apresentar Bree a Alice. Uma explosão de animação, provavelmente.

– Intrigante, mas é sempre assim. – me apoiei em sua mesa esperando meu coração desacelerar um pouco.

– Mas pelo menos está ajudando, não é? – ela perguntou buscando o lado positivo.

– Não sei. Nunca entendo o que ela quer de mim. – admiti e rimos por um instante.

– Pronta para mais um dia? – ela perguntou se levantando.

– Vamos lá! – respondi deixando que a alegria em estar treinando para ser útil fosse liberada.

Entramos em minha sala e Bree foi pegar alguns papéis enquanto eu ligava meu computador.

Passamos o inicio daquela tarde estudando novamente a minha forma de trabalhar. As coisas sobre as quais eu falava, a forma que eu escrevia, a frequência com que eu variava meus assuntos...

Percebi que não tinha nada muito padronizado. Mais um resquício de mim ali. Eu nunca fui de seguir padrões.

Notei uma leve variação entre as coisas mais atuais como estreias, lançamentos e inaugurações e coisas mais antigas e clássicas. Lá estava eu de novo.

Foi aí que eu tive o estalo.

– Bree! – não pude conter meu gritinho, que fez com que ela olhasse para mim com olhos arregalados – Eu tive uma ideia!

Naquele dia eu escrevi. De verdade. No início eu sentia como se estivesse fazendo uma redação para o colégio, mas depois eu vi o quão além disso eu estava indo. Eu falei sobre os clássicos. A forma como, no fundo, eles refletem até mesmo nas histórias mais atuais.

Eu analisei as características, os personagens, o modelo de herói e o modelo de donzela, apontando que, mesmo que o mundo tivesse passado por tantas mudanças, no fundo, era daí que vinham as histórias atuais. Fosse em novelas, livros, filmes ou séries.

As pessoas procuravam sempre por um romance. Mesmo no filme de ação mais sangrento havia sempre o potencial herói que, podia não ser perfeito, mas estava na posição de salvar o dia.

Em todas as histórias, sempre desconfiávamos de quem formaria casal com quem, quem teria um final feliz e quem pagaria por suas ações erradas.

No fundo, todos nós sempre queríamos algo sobre o qual refletir, sempre elegíamos um personagem merecedor do nosso afeto e outro que seria merecedor de nossa raiva. Não era necessário haver perfeição para isso, bastava que nos permitíssemos entrar na história.

A partir daí eu divaguei ainda mais. Escrevi muito, durante muito tempo. Reli incontáveis vezes e a cada uma eu alterava alguma coisa tentando melhorar, só me dando por satisfeita na terceira vez em que li meu texto sem fazer alteração alguma.

Ao terminar mandei imprimir, já louca para chamar Bree e mostra-la meu trabalho. Antes que eu pegasse no telefone, no entanto, ele tocou.

– Alo – atendi um tanto insegura.

– Bella! Você não sabe quem está aqui para te ver! – ouvi a vos de Bree soar no telefone.

– Quem? – perguntei. As chances de eu realmente não saber quem era eram grandes, por causa da perda de memória.

– Eu já deixei entrar, espero que você não se importe. – ela falou rapidamente – Tenho certeza de que você vai gostar.

– Certo, então. – respondi e ouvi batidas na porta.

Coloquei o telefone na base e fui abrir a porta.

– Olá, Bella. – ele falou com aquele sorriso de dentes muito brancos e alinhados, com animação evidente.

– Oi, Max. – respondi ao homem alto de cabelos e olhos castanhos claros a minha frente.


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Notas finais do capítulo

Por favor, não me matem! Eu disse que o Max ainda ia aparecer!
IMPORTANTE
Lendo os comentários de vocês percebi que algumas conclusões que eu achei que seriam óbvias não são tão óbvias assim, então, queria pedir que vocês realmente falassem tudo! Alguns mistérios só vão ser esclarecidos no final, mas muitos deveriam estar sendo explicados agora. Então, se vocês acharem que alguma coisa, qualquer coisa, não está bem explicada, por favor, me avisem pois é a única forma que eu terei de melhorar.
Vocês sabem que eu estou sempre aberta a críticas (sejam boas ou ruins) e eu realmente preciso de algo para me guiar.
Antes que eu esqueça, uma pequena consideração: eu não tenho relação alguma com jornalismo e faz muito tempo desde a última vez que estudei Literatura, então perdoem se eu falei alguma besteira muito grande através do texto da Bella!
Sejam boazinhas comigo, comentem bastante e tento apressar o próximo capítulo também, que tal? rsrsrsrs
Beijinhos!