Ingresso A Hogwarts escrita por Nat


Capítulo 15
Capítulo 16




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A perplexidade estava estampada no rosto de todos. Meio irmão? Do que ela estava falando?

“Seu o quê?” perguntou Scorpius.

“Meio irmão” respondeu Liz no lugar de Madge. Seus olhos brilhavam e ela sorria.

“Mas... Achei que você não tinha irmãos” disse Scorpius. Não aparentava mais estar distraído. Muito pelo contrário, parecia extremamente atento a conversa.

“Você tem um irmão, não tem, Madge?” disse Alvo. “Mas ele ainda é um bebê”.

Madge o encarou confusa, assim como os outros que estavam na cabine.

“Sim, eu tenho” respondeu ela. “Como...?”

“Na plataforma durante o Natal, eu vi vocês duas com sua mulher loira, e ela estava segurando um garotinho nos braços. Ele é seu irmão, não é?”

“Sim, ele é meu irmão mais novo. Erick” respondeu ela. “Mas não é dele que estávamos falando, e sim de Nate”.

“Claro, ficarei muito grato se alguém me explicasse isso, obrigado” disse Alvo.

“Tudo bem, eu explico” disse Madge.

“Não, espere” disse Liz e se virou para Madge. “Traga-o aqui, por favor”.

“O quê? Por quê?”

“Ele pode explicar melhor toda essa história. Afinal, nós não sabemos o que aconteceu depois que ele foi para a França, não é? E... Eu quero muito vê-lo”.

Madge lançou um olhar significativo à amiga e se levantou. Parada na porta, disse:

“Eu vou, mas se eu morrer a culpa será toda sua, senhorita Elizabeth Adams. Sério, quando eu o abracei achei que as garotas na cabine ao lado me matariam. Em uma guerra elas nem precisariam de armas, só aqueles olhares malignos seriam suficientes”.

Ela saiu, deixando os amigos ali rindo. Alguns minutos depois, voltou de braços dados com um garoto.

“Senhoras e senhores, apresento-lhes meu irmão: Nate Nicholas Leone Green”.

“Madge, não me chame assim. Sabe que não gosto que falem meu nome completo, pois ele é estranho” disse Nate. “Podem me chamar apenas de Nate Leone”.

Ele era pelo menos uma cabeça mais alto que Madge. Tinha cabelo castanho avermelhado e cacheado, olhos castanhos cor de chocolate e um sorriso maroto de dentes perfeitamente brancos e alinhados. Abaixo dos olhos e pelo nariz, tinha algumas sardas castanhas. Era um terceiranista e Alvo sabia que jogava no time de quadribol da Corvinal. Usava uma calça jeans azul-escuro, uma camiseta preta e uma jaqueta também preta, com listras brancas nas laterais. Nos pés, um tênis cinza.

Liz se levantou de um pulo e se jogou nos braços do garoto, este que a rodou no ar. Alvo jurou ter ouvido grunhidos vindos da cabine a frente, onde algumas garotas do segundo e terceiro anos observavam a cena de cara amarrada.

“Você está tão diferente! Por isso não te reconheci” disse Liz quando ele a pôs no chão.

“Você também está realmente incrível, Liz” disse Nate, observando a garota. Liz fez o mesmo com ele.

“Vamos ver...” disse ela. “Não usa mais óculos, certo?”

“Apenas para leitura, agora. O que em Hogwarts é quase o tempo todo”.

“E também deixou o cabelo crescer” disse, enquanto passava a mão nos cachos no cabelo dele.

“Sim, cansei daquele cabelo tão curto”.

“Dentes perfeitos e sem aparelho... As espinhas também sumiram... Uau, você está ótimo e muito diferente” concluiu ela.

“Nem tão diferente. As minhas sardas infelizmente ainda estão no mesmo lugar, viu?” disse ele, apontando para os pontinhos em seu nariz e abaixo dos olhos.

“Mas elas não são feias. São charmosas” disse Liz. “Entrem e vamos conversar”.

Madge e Nate assentiram e entraram na cabine, junto com Liz.

“Nate, irmãozinho, querido do meu coração, vou te apresentar meus amigos. Esses são Rosa Weasley, Scorpius Malfoy e Alvo Potter” disse Madge, apontando para os amigos conforme dizia seus nomes.

“Prazer em conhecê-los” disse ele, sentando-se com Madge ao lado de Alvo. Liz sentou-se ao lado de Rosa.

“Agora que já fizemos as apresentações, podem nos explicar essa história de meio irmão?” pediu Alvo.

“Sim, podemos. Mas já vou avisando que é uma longa história” disse Madge.

“Sem problemas, podem começar” disse Scorpius, e Madge começou a contar.

“Bom, meu pai, John, sempre gostou muito de viajar. Nas férias da escola, quando ele estava no último ano do colegial, ele decidiu conhecer Dublin, Irlanda. Nunca gostou de viajar junto com outras pessoas, então decidiu ir sozinho. Lá, ele conheceu Susan. Ela também estava ali de férias, mas estava com a família. Digamos que após um mês, eles estavam completamente apaixonados. Ficaram lá durante pouco mais de dois meses e depois voltaram para Londres. Ainda não tinham contado um ao outro o que sentiam, então passaram mais três meses saindo apenas como amigos. Então, meu pai a pediu em namoro”.

“Eles se casaram após quase um ano” continuou Nate. “E então, depois de um tempo minha mãe descobriu que estava grávida. Mas ela tinha se esquecido de contar uma pequena coisa, um leve detalhe: Ela não disse que era bruxa. Bom, demorou um certo tempo até que ela contasse, e John reagiu muito bem. Na verdade, ele somente entrou em choque por alguns momentos, mas logo voltou ao normal”.

“Só que esse não foi o problema, e sim quando meu pai quis continuar com suas viagens” disse Madge, tomando o lugar do irmão na explicação. “Mas agora o motivo era o trabalho e estágio da faculdade. Ele estava sempre viajando e passava mais tempo em um avião do que em casa. Susan simplesmente não aguentou isso, e por isso eles se separaram”.

“Então, pelo que minha mãe me contou, algum tempo depois John conheceu Erin, mãe de Madge” continuou Nate. “Ela era professora substituta no jardim de infância em Liverpool, e também não demorou muito até que se apaixonassem. Algum tempo depois, eles começaram a namorar, depois se casaram e tiveram Madge logo em seguida. Minha mãe foi uma das primeiras a saber do romance, já que ela e John ainda mantinham contato por minha causa e por que ainda eram amigos. Quando eles acharam que era a hora certa, nos apresentaram. Eu tinha nove anos e Madge, seis anos”.

“Depois disso nos tornamos realmente próximos, quase inseparáveis. Sempre que estávamos juntos era pura diversão e alegria. Mas a escola nos atrapalhava, uma vez que não estudávamos juntos. Então, a meu pedido e a pedido de Nate, ele foi estudar comigo. Digamos que o diretor não gostou nem um pouco das peças que pregávamos. Era muito divertido”.

“E então eu entrei na escola, mais ou menos no terceiro mês de aulas” disse Liz, finalmente entrando na conversa. “Conheci esses dois quando eles estavam correndo um atrás do outro e esbarraram em mim” ela, Madge e Nate riram com a lembrança. “Foi um ano maravilhoso. Nos tornamos inseparáveis, fazíamos tudo juntos. Mas infelizmente, foi só por aquele ano”.

“Minha mãe arranjou um emprego de professora de inglês em Paris” explicou Nate. “Assim, tive que me mudar com ela para outro país e sair da escola, deixando Madge e Liz”.

“E minha mãe conseguiu um emprego melhor, e conseguiu me recolocar em uma escola particular como antes” continuou Liz.

“Eu acabei sozinha naquela escola, apesar de ainda falar com os dois” disse Madge. “Não foi tão divertido sem eles lá comigo pelos anos seguintes. Digamos que foi apenas suportável”.

“Um ano depois de me mudar com minha mãe, eu recebi a carta de Hogwarts” disse Nate. “Eu já sabia que era bruxo, minha mãe tinha me contado quando eu fiz seis anos, mas sei lá, eu não achava que fosse estudar em Hogwarts. Pensava que houvesse outra em escola na França na qual me aceitassem. Na verdade, eu só não queria ter que voltar para cá. Minha mãe estava tão feliz no novo emprego, em outro país... Eu não queria que ela tivesse que largar tudo. Então, eu disse que podia ficar com Kate, minha tia e da Madge, se ela quisesse. Minha mãe passou semanas tentando me impedir, mas quando viu que eu não ia mudar de ideia me deixou ir. Então, eu voltei para Londres e estou morando com nossa tia desde os 11 anos”.

“Quando eu recebi minha carta de Hogwarts, foi um choque para a minha família. Menos para a minha mãe” disse Madge. “Bom, ela me disse que era um aborto: um bruxo que nasce sem poderes. Pelo que eu me lembre, eles são bem raros. Ela nunca imaginou que eu seria uma bruxa, pensou que eu seria trouxa. Na verdade, ela nem sabia que isso era possível, uma bruxa abortada ter uma filha bruxa”.

“No meu caso, eu sou realmente uma nascida trouxa. Não tenho mais o que falar, é...” disse Liz, dando de ombros e rindo.

 “Tá, mas como você soube que seu irmão estava aqui, Madge?” perguntou Alvo. “Você já sabia que ele era bruxo?”

“Não, eu não sabia que ele era bruxo” respondeu. “Na verdade, eu soube disso hoje. Eu acordei um pouco mais cedo do que de costume e deixei Liz dormindo no quarto, essa preguiçosa” Liz mostrou a língua para a amiga, esta que a ignorou. “Quando eu desci as escadas, minha tia estava lá. Eu não entendi o que ela estava fazendo ali, pelo amor de Deus, eram sete e meia da manhã! Mas enfim, ela me disse que sabia que uma pessoa que eu gostava muito estava em Hogwarts. E foi então que ela me contou tudo, a história toda”.

“E ela me contou tudo quando eu acordei” disse Liz. “Então, quando chegamos ao trem, ela esperou que eu pagasse uma cabine vazia e sumiu nesse trem. E foi então que vocês chegaram e logo depois, ela com a confirmação de que Nate estava mesmo aqui”.

Todos ficaram um tempo em silêncio tentando absorver a história toda. Parecia um pouco irreal e Alvo a achou extremamente confusa.

“Acha que conseguimos explicar bem a história?” perguntou Nate.

“Não sei, mas acho que o básico nós esclarecemos” respondeu Madge.

“Então, vocês entenderam a história?” perguntou Liz para os amigos.

“Acho que sim” respondeu Scorpius. “É bem confusa, mas acho que eu entendi”.

Rosa e Alvo concordaram. Era realmente uma história impressionante e confusa. Ficaram em silêncio por um bom tempo, até que Madge, Liz e Nate começaram a conversar em um canto, Rosa e Scorpius no outro, enquanto Alvo apenas observava o quanto Liz sorria para o garoto, o modo que como sorria timidamente para o chão e colocava o cabelo atrás da orelha. Ela sorria sempre que ele sorria.

O tempo passou rápido e quando perceberam, já começava a escurecer. Nate voltou para a cabine onde estava antes e os restantes colocaram as suas vestes. Alvo observou enquanto Rosa e Scorpius cochichavam em um canto, e quando finalmente o trem chegou à estação, Alvo parou impediu que Rosa passasse.

“Vai me contar o que está acontecendo?” perguntou. Ela arregalou os olhos castanhos que tinha herdado da mãe (N/A: Sempre imaginei ela com os olhos da Mione e o Hugo com os olhos do Ron *-*).

“Nada, Alvo. Não sei do que está falando” respondeu, e se esquivou do primo.

Parece que ele teria que descobrir sozinho o que estava acontecendo.

N/A: Oi gente *-* Nossa, ficou grande né? ‘-‘ Então, eu vou falar o que eu preciso lá nas notas finais, então LEIAM!

Beijos *;


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Notas finais do capítulo

Oi de novo *-*
Bom, eu me empolguei um pouquinho, então desculpa se ficou muito grande. Eu precisava explicar toda essa complicação na família da Madge, e sim, eu sei que viajei um pouco em algumas partes xD Mas eu tenho umas coisinhas pra falar.
1) Esse é o maior capítulo até agora *-
2) Quero saber se o capítulo tá bom e se eu consegui explicar pelo menos razoavelmente toda essa história.
3) Sábado eu vou em um evento, chamado Confraternização Entre Sagas. Se vocês forem de SP e forem nesse evento, talvez possam me ver lá (ninguém quer, senta lá Nat).
4) Reviews? *-* Por favor * cara de cachorrinho *
Beijinhos sabor suco de abóbora,
Mrs. Lovegood (não é mais Natália R, cansei do meu nome u_u)