A semana se passou rapidamente. Quando Alvo acordou na sexta-feira, o tempo não estava muito bom. Não chovia, mas ventava muito.

O garoto se levantou, trocou de roupas e foi até o Salão Principal. Sentou-se ao lado de seu irmão e de Rosa, que tomavam o café da manhã.

“Bom dia” disse o garoto.

“Bom dia” responderam Tiago e Rosa, em uníssono.

“Qual são nossas aulas hoje?” perguntou à prima.

“Deixe-me ver” e pegou o horário dentro da bolsa. “Voo com a Lufa-Lufa” disse.

Alvo não ficou muito animado. Teria aula com a Lufa-Lufa, mas o tempo não estava muito bom para voar.

“Aulas de voo, com esse tempo?” perguntou, dando voz a seus pensamentos.

“Infelizmente, sim. Eu não quero ter aula nesse tempo.” Disse a garota, e pareceu a Alvo que ela estava um pouco pálida. Mas quando Alvo abriu a boca para perguntar se ela estava bem, o correio chegou.

Edwiges II jogou sobre Alvo uma carta; era de Hagrid. Ele abriu o envelope e leu a letra garranchosa do amigo.

Querido Alvo,

Sei que tem as tarde de sexta-feira livres, então gostaria de vir aqui?

Chame Tiago e Rosa também. Podemos tomar chá, comer biscoitos e conversar.

Se quiser, chame sua namorada e a amiga dela também.

Até a tarde.

Hagrid

Meio confuso pela parte da “namorada”, Alvo guardou a carta.

Tomou seu café da manhã e seguiu Rosa para a aula. Ela tinha uma expressão não muito boa no rosto. Alvo a olhou por um tempo.

“Rosa, você está bem?”perguntou.

Ela o olhou e disse: “Alvo, não posse fazer isso.” Parecia apavorada.

“Porque não?”

“E-eu tenho medo de altura” disse.

“Sério?” perguntou, meio surpreso. Nunca tinha imaginado que a prima pudesse ter medo de altura.

“Totalmente sério” disse e cruzou os braços. “Eu achei que conseguiria, mas o tempo está péssimo. E isso me deixou ainda mais assustada. Não vou conseguir voar”. Alvo entendia por que ela estava tão apavorada. Ele mesmo estava ficando assustado com o vento forte.

Alvo via que a garota realmente estava assustada. Estava pálida, e suando, apesar do frio. Alvo pôs gentilmente a mão em seu ombro, a olhou e disse “Não se preocupe. Tenho certeza que nada vai acontecer.”.

A garota o olhou, visivelmente grata pela tentativa de consolo. “Obrigada, Alvo” disse. Alvo acenou com a cabeça.

“Ei pessoal!” disse uma voz atrás dos garotos. Liz e Madge vinham em direção a eles.

“Olá, garotas” disse Alvo.

“Vamos ter aula com esse tempo?” perguntou Madge, olhando preocupada para as árvores que balançavam com o vento.

“Espero que não” disse Liz. Estava bem agasalhada, os cabelos soltos caindo pelos ombros.

Os outros alunos foram chegando aos poucos. Com o tempo, uma garoa fina começou a cair. Alvo tremia, assim como boa parte dos outros alunos.

Alvo estava esperando a aula ser cancelada, e ele realmente conseguiu o que queria. Madame Hooch apareceu após um bom tempo com uma expressão nada satisfeita no rosto.

“Crianças” disse. “Não poderemos ter aula hoje. A professora McGonagall achou melhor dispensar a turma por hoje, com medo que algum aluno se machuque”. Vários alunos deram vivas silenciosos, e a cor no rosto de Rosa voltou. Ele até achou que a garota tinha sorrido.

A professora dispensou os alunos, que foram para lugares diferentes. Alvo estava com muito frio, e seu primeiro pensamento foi seu salão comunal, um lugar extremamente aconchegante.

“Ei, Alvo” disse Liz ao seu lado. “Eu e Madge vamos para nosso salão comunal, que vir conosco?” perguntou a garota.

“Hã... Claro, porque não?” disse, e seguiu as garotas até o salão comunal da Lufa-Lufa.

Ao entrarem, Alvo se sentou em uma almofada bem em frente a lareira. Liz e Madge sentaram uma de cada lado do garoto.

“Vocês já se conheciam?” Alvo perguntou para ninguém em especial.

“Sim” responderam em uníssono.

“Nos conhecemos a algo como três ou quatro anos” disse Liz.

“Sério?” perguntou Alvo. “De onde?”

“Estudamos um ano juntas” disse Madge.

“E quando ela mudou de cidade, ficamos nos falando apenas por telefone” completou Liz.

“Telefone?” perguntou Alvo, confuso.

“Sim, é um aparelho eletrônico que os trouxas usam para se comunicar” explicou Liz.

“Os trouxas são estranhos” disse Alvo, e as garotas sorriram.

“Então... Vocês se conhecem a quatro anos?”

“Sim” disseram as garotas.

“Isso é muito legal!”

“Realmente é!” disse Liz.

Alvo olhava para as chamas que crepitavam na lareira. Estava bem mais aquecido agora. Então, se lembrou da carta que tinha recebido mais cedo. Virou-se para as garotas e disse:

“Ei, Hagrid nos convidou para tomar chá na casa dele esta tarde. Querem vir?”

“Hagrid, o guarda-caça de Hogwarts?” perguntou Madge.

“Sim”

“Nós vamos sim, certo Liz?” disse Madge.

“Claro que sim”

“Ótimo” disse Alvo. “Eu tenho que ir. Nos vemos a tarde, então?”

“Claro” disseram as garotas.

Quando Alvo estava prestes a sair de lá, ele ouviu sussurros.

“Você já contou para ele?” perguntou Madge.

“Ainda não” respondeu Liz. “Acho que ainda não consigo falar sobre isso”

“Tudo bem então, mas por favor, não demore muito.”

“Não vou” respondeu a garota. Alvo ficou extremamente confuso e preocupado. Saiu da sala.

Por Merlim, do que elas estavam falando?

N/A: Cara, eu realmente gostei desse capítulo.

Curiosos para saber o que Liz tem que dizer para Alvo?

Vou dar uma dica: tem a ver com o irmão dela.

Ok, chega. Mandem reviews. Quanto mais reviews, mais rápido eu posto o próximo capítulo.

É isso. Beijos gente.