Marvels New Avengers - Next Generation escrita por Joke


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Okay, aqui está o capítulo do personagem mais esperado por todos vocês, espero realmente que gostem!

Gostaria de agradecer ao Mrloki e a Megusta pelas recomendações, obrigada mesmo *-*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/220297/chapter/6


Capítulo 5 - Howard Stark




Acordo com uma dor de cabeça horrível, como se eu tivesse sido atropelado por um caminhão e o motor havia entrado na minha cabeça.



Levanto-me da superfície almofadada em que meu corpo se encontra, uma... Cama?

Olho para os lados, avistando somente a cor cinzenta das paredes de ferro e me encolhendo com o frio que a sala exala, embora eu esteja com um casaco grosso, ainda posso sentir o vento gelado penetrar em minhas roupas e acariciar a minha pele, fazendo-me bater os dentes.

Onde estou? Como vim parar aqui? Não me lembro de estar nesse lugar...

Mas afinal, o que aconteceu?

A figura do homem com a face branca, Camaleão, aparece e logo em seguida, eu caio no lance dos degraus escorregadios, Erika está do meu lado, ela me ergue do chão e me empurra para longe com uma força que faz meu ombro direito doer, entretanto, seu ato me salva das garras do Camaleão com suas duas pistolas, agora apontadas contra a sua cabeça.

Mayday me puxa para trás enquanto eu tento me soltar de seus apertos e ir ajudar Erika, ela parece assustada enquanto Camaleão nos ameaça, tento novamente escapar, mas Mayday me puxa para perto de si e aponta para alguém parado atrás de Camaleão, um garoto alto e musculoso, com vestes pretas um tanto apertadas para serem consideradas masculinas. Ele fala com o homem, uma cara de deboche define a sua expressão enquanto discutem, Camaleão parece bravo e aperta a arma contra a cabeça de Erika de um modo que me faz tremer, não sei se de raiva ou de medo, apenas sinto uma enorme vontade de tirá-la de lá, afinal, se não fosse por mim, ela não estaria sendo ameaçada por um maníaco.

Erika e o garoto das vestes apertadas trocam olhares, ela parece estar tendo um chilique interno enquanto ele a analisa da cabeça aos pés rapidamente, passando seus olhos pelo corpo de Erika, não fazendo nada para ajudá-la, e, quando parece enfim acabar a inspeção, ele lhe dá uma piscadela.

Franzo minha testa, aquele cara acaba de ganhar uma passagem só de ida para a minha lista negra.

Sei o que deve estar pensando, e logo lhe falo que não, eu não amo a Erika, pelo menos não dessa maneira, mas sim como minha irmã mais nova, aquela que eu sempre cuidei quando caía no chão e ralava o joelho ou quando pedia ajuda na lição de casa, e a única, juntamente com Mayday, que me fazia companhia em casa todos os dias enquanto a minha mãe trabalhava.

O garoto fala mais alguma coisa e um urro ensurdecedor invade as ruas de Nova York, introduzindo seu dono, um enorme monstro verde com uma massa muscular braçal evidentemente maior que o meu próprio peso, este dá um murro na cara branca de Camaleão, que voa para pelo menos uns 4 quarteirões de distância de onde estávamos. Ao contrário do garoto metido, a criatura verde já tem alguns pontos comigo.

Olho novamente para Erika, ela está desmaiada nos braços daquele cara desconhecido, logo em seguida, ele olha para Mayday e eu e aponta sua arma, disparando duas coisas pontiagudas em nossa direção, uma delas acerta minha coxa, fazendo-me desmaiar no mesmo instante.

– Argh, minha cabeça. – escuto Mayday reclamar, eu deixo as lembranças de lado e volto para a sala fria e pequena de metal.

Mayday parece tão confusa quanto eu, olha para os lados com espanto.

– Onde estamos? – ela indaga e logo depois envolve o corpo com os próprios braços e começa a bater os dentes. – Por que está tão frio? Estamos numa geladeira?

– É o que vamos descobrir. – eu jogo meus pés para fora da cama e vou em direção à porta, toco em sua estrutura metálica e tento empurrá-la, esta é pesada e aparentemente trancada. Eu me afasto. – Parece até mesmo um cofre, abrindo só do lado de fora...

– Erika? – Mayday chama por nossa amiga, eu me viro, ela está desmaiada em sua cama ao lado da de Mayday.

– Tente acordá-la. – peço a Mayday, que acena com a cabeça e começa a cutucar Erika.

Volto minha atenção para porta enquanto tirou meu IPhone do bolso.

– Jarvis, está ai? – eu chamo pelo meu mordomo virtual, Jarvis, que sempre atendia ao meu pai antes de este sumir da face da Terra.

– Para o senhor, sempre. – a máquina responde.

– Isso não é a Siri, é? – Mayday pergunta, volto meus olhos para ela, suas sobrancelhas estão erguidas e posso ver uma dúvida sincera expressa em seu rosto.

– Não, não é a Siri. – é tudo o que respondo antes de voltar para o IPhone. – Jarvis, consegue fazer um rastreamento de onde eu estou?

– Tentarei, Sr. Stark. – o IPhone começa a mapear o globo terrestre, e, logo depois um enorme “X” aparece no seu centro. – Lamento, senhor, mas a área em que está não permite que eu capte as ondas de transmissão do equipamento.

Eu bufo.

– Consegue então fazer um rastreamento interno?

– Vou ver o que posso fazer.

– Com quem você está falando? – Mayday pergunta mais uma vez. – Isso é um aplicativo para quem não tem com quem conversar? Por que se for isso, saiba que eu posso trocar umas ideias com você caso esteja se sentindo solitário.

Reviro meus olhos.

– Apenas acorde a Erika. Explico mais tarde.

Pois é, eu nunca havia mostrado Jarvis para ninguém, nem mesmo para Erika ou Mayday. Não sei bem o motivo, creio que por que ele seja a única coisa que tenho de herança do meu pai, uma prova de que ele existiu, algo só meu que eu não quero compartilhar com ninguém.

– Senhor?

– Sim, Jarvis?

– Lamento, mas consegui apenas fazer um mapeamento superficial, creio que algumas salas deste local sejam blindadas a prova de sondas eletromagnéticas, impedindo um serviço mais específico. – Jarvis mostra na tela uma planta de uma construção composta por quatro salas, formando um “L”, estamos na ponta superior da letra, que compõe um quarto do mapeamento total.

Estudo a planta feita por Jarvis, pensando numa possível saída localizada na extremidade oposta a onde estamos situados, só que no andar debaixo do local, obviamente, vendo a estrutura da sala, esta deve possuir alarmes que disparariam se ocorresse algo de diferente dentro. Não podemos arrebentar as paredes e muito menos a porta, não... Precisamos ir por um lugar que não seja feito de metal, algo que possamos quebrar.

Bato meus pés contra o chão, até que uma ideia surge de repente.

– É mais do que o suficiente. – respondo para Jarvis e vou para junto de Mayday, que ajudava Erika a se erguer da cama. – Preciso da sua ajuda.

Erika me encara com um olhar vago e confuso.

– O quê? – percebo que ela está atordoada. – Howl, por que você tem três olhos?

– Erika, concentre-se. – eu peço. – Estamos presos em cativeiro.

Os olhos azuis dela se arregalam.

– Aonde?

Céus... Parece que estou falando com um bêbado. O que aquele garoto da roupa apertada havia injetado nela?

Troco um olhar com Mayday, que dá de ombros com um sorriso no rosto, obviamente está se divertindo com o estado de Erika. Respiro fundo.

– Nós não sabemos, por isso temos que sair daqui.

– E como você quer que eu ajude? – Erika pisca duro.

– Preciso que você quebre o chão.

De imediato, Erika e Mayday nada respondem, apenas trocam um olhar vago, depois, ambas soltam uma gargalhada que me faz sentir uma pontada de raiva.

– E você acha que eu vou quebrar o chão como? – Erika indaga, ainda rindo. – Com a cabeça?

Mais risos, mas estes logo são interrompidos por um estrondo vindo do lado de fora da porta de ferro.

– O que pensa que está fazendo, Agente Barton? – uma voz grossa masculina questiona.

– Quero ver quem são eles. – o suposto Agente Barton responde e novamente, um estrondo invade a sala.

Eu me viro para Erika e Mayday, agora elas estão levando a sério a minha preocupação.

– Temos que sair daqui. – eu sussurro para elas.

Erika se levanta e cambaleia na minha direção.

– Como você quer que eu quebre o chão, Howard?

– Pela última vez, Agente Barton, eles não estão em condições de receber visitas! – a voz masculina insiste.

Eu a puxo para a extremidade mais distante da porta.

– Lembra-se quando você me empurrou para longe do Camalão?

Erika acena positivamente com a cabeça.

– O seu empurrão, calculando a posição em que estávamos e a distância dos seus braços em relação ao meu corpo era muito curta, fazendo com que seja logicamente impossível que você conseguisse uma aceleração de escala tão alta e em tão pouco tempo para...

– Fale inglês, Howard. – Mayday me interrompe impaciente.

– O que eu quero dizer, é que a força que você adquiriu para me empurrar é fisicamente impossível.

Mayday me olha com a mesma cara que olha para os professores, a de “me perdi nas três primeiras palavras”, já Erika, mesmo estando ainda com cara de atordoada, parece entender onde quero chegar.

– Certo, você tem razão... Mas, por isso acha que vou poder quebrar o chão?

Faço que sim. Ela olha para a superfície dura e lisa com receio.

– Howard, isso não vai dar certo. Também é impossível.

Escutamos novos passos vindos do lado de fora.

– Não custa tentar, Erika, além do mais, não temos muito tempo disponível para fazer um teste.

Erika engole seco.

– Se eu quebrar a minha mão, você terá que se explicar com a minha mãe.

– Você faz perguntas demais, Barton. – a voz grossa masculina critica o agente Barton.

– Erika, se você não fizer isso logo não sei se poderá reclamar para a sua mãe futuramente.

Erika fecha os olhos fortemente, ergue o punho e logo, com intensidade o pousa contra o chão, que racha com o forte impacto de seu punho.

Mayday arregala os olhos castanhos.

– Soque de novo! – eu peço a Erika, e ela logo obedece, largando mais uma vez a mão no solo, dessa vez, fazendo um enorme buraco.

Erika encara o rombo, boquiaberta.

– C-como... ? – e logo depois olha para a mão que utilizara, está inteira e sem nenhum dano aparente. – Isso é impossível.

Eu já estou um pouco longe de questionar a lógica agora, pelo jeito, nada do que eu penso, ou pelo menos quase nada, parece ter alguma relação com ela, e meu próximo passo é algo ainda mais ilógico.

Sem ter checado a altura antes, eu pulo para dentro do buraco, aterrissando bruscamente de uma queda de altura mediana numa nova sala mais clara e bem mais quente que a anterior, mesmo sentindo uma forte dor nas costas, forço meu corpo a se mover, esperando para reagir caso alguém viesse ao meu encontro, entretanto, continuo apenas eu e minha dor, a sala está deserta.

Mais que depressa eu me viro para Mayday e Erika, que me olham com dúvida e aflição do andar de cima.

– Pulem! – eu ordeno para as duas.

Mayday e Erika excitam um pouco antes de atenderem ao meu comando, só que na hora que chegam ao solo, Mayday acaba escorregando e caindo em cima de Erika, que tropeça nos próprios pés e cai no chão com May em cima de seu corpo.

– Vamos logo! – eu ajudo Mayday e Erika a se levantarem e seguimos para a única porta da sala.

– Como abrimos isso? – Mayday pergunta, batendo na superfície metálica.

Vasculho rapidamente ao redor da porta, e avisto um painel centrado na parede esquerda a porta. Tiro meu IPhone do bolso novamente.

– Jarvis, preciso de você.

– Será um prazer, ajudá-lo, Sr. Stark.

Eu aproximo meu celular para perto do painel.

– Consegue decodificar o código de acesso?

– Afirmativo, senhor, entretanto, caso o sistema esteja protegido, creio que irá disparar o alarme. Devo prosseguir?

– Sim, faça isso rápido.

E logo depois de alguns instantes, a porta de abre, mas junto com a nossa passagem, do jeito que Jarvis havia me dito, vem o barulho ensurdecedor do alarme de segurança, que invade todo o corredor, isso faz a minha dor de cabeça voltar à tona.

– Estavam indispostos, certo? – a voz do agente Barton se manifesta no piso superior a onde estávamos, e, depois de alguns segundos de silêncio, escuto passos se aproximarem de onde havíamos feito o rombo.

– Vamos embora! – eu berro para Erika e Mayday, e as duas me seguem corredor adentro, sem saber ao certo aonde vamos.

Mas isso não importa, tudo o que tenho certeza é que precisamos sair daqui.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem, nem vou perguntar para vocês quem será o novo narrador, por que né? ahahahahah totalmente desnecessário.

Novamente, espero que tenham gostado e podem me dizer o que acharam, vou fica muito feliz em saber ^.^

Beijoss e até a próxima