Schlechten Ruf escrita por Andy


Capítulo 1
Nicht alles ist wie es scheint


Notas iniciais do capítulo

Hey... Mais uma fic de duas gêmeas loucas aqui no Nyah LOL
Espero que gostem, sejam bem vindos e aproveitem a leitura.



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Terminei o desenho apressada, já ouvindo as sirenes ao longe e parei alguns segundos para observá-lo. Ali, na parede alta do prédio onde a empresa que Gordon era sócio trabalhava, um enorme dragão em vermelho contrastava com a tinta branco marfim do elegante edifício."Freiheit" as palavras jaziam sobre as escamas do dragão.

Depois de tantos anos com sua banda, agenciando seus alunos de guitarra, baixo e outros instrumentos, Gordon havia começado a participar de uma importante empresa de musica alemã, famosa por reprimir e transformar os músicos de talento ali convocados em uma fútil atração para a mídia.

Apertei o capuz de meu grande casaco roubado de Tom, tendo certeza de que os fios de meu cabelo não escapassem para fora do pano macio, saí correndo pelos quarteirões de Leipzig. Corri até chegar a minha casa, só espero que nenhum daqueles jornalistas tenham me visto, porque se sim... Posso até já ir me preparando para levar uma bela de uma bronca de meus queridos irmãozinhos.

Cheguei em casa ofegando, abri minha bolsa rapidamente e procurei pelas minhas chaves. Droga! Eu não havia pegado na hora em que saí. Torcendo para que alguém estivesse em casa, comecei a esmurrar a porta. Depois de quase uns dez minutos esmurrando-a, alguém a abre. Tom. Que aparentemente não estava com uma cara muito boa.

– Mas que porra é o que você pensa que está fazendo pirralha?

– Eu... Esqueci... Minhas chaves. - falei sendo interrompida pela minha respiração falha

– Por que não foi dormir em um hotel? Eu estava ocupado sabia? - perguntou ele em um tom de voz um pouco mais alto

– Ah claro, e eu sou vidente para adivinhar que você estava comendo alguma vadia? Faça-me o favor! - falei também aumentando minha voz

Começamos a discutir realmente até o Bill aparecer na sala falando:

– TOM! Mas que porra você está fazen... Sam! - ele suspirou aliviado.

Eu só não contava com o noticiário que estava pansando na TV...

“Um grupo de sete jovens foram flagrados pichando uma das paredes do prédio onde o famoso Gordon Trümper, padrasto dos trigêmeos Kaulitz, é sócio. E o mais chocante não é isso. Como podem ver nessa foto, um dos jovens não é nada mais, nada menos que... Samantha Kaulitz! Uma de seus enteados."

Uma palavra: F-E-R-R-O-U!

– Samantha Kaulitz! O que porra foi que você pensou que estava fazendo sua delinquente juvenil? Isso é coisa que pessoas como você fazem? Se você não se lembra, nós somos famosos e tudo que você faz afeta a nossa imagem! Onde você estava com a cabeça? - disparou Bill

– Ah Bill, relaxa! Eu só estava a fim de me divertir, nada de mais... - respondi

– Nada de mais? Você nunca pensa nas consequências não é? Você não pensa que com essas suas atitudes infantis você pode destruir a imagem da banda? Hein? - gritou ele

– E você! Sempre só se importando com essa maldita imagem da banda de vocês! Eu só queria me desligar um pouco de pessoas como você! - gritei de volta.

– Opa! Que gritaria é essa? Está dando para ouvir de lá da garagem! - falou Georg entrando com Gustav na sala

– Esse projeto de marginal aí que andou pichando os muros do prédio do sócio do Gordon! - falou Bill

– Sammy! Isso é errado! Já pensou se alguma coisa acontece e predem você? Pichar é crime! - falou Georg calmo

Gustav apenas prestava atenção no noticiário da TV até que também resolveu falar:

– Oh Sammy...

– Ah, lá vem mais um... Manda Gustie! - falei revirando os olhos

– Não vou brigar com você, é só uma curiosidade... Vem cá, que tinta você usou? Contrastou legal com a parede! – falou ele

– Ah! - sorri animada e sentei a sentei no braço da poltrona em que ele se abrigava. - Sabe aquela que usamos no Halloween do ano passado? Para fazer o sangue na parede?- ele assentiu. - Então, foi essa.

– Nossa... Muito bom! Mas acho que se tivesse marcado as letras um pouquinho mais na ponta esquerda...

Tom nos olhava abismado antes de ouvir algo no andar de cima e correr parar lá com uma expressão feliz. Ugh. O noticiário continuou a se desenrolar com um Bill bravo ao nosso lado ate que a fala do ancora nos chamou a atenção:

"– Ah! Obrigada Anne. -ele sorriu olhando para o nada e então focando os olhos na câmera. - Acabamos de receber a informação de que o Sr. Trümper já esta entrando com um processo contra as autoridades mediante a informação de que Samantha Kaulitz não participou do ato de vandalismo, já que todos os garotos da banda e ela estavam presentes no jantar de celebração do novo álbum, prestes a ser lançado, Humanoid."

– Aff, todo esse trabalho para nada... - resmunguei me levantando e começando o caminho para fora da sala de televisão quando a grande mão fria de Bill me puxou.

– Ah não! Agora você vai ouvir umas verdades Samantha! - ele rugiu ainda segurando meu braço com forca.

Olhei em direção ao torniquete e ele o soltou com uma breve expressão de desculpas antes de começar o discurso.

– Ouvir o que Bill? Que eu sou uma inconsequente e que não dou a mínima para a carreira de vocês? Que eu sempre estou procurando algo para que sua imagem idiota seja arruinada? Não, eu não preciso ficar aqui ouvindo você falar essas idiotices sem sentido! - falei tentando subir a escadas, mas fui impedida novamente.

– Não! Você precisa ouvir sim, para vê se aprende alguma coisa. Eu e o Tom falamos direto que qualquer coisa que você faça, compromete a imagem da banda também e parece que entra por um ouvido e sai pelo outro! Quantas vezes eu já... - eu o interrompi

– Chega! Você só liga para essa porcaria de imagem pública e mais nada, além disso! Você se tornou uma pessoa tão nojenta, tão artificial, tão... Automático! Olha só, parece que Automatic você escreveu baseando-se em si próprio... Isso é até engraçado sabe... Não, na verdade é h... - fui interrompida por algo que acertou meu rosto em cheio, um tapa daquele que eu julgava ser meu irmão

– Sammy... - ele sussurrou com os olhos marejados

– Ótimo Bill, parabéns pela pessoa que você se tornou! Palmas para você! -disse batendo palmas - Agora deu para bater em mulheres também! Na sua própria irmã! Parabéns!

– Eu não... - ele tentou falar algo, mas eu o interrompi.

– Não adianta vir pedir desculpas Bill, você não vai retirar o tapa que você me deu! Eu te odeio Bill Kaulitz, e sinto vergonha de ser sua irmã! - falei por fim subindo as escadas, parei perto do topo e o olhei, ele estava chorando - Ah, e tome isso! Eu não preciso disso, e a partir de hoje, esqueça que sou sua irmã! - cuspi as palavras arrancando o colar de meu pescoço, o colar de trigêmeos que ele havia me dado em um de nossos aniversários, que eu, ele e Tom tínhamos iguais, jogando-o em seu rosto.

Quando já tinha subido as escadas, virei-me de repente e voltei até ele, que me fitou com um olhar esperançoso. Antes mesmo que ele pudesse falar algo, dei um soco em seu rosto magro e por fim falei:

– Estamos quites agora. - disse sorrindo e ignorando o ardor em meu próprio rosto, em seguida rumando ate as escadas sem ser impedida.

Quando estava quase no final da escadaria pude ouvir a discussão no primeiro andar.

– Seu covarde! Monstro! - Georg gritava a plenos pulmões a meu irmão e eu podia imaginar sua expressão furiosa. Estremeci. - Como ousa manter essa imagem de bom moco e fazer isso com sua própria irmã?!

Terminei o meu trajeto e entrei no que alguns poderiam chamar de caos, mas eu chamava de quarto. Passando pelas pilhas de tralhas e objetos que machucavam os pés, empurrei o resto da bagunça presente em cima da minha cama e me deitei esperando pela ligação ou até aparecimento de Gordon. Coisa que não tardou muito. Após alguns minutos brincando com meus pensamentos pude ouvir a porta de meu quarto ser esmurrada assim como eu havia esmurrado a do hall de entrada ha pouco mais que uma hora atrás

– SAM! Abra essa maldita porta! AGORA! - sua voz soou abafada pela madeira.

Revirei os olhos levantando-me e fui abrir a porta. Gordon invadiu meu quarto e parou logo a minha frente.

– O que diabos você tinha na cabeça Samantha Kaulitz? - ele falou com um tom de voz um pouco alterado, por cima de seu ombro pude ver Bill vindo até a porta de meu quarto.

– Desculpe-me, na minha certidão de nascimento pode até ter o sobrenome Kaulitz, mas eu a partir de hoje me desconsidero uma. Não posso carregar o mesmo sobrenome de gente falsa, egoísta, egocêntrica, hipócrita e mentirosa. - falei olhando para Bill, que abaixou a cabeça.

– Agora não vem ao caso se você se considera uma Kaulitz ou não, apenas me diga o porquê de você ter pichado um dos muros do prédio onde sou sócio! - rugiu ele

– Simples, seu balofo. Depois de ajudar a iniciar a carreira de sucesso dos seus próprios enteados, você resolve se associar a uma empresa que só sabe pegar artistas de talento e os transformar no que a mídia esta interessada. - desafiei-o rumando mais para perto e levando meu dedo ate seu nariz proeminente. - Vocês todos estão se transformando em pessoas que nunca imaginei ter que conviver na minha própria família.

Bill novamente me olhou com uma expressão de tristeza e saiu de meu quarto. Gordon não respondeu nada, na certa sabia que eu estava falando a verdade e ficou sem saber que desculpa me dar, saiu logo depois de Bill e eu finalmente pude descansar em paz.


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Notas finais do capítulo

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Küsse... Anne e Andy, Andy e Anne.



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