Pleasure Hotel escrita por R_Che


Capítulo 5
Pouco Ético


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Sim, é outro capitulo. E eu digo já porquê: porque eu sei que as pessoas perdem o interesse nas histórias quando existe um capitulo em que não existe interacção entre os personagens principais. Mas a verdade é que esses capítulos são importantes para o desenrolar da história. E normalmente, são quando o autor não tem ideia para se desenvencilhar do bloqueio.
Então eu vou-vos contar o seguinte... ao contrário da Love RB, eu não tenho um rascunho com o plano de capítulos desta história, então eu sinto-me um bocadinho perdida neste momento, e gostava da vossa opinião e das vossas ideias de como gostariam que esta história continuasse. Fico eternamente agradecida se me deixassem um review com a vossa opinião. Eu sei que postei o capitulo anterior há 24h, e que tive 3 reviews (espero mesmo que pelo o tempo), mas gostava de um empurrão para o próximo.
(Ah, e voltando ao Love RB, eu não me esqueci, eu inclusive já comecei a escrever a 2º parte, mas preciso algum avanço para poder postar.)
Vimo-nos lá em baixo!



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Uma semana sem Puck era quase como umas férias, mas Rachel sabia que não havia descanso possível, afinal tinha uma data de coisas para estudar. Puck tinha viajado há três dias e ela ainda só tinha adiantado os resumos de duas das seis cadeiras às quais tinha frequência. Era Domingo à noite e ela decidiu que tinha de dormir cedo. Se no dia seguinte se levantasse mais cedo, a segunda feira podia ser mais produtiva. E assim o fez.

~X~

Quinn por seu lado começou também ela a estudar para o exame a que se inscreveu, aliás, ela não só se inscreveu àquele como se inscreveu a todos os que faltavam para concluir o primeiro semestre do último ano. Assim não corria o risco de chegar atrasada à inscrição de algum. Não tinha nenhuma paciência para estudar, ao contrário de Rachel, mas com o seu talento natural acabava sempre por se safar no final.

~X~

Entre estudos e descanso, faltavam dois dias para que Puck voltasse, e Rachel sabia que à segunda feira não era noite de diversão para a maioria das pessoas. No entanto, passou-lhe pela cabeça aquela loira que tão feliz a tinha feito naquela noite. Será que ela voltou ao hotel? Será que ela se recorda tão bem quanto Rachel daquela experiência? A morena ponderou voltar ao Pleasure para repetir a experiência, mas rapidamente se lembrou que era matematicamente improvável que tivesse tanta sorte como da primeira vez. Pôs a ideia de parte.

~X~

Q: Ok pronto, ganhaste! Quero o número de telefone dela.

S: Olá Quinn, como estás? – disse Santana com uma expressão marota após atender o telefone e ouvir a ocorrência da amiga.

Q: Hoje fui à universidade da parte da tarde, e as aulas dela já acabaram. Isso significa que ela agora só lá vai para as frequências, o que significa também que só é provável eu encontrá-la no próximo semestre, ou seja, daqui a um mês.

S: Ah. E qual é o problema? Tens assim tanta pressa? – a latina continuou com o mesmo tom.

Q: Não. Tens razão. Afinal não quero. – respondeu Quinn com alguma tristeza.

S: Eu estava a brincar, deixa-te disso. Vou ver…

Q: Espera. A sério, é melhor não me dares. Com que raio de desculpa é que eu lhe vou ligar? E se ela sabe que me deste o número podes ter problemas com isso.

S: Ela só sabe se lhe contares, não digas como o tens. Ou inventa qualquer coisa.

Q: Santana, ela não tem nada ar de burra. Qualquer pessoa chegaria a essa conclusão após saber que somos amigas.

S: Vês? Afinal as putas das regras sempre servem para alguma coisa.

Q: Olha a língua.

S: Se não tivesses feito tudo ao contrário, agora não estavas com esse problema.

Q: Tu é que podias ligar-lhe.

S: Eu? E porque raio é que eu ia ligar-lhe? Isso não faz nenhum sentido.

Q: Sei lá, dizes que estás a ligar para todas as pessoas que estiveram naquele quarto para perceber qual delas é que perdeu qualquer coisa. Tu desenrascaste!

S: E depois ela diz-me que não perdeu nada e eu faço o quê? Tu és brilhante!

Q: Não lhe digas o que é.

S: Estás mesmo a falar a sério? Eu estou a ficar seriamente preocupada com a tua saúde mental.  

Q: Santana, acredites ou não, também eu. Esquece! – Quinn ficou à espera que Santana a tentasse dissuadir de desistir, mas a latina ficou em silêncio. – Santana?

S: Hã? Desculpa, estava aqui a ler uma coisa e distraí-me. Então é para esquecer, né?

Q: Sim – disse a loira nada convencida.

S: Então vá. Eu vou trabalhar, até logo. – e sem deixar Quinn dizer nada, Santana desligou deixando a loira desanimada.

~X~

R: Sim? – disse Rachel enquanto atendia o telefone.

S: Boa tarde, estou a falar com Rachel Berry?

R: É a própria.

S: O meu nome é Santana Lopez e estou a ligar-lhe do Pleasure Hotel.

R: Sim… - respondeu a morena em tom estranho.

S: Eu sei que isto parece um bocadinho fora do comum, mas a realidade é que eu precisava de falar consigo. Acha que nos podemos encontrar daqui a duas horas na receção do hotel?

R: Acho que sim, mas qual é o assunto?

S: Eu preferia falar acerca dele pessoalmente, pode ser?

R: A senhora vai-me desculpar, mas eu não estou a ver o que possa ser, e como deve calcular…- Rachel foi interrompida por Santana.

S: Eu percebo. Então daqui a duas horas na receção. – respondeu a latina com um tom autoritário. – Boa tarde. – e desligou.

A morena ficou espantada com aquele telefonema, além de ele ser demasiado estranho, aquela mulher tinha uma presença telefónica já muito forte, o que a deixou desconfortável no que podia esperar da sua presença física. Mas a curiosidade era demasiado grande para que ela a ignorasse. Levantou-se do sofá onde estava sentada e foi despachar-se para se encontrar com aquela mulher. Era mentira se ela dissesse que não pensou em Quinn automaticamente, ela recordava-se da loira lhe ter dito que Santana Lopez era sua amiga de infância, e pensou que podia inclusive ter-lhe acontecido alguma coisa. Mas descartou a hipótese quando pensou também que não havia nenhuma razão para ela ser contactada caso assim fosse. Tentou aguentar toda a sua curiosidade e passadas duas horas lá estava ela na receção do hotel.

R: Boa tarde, eu estou aqui para falar com a dona, por favor.

T: Oh, sim. Rachel Berry?

R: Sim.

T: Não se importa de aguardar um momento que eu vou chamar a Santana? Pode sentar-se nesses sofás da entrada, esteja à vontade.

R: Obrigada.

Tina entrou numa porta à esquerda da receção enquanto Rachel se sentou nos sofás a aguardar ser recebida por Santana. Era mentira se ele negasse o nervosismo que a consumia no momento. Quando Tina entrou deparou-se com Santana ao telefone.

S: Não quero saber, tens dez minutos para estar aqui, sim ou sim. Despacha-te. – e desligou o telefone. – O que foi Tina?

T: Rachel Berry.

S: Já? Merda! Estava na esperança que ela se atrasasse. Manda-a entrar. E se a Quinn chegar, manda-a sentar-se à entrada e esperar por mim.

T: Ok. – Tina saiu do gabinete e voltou alguns segundos depois com Rachel. – Faça favor. – disse a mulher dando permissão a Rachel para entrar. A morena entrou e Santana sorriu automaticamente para ela. Esticou-lhe a mão e cumprimentou-a.

S: Sente-se por favor.

R: Obrigada.

S: Tina, podes ir, e não te esqueças do que eu te disse. – Tina saiu e Santana olhou para Rachel, depositando assim a sua atenção total nela.- Obrigada desde já por vir, e peço desculpa pelo incómodo.

R: Não faz mal, admito que estou curiosa.

S: Acredito que sim, então eu vou direita ao assunto, pode ser? Não sei se quer tomar alguma coisa? Água, café?

R: Estou bem obrigada. –sorriu Rachel menos nervosa, afinal a latina não era tão antipática como ela imaginou.

S: Isto vai-lhe parecer pouco ético da minha parte, mas eu tenho de lhe dizer isto. A minha amiga Quinn Fabray, que eu suponho que se recorde dela, certo? – perguntou Santana na esperança de não fazer figura de parva.

R: Certo. – respondeu Rachel agora preocupada.

S: Ligou-me esta manhã para que eu arranjasse uma desculpa qualquer para a fazer vir cá, e eu disse-lhe que não. No entanto, pensei bem no assunto e percebi que acho que quem está no último ano de faculdade e já tem uma agência a seu cargo… que é o caso dela, já tem também idade suficiente para não usar pombos correio e desculpas esfarrapadas. A verdade é que eu acho que ela ficou encantada consigo, e consigo até perceber porquê… - e Santana olhou para Rachel com um sorriso simpático fazendo a morena baixar a cabeça e corar- … e como já estou um bocadinho farta de a ouvir falar de si, então pronto. No entanto pedi-lhe que viesse mais cedo, não a quero deixar numa situação desconfortável, aliás, caso não queira encontrá-la está no seu direito. Preciso só de saber porque ela deve estar a chegar. – Rachel abriu os olhos espantada. – Não se preocupe, ela não sabe que aqui está.

R: Realmente isto não é muito ético. Mas não era suposto a senhora não saber que ela aqui esteve?

S:Trata-me por Santana por favor, não acredito que tenhamos muita diferença de idades. – Rachel assentiu – Ela também te disse isso? Pois, pouco ética mas muito controladora. – e piscou o olho a Rachel. As duas ficaram na conversa por mais um tempo.

~X~

Q: Olá Tina.

T: Quinn, olá!

Q: A Santana está no gabinete? – disse a loira enquanto andava em direção à porta do mesmo.

T: Sim, mas não podes entrar, ela está reunida com uma cliente. Ela pediu que aguardasses aí na entrada, senta-te que ela já vem.

Q: Ah, sempre a mesma. Tanta pressa e eu que espere.

T: Já conheces a peça.

A porta do gabinete de Santana abriu-se e a latina saiu a rir-se de lá de dentro acompanhada por Rachel. Quinn estava distraída a mexer no telemóvel e Santana reparou.

S: Bom, não estou nada arrependida em ter ligado. Tens de vir cá mais vezes, nem que seja só tomar café comigo, tenho de te apresentar a Britt. – Rachel olhou para a entrada e corou automaticamente.

R: Fica combinado. – A latina sorriu e Rachel aproximou-se dela e sussurrou. –E agora?

S: Espera um minuto. – Santana foi até Quinn e posicionou-se de modo a tapar a visão da loira para a entrada do seu gabinete. – Estás atrasada. – Quinn que até então estava concentrada no seu telefone levantou a vista indignada.

Q: Eu? Que lata, tu é que me fizeste esperar e eu é que estou atrasada? Afinal tanta pressa era para quê? – Santana esboçou um sorriso maroto e Quinn franziu a sobrancelha ao notar. – O que foi?

S: Estavas muito ocupada?

Q: Vá Santana, diz lá o que é que queres?!

S: Eu não quero nada, tu é que queres. Queres levantar o rabo daí e levar aquela mulher…- Santana desviou-se e apontou para Rachel que sorriu envergonhada- … a jantar! – Quinn petrificou, e Santana sussurrou ao seu ouvido – Podias me ter dito que ela era assim tão atraente, que eu tinha ligado mais cedo.

Q: O que é que tu fizeste? – perguntou a loira no mesmo tom baixinho.

S: Fiz-te um enorme favor! Mexe-te!

Quinn levantou-se e sorriu para Rachel enquanto caminhou até ela. A morena estava ligeiramente ruborizada e Quinn percebeu isso. Quando já estava ao pé de Rachel, a loira sentiu o seu estômago apertar e nasceu um certo desconforto dentro dela.

R: Olá. – disse Rachel corajosa.

Q: Olá. – respondeu Quinn enquanto se aproximava dela no intuito de a abraçar suavemente. – Eu não sabia que estavas aqui, a Santana…

R: Eu sei. – e a latina apareceu por trás de Quinn.

S: Hoje não servimos jantares, se calhar era uma boa ideia se vocês fossem jantar a qualquer lado mais reservado.

Q: Tu… eu nem sei o que te diga, de vez enquanto apetece-me bater-te.

S: Que grande lata. Estou eu preocupada com a tua felicidade e tu…

Q: Vamos embora. – interrompeu Quinn enquanto agarrava decidida a mão de Rachel e a puxava para a saída. – Até amanhã Santana. – e a latina só teve tempo de trocar um sorriso com Rachel enquanto elas saíram rapidamente dali.

Já fora do hotel, Quinn parou em frente à entrada com a morena.

Q: Desculpa a Santana, ela descobriu que eu aqui estive e tem sempre a mania de fazer das dela.

R: Eu gostei da Santana. – disse Rachel com um sorriso maroto, e Quinn sentiu novamente um desconforto, mas aquele era diferente. – Ela é assim despachada e tal, impõe algum respeito, mas é verdadeira. É sincera. – a loira sorriu levemente forçada.

Q: Talvez eu lhe tenha pedido para te ligar.

R: Eu sei.

Q: Eu fui à universidade hoje, e eu sei que supostamente esta experiência no Pleasure tu pretendias que fosse só uma e pronto, mas é que… - Quinn fez uma pausa e Rachel sorriu ainda mais, mas não a interrompeu porque queria saber como a loira se ia desenvencilhar daquela atrapalhação toda - …eu queria ver-te de novo.

R: As minhas aulas de primeiro semestre já terminaram.

Q: Pois, disseram-me lá. E eu ia esperar até que começasse o próximo, se não tivesse alternativa.

R: Eu admito que me lembrei de ti algumas vezes. Tu despediste-te de mim com um “até breve” e eu achei graça. Não achei que o levasses à letra.

Q: É normal nós estarmos a conversar assim?

R: Assim como?

Q: Não sei, acho estranho…

R: Quinn, a maneira como nos conhecemos não é estranha também?

Q: Certo. Tens razão. – e a loira sorriu e ficou alguns segundos a olhar para Rachel. A morena sentiu o incómodo a aparecer e decidiu quebrar o silêncio.

R: Não me ias levar para jantar? – disse sorridente.

Q: Sim, sim claro! Vamos? – e abriu os braços com o intuito de a guiar até ao carro. – Eu conheço um restaurante muito agradável em Santa Monica.

R: O tal que falaste no outro dia, a que vais todos os dias?

Q: Não, o Karmel é um café, e é perto da minha casa.

R: Ah, ok.

Q: Vais gostar do sitio onde te vou levar. É mesmo colado à praia. – Rachel sorriu e assentiu.


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Notas finais do capítulo

Então? Ideias???
Preciso mesmo de ajuda!
Beijinho a todos e obrigada.
p.s: Obrigada aquelas autoras que são tão simpáticas comigo quando eu faço algum comentário nas suas histórias. :) E um obrigada especial à nat_sant, que esses teus comentários deixam-me sempre tão contente! :)