Nossos Momentos escrita por b-beatrice


Capítulo 27
Análises


Notas iniciais do capítulo

Perdão por não ter postado ontem! Eu tentei (diversas vezes), mas a página sempre caía, então desisti!
Queria começar agradecendo a todas vocês por cada comentário, mas principalmente às leitoras mais recentes, que vêm comentando desde os primeiros capítulo. Muito, muito, muito obrigada!
Sem mais delongas... Boa leitura!



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Pela segunda vez eu passava pela porta onde lia-se Drª Sasha Donavan. Nada havia de diferente na antessala, mas eu via as coisas de um modo novo.

Na primeira vez em que estive aqui eu me sentia completamente perdida, insegura. Não que eu agora estivesse em plena perfeição, mas eu me sentia melhor comigo mesma. Eu estava me adaptando à situação. Não parecia que havia apenas uma semana desde aquele dia.

Dessa vez, Edward sentou-se em uma das poucas cadeiras enquanto eu fui falar com a moça, sentada atrás daquela mesma mesa de madeira, sobre a minha consulta.

– Ela ainda está atendendo, mas não deve demorar. – ela respondeu.

Agradeci e fui me sentar com Edward.

– Obrigada. – falei encostando-me em seu ombro e recebendo de bom grado seu habitual aperto em minha mão.

– Pelo que? – ele perguntou.

– Por vir comigo. – respondi – Sei que você é necessário em seu trabalho.

Ele ficou um pouco tenso, mas logo relaxou.

– Você em primeiro lugar. – declarou levando minha mão aos lábios e deixando um beijo ali – Falando nisso, acho que te devo algumas explicações.

– Sabe que eu estou sempre disposta a ouvir. – respondi sorrindo para ele, tentando passar alguma segurança.

Ele me olhou por um instante, como se estivesse me analisando antes de falar.

– Você é incrível, Bella. – com isso ele passou seu braço pelo meu ombro me puxando para deixar um beijo em minha testa.

Ficamos abraçados assim e brincando com nossas mãos juntas até que a porta para a sala da doutora se abriu e de lá saiu um homem.

A mocinha da recepção foi até a porta e trocou algumas palavras com a Drª Donavan e voltou-se para mim.

– Você já pode entrar. – falou indicando a porta, com um sorriso em seu rosto.

– Vou estar bem aqui. – Edward falou deixando um beijinho em minha mão antes de eu me levantar.

Novamente, me dirigi para a porta no final da antessala e entrei no consultório.

Ali também nada havia de diferente. A mesma perfeição sob a penumbra que competia com a pouca luz daquela mesma luminária.

Sentei na mesma poltrona na qual eu havia me sentado da última vez e só aí fui olhar para a doutora, sentada em sua poltrona. Sua maquiagem e penteado eram os mesmos da última vez, com toda perfeição.

– Como vai, senhora Cullen? – ela perguntou após pegar seu bloquinho e caneta que exalavam classe e perfeição.

– Bem. E a senhora? – perguntei.

– Só eu faço as perguntas. – ela respondeu com um sorrisinho brincando em seus lábios – Por que não começa me contando como está sua vida até agora, desde que perdeu a memória?

Comecei contando de como eu me sentia mais segura, que de alguma forma eu estava aprendendo a lidar com a situação.

Contei sobre estar mais íntima dos meus cunhados e concunhados, que eram meus amigos. Incluí também o fato de ter entrado em um projeto junto com as meninas, o que fez com que eu me sentisse realmente fazendo parte do grupo.

Falei sobre o contato que tive com meus pais, apesar de ter sido breve. Foi bom ter falado com eles depois de tanto tempo. Falei da minha preocupação com a solidão do meu pai e de que isso parecia não ser um problema.

Contei sobre o telefonema de minha mãe, no qual contei a ela como estavam as coisas e foi bom ter uma experiência de como teria sido contar para ela sobre meu namoro com Edward quando estávamos nos conhecendo. Falei do meu alívio em saber um pouco mais sobre meu padrasto. Ele parecia ser uma pessoa boa e responsável. Tudo o que minha mãe precisava.

Falei também sobre finalmente ter voltado ao trabalho e que, apesar de ter estado muito ansiosa, ao que tudo indicava, eu estava indo bem.

– Nada a declarar sobre o senhor Cullen? – ela perguntou me olhando com aquele olhar profundo quando terminei de falar.

Eu sabia que isso não seria deixado de lado.

Corei antes de começar a contar que nossa relação estava melhor. Falei que, por iniciativa dele, estávamos nos conhecendo de novo, como se fôssemos namorados iniciando um relacionamento e que, aos poucos, íamos ficando mais íntimos. Não citei que essa última parte era por iniciativa minha.

– E isso é tudo? – ela perguntou.

– Não. – confessei após respirar profundamente – Eu acho que nós tínhamos problemas antes da perda de memória.

– Verdade? – ela perguntou deixando claro que aquilo não a surpreendia – Um casal com problemas. Surpreendente.

– Eu acho que estávamos passando por uma crise no casamento – confessei a ela o que não queria confessar para mim mesma.

– O que te leva a pensar isso? – ela perguntou muito atenta a mim, inclinando-se delicadamente em minha direção.

– Ele já me contou que éramos muito ciumentos, que brigávamos muito. – parei para tentar organizar meus pensamentos – Há um tempo atrás ele ponderou a possibilidade de eu aceitar as investidas de um outro homem.

– Você não vê isso como parte da rotina de um casal? – ela perguntou.

– Não assim. Acho que ele também não gosta da ideia de eu ir trabalhar. – falei.

– Ele foi contra? – ela perguntou anotando alguma coisa em seu bloco.

– Não, mas ele ficou distante de todos na primeira vez que fui lá eu percebia como ele ficava tenso quando falávamos sobre isso antes. – respondi.

– Antes? – ela parou de anotar para olhar para mim.

– Antes de eu começar a trabalhar. – expliquei.

– Então ele não gosta da ideia de você ir trabalhar, mas não é contra o fato de você ir trabalhar? – ela perguntou claramente tentando me mostrar o quão absurdo aquilo soava.

– Não sei! – falei exasperada – Eu acho que pode ter haver com um colega meu de trabalho. Encontramos com ele na primeira vez em que fomos lá. Acho que Edward não gosta dele.

– E o que o seu colega disse? – ela perguntou já voltando a adotar sua antiga postura.

– Nada. Foi bem rápido. Estávamos saindo e não falamos com ele. – respondi enquanto ela anotava – Eu perguntei sobre ele a minha assistente.

– E...? – ela me incentivou a continuar.

– Ela disse que éramos grandes amigos. – respondi.

– Algo mais sobre isso? – ela perguntou, provavelmente cansada das minhas suposições sem sentido.

– Não. – respondi.

– Sobre alguma outra coisa? – o olhar dela era interessado.

– Sim. – falei antes que pudesse me segurar – Eu acho que Edward se culpa por alguma coisa. Tem muita insegurança. Ele não fala sobre isso, ele fica tenso com determinados assuntos... Eu só queria pular essa parte, mas não posso passar por isso sem saber o motivo que nos trouxe até aqui.

A Drª Donavan apenas me olhava enquanto eu jorrava palavras sobre ela.

– Eu sei o que eu quero. – pontuei – Eu quero que fiquemosbem. Eu só não sei como fazer isso.

Fechei os olhos e respirei fundo encostando minha cabeça em minha poltrona por um momento.

– Bella, você percebeu que em momento algum você falou sobre querer lembrar do seu passado? – ela perguntou delicadamente.

– O que? – perguntei olhando assustada para ela – Tudo o que eu faço é sobre isso!

– Não. Tudo o que você faz é sobre se adaptar a essa situação e corrigir os erros. Recuperar a memória é a sua solução para alguns problemas e a satisfação de algumas curiosidades, mas em momento algum é o seu objetivo. – ela decretou.

– Você quer que eu deixe para lá? – perguntei com um fio de vos.

– Eu não quero nada, Bella. Talvez você queira. – ela falava como quem conversa com uma criança – Analise e experimente isso. Vá atrás das suas soluções e satisfações não como se pertencessem a você, mas como algo que você busca. Talvez seja essa a solução.

– Edward não vai me falar. Pelo menos não tudo. – acrescentei após lembrar que há poucos momentos atrás ele dera sinais de que me falaria sobre seu trabalho.

– E você precisa se manter com uma única fonte? – ela perguntou.

Não respondi, fiquei apenas pensando. Estava ponderando sobre a quem perguntar o que.

– Parece que nosso tempo acabou. – ela falou colocando o bloco e a caneta de volta em seus lugares – Boa sorte, Bella.

Ao voltar para a antessala, vi Edward sentado ali, cumprindo sua promessa de estar me esperando. Ele se levantou e andei para ele. Ao chegar perto, fui atraída como um imã para um abraço.

– Tudo bem, linda? – ele perguntou acolhendo-me em seus braços, assim como na primeira vez em que viemos.

– Vai ficar. – falei virando minha cabeça para cima para poder olhá-lo.

Ele me deu um pequeno sorriso e se aproximou para deixar um casto beijo em meus lábios.

Eu só esperava que tudo realmente ficasse bem.


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Notas finais do capítulo

É, não tem muita interação nesse capítulo.
Eu pensei em colocar muitas coisas acontecendo, mas ficaria grande demais e algumas partes importantes seriam apenas engolidas no meio de tantas outras, então resolvi dividir. Mais capítulos para a história!
Espero que tenham gostado!
Nos vemos nos comentários!
Beijinhos!