As Bruxas Vincent escrita por Ana Wayne


Capítulo 12
12. Pain


Notas iniciais do capítulo

Pain = Dor



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Depois que voltara do festival Hermione começou a ler o livro, não se importando com o que quer que as Vincet falavam. Em menos de duas horas já havia terminado o livro. E quando o rélogio deu suas doze badaladas e ela percebeu que já era meia noite ela fechou o livro, colocando ao lado de sua cama. E deitou-se pensando em tudo o que aprendera com o livro:

Descrevia o massacre do clã Slytherin e do clã Romanov, dois clãs antigos aliados as trevas, em ambos os houveram poucos casos de fulgas, como aconteceu com o Salazar. Havia explicacões sobre as marcas divinas. O romance proibido entre Damon Malfoy e Meredith Vincent, e sobre como ele a traiu. Outro romance proibido foi o da veela, Diana Lamounier e do feiticeiro Max Malfoy, em que Diana morreu ao dar a luz a Lyan Malfoy. Faltou informações sobre o tal Vasili e sobre o circulo. Comentarios sobre o demonio de Avellias não faltava. Informações sobre a vida das Irmãs Vincent. Transbordou pensamentos de Gwendlyn. Comentou sobre Everton Granger e sobre a morte das Vincent. E no final ainda teve um profecia.

Profecia essa que a atormentou. Pois falou dos herdeiros. E sobre a morte das irmãs. E sobre Vassili e o demonio de Avellias. E a ressurreição das trevas. Fechou os olhos, com força. Tentando apagar a confusão em sua mente. Mas ao invés disso apenas entregou sua mente ao cançasso e ao sono.

>>>

Deitado na cama Draco se lembrava da conversa que teve com Kelly após o festival. A pulseira pertencia a Granger. E logo que descobriu isso sua mente se pós a trabalhar. Poderia fazer inumeras coisas com aquela informação. E mais do que isso, poderia usá-la para se aproximar de Hermione. Passou a mão nos cabelos loiros. Estava indeciso, pois o melhor amigo gostava daquela garota, por quem ele começava a nutrir algo. Suspirou e viu Blaise saindo do banheiro.

Blaise: ainda tá acodado? - perguntou o moreno.

Draco: estou pensando! - disse ele. Logo ele virou-se para o lado.

Blaise: Kelly falou de quem era a pulseira? - perguntou. Draco revirou os olhos. Não queria responder essa pergunta, pois se falasse que era da Granger, Blaise poderia querer tirar algum proveito disso.

Draco: era de uma primeiro anista qualquer! - mentiu.

.

.

...

No dia seguinte a cabeça de Hermione estava doendo. Era como se tivessem tacado uma pedra nela. A bruxa sentira-se tão mal, que nem reparara que já estava atrasada. Arrumou-se apressada e desceu, as pressas para o Grande Salão. Comeu o café da manhã e foi para a aula. Durante a aula tentou prestar atenção, mas sua mente estava conturbada e a visão embaçada. Estava sentindo-se mal. Obra de Vincent. Ignorou Harry e Ron pelo resto do dia, escondendo-se perto do carvalho, onde escorada dormiu. Só acordou no meio da tarde. Tirou da mochila o diário e começou a escrever.

23 de Setembro de 1996

Provavelmente deveria estar na aula, e provavelmente deveria não ignorar meus amigos. Mas não, não estou na aula e estou ignorando meus amigos. Essa noite, foi sombria... Desesperadora. Não tive sonhos, apenas sensações. Sensações de dor, morte, tristeza, e mais dor... Foi depressivo.

E hoje, quando acordei senti minha cabeça doer. Ainda doi, admito. E a dor é forte demais para mim, começo a achar doloroso pensar. Meu corpo também doi, e mais do que doer, ele pesa, meus movimentos mais leves faz parecer que cai da escada novamente e os mais bruscos parecem rasgar meus tecidos musculares. A claridade começa a machucar meus olhos e o sol a queimar minha pele. O que está acontecendo comigo? Me pergunto, o tempo inteiro, ainda sem respostas.

Minha tia avó me diz que hoje é dia de se comemorar. É que de 21 à 23 de Setembro, no calendário Wicca é o Mabon, festival da segunda colheita. Mas porque deveria comemorar minha dor. Mas vovó comemora. Bonnie Blanc pode estar em um hospital, mas sempre comemora o Mabon, Litha, Yuletide, Ostara, e outros festivais Wicca e Celticos. Acho que deve estar se divertindo a essa altura do campeonato. Provavelmente foi ao Park de Rosaria, em algum lugarzinho mais afastado pra fazer a sua festinha particular junto das arvores e velas.

Nessas horas sinto até falta dela, e de Rosaria. Uma pequena cidadezinha interiorana na França, perto da Itália. A cidade não deve ter mais de 9.000 habitantes, isso pode apostar. A pesar disso é uma cidadezinha legal. Eu gosto. Antigamente era uma comuna, mas conseguiram o titulo de cidade. Minha Bisavó, Sheila Leffver Blanc, nasceu e morou lá, meu Bisavô, Tom Blanc nasceu e morou lá. Eles morreram lá. Claro, depois de deixarem cinco filhos: Vovó Evangeline, tio John, vovó Bonnie, tia Charlotte e tio Vitor. Eu penso seriamente em me mudar para Rosaria. É uma cidade legal, tem bruxos por lá que dão de dez em bruxos de Hogwarts.

Mas enfim, tirando a dor, o fato de não estar em Rosaria, e das Vincent me atormentando. Eu estou péssima.

Assim que terminou de escrever no diário e fechou-o. Foi quando viu o professor se aproximar de si. Fechou a cara, estaria ferrada se ele a dedurasse. No entanto, Vogel não era do tipo de pessoa que dedurava a outra. Ele se aproximou dela e sentou-se ao seu lado, ato que surpreendeu-a.

Damon: é irritante ter a vida tão tensa por causa da guerra, não? - perguntou ele. Hermione ficou sem entender. Foi quando ele percebeu e perguntou. - você está aqui por conta disso não? Pensar...

Hermione: não e sim.... Não estou aqui por causa da tensão da guerra, e sim estou aqui para pensar! - disse ela. Confuso Damon a perguntou.

Damon: se não está tensa por causa da guerra no que pensa?

Hermione: não sei, na dor, talvez! - riu, secamente.

Damon: dor? Que tipo de dor? - questionou, não porque se preocupava com ela, mas porque sentia algo em relação a ela.

Hermione: dor no corpo, quanto mais me mexo, mais doi. Por isso estou aqui! Quero me mexer o menos possivel. - Reclamou.

Damon: deveria procurar Pomfrey...

Hermione: e ela vai mandar buscar minha mala e uma cama permanente para que eu fique por lá. - resmungou. - de qualquer forma, me sinto melhor aqui, longe da bagunça ou da gritaria... me sinto bem perto do carvalho. vovó Bonnie diz que carvalhos são simbolos de paz e prosperação, somente na casa dela tem três arvores de carvalho. - sorriu lembrando-se da avó.

Damon: são um dos simbolos do Mabon.

Hermione: que data a marca o inicio do outono, e é chamado de Lar das Colheitas, para os Wiccas. Vovó Bonnie era professora de folclore em Paris, mas hoje mora em Rosaria. É legal ficar com ela por lá. - diz ela, com um sorriso pequeno.

Damon: o Mabon foi completamente esquecido depois da Idade das Trevas. - disse.

Hermione: Bonnie é muito esperta para isso! - diz. - a propósito: Feliz Mabon!

Damon: para a senhorita também! - ele viu ela se levantar, e caminhar em direção ao castelo. - dores no corpo hein? Feitiço ou contra-feitiço?

>>>

Blaise a observou de longe, enquanto voltava do jardim. Ela parecia cansada, talvez até mesmo deprimida. Não a culpava. Ela estava estranhamente magra, abatida e até mesmo mudada. Alem de estar sendo seguida por espiritos. Ele a vira matando as aulas da tarde. E vira quando ela conversara com Vogel. Aparentemente Damon, mesmo sendo um descendente de druidas, não reparara nos espiritos. Suspirou. Como queria ajudá-la.

Alguns barulhos o desviaram da atenção. Viu que era Draco e Aaron. Olhou novamente para Hermione. Ela havia se encontrado com Potter e Weasley, ela estava se apoiando em Harry o que fez, mesmo que por apenas um momento, odiasse a Harry Potter mais do que já odiara qualquer outra coisa em toda sua vida.

>>>

Hermione resolveu não aparecer no jantar, foi de vez para o salão da grifinória, onde tomou um banho e foi para o quarto. Colocou o uniforme, ia estudar um pouco. E quando foi se sentar na cama, gritou. Seu grito pôde ser ouvido em toda a Torre da Grifinória. Sua cama parecia um ninho de cobras, estava lotada de serpentes de várias cores, algumas até mesmo venenosas, mas mais do que isso ainda havia uma poça de sangue em sua cama.

Sam, que havia chegado no Salão para adiantar o dever correu para o dormitório feminino logo que ouviu o grito de Hermione, assim como alguns garotos e garotas que estavam em seus dormitórios. Ao chegar lá viu uma Hermione assustada, que se afastava de uma cascavel que se aproximava dela, espirrando veneno e pronta para o bote, e a cama, provavelmente dela, cheia de cobras e sangue, os outros alunos que chegaram no quarto, viram-o tentar alcamar Hermione, ato que não deu muito certo. Minutos mais tarde os professores e diretor, junto a Harry, Gina e Rony chegaram no dormitório.

Harry: Mione, você tá bem? -perguntou ele Hermione assentiu, positivamente ainda assustada.

Os professores perguntaram a ela o que houve e ela respondeu, com toda a clareza o que sabia. McGonnal, Snape e Vogel se entre olhara e depois olharam para Dumblore, que nada fez se não pensar no que acontecera. Os Elfos limparam a cama e o chão, removeram as cobras, e no fim havia uma carta, fechada, que Dumblore deixou para que Hermione decidisse o que fazer. E ela não abrira a carta ao invés disso a guardara, mas mais tarde, antes de dormir ela abrira a carta.

Querida Katharina,

Não julgue-me precipitado, mas acho que você tem algo que desejo. Provavelmente aquelas intrometidas Vincent já a alertaram que estou atrás de você. Há seculos esperei por você e não darei-me ao luxo de perdê-la novamente. Provavelmente as Vincent vão tentar protegê-la, mas saiba que tenho pessoas que trabalham para mim, e fazem tudo o que quero, e eu quero o que você tem.

ASS: Vlad...

Após ler a carta tomara uma decisão. Sabia que seus pais não estavam em casa: sua mãe viajara para a Itália para visitar tia Lily, e seu pai trabalhando em uma restauração de Teatro em Madrid. Poderia dizer que talvez fora a decisão mais idiota de sua vida: largar os estudos e ir para casa, mas tinha que fazer algo! As Vincent ou este tal Vlad, poderia ferir seus amigos. Pensar em deixar Hogwarts fez sua dor almentar, mas não tinha outra escolha.



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