Imprinted Heart escrita por penadinha_x


Capítulo 6
Surpresas


Notas iniciais do capítulo

Para compensar pq eu não postei no sábado, e pq eu não quero que ngm morra -Q



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       Quando abrimos a porta, um coro gritou “Surpresa”, e começaram a cantar Parabéns pra você. Eu fiquei parada sem saber o que fazer. Pensei em correr, mas alguém segurava o meu braço, talvez soubessem que eu tentaria fugir. Olhei com mais calma e vi que todos estavam ali. Anna, Sue e Harry Clearwater, Leah, Seth, Billy Black, Sam Uley e Emily Young – A prima da Leah com a qual o Sam havia tido o imprinting, – Jared e Kim, Paul, alguns parentes de Makah e uns amigos da escola. Então não tinha acidente nenhum? Tudo não tinha passado de uma grande e bela mentira. E eu a ponto de me despedaçar por dentro e eles fazem uma surpresa ridícula. Ok se é guerra que eles queriam guerra iriam ter.

      – Vem fazer um pedido e cortar o bolo, querida. – Disse Anna com grande sorriso.

      Eu desejei que hoje não tivesse acontecido, depois cortei o bolo, peguei um pedaço e fui sentar no sofá.

      – Você não desconfiou de nada. – Falou a Jullye, se sentando ao meu lado.

      – Não mesmo. – Bufei.

      – Você gostou? – Ela perguntou ansiosa pela minha resposta. Com certeza ela tinha organizado isso com a minha mãe pelas minhas costas.

      – Não podia ser melhor. – Ironizei, mas ela não pelo percebeu. – Aliás, ótima atriz você.

      – Você viu... – Ela começou a falar. Mas eu sai dali, fingindo ir pegar mais bolo.

      Eu estava sozinha perto da mesa, quando o Jacob apareceu.

      – E aí, ta gostando? – Perguntou Jake.

      – Olha Jacob, eu não quero ter que ficar repetindo se estou gostando ou não dessa festa surpresa estúpida pra cada pessoa que passar por mim – Eu quase gritei. Como ele podia vir falar comigo depois daquilo?

      – Caramba! Desculpe, eu não quis ofender. – Disse ele espantando.

      – É. Mas ofendeu – Eu não estava falando da festa.

      – O que foi que eu te fiz? – Ele quis saber.

      Então eu vi a salvação aparecer, Leah.

      – Feliz aniversário, Nash. – Falou ela. E o Jacob saiu. Os meninos não gostavam muito da Leah.

      – Quantas vezes eu já falei que você é a melhor Leah? – Falei a abraçando.

      – Com essa, acho que umas cem – Brincou ela. – Eu percebi que você não queria falar com ele.

      – Percebeu certo.

      – O que aconteceu? – Ela me perguntou curiosa.

      – Nada não. É besteira. – Não queria contar essa história a ninguém.

      – Eu te salvo e não mereço saber o que aconteceu?

      – Ok, eu vou te contar, mas não aqui.

      Fomos pro quintal da casa da Jullye e eu contei toda a história da brincadeira idiota do armário e como já sabia, comecei a chorar quando eu falei que ele tinha dito que não me queria. Quando terminei de contar, Leah começou a rir.

      – Não to vendo nada de engraçado no que eu acabei de te contar Leah. – Falei enxugando minhas lágrimas com costas da mão.

      – Como você é inocente, Nash.

      – Inocente? Ah, claro! Leah nem todo mundo é linda igual a você. Claro que você nunca foi rejeitada na sua vida. Mas olha pra mim, ninguém iria me querer. Isso é fato.

      – Na verdade eu... – Ela falou ficando séria de repente. Ops. Mancada.

      – Desculpe Leah, eu não queria... Eu sou uma imbecil mesmo.

      – Não, tudo bem. Mas é pra você ver. Até alguém linda como eu, pode ser rejeitada. – Ela falou tentando mostrar que ser linda não é o suficiente. Pode até não ser, mas ajuda muito.

        Estávamos voltando para a sala, quando a Jully me puxou pelo braço.

      – Vem ver isso. – Disse Jully me levando pra fora da casa dela.

      Parado na frente da casa dela estava a coisa mais linda que eu já tinha visto em toda a minha vida. Um carro com um laço vermelho. Não era um carro super moderno – nenhum carro novo sobreviveria às ruas lamacentas de La Push, – era preto e pequeno, suficiente pra mim. Abri a porta e me sentei no banco do motorista, tinha um cheiro de novo apesar de não ser e o volante era rosa *-*. Minha mãe estendeu a chave pra mim. Eu liguei e para minha surpresa o carro não era barulhento. Eu não iria me importar com o barulho dele, mas sem ficava muito melhor. Queria poder andar com ele – eu já sabia dirigir, tinha feito aulas em Makah – mas eu sabia que minha mãe não deixaria. Então desliguei e sai do carro. Como era bom ter um carro. Quase todos já haviam entrado então eu fiquei admirando mais um pouco o meu possante.  

      – Eu que ajudei a sua mãe escolher. Você gostou? – Disse o Sam me distraindo.

      – Lógico! É perfeito – Eu arfei. Era a primeira vez que eu tinha falado depois de ver o carro.

      – Que bom. Então... voltou a falar comigo? – Perguntou ele. Porque ele tinha que estragar o momento?

      ­– Hmm. Eu nunca deixei de falar com você na verdade. Só fiquei com um puta ódio de você. A Leah sempre ai ser a minha preferida. Mas a gente não precisa falar disso agora né? – Não queria brigar com ele hoje. Talvez amanhã.

      – Não precisamos mesmo. A propósito feliz aniversário. – Ele abriu os braços pra me abraçar.

      Como eu não tive irmãos, o Sam sempre foi coisa mais próxima que eu podia classificar como irmão. Ele era como um irmão mais velho para mim, ele era chato igual a um irmão mais velho. Sempre fomos muito unidos e ele sabia que eu adorava ter a Leah como cunhada, – eu seria dama de honra do casamento deles – então quando eles terminaram, eu fiquei muito mal pelos dois. Eu sabia que nada daquilo tinha sido culpa do Sam, mas mesmo assim eu não deixei de sentir uma grande compaixão pela Leah e acabei brigando com ele. Mas se ela havia perdoado ele porque eu não poderia fazer o mesmo?

      A festa rolou até tarde, e eu evitava falar com a Jullye – ainda teria uma conversa muito séria com ela – então fiquei o máximo de tempo que pude com a Leah. Quando eu estava com ela ninguém queria falar comigo. Ótimo. Quando a maioria das pessoas foram embora, incluindo os Clearwater, eu pedi pra Anna pra ir também. E ela concordou dizendo que já estava tarde. Eu fui pra casa dirigindo meu carro. Deixei-o na garagem atrás do carro da minha mãe. Ainda bem que a garagem era espaçosa não iria deixar meu bebê na calçada.

      – Obrigada mãe. – Eu falei antes de ir para o meu quarto.

      – Não precisa agradecer Nash. – Ela falou me dando um abraço.

      – Não digo pelo carro ou pela festa, por isso também. Mas porque você estava mal e mesmo assim, organizou essa festa pra mim e fez tudo isso.

      – Não foi nada querida.

      – Foi sim. Agora eu sei como você estava se sentindo antes. – Eu disse por fim.

      Fui pro meu quarto e chorei até não ter mais lágrimas. De todas as coisas que havia acontecido hoje, a pior foi a que mais marcou. Ser rejeitada pelo menino que se gosta não é algo que se espera acontecer no dia do seu aniversário.


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