The Best Swimmer escrita por AlohaHawai


Capítulo 19
Capítulo 18 - POV Damn


Notas iniciais do capítulo

Pessoooooal, que sdds de voces sério! Faz quase um mês que não posto nd kkk )): Enfim, alguns avisos:
1- "Damn" é a mãe da Annie, eu sempre a referi como Sra. Wlyader, mas ficaria estranho colocar assim
2- Esse é o antipenultimo capitulo, e isso me deixa bem triste, sério.
3- Vi algumas fics sobre os Jogos da Annie e fiquei beeem triste com isso, já que eu tenho ctz absoluta que fui a primeira pessoa a fazer fic sobre os Jogos dela. Então, se vcs virem alguma fic desse tipo me avisem, please.
Espero que gostem desse capitulo, E LEIAM AS NOTAS FINAIS. 2bjs.



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E os dias estavam passando cada vez mais devagar. Cherr nem estava comigo, estava na casa de Doroth Flynn, ela sim conseguia cuidar de minha filha melhor do que eu. Passava o dia no quarto, com a televisão ligada e um pouco de sopa em minha frente, e toda vez que vinham me ver, ela continuava intocada.

Não tinha animo para mais nada, a não ser ver minha filha fora daquele lugar. Eu conhecia bastante os jogos, e tive dois amigos que foram sorteados e morreram. Annie estava aguentando bastante, por mais frágil que seja, ela estava sendo forte o suficiente para ficar entre os oito tributos restantes.

Albernathy vinham me ver todos os dias depois de chegar do trabalho, mas eu me recusava a dormir na mesma cama que ele. Por sorte, eu tinha o melhor marido do mundo e ele entendia quando eu me deitava na cama de Annie e ficava olhando suas coisas por duas horas.

Provavelmente Cherr nem me reconhecia mais. Garrett, o filho de Doroth, havia me dito que ela havia dito suas primeiras palavras, e havia sido “Annie”. No começo, eu fiquei emocionada, mas depois o sentimento se esvaiu e minha mente se voltou para minha filha mais velha.

Mags me visitava constantemente, sempre dizendo que Annie sairia viva de lá e que ela era forte, além disso Finnick estava cuidando muito bem dela. Isso era verdade, ela havia conseguido bons patrocinadores, não sei como, mas Annie tomara alguns remédios que ajudaram-na a melhorar. Eu devia minha vida à ele.

— Querida. — ouvi a voz grossa de Albernathy vindo da porta e logo me virei — Zendaya Swan chegou.

Minhas sobrancelhas se arregalaram e abri um sorriso fraco. Zendaya era a moça da Capital responsável por entrevistar os familiares e amigos dos oitos tributos que restavam no final. Eu sabia que ela viria, só não tinha ideia de que seria hoje.

— Avisei que você precisava se arrumar e ela disse que esperaria vinte minutos, no máximo.

Assenti e ele saiu, me deixando sozinha novamente. Tirei a camisola branca e suja que estava usando, e coloquei um vestido laranja que ia até os joelhos, estava decente o suficiente. Prendi meus cabelos emaranhados num rabo de cavalo alto, e passei um pouco de maquiagem para disfarçar as olheiras e os machucados.

Me olhei no grande espelho atrás da porta e assenti, estava bom o suficiente. Calcei uma sandália básica e sai do quarto em silencio. Desci as escadas, me segurando no corrimão e abri um sorriso ao ver uma mulher de pele azulada, olhos puxados, tatuagens e um cabelo verde-limão. A cumprimentei.

— É um prazer conhecê-la, senhora Wlyader. — disse Zendaya

— O prazer é meu. — abri um sorriso amarelo

— Vamos começar? — ela perguntou e assenti silenciosamente

Albernathy estava encostado na parede, depois seria ele.

Nos sentamos no sofá e os dois moços começaram a arrumar a câmera. Eu não sabia o que dizer a ela e nem quais seriam suas perguntas, mas com certeza seriam bem pessoais e me deixariam triste novamente.

Primeiro, ela perguntou o que senti quando Annie fora sorteada. Isso era obvio, me senti morta. Senti que perderia minha filha e que nada faria sentindo novamente, mesmo que eu tivesse Cherr para me fazer sorrir. Me senti como se tudo o que construi à ela, tudo que ela viveu, tivesse acabado. Não tinha sensação pior.

Depois de fazer questão de dar a respostas completa, ela perguntou como estava sendo para mim viver sem ela, por mais que tenha sido por duas semanas.

— Horrível. Sinto como se não tivesse animo para mais nada. Faz quase duas semanas que eu não saio de casa, provavelmente estou meio depressiva. — não tinha vergonha de admitir isso para todos, eu estava mesmo e tudo por culpa deles — Minha filha pequena, Cherr, nem estava mais vivendo conosco. Não temos tempo de cuidar dela.

Zendaya arregalou os olhos para mim. Eu sei que havia dito coisa que não devia, mas precisava desabafar com alguém, mesmo que seja com Panem inteira. Minha filha estava numa arena e eu tinha quase cem por cento de certeza de que ela não sairia viva de lá.

Eu já vi isso antes, quando as pessoas se rebelavam pela televisão. Podia dar a desculpas que estava louca, sinceramente, tive vontade de xingar todos, mas sabia que isso sobraria para uma única pessoa: Annie.

Continuei com a entrevista, Zendaya me fez mais perguntas e eu respondi, mas não tirava a ideia da cabeça de falar algo para o Presidente Snow indiretamente. Eu precisava fazer isso, seria a única maneira de me sentir leve novamente. Além disso, o programa era ao vivo, o que me dava uma alta vantagem sobre isso.

— Posso falar algumas coisas? — perguntei logo que acabou a entrevista

Zendaya me olhou de esguelha e no final assentiu. Eu não sabia o que dizer, mas queria o quão mau o Presidente era, o quão ruim esses Jogos faziam com todos dos Distritos e que na verdade, não era nenhum tipo de mensagem, mas sim, o medo que ele tinha se todos se rebelassem de uma só vez.

Respirei fundo, olhei para Albernathy que me olhava com a cabeça erguida e um medo nos olhos. E então, de uma só vez, todas as palavras vieram à tona.

Esses Jogos, eles só nos fazem mal. Vocês da Capital não podem ter ideia disso, mas nós sofremos, todos nós. Sofremos quando vemos que nossos filhos estão dentro de uma arena, com machucados, doenças, sendo mortos de diversas formas possíveis. Pensem em como fica um coração de uma mãe após ver ser filho ser esfaqueado e não poder nem se despedir. Isso que vocês fazem é doentio. A Capital é doente e principalmente seu governante. Vocês querem nos ensinar algo com a pior forma possível, vocês já matam crianças e ficam felizes com isso, vocês apostam para ver quem ganhará os Jogos, enquanto os outros estão dentro de caixões.

Meus olhos estavam marejados e pude sentir um silencio repentino na sala. Soube que ninguém havia cortado minhas palavras, pois até os moços que cuidavam das câmeras e etc, estavam prestando atenção em mim. Provavelmente eles cortariam quando passasse a reprise, mas agora, todos que estivessem assistindo haviam me escutado.

Um moço, alto e morena, me pegou cuidadosamente pelo braço e me levou ao andar de cima, a onde fechou a porta e me deixou sozinha novamente. Provavelmente eles não gostariam que eu atrapalhasse a entrevista de Albernathy e eu no fundo até entendia um pouco, com certeza tudo havia ficado um desastre.

Deitei-me na cama macia e fechei os olhos. A única coisa que me deixava feliz ultimamente, era quando me lembrava de Annie e eu só conseguia fazer isso de olhos fechados.

Muitas vezes as lembranças eram de quando ela era mais nova, criança e seu pai ainda estava vivo. Acho que porque ela era mais feliz naquela época, eu tinha certeza disso. Annie sempre estampava um sorriso naquele rostinho de boneca e seus olhos sempre brilhavam quando dizíamos que íamos à praia, ela adorava aquele lugar. Parecia que quando estava na água ela se tornava outra pessoa.

Sempre soube que ela se sentiu mal quando anuncie que me casaria novamente. Ela não aguentava o fato do pai ter sumido e muito menos que teria outro homem na casa, ela gostava de viver comigo. No começo não a entendi, mas agora, percebi o que ela estava sentindo. Era estranho ter outro homem beijando sua mãe, outro homem cuidando da casa e outro homem tentando ocupar o precioso lugar de seu pai.

E quando fiquei grávida de Cherr, ela nem sequer falava comigo. Passava o dia na rua junto com Garrett Flynn e só voltava a noite, quando eu já estava dormindo. Ela se recusava a conversar com Albernathy e não fazia questão nenhuma de perguntar qual era o sexo do bebê, qual seria o nome e passar a mão em minha barriga.

E sabe o que me deixava pior? O fato de eu só ter percebido isso agora, agora que ela não estava mais aqui. Eu não podia pedir desculpas à ela por essas coisas, não podia dizer que eu finalmente a entendia. E era isso que me fazia sentir dores de cabeça intermináveis e uma solidão profunda.

xxx

Acordei no dia seguinte e estava exausta. Não me lembrava muito do dia seguinte, isso porque depois de todas as lembranças, fiz questão de tomar um remédio fortíssimo que Albernathy havia me comprado.

Me vesti silenciosamente e depois penteei meus cabelos, em seguida desci as escadas. A casa estava silenciosa como sempre, já que Albernathy estava trabalhando. Peguei um pão que estava sobre a mesa e coloquei água gelada num copo. Era a primeira vez desde que Annie se fora que eu havia feito meu próprio café da manhã... Quero dizer, se um pão salgado e água forem considerados um café da manhã.

Depois de comer, abri a porta de casa e olhei para o que estava em minha frente. Pela primeira vez, estava vendo a luz do sol e isso me deixava meio tonta e com dor de cabeça. A entrevista de ontem havia me deixado realmente bem e agora sentia que estava pronta para visitar Cherr.

Doroth Flynn morava perto daqui, então não seria difícil ir lá sozinha. Tranquei a porta de casa e segui em direção a onde minha filha estava.

As pessoas na rua estranhavam ao me ver, todas sabiam do meu estagio “trágico”. Cumprimentei algumas, mas depois parei de fazer questão sobre isso, todos me olhavam com olhos assustados. Isso me deixava um pouco mal. Eu não estava bem, mas com certeza não era nenhuma louca.

Quando cheguei em frente à casa amarela, toquei a campainha da porta e logo um garoto veio atender, era Garrett. Ele me olhou meio assustado, mas depois abriu um sorriso e pediu que eu entrasse.

 — Sra. Wlyader, como você está?

— Bem melhor. — dei uma risadinha — E você?

— Bem também. — ele sorriu — Veio ver Cherr? Ela está ali no sofá.

Ele me deu passagem e fui em direção ao tapete, onde Cherr estava sentada. Ela estava brincando com uma bolinha de borracha e um sorriso enorme estava estampando em seu rosto. Me aproximei dela e a peguei no colo, realmente fiquei emocionada ao vê-la novamente.

Com certeza ela não me chamaria de “mamãe”, já que ficara tanto tempo sem me ver e provavelmente havia esquecido o meu rosto. Mas o fato de tê-la perto de mim, me deixava muito melhor.

— Damn? — ouvi uma voz conhecida, era Doroth

— Oh, oi. — sorri e fui cumprimentá-la — Quanto tempo, heim.

— É, então. Fico feliz que tenha melhorado.

— Eu também. — sorri torto

Doroth olhou para Garrett avisando-o para sair e o garoto subiu as escadas rapidamente. Assim, a mulher se sentou no sofá e pediu que eu fizesse o mesmo. Coloquei Cherr no tapete novamente e ela rapidamente pegou um de seus brinquedinhos, então me sentei no sofá e esperei Doroth falar.

— Você sabe que o que você fez ontem foi péssimo, não é? — assenti — Você tem que tomar cuidado de agora em diante. A Capital não gosta quando as pessoas zombam com ela.

— Eu sei, vou tomar cuidado. Prometo. — sorri

— Você parece bem melhor, vai querer levar a Cherr hoje? — perguntou ela, simplesmente assenti.

Eu não queria dizer o porquê de levar Cherr agora, afinal eu ainda estava me sentindo meio mal. Mas admito que acordei sentindo um mau pressentimento, e precisava dela perto de mim agora. Isso não era certo, eu precisava deixá-la com Doroth para mantê-la segura, mas eu não ligava de ser egoísta nesse momento.

Doroth concordou e subiu para pegar as coisas de Cherr, enquanto eu fiquei na sala sozinha só olhando para a pequena criança em minha frente. Ela brincava com as coisas como se não houvesse nenhuma preocupação. E não havia, ela era somente uma criança e não tinha que se preocupar com nada.

— Cherr, querida, você vai ter que me perdoar por isso. — sussurrei — Eu prometo tentar manter você viva. Quero dizer, você vai ter seu pai e Doroth, ela será sua segunda mãe, está bem?

A garotinha me olhou com seus grandes olhos verdes e abriu as mãozinhas gordas em minha direção.

— Mamãe. — ela sussurrou e tocou minha bochecha


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, sério! Então, eu achei meio tosco o "discurso" que a Damn fez, mas é para explicar o que vai ocorrer no proximo capitulo.
Não deixem de mandar reviews, ok!? Love ya
Xoxo, District 4. And may the odds be ever in your favor.



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