Marvels New Avengers - Next Generation escrita por Joke


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Olá, desculpe-me pela demora, explico nas notas finais

Boa leitura!



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Capítulo 4 - Thomas Banner







Sinto minha pele rasgar e meus músculos aumentarem de tamanho, ficando cada vez maiores e duros como ferro. Fico cego por alguns instantes, mas logo minha visão volta, com um campo bem mais detalhado e ampliado, conseguindo avistar a localização de Rogers a uma grande distância de onde estou.




Coitado.


Tudo está mais claro e eu começo a correr numa velocidade absurda na direção de James, meu corpo agora é uma máquina de guerra, indestrutível e totalmente mortífero.

Entretanto, não sou eu quem o está controlando, mas sim ele, “o outro”. O mesmo que sempre tenta tomar conta da minha mente quando estou estressado e a acaba dominando quando já perco o controle, transformando-me no, segundo Rogers, “esmagador de Barton”.

Mas, agora que Barton já não está mais nos treinos devido ao nosso último confronto, sobrou para ninguém mais ninguém menos que Rogers para ser meu novo adversário de treino, já que o antigo parceiro de Luke, Frank, não gostou muito da ideia de me enfrentar juntamente com o Rogers.

Covarde.

Continuo a correr, dando poucas e largas passadas, até chegar a Rogers, que esta escondido atrás de um muro, encolhido contra o bloco de tijolos sem mover um músculo.

Quebro a barreira que nos separa com facilidade, agarrando o corpo de James e o arremessando para o outro lado da rua em que treinamos. Amo quando escolhem partes de cidades como arena de treinamento, sinto-me mais forte, onde apenas o céu é o limite. Além do mais, eu consigo arremessar James a uma distância mais respeitável do que a de Barton.

Rogers quica algumas vezes no chão e depois para, ficando por um tempo no solo, recuperando o fôlego e provavelmente sentindo os ossos do corpo estalarem com seus movimentos.

Sinto meus lábios retraírem um sorriso, a situação de Rogers parece animar “o outro”. Eu vou ao encontro de James, porém, quando tento ergue-lo do chão, ele pega meu pulso e o vira, fazendo-me urrar de dor, “o outro” tenta revidar, dando socos aleatórios no ar, mas Rogers é mais rápido e sobe nas minhas costas, tentando pegar no meu ponto fraco, ou melhor, no ponto fraco do outro. Odeio isso.

Sim, Rogers e Barton, somente os dois, sabem a minha fraqueza, quando tínhamos treze anos, eu havia acabado de levar uma surra de um agente folgado, e sinceramente, eu não gostei nem um pouco daquilo. Foi a primeira vez que eu senti o outro se manifestar dentro de mim, querendo agir, querendo devolver a dor que o agente estúpido havia me causado. E eu permiti. No começo, tenho que admitir que doeu, sentir aquela criatura querer me rasgar para se libertar, para tomar conta de tudo, foi algo doloroso e nem um pouco prazeroso, porém, quando a criatura que tomou o lugar do Thomas Banner deu um soco no agente, toda a dor fora substituída pelo doce prazer da vingança. Eu queria destruir mais, queria arrebentar tudo da SHIELD, e foi isso o que eu fiz, comecei a esmagar absolutamente tudo o que via pela frente, sem sentir qualquer remorso com os olhares de espanto do Barton ou do Rogers, apenas sentindo-me uma pessoa totalmente nova, nada podia entrar no meu caminho, e, se entrasse, eu o tiraria com facilidade. Quando me dirigi ao setor da linguística, Rogers foi atrás de mim, ele era forte também, mas não era páreo para o novo eu, para o outro, que sempre devolvia seus murros com uma força duplicada, Rogers não tinha chance no corpo a corpo, mesmo com toda a sua força e resistência física. James então decidiu me atacar com a inteligência, algo do qual o outro o subestimara, subiu em meus ombros quando teve a chance e me deu uma porrada forte na nuca, fazendo-me desmaiar no instante seguinte. Desde aquele dia, eu nunca mais permiti que ninguém mais tocasse no meu pescoço.

Tento tirá-lo de cima de mim, entretanto, em vão, Rogers tem reflexos rápidos, e logo pega no exato ponto onde o outro teme e diz.

– Boa noite, Banner. – e eu apago com a dor do soco de Rogers latejando.


[x]




Quando recupero meus sentidos, não estou mais na arena de treinamento, mas sim no meu dormitório, um lugar cinzento e metálico com apenas três camas e um banheiro, que eu tenho que dividir com Luke e com...




– Bom dia, Bela Adormecida. – James me cumprimenta com um sorriso sádico. – Dormiu bem nessas doze horas?


Sinto a minha cabeça latejar, meus olhos já voltaram ao normal, mas minha visão está embaçada, isso sempre acontece quando volto ao meu “eu original”, ainda não sei o porquê disso, se é pela minha mudança, ou pelas porradas de Rogers.

– Cale a boca, James, não preciso de uma dor de cabeça a mais.

Escuto a porta de metal ranger, e logo depois um rosto conhecido entra.

– Ora, ora, ora se não é o Barton! – Rogers exclama, olhando a figura alta e esguia de Luke entrar no nosso dormitório, faz, mais ou menos, uns quatro dias que ele estava na ala hospitalar.

Eu sorrio para Barton.

– Teria trazido balões se soubesse que você voltava hoje, Luke.

Barton devolve meu comentário com um sorriso sarcástico.

– Vá à merda, Banner. – e deita na cama feita, esfregando as têmporas com as mãos. – Por favor, apenas diga que você deu uma surra no Frank enquanto eu estive fora.

Solto uma risada amarga.

– Lamento parceiro, somente no Rogers.

Luke solta um riso baixo.

– Serve.

James sorri de leve e pula da cama.

– Pronta para outra, Barton?

Luke faz um gesto com a mão.

– Como se eu tivesse escolha. – ele se ergue e apoia as costas na cabeceira da cama. – Perdi algo de emocionante no treinamento?

Dou de ombros.

– Apenas treinamos, treinamos, treinamos...

– E treinamos. – completa Rogers. – Dando murros um no outro e recebendo. Nada fora do normal.

– Que emocionante. – Luke comenta, fitando o portão. – Mal posso esperar para colocar tudo o que perdi em dia.

Ficamos em silêncio por alguns instantes, o que foi bom, minha cabeça ainda lateja com a dor, o silêncio ajudou a aliviá-la.

– Ah! – James exclama repentinamente. – Esqueci de falar, Barton, você perdeu uma outra festinha com o Camaleão.

Barton bufa.

– Realmente uma pena. O que aquele maluco queria dessa vez?

– Não sei dizer, o que eu vi foi que ele estava tentando sequestrar três pessoas, acho que da nossa idade, o maldito estava armado e apontava a arma para uma menina. Banner deu um jeito nele.

Sorrio, ah, como se esquecer da cena? A garota dos olhos azuis parecia tensa, ela acabara de ajudar o amigo, um moleque alto e meio mole, que caíra nos degraus enquanto fugiam do lunático do Camaleão, que sempre faz o possível para esgotar a nossa paciência e a da SHIELD com seus disfarces baratos e assaltos a banco. Foi um prazer esmurrá-lo bem na cara. Lembro-me também de ver a garota desmaiar nos braços do Rogers, dos berros dos amigos dela gritando seu nome, do outro ir atrás do Camaleão para lhe dar novamente um murro, que o apagou no mesmo instante e permitiu que eu pudesse trazê-lo para a agência sem muitas dificuldades.

– Que estranho. – Barton comenta. – O Camaleão não é famoso por sequestro. O que ele queria com esses três? – então os olhos azuis de Luke se arregalam, sua boca se abre num “O”, ele parece fazer uma conta mental. – Outros cinco... – sussurra. – Exatamente como Fury disse.

James e eu trocamos olhares confusos, Barton volta para nós.

– Onde eles estão?

– No antigo dormitório do Summers.

Luke no mesmo instante se levanta e corre para fora do dormitório.

– Acho que você bateu forte demais nele. – Rogers me diz antes de sairmos atrás do Barton.

Os corredores da agência estão com o constante movimento de pessoas, agentes andando rapidamente para os seus devidos setores enquanto Luke corre na direção contrária do fluxo, empurrando-os para abrir caminho, sumindo rapidamente do meu campo de visão. James e eu fazemos o mesmo, ainda sem entendermos o interesse repentino de Barton pelos três coitados.

Chegamos ao dormitório B49 depois de muitos empurrões. Barton está parado em frente à porta, discutindo com ninguém mais ninguém menos que Nick Fury.

– Pela última vez, Agente Barton, eles ainda não estão em condições de receber visitas.

– Por que estão aqui? – Luke questiona. – Por que não os deixou onde James e Thomas fizeram o resgate? É esse o procedimento comum da SHIELD em relação as vítimas de atentados criminosos. – ele se aproxima ainda mais de Fury, ficando frente a frente com o homem. –Tem algo a ver com o que me disse na ala hospitalar? São eles os outros três?

Nick nada diz, apenas encara Luke com seu único olho.

– Você faz perguntas demais, Barton.

Luke tenta puxar a maçaneta da porta, mas Nick o detém.

– Rogers, Banner. – ele chama por nós dois. – Levem Barton de volta ao dormitório. Ele precisa se acalmar.

James e eu nos aproximamos de Luke e Nick, porém, repentinamente, o barulho ensurdecedor do aldarme de segurança começa a ressonar por todo o corredor, parando os agentes e fazendo-os voltar seus olhares para Fury, que, no mesmo instante, abre a porta do B49.

Não há ninguém lá, apenas um rombo no canto direito do chão do dormitório.

– Estavam indispostos, certo? – Barton debocha, olhando para o chão com um olhar vago.

Nick Fury devolve o comentário com um olhar irritado, ele se vira para nós três e nos dá uma ordem silenciosa. No mesmo instante, damos as costas a ele e seguimos para o andar de baixo.

Temos que achá-los.



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Notas finais do capítulo

Seguinte, esse capítulo era para ser feito pela ShoutOut, acontece que, por problemas pessoais, ela teve que se afastar da fic, então agora aqui estou eu, tomando conta geral da história. Nada vai mudar, por que, até agora, quem escreveu os 3 capítulos + o prólogo fui eu, então não se preocupem.

Espero que tenham gostado do capítulo, e prometo que não irei demorar tanto quanto este demorou.

Não esqueçam de me falar o que acharam!

Beijoss e até a próxima.