Me Ama? escrita por Priih _ ncesa


Capítulo 3
Mas um, garçom!


Notas iniciais do capítulo

Perdão por demorar a postar minna-san! Tive muitas provas na faculdade semana passada, e essa semana estou tendo palestras todos os dias, então ficou meio complicado para eu postar. Mas antes tarde do que nunca, não é? ~apanha~ Enfim, leiam o capítulo e me matem depois! Enjoy!



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Capítulo II

Mas um, garçom!

-

Não importa a distância, eu sempre vou te amar

Não importa o tempo que eu ficar, eu sempre vou te amar

O que quer que eu diga, eu sempre vou te amar

Eu sempre vou te amar.

Adele, Lovesong.

-

O som de rock estava alto e ele não estava com nenhuma vontade de se trancar no escritório com gravata e camisas abafadas. Pela primeira vez na vida matou um dia de trabalho e foi para um bar que servia saquê e sushi. Se não podia estar no Japão ele pelo menos tentaria se sentir como se estivesse lá.

Não se importava com o que falariam pelas costas ou a repreensão que viria a receber sobre isso, tudo seria compensado nos próximos dias, quando ele se mataria de trabalhar para não ter que pensar em nada a não ser isso.

Mente ocupada, coração vazio, essa era sua nova filosofia de vida. Havia acabado de mandar a esposa embora, ou quase isso, e agora precisava esquecê-la.

Fácil, muito fácil...” – ele pensou sarcasticamente com amargura. Nunca a conseguiria esquecer, o perfume dela estava impregnado nele e em todas as coisas dele, mesmo se ele a quisesse esquecer o lembrança dela não deixaria.

Parou em frente ao prédio onde morava e guardou o carro no subsolo sem responder direito ao cumprimento do porteiro, apenas pediu para que ele parasse um táxi para ele. Certificou-se de que estava com a carteira e partiu para o bar. Não tinha nada mais o que fazer a não ser se lamuriar para um copo transbordando de saquê, e agradeceria se conseguisse uma intoxicação alimentar com algum peixe estragado, de preferência que morresse envenenado com um baiacu mal cortado.

• • •

Eram 09h00min quando saíra da Inglaterra, provavelmente chegaria quando já fosse de noite ao aeroporto asiático. Jun estava de olhos fechados por debaixo dos óculos escuros se arrependendo amargamente de ter ido embora tão repentinamente. Pelo menos não estava sozinha na Inglaterra, tinha Kakashi, que mesmo sem a amar mais ainda era o seu marido e sempre estaria com ela. Nunca a traíra. Tudo aquilo só deveria ser uma fase normal em qualquer casamento.

Mas já era tarde. A vida londrina já estava à milhas de distancia, o que ela tinha a fazer agora era passar uma temporada no Japão e tentar manter-se viva para quem sabe um dia voltar para a Europa.

Passou a mão pelo rosto e dobrou os óculos escuros no colo, ficando de olhos fechados.

A primeira classe estava vazia, apenas poucas poltronas estavam ocupadas, o que incluía a poltrona ao lado de Jun. Um jovem homem ressonava baixinho com o rosto virado para a janela. Ela era a única passageira que estava sentada para o corredor, todas as poltronas da janela estavam ocupadas. Talvez por ela ter comprado a passagem na madrugada antes do embarque só havia lhe sobrado esse lugar, porém ela não se importava, de qualquer maneira iria chegar ao Japão.

Enquanto ela estava perdida em pensamentos o seu companheiro de viagem despertou e piscou os olhos, estranhamente violetas, em sua direção se situando.

- Onegai – disse ele em japonês com um forte sotaque britânico – poderia me dizer quanto da viagem ainda falta?

- Mas da metade – ela respondeu em inglês ao jovem de estranhos olhos de uma cor que nunca havia visto.

- Perdão! – Exclamou ele de modo extravagante em inglês – Eu não sabia que era britânica. Você tem traços japoneses, como os cabelos e os olhos meios puxados, embora verde, por isso pensei que não fosse européia.

Jun sorriu complacente. Nunca ninguém sabia exatamente de onde ela provinha. Os cabelos escuros e lisos mais a pele clara lhe davam um ar japonês, porém o nariz reto no rosto oval mais os olhos verdes faziam-na parecer uma verdadeira aristocrata britânica, o que na verdade fora o seu pai.

- Isso sempre acontece, não precisa se desculpar.

- Não, não, não é bom ser confundido. Aliás, meu nome é Hidan – disse o jovem estendendo a mão para que Jun apertasse.

- Jun – respondeu simplesmente ao apertar a mão de Hidan.

- Eu te conheço de algum lugar – ele pôs a mão no queixo e semicerrou os olhos a observando.

Jun por sua vez corou, se ele estivesse estado no Japão no último ano, com certeza haveria visto várias fotos dela em manchetes sensacionalistas. ‘Jovem que por causa de herança quase perdeu a vida’, ou talvez: ‘Jovem milionária perde o irmão em atentado’ ou qualquer outra coisa parecida que houvesse sido publicada quando aconteceram todos aqueles horríveis atentados de Zabuza contra a sua vida, que por fim o mataram e levou junto o seu irmão tão querido.

- Talvez... – começo ela timidamente, sendo interrompida em seguida.

- A-há! – Disse Hidan com um dedo em riste – Você é a irmã de Senji!

É impressão minha ou todo mundo conheceu Senji?” – Pensou Jun com amargura, Senji não era um assunto em que quisesse tocar agora que estava tão desamparada.

- Sou sim.

- Fiquei muito triste com o que aconteceu com ele... Ah! Não sei se você sabe mais nós éramos do mesmo dormitório na faculdade – Hidan riu-se se relembrando de algo do passado.

- Não eu não sabia – Na verdade Jun não sabia muito da juventude do irmão, sempre morara com os pais enquanto o irmão estudava em internatos e viajava mundo a fora. Ela sempre se contentou em ficar em casa assistindo filmes antigos com a mãe e comer pipoca com o pai. Talvez tenha sido por isso que Senji não tenha sentido tanto pela morte dos pais quanto ela.

- Ele foi uma figura e tanto, ele e aquele amigo de cabelo branco dele... Uma dupla inseparável... – Hidan continuou a falar sobre o passado enquanto Jun sentia que os olhos se enchiam de lágrimas. Se o assunto Senji era um tabu, o assunto Kakashi era irremediavelmente proibido.

- Hmmm... – murmurou ela sem querer se delongar no assunto.

- Acho que você não deve querer falar do seu falecido irmão, não é? – Falou o jovem.

Jun assentiu ficando grata com o estranho que não falaria mais naquele assunto.

- Vou voltar a cochilar – anunciou ele se espreguiçando e passando os dedos pelos cabelos cinzentos e lisos que Jun não havia notado, pois ficara surpresa de mais com os olhos cor de violeta.

A morena assentiu mais uma vez em concordância sem falar nada, o que mais queria agora era ficar em silêncio e ruminar tudo que havia acontecido nos últimos seus meses para tentar encontrar uma resposta para o fim de seu casamento.

Hidan voltou a dormir com a cabeça virada para a janela e Jun pegou uma revista Vogue britânica de debaixo do assento que havia ganhado quando chegara e começou a passar as páginas sem realmente ver o conteúdo, estava muito magoada para isso.

• • •

Kakashi chegou ao prédio residencial que morava quando já eram por volta de 22h00min. Estava um lixo. Cheirava a saque e sushi barato e passara o dia todo sem máscara, o que lhe proporcionara uma tosse seca e irritação no nariz, porém não se importava.

Subiu aos trôpegos pela portaria tentando acertar o elevador que parecia ter mudado de lugar na sua mente enevoada.

- Oh! – Exclamou uma voz conhecida – Kakashi-kun venha por aqui...

- Momo-san? – Perguntou incrédulo ao ver a silueta da senhora que o vinha ajudar.

- Você não deveria se comportar assim querido – ela disse bondosamente ao levá-lo para o elevador e apertar o botão que os levaria à cobertura.

O jovem não disse nada, apenas se deixou ser levado enquanto lágrimas grossas e silenciosas escorriam pelo rosto sujo o lavando, não queria admitir, porém ele se via grato por Momo-san houvesse ficado. Como Jun dissera, ele precisava de alguém para cuidar dele.

Chegando ao apartamento ela o conduziu para a suíte e disse-lhe que tomasse um banho e que daqui a meia hora lhe traria um remédio contra azia e uma sopa que ele teria de comer, mesmo que ela tivesse de obrigá-lo.

- Thank you. – Agradeceu Kakashi a senhora que saia.

- De nada querido, apenas tome um banho quente que eu voltarei logo com a sopa –­ Momo-san lhe sorriu bondosamente e bateu a porta.

Kakashi deixou que o olhar vagasse pelo quarto quieto e de cor clara até pousar em um porta-retrato, se aproximou e o pegou entre os dedos. Era uma fotografia do dia do casamento. Jun estava estonteante no vestido de musselina branca com os cabelos em um elaborado penteado com cachos, ao lado estava ele próprio, com cara de bobo no terno negro e apertando a mão da esposa. Ambos sorriam felizes para a câmera; essa havia sido a última foto a ser tirada antes que todos os convidados fossem embora, Obito que tirara a foto.

O jovem abanou a cabeça e recolocou o porta-retrato onde estivera, mas só que abaixado para o tampo da mesa, não aguentaria ter de olhar para essa foto todos os dias.

Suspirando resignado marchou em direção ao banheiro para tomar uma ducha fria para ver se a cabeça voltava para o lugar e o álcool parasse de enevoar a sua mente já confusa, não precisava de mais dores de cabeça.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Ai gente, está me partindo o coração ver o Kakashi e a Jun assim! Mas eles vão continuar a sofrer! MUAAHAHAHAHAHAHAHHA~ tenho que voltar a tomar meus remedinhos! KKKKKK Mas a coisa só está começando! Prometo que não demoro para postar o próximo capítulo! Ja nee~



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