Capítulo XIII, bônus

De volta dos mortos

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Quando não houver mais espaço no Inferno,

Os mortos então caminharão pela terra.

E os vivos não terão uma oração,

Porque o amanhecer é dos Mortos.

Nós somos os mortos e nós estamos vindo para você.

Dawn Of The Dead, Murderdolls.

–

Setembro de 2011 – Inglaterra.

– Hey Shisui, vamos visitar o otou-san? – A jovem mãe perguntou ao seu pequeno filho. O menininho não tinha nem três anos ainda.

– Tou-san vai estar dormindo? – O pequeno tinha os cabelos negros e lisos da mãe e os olhos grandes e verdes do pai, os quais estavam arregalados esperando a resposta.

– Sim querido, seu pai estará dormindo... – Ela suspirou. Senji estava em coma nos últimos três anos. Nem ao menos sabia se ele acordaria um dia, porém o esperaria até não ser mais possível. Ele era o homem da vida dela e pai do seu filho.

– Kaa-san, quando eu vou conhecer a Jun-one-chan?

A jovem suspirou. Essa era uma pergunta costumeira do menino. Sempre que ele ia visitar o pai ele perguntava pela tia que ele não conhecia.

– Não sei querido... – Ela se sentia culpada em afastá-lo do único parente vivo de Senji, mas não sabia como chegar para Jun e dizer-lhe que ela tinha um sobrinho, e que o irmão que ela pensava que estava morto, na verdade estava vivo. Nem para Kakashi ela conseguira contar. Ainda mais agora que a vida do casal havia dado uma reviravolta por causa de outro atentado que Jun sofreu. Suspirou novamente. Por que eles não podiam ser deixados em paz? Já não havia sofrido o suficiente pela vida toda?

Finalmente mãe e filho chegaram a clínica particular onde Hinday Senji estava internado nos últimos três anos.

– Bom dia Miss Shizune. – Cumprimentou bondosamente uma enfermeira. – E como vai você, Mr. Shisui? Cada vez maior!

Shizune riu e pegou o filho no colo.

– Ele está comendo cada vez mais!

– Okaa-san! – Reclamou o pequeno em japonês.

– Ok, ok... Vamos ver o otou-san?

– Vamos!

E a pequena família se foi pelo corredor. Aquele era um caminho conhecido tanto para Shizune quanto para Shisui. Ele ia por aquele corredor antes mesmo de nascer, quando ainda estava no ventre de Shizune.

A jovem havia abandonado tudo no Japão para ficar na Inglaterra e velar pela recuperação do amado, esperando que ele acordasse um dia. Três anos haviam se passado, mas ela não perderia a esperança.

***

Setembro de 2011 – Japão.

– Será que você pode parar de chorar por um segundo, Shion? – O jovem de epiderme clara e rosto afeminado pediu, apertando a ponte do nariz impaciente com o choro intermitente da loira.

– Como eu poderia Haku?! Hidan está morto! MORTO! Você me ouviu? – Shion enterrou o rosto nas mãos e chorou mais.

– Exato, ele está morto, e você chorar não o vai trazê-lo de volta... – Suspirou. Iria revelar algo para ela, e talvez isso a fizesse parar de chorar, ou a fizesse chorar mais. Suspirando continuou a falar. – Mas tem alguém que voltou dos mortos.

– Como? – Levantou o rosto curiosa, os olhos liláses afogados em lágrimas.

– Zabuza. – Sorriu. – Ele está vivo, e quer vingança.

FIM!