Imprinted Heart escrita por penadinha_x


Capítulo 7
Mal entendido.




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Era sábado e quando acordei já passava do meio-dia, minha cabeça estava doendo por causa da ressacava da festa de ontem, e por grande parte, porque eu tinha passado a noite toda chorando. Me olhei no espelho e meu cabelo estava todo grudado no rosto e meus olhos tinham olheiras enormes. Fui tomar banho para ver se minha aparência melhorava e consegui, fiquei com uma cara mais saudável. Anna não estava e havia deixado um bilhete avisando que iria para a casa de Jullye ajudar na limpeza da bagunça da festa.

Eu não via a hora de poder andar oficialmente com meu carro, mas não seria hoje. Estava chovendo e muito frio, então preferi ficar em casa deitada no sofá, a qualquer momento Jullye viria e teríamos a nossa conversa. Não brigaria com ela, desde quando nos tornamos amigas não ficávamos mais de dois dias sem se falar, mas eu daria um super piti. Não achava bom ficar pensando nisso se não quisesse chorar, então evitei ao máximo pensar nesse acontecimento. Me surpreendi que a Jully só apareceu quando a minha mãe tinha voltado, pensei que ela ia quer falar comigo enquanto eu estava sozinha. Ou será que ela sabia o que iria acontecer com ela se estivéssemos apenas nós duas?

– Como foi seu dia querida? – Perguntou Anna entrando na sala.

– Bem. – Foi só o que eu disse. Anna assentiu e foi para seu quarto.

– Oi Nash. – Disse a Jullye, ela estava na defensiva. – Você esta falando comigo?

– Ãhn? Que pergunta idiota. Lógico que estou. – Respondi.

– Mesmo depois do que eu fiz ontem? – Ela perguntou timidamente.

– Eu sei que você não devia ser perdoada. Onde é que você estava com a cabeça? Como pode fazer isso comigo Jullye Simpson? Logo eu, sua melhor amiga desde... Desde sempre – Foi ela quem pediu.

– Desculpa, desculpa de verdade Nash. Mas me conta, foi bom? – Jullye perguntou empolgada. COMO É QUE É? Ela não sabia o que tinha acontecido? Argh.

– Como assim "foi bom?” Jullye você não sabe o que aconteceu lá dentro? – Falei abismada.

Nesse momento meus olhos já encheram de lágrimas – não tinha chorado tudo que havia dentre de mim ainda? – e eu reprimi a vontade de chorar. Mas somente de lembrar aquele momento meu coração se partia em pedacinhos. Jully já não havia feito o suficiente? Precisava ainda cutucar a ferida? Bela amiga a minha.

– Nash o que foi que aconteceu lá? – Ela disse confusa. – Ok, eu armei com a Lizz de fazer você ficar presa com o Jake, mas foi só isso.

– É, mas ele disse que não me queria. – Balancei a cabeça negativamente.

Meu rosto ficou quente e não consegui resistir a vontade de chorar. Jullye me abraçou e ficou em silêncio me deixando chorar sem perguntar mais nada. Ela percebeu que falar disso não foi uma boa idéia. Passamos o resto do sábado em minha casa, a Jullye pediu desculpas mais umas mil vezes. Não era culpa dela, nunca foi, a culpa era totalmente minha. Porque eu fui dar uma de charmosa na hora errada? Eu era uma grande idiota. Merecia o Oscar da mais idiota do Universo.

No domingo fomos chamamos a Lizzie e fomos até Port Angeles. Foi minha primeira viagem longa com o carro, e eu tentei ao máximo não pensar no Jacob.

– E agora Nash, o que você vai fazer com o Jake? – Perguntou a Lizzie, quando nós voltamos para casa.

– Que? Não sei – Eu respondi meio confusa com a pergunta repentina dela – Porquê?

– Sabe, eu ainda me sinto culpada... – Eu ia interrompe-la, mas ela me ignorou – E amanhã tem aula e vocês são da mesma sala...

– É verdade Nash – Concordou a Jullye.

– Eu já pensei nisso. Eu vou evitar ele o máximo que eu puder, e enquanto eu estiver como Quil falando o Jacob não irá falar comigo.

– Mas a gente nunca mais vamos sair juntos? – Perguntou a Jullye.

– Ah, vocês podem se virar sem a minha presença.

– NUNCA! - Jullye gritou

– Calma Jully, eu só to brincando. Eu espero superar isso logo.– Eu disse rindo da reação da Jullye.

Era por esse motivo que eu não queria que o Jacob soubesse que eu gostava dele. Por que se alguma coisa não desse certo nossa amizade ainda continuaria, mas agora tudo tinha dado errado. E o Jacob era a última pessoa que eu queria companhia.

No dia seguinte eu passei na casa da Jully para dar uma carona a ela até a escola. Nunca tinha percebi que tinha muitos carros lá, para estacionar foi um sufoco, mas eu consegui uma vaga boa. Quando chegamos na sala a Lizzie já estava lá. As aulas passaram rápidas e na hora do intervalo, eu não quis me sentar com os meninos então ficamos nas mesas do lado de fora do refeitório. O dia estava mais quente e as mesas do lado externo estava mais cheia que o de costume. Quando o intervalo acabou, pensei em fingir alguma doença para ir embora, mas acabei decidindo enfrentar o problema de cabeça erguida.

A professora ainda não havia chegado na sala então eu esperei um pouco para entrar na sala, quando eu vi que não dava mais para disfarçar eu entrei. O Embry estava sentado no meu lugar.

– Embry você pode sair do meu lugar, por favor? – Perguntei tentando ser gentil.

– Não vai dar Nash, eu não to falando com o Jacob, então eu achei que você não iria se importar de se sentar com ele né? – Falou o Embry.

– Sim. Eu me importo de sentar com ele. Agora sai daí. – Eu sibilei. Nesse instante a professora entrou na sala.

– Sentem-se todos. – Disse a Srt. Smith

– Embry, sai logo – Eu falei puxando ele pelo braço. Mas não movi ele nem um centímetro.

– Srta. Uley sente-se, por favor. – Disse a professora.

– Mas ele está no meu lugar!

– Ora, arranje outro e logo, quero começar minha aula. – Ela disse encerrando o assunto.

Não iria me sentar do lado do Jake de jeito nenhum, minha única saída foi à garota estranha. Ela tinha um cheiro estranho, e não parou de me olhar. O Embry me pagaria cada segundo daquela aula. A Jullye ficou com a Lizzie então eu fui para casa sozinha. Minha mãe não estava em casa, não tinha nada para fazer então liguei a tevê e fiquei passando os canais tentando achar algo legal para assistir. Depois de um tempo sem fazer nada, Anna chegou.

– Então como foi na escola? – Perguntou Anna.

– Um tédio! E o Embry está ferrado na minha mão. – Bufei

– Nossa o que aconteceu?

– Ele sentou no meu lugar na aula de biologia. Ele queria que eu sentasse com o Jacob, mas é claro que eu não sentaria. E eu tive que sentar com a fedida esquisitona da sala.

– Mas porque você não sentou como Jake? – Ela perguntou parecendo confusa.

– Fácil. Porque eu não to falando com ele.

– Então acho que você não vai gostar da visita. - Anna falou e foi para cozinha.

– Que visita?

Nesse momento a campainha tocou e eu fui atender. Era o Jacob. Anna tinha razão, eu não gostei da visita. O que ele queria comigo? Porque ele não me deixava em paz?

– Oi! Posso entrar? – Disse o Jake

– Não. – Eu falei empurrando ele para fora. – O que é que você quer hein?

– Quero uma explicação! - Ele falou.

– Não tenho nada para te explicar. 

– Então porque você está me ignorando? Porque hoje você não quis sentar comigo?

– Você tem perda temporária de memória? - Ironizei.

– Do que você está falando? - Ele perguntou sem entender.

– Não se lembra do dia do meu aniversário? Pois é eu me lembro muito bem! - Meu rosto ficou quente, e a vontade de chorar tomou conta de mim. Mas eu precisava agüentar.

– Ainda não entendo! Foi você que disse que não queria que nada acontecesse. - Jake disse.

– É, mas você concordou! Eu nunca ia falar que queria que acontecesse alguma coisa entre nós, isso poderia estragar nossa amizade e foi o que aconteceu.

– Mas não aconteceu nada, mas mesmo assim você não quer falar comigo.

– Claro, o menino que você gosta te rejeita e você espera o que? Que no outro dia eu vá correndo falar “Olha Jacob eu gosto de você, me...”.

Não consegui terminar a frase, o Jacob segurou meu rosto entre suas mãos e me beijou. Foi incrível a forma como ele me beijava, como se ele desejasse aquilo muito tempo. Eu coloquei meus braços em volta da sua nuca e tentava acompanhar o ritmo dele, ele era rápido demais. Mas eu consegui acompanhá-lo, ficamos em perfeita sintonia. Foi a coisa mais maravilhosa que já tinha acontecido. Estava ficando sem ar quando nossos lábios se separaram. Eu fiquei olhando para ele enquanto minha respiração voltava ao normal.

– Isso que teria acontecido se você não tivesse falado nada. - Falou o Jacob sorrindo.

– Aquilo fazia parte do charme. Você também não precisava se fazer de difícil.

– Não me fiz de difícil, só não quis te forçar a nada. Nõ sabia que você gostava de mim. O Embry disse que gostava, por falar nisso ele me deve dez pratas. - Ele disse se lembrando de algo.

– O que isso tem a ver?

– Hoje, o Embry não estava sem falar comigo. Ele fez uma aposta falando que você se sentaria comigo, já que segundo ele você gostava de mim. Eu disse que você não sentaria, porque eu sabia que você não estava falando comigo.

– Muito esperto hein. Mas mesmo assim o Embry vai me pagar por hoje. Sabia que aquela menina cheira mal? Urgh.

Ele riu

– Ah, eu tenho que ir - Falou o Jacob.

– Que? Já? - Perguntei, não queria que ele fosse embora.

– É. Eu não esperava por isso na verdade então eu falei por meu pai que voltava logo.

– Hm... Tudo bem então. - Falei tristemente.

O Jacob se aproximou de mim e me beijou mais uma vez. Eu tive a mesma sensação maravilhosa de antes, mesmo o beijo sendo um pouco mais curto que o outro. Depois ele beijou a minha testa e foi embora. Quando entrei em casa Anna estava parada na porta da cozinha me olhando. Isso me deixaria irritada, mas não agora. Não depois do tinha acontecido.

– Vocês estão namorando? - Perguntou Anna.

– Hm... Não sei. Acho que é muito cedo ainda pra dizer.

 


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Notas finais do capítulo

Foi difícil escrever esse cap. :D
Se vocês acharem que ficou meia boca pode falar (y)



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