Pleasure Hotel escrita por R_Che


Capítulo 6
Sociologia


Notas iniciais do capítulo

Boas minha gente! :)
Estive de férias... que também tenho direito!
Aqui vos deixo um novo capitulo, tenho uma novidade boa... já tenho um rascunho desta historia, veio num momento de inspiração, e já sei exactamente que rumo vai levar. Esta vai ter algum drama e muito amor (inclusive daquele incondicional). Fico realmente feliz que lhe tenha conseguido dar um rumo, estava a precisar para poder continuá-la.
Vimo-nos lá em baixo.



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A varanda por cima da areia da qual o restaurante tinha a concessão, era gigante. Se aquela fosse uma praia privada, quase que se podia dizer que aquele bocado de chão de madeira chegava à borda de água. Rachel estava absolutamente fascinada com as luzes que refletiam no mar, aquele restaurante era digno de ser recomendado a qualquer pessoa que gostasse da brisa marítima.

R: Como é que descobriste esta maravilha?

Q: Um dia tive de organizar um evento aqui. É raro cá vir, não gosto muito de andar nestes sítios sozinha, quase que parece mal. – riu Quinn.

R: Eu nunca tinha vindo para estes lados.

Q: Como não?

R: Não explorei muito desde que vim para cá.

Q: Isso tem de mudar.

R: Não me parece que vá acontecer. – disse a morena despreocupada.

Q: Porquê? Eu podia mostrar-te muitas coisas que não conheces na zona.

R: Podias, mas eu prefiro que fiquemos por este jantar. – e enquanto Rachel sorriu, Quinn perdeu o dela.

Q: Porquê? O que é que a Santana te disse?

R: Nada. Devia ter dito?

Q: Não, quer dizer, ela às vezes consegue ser muito desagradável.

R: Pois, mas se te consola saber, ela foi muito simpática e agradável comigo.

Q: Mas então porque é que vieste jantar comigo?

R: Porquê? Não devia ter vindo?

Q: Claro que sim, o que eu quero dizer é que… - Quinn não sabia bem o que queria expressar.

R: Quinn, não quero ser desagradável, tu és boa companhia, eu não nego que tivemos uma noite especial, que inclusive todo este esforço por me encontrar foi divertido de saber, mas eu não estou interessada em que te iludas com uma coisa que não é possível. Eu aceitei jantar contigo, não tinha nenhuma razão para não o fazer, e estou a gostar, mas não pretendo que se volte a repetir.

Q: Uau. – disse a loira desiludida. – Desculpa se mal interpretei as coisas.

R: Não faz mal. – respondeu Rachel sorridente, mas essa era a resposta que Quinn menos queria ouvir.

O jantar correu bem, a conversa fluiu normalmente, embora Quinn estivesse desiludida com o que Rachel lhe tinha dito. No final da noite, Quinn deixou Rachel em casa. A morena não se preocupou com o facto de Quinn ficar a saber onde ela vive, mas sentiu-se desconfortável quando a convidou para subir por educação. A loira, seguindo a etiqueta, recusou com um “obrigada fica para a próxima”, mas quando percebeu que não existiria uma “próxima”, conduziu até casa cabisbaixa.

~x~

A pausa entre semestres na universidade, não demorou muito a passar. Rachel lembrava-se várias vezes daquele jantar, e inclusive algumas vezes sentiu a necessidade de procurar Quinn, mas sabia que não era boa ideia. Na cabeça da morena, Quinn era mais uma menina rica, encantada com o seu modo de vida despreocupado, e que certamente só queria companhia para de vez enquanto. Não era típico de Rachel esse tipo de relações. A morena e a sua necessidade de controlo e de atenção, não eram compatíveis com o tipo de pessoa que Rachel pensava ser Quinn.

P: Começas hoje?

R: Sim. E tu? Não é um bocado cedo para estares acordado?

P: Tenho um encontro.

R: Um encontro? A esta hora da manhã?

P: Sim. – sorriu Puck maroto.

R: Noah, não quero saber, não me contes! – respondeu Rachel ao notar a cara dele.

P: Queres boleia?

R: Vais para os meus lados?

P: Sim. Vou tomar um pequeno almoço reforçado na cafetaria da tua faculdade.

R: Explica lá isso?

P: É o que tu ouviste.

R: Ok. Mas eu tenho de ir assim dentro de… - Rachel fez uma pausa e viu as horas no telefone.- Agora! – disse assustada. – Já viste as horas? Eu estou atrasada. – Noah gargalhou e encaminhou-a para a saída.

~x~

S: Onde é que vais? – disse Santana enquanto esbarrava com uma Quinn cheia de pressa à saída do Karmel Café.

Q: Para a faculdade.

S: Estás doente?

Q: Ah, ah, ah, que engraçada! Não. Mas inscrevi-me nas cadeiras do próximo semestre como aluna interna.

S: E quem é que encarnou em ti que te fizesse fazer isso? – perguntou a latina chocada.

Q: Estou atrasada, depois falamos. – mas quando Quinn virou as costas a Santana, a latina puxou-a pelo braço.

S: Escusas de fugir. Explica-me lá isso?

Q: Inscrevi-me como aluna interna, vulgo, aluna normal, nas aulas de segundo semestre.

S: Otorrinolaringologia não é o teu forte. – disse a latina com ar aborrecido.

Q: Hã?

S: Sim, achas que eu sou surda? Eu ouvi o que tu disseste. Quero é que me expliques qual foi a veia no teu cérebro que rebentou para te decidires a fazer isso.

Q: Estou farta de não fazer nada. Chega?

S: Tu tens uma empresa montada.

Q: Eu não trabalho na empresa, eu vivo dos rendimentos dela.

S: Isso é por causa da Rach, não é?- disse a latina, agora com mais calma.

Q: Rach? Mas agora vocês são intimas? A Britt sabe disso? – Quinn adotou uma postura séria.

S: Não mudes de assunto. Responde-me.

Q: Não. Não é por causa da “Rach”.

S: Não acredito que tu te vais dar ao trabalho de ir às aulas só para estar perto dela. Afinal isso bateu-te mesmo forte.

Q: Enganas-te! Estás mesmo surda! – e mais uma vez a loira se virou para ir embora, mas Santana desta vez agarrou-a pelo braço com uma intenção mais carinhosa.

S: Espera. – disse com calma. Quinn por seu lado continuou séria à espera do que a latina tinha para dizer. – Eu tenho notado o teu ar deprimido estes dias. Estás assim desde a noite do restaurante, e a única coisa que me disseste foi que afinal vocês não tinham nada em comum. Mas eu não sou parva Quinn Fabray, e eu conheço-te melhor que a mim mesma. O que é que aconteceu naquela noite que te deixou deprimida e te fez mudar de ideias?

Q: Santana, eu estou realmente atrasada. – mas Quinn disse isto e não se moveu. Santana percebeu que tinham de conversar sobre o assunto e puxou-a com carinho para uma das mesas da esplanada. As duas sentaram-se nas cadeiras e Quinn cruzou os braços em cima da mesa e apoiou a testa nos mesmos.

S: Conta lá.

Q: Na realidade não foi nada. Ela só não tinha as mesmas intenções do que eu. E eu pensando bem, percebo que ela não tenha recusado o jantar, afinal era só um jantar.

S: Eu falei com ela, ela ligou-me a agradecer a simpatia e tal, mas pareceu-me tão normal que eu achava que tinhas a coisa controlada.

Q: E é normal. Aquilo foi um jantar normal.

S: Vais inscrever-te em alguma disciplina que ela também tenha?

Q: Não. Aliás, ao contrário do que estás a pensar, eu não vou para a faculdade por causa dela. Eu vou para ver se a minha vida social se torna um bocadinho menos monótona.

S: E vais desistir?

Q: Desistir do quê, San? Eu nunca tive nada pelo que lutar. – e enquanto respondia à latina, Quinn pôs a mala ao ombro e levantou-se. Depositou um beijinho na testa de Santana e sorriu carinhosamente antes de sair rumo à faculdade.

~x~

Ao chegar à universidade, Rachel recebeu uma noticia da qual não estava à espera. A cadeira que tinha escolhido como optativa para este semestre, não tinha conseguido inscrições suficientes para abrir uma turma, então, teve de se dirigir à secretaria para escolher uma das outras opções que tinha. Assim o fez. A secretaria tinha uma fila interminável de gente, mas tendo em conta que ela tinha um furo naquele momento, devido à falta da cadeira, então decidiu esperar.

UCLA era dividida por três campus. Naquele campus existiam três faculdades de três especialidades. A Faculdade de Belas Artes, a Faculdade de Direito, e a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas. Nos outros dois campus, existiam as vertentes de tecnologia, economia, medicina, farmácia, gestão e serviço social. Mas tanto o curso de Rachel, como o curso de Quinn, habitavam no mesmo campus, e na mesma faculdade. Embora em diferentes edifícios, a secretaria era partilhada pelos dois cursos, bem como, por todos os outros da mesma faculdade, coisa que Rachel conseguiu notar pela quantidade abundante de gente que estava em fila de espera. Já se sabia que aquela era uma época em que a secretaria estaria muito cheia, pois era momento de tratar de inscrições a cadeiras e construção de horários, mas Rachel já estava a perder a paciência.

Esperou por duas horas até ser atendida, e em vez da cadeira que tinha escolhido inicialmente e à qual não haviam inscrições suficientes, Rachel optou por escolher a cadeira de Sociologia, que era uma das cadeiras optativas para todos os cursos daquela faculdade.

Quando saiu da secretaria nem sequer olhou para trás, estava mais do que farta de estar à espera, e seguiu caminho sem reparar que Quinn estava também na fila para ser atendida. A loira nada disse, limitou-se a ver a pressa com que Rachel saía e baixar a cabeça com algum desapontamento.

Quinn não podia negar que se sentia chateada com Rachel. Ela sabia que não tinha motivos nenhuns para se sentir assim, mas era inevitável.

Esperou até ser atendida, e quando se sentou numa das secretárias de uma das funcionárias da secretaria sorriu ao perceber que ia ser atendida pela mesma senhora simpática do outro dia.

Funcionária: Olá menina, como está?

Q: Olá! Muito obrigada pelo outro dia. Eu estava mesmo em desespero de causa já.

F: Não se preocupe, é para isso que cá estamos. E olhe que é estranho que eu me lembre das caras, vocês são muitos, mas a sua fixei. – sorriu a senhora.- Mas então diga-me, há algum problema? Esqueceu-se de se inscrever a algum exame?

Q: Não, não. Aliás, eu pretendo fazer o segundo semestre como aluna interna, vinha mesmo anular as inscrições aos exames externos.

F: Ah, assim é melhor. Melhor para si, quero dizer, sempre tem a avaliação continua e é mais fácil.

Q: Sim, eu pensei nisso.

F: Então assim sendo dê-me o seu número de aluna. – Quinn forneceu todos os seus dados à senhora e ela atualizou a situação escolar de Quinn para aluna interna.

Q: Está tudo?

F: Sim menina, já está inscrita no segundo semestre com todas as cadeiras obrigatórias. Mas este semestre tem de escolher uma optativa.

Q: Ah, sim. Pois bem me parecia. Não tem a lista?

F: Tenho sim. Tem a possibilidade de 3. – a senhora mostrou a lista das três cadeiras optativas que tinha como hipótese e Quinn escolher uma.

Q: Sociologia.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que o capitulo não está muito grande, mas os próximos vão ser maiores!
Espero que tenham gostado, fico à espera do vosso feedback.
Deixei-me saber as vossas opiniões.
Beijinhos a todos!!!